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Uma revisão sistemática sobre a relação entre o parto e portadoras da síndrome de imunodeficiência adquirida (sida). O texto aborda a importância do diagnóstico precoce e o papel dos profissionais de saúde na redução da transmissão vertical do hiv. Além disso, discute as implicações da infecção pelo hiv na gravidez e as alternativas terapêuticas, como a profilaxia com antirretrovirais e a cesariana. O documento também enfatiza a importância de compreender o contexto da sida para prestar assistência adequada a gestantes e famílias.
Tipologia: Notas de estudo
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Francisco Rafael Ribeiro Soares, Francielda Amorim Guimarães, Lucídio Clebeson de Oliveira, Ivone Ferreira Borges, Eumendes Fernandes Carlos
Artigo de Revisão Sistemática elaborado a partir da estratégia de articulação interdisciplinar elaborada por professores e alunos do 6º período do curso de graduação em enfermagem da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró.
A SIDA é uma doença que vem ganhando grandes repercussões pelo o número excessivo de casos vim crescendo absurdamente, o que torna assim um dos graves problemas de saúde pública, pelo o seu grau de complexidade, a preocupação se torna ainda mais cheia de repercussão quando essa condição sorológica afeta as mulheres gestantes, e que a hora do parto é o momento mais critico para a mãe, profissionais e familiares. E que é papel fundamental da enfermagem prestar assistência a essa mulher, aconselhando, oferecendo o teste, assim como dar apoio psicológico a ela e a toda família. É um estudo de revisão sistemática de literatura, onde há uma busca clara, e uma analise criteriosa da literatura selecionada. Foram um recorte com 05 artigos, analisados e organizados criteriosamente. Há uma grande incidência de transmissão vertical no momento do parto, pois o momento do parto e a SIDA são problemas que vem preocupando toda a atenção a saúde. Como profissional da saúde o enfermeiro presta assistência nas mais diversas etapas da vida humana, assim como em qualquer cenário de atendimento. Os artigos tratam detalhadamente os riscos relacionados a transmissão de HIV/AIDS, sobre as gestantes soropositivo, retrata o uso do antirretroviral para as gestantes e para o bebê, assim como os cuidados necessários e adequados a cada etapa passada e vivida. É fato notório a falta de atenção adequada e necessária a essas gestantes soropositivas, que buscam o serviço de saúde, necessitando de cuidados e de medidas profiláticas e paliativas a sua condição. É o enfermeiro o responsável por criar e fortalecer ainda mais os laços afetivos do binômio Mãe/filho, e de extrema importância o dialogo entre profissional e paciente, para que as relações de confiança e respeito por mútuos sejam criados.
PALAVRAS–CHAVES: Gravidez. Parto. Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.
1. INTRODUÇÃO
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) foi descrita em 1981, nos Estados Unidos quando os Centers for Disease Control and Prevenction (CDC) receberam notificações de casos de um grupo de jovens homossexuais masculinos com pneumonia e de um raro tumor, sarcoma de kaposi, jovens até então mantidos como saudáveis. Nessa
época sabiam-se que esse tipo de manifestações só era encontrado em indivíduos
totalmente imunodeprimidos 1. Acreditou-se que a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) estaria restrita a grupos vulneráveis que tinham comportamento de risco. Percebia-se que as mulheres que tinham uma vida sexual com apenas um homem e as não usuárias de drogas tinham menos chances de contrair o vírus. A SIDA é hoje uma doença que representa um dos graves problemas de saúde em função do seu grau de complexidade pandêmico. As pessoas infectadas pelo vírus da SIDA tem uma evolução drástica para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida
que vão sendo destruídos os Linfócitos T CD4+, uma das principais células alvo do vírus 2.
A SIDA é causada pelo retrovírus da família Lentiviridae, HIV-1 e HIV-2. O reservatório é o próprio homem, sendo a fonte de transmissão através do contato sexual, secreções sanguíneas, contato com objetos contaminados e também pelo leite materno.
HIV-1 e HIV-2, retrovírus com genoma RNA, da família Lentiviridae. Pertencem ao grupo dos retrovírus citopáticos e não oncogênicos, necessitando, para multiplicar-se, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do RNA viral para uma cópia DNA, que pode então integrar-se ao genoma do hospedeiro. Bastante hábeis no meio externo, estes vírus são inativados por uma variedade de agentes físicos (calor) e químicos (hipoclorito de sódio, glutaraldeído). Em condições experimentais controladas, as partículas virais intracelulares parecem sobreviver no meio externo por até no máximo um dia, enquanto que partículas virais livres podem sobreviver por 15 dias em temperatura ambiente, ou até 11 dias a 37ºC 3:129.
A prevenção é o único meio de controle, propagação e disseminação desse vírus, mas ainda assim esse vírus tem atingido a população de maneira indiscriminada, onde predomina os casos novos e as formas de exposição sexual e parenteral. No Brasil as primeiras aparições de casos de SIDA entre as mulheres ocorreram em 1983, e a partir do ano de 1990 aumentaram os índices de SIDA nessa população. A progressão da infecção em mulheres em idade reprodutiva tem como consequências o número de casos em crianças por transmissão vertical – quando a gestante infectada
transmite o vírus ao seu filho 1.
Desde 1996 o teste anti-HIV está sendo oferecido à gestante como um exame de rotina na primeira consulta de pré-natal, onde o enfermeiro reforça a ideia e a importância da realização do mesmo. Assim o diagnóstico precoce de uma eventual gestante que seja portadora do vírus tornará mais fácil e trará melhores resultados na redução da transmissão
importância e de resolubilidade para o binômio mãe/filho. É muito importante enfatizar o conhecimento sobre o que as complicações de um parto em HIV positivas acarretará, servindo assim de subsídios para mim enquanto acadêmica, assim como para os futuros profissionais de saúde entenderem e conseguirem tratar, apoiar e aconselhar da melhor forma e maneira possível as parturientes e seus familiares. É muito importante que o enfermeiro e os profissionais de saúde em geral compreendam o momento e o porquê do parto, entendendo que a escolha adequada é necessária para que haja um baixo índice de contaminação. Entender o contexto da SIDA é dar um novo olhar e horizonte às gestantes portadoras do vírus. A sociedade em si merece e deve conhecer as possibilidades e os cuidados gerais que uma boa consulta e aconselhamento a gestantes soropositivas gerará. É também tarefa do enfermeiro fazer com que essa sociedade entenda que a SIDA está muito além do contexto que ela própria criou. A enfermagem tem um papel fundamental em relação à gestante soropositiva, pois é de sua responsabilidade promover o aconselhamento pré e pós-teste; dar total apoio emocional a essas gestantes, em especial àquelas que descobrem a condição de portadoras do vírus só depois de estarem grávidas.
1..1 Problema
De que forma está sendo abordada a relação entre parto e pacientes portadoras do Vírus de Imunodeficiência Humana na literatura científica nacional?
1..2 Objetivo
Analisar a literatura técnica da área da saúde que verse sobre a relação entre parto de pacientes portadoras do Vírus de Imunodeficiência Humana.
Este estudo caracteriza-se como revisão sistemática de literatura. Constitui-se de um
recorte reunindo 05 artigos a partir de uma pesquisa bibliográfica localizada nas bases de dados BIREME, SciELO, BDENF, LILACS, acerca da temática da relação entre gravidez, parto e a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, no espaço temporal de 2001 a 2008. A busca pelo material ocorreu no mês de março de 2011. Foi utilizado como browser o Google Chrome. Foram consideradas publicações que abordassem a temática, utilizando-se a associação dos descritores: Gravidez; Parto e Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, todos constantes nos Descritores de Ciências da Saúde (DeCS). Tal associação nos permitiu localizar 14 resultados pela BIREME, , nenhum na BDENF e 14 na LILACS. Foram utilizados como critérios de exclusão dos artigos, a indisponibilidade gratuita dos trabalhos, artigos que mesmo tendo aparecido na pesquisa avançada eram de anos anteriores ao de 2001, artigos que apesar de utilizar os descritores citados não mantinham aproximação com o tema. Os títulos e os resumos dos artigos encontrados na busca eletrônica foram avaliados por 2 dos autores deste estudo de forma independente e cegada, obedecendo criteriosamente aos critérios de exclusão da pesquisa. Os demais pesquisadores ficariam, neste momento, à disposição para avaliar possíveis discordâncias de inclusão dos artigos
na pesquisa, fato não ocorrido 7. Procedeu-se o exame do material que compreendeu leitura exaustiva, organização dos materiais para compor um quadro de análise, como é apresentado no Quadro 1, composição do presente artigo organizando os resultados em categorias que emanaram da análise do material.
A SIDA e o momento do parto são problemas que vem preocupando não só a saúde pública, como também diversos pesquisadores e interessados na cura da doença. Dentre os vários problemas que a doença causa, um dos que mais preocupa a saúde pública é
transmissão vertical durante a gestação, parto e puerpério 8. Como conseqüência há um crescente número de incidência de contaminação congênita. Estudos apontam que desde 1980 a 2000 há uma notificação de 52055 casos de AIDS em mulheres, e que cerca de 72% estão entre 13 e 39 anos, ou seja, encontra-se
em idade fértil 8.
reduzidos à operacionalização de variáveis 11. E três fizeram pesquisas transversais que são pesquisas que necessitam de uma definição clara, precisa e objetiva do estudo. Que quanto mais simples mais fácil será realizado o estudo, com menos possibilidade de erros
Eles apresentaram discussões como o fato de mesmo as mulheres conhecendo a realidade e os riscos de uma gravidez em soropositivas, elas expressam expectativas de constituir uma família, que mesmo ainda existindo o fato do preconceito elas não se inibem no desejo mutuo de uma gestação.
Em contrapartida, muitos são os casos em que a gestação foi desejada, apesar de a mãe ser portadora do vírus. Dados da literatura revelam que menos de 50% das pacientes decidem interromper a gestação e, surpreendentemente, muitas tornam a engravidar novamente 13:5.
Percebe-se também na analise feitas, falhas em relação ao acompanhamento de pré-natal relativas a consultas. Evidencia-se que as consultas não alcançam o preconizado pelo Ministério da Saúde; verifica-se assim o quanto a oportunidade de uma detecção precoce é deixada passar despercebido pelo simples fato de um acompanhamento adequado e necessário não ser realizado corretamente. Os artigos tratam detalhadamente os riscos de transmissão relacionados ao HIV/AIDS sobre as gestantes soropositivas, o desejo que as mesmas expõe sobre a vontade de engravidarem, em alguns se pode observar o silêncio que alguns profissionais travam frente a essas mulheres, que parecem terem vergonha ou fogem da realidade, até que as mesmas cheguem ao serviço com todos os sintomas de uma possível gravidez, confirmada pelo teste laboratorial. É ai onde entra a questão da falta de humanização com essas pacientes, portadoras da síndrome, por parte dos profissionais obstetras em especial, que mesmo possuindo uma boa formação, conhecedores do tema abordado, muitos deles desconhecem os fatores que possam vir a contribuir para a transmissão vertical.
Segundo a pesquisa a maiorias desses profissionais realizariam a cesariana em qualquer situação e proscreveriam o parto vaginal sem observando adequadamente os critérios do Ministério da Saúde em relação à via de parto em gestantes soropositivas 14:139-40.
Para essas mulheres a definição e as expectativas em relação ao tipo de parto, não corresponde aos tipos de partos anteriores realizados, para elas o fato de as expectativas
relacionadas ao parto serem determinadas por uma prescrição médica, que pouco depende de suas experiências, faz com que para muitas delas essa experiência seja percebida como
a mais difícil que as anteriores ou pior do que esperavam 15. Assim em dos artigos selecionado ele retrata a grande repercussão dessas gestantes ao depararem-se com um conjunto de informações, prescrições e práticas que tornam esse período ainda mais particular, em relação às outras gestações anteriores. Elas precisam se adaptar a uma nova vida, onde as mesmas precisam aprender sobre o
adequado uso das medicações, realização de exames e aceitar o tipo de parto indicado 15.
Em relação ao uso do Antirretroviral, em um outro artigo, ele fala que nenhuma das gestantes estudada no estudo, iniciou o tratamento com AZT profilático a partir da 14ª semana que é o preconizado pelo o Ministério da Saúde. Que algumas já estavam com a doença avançada, tendo assim que iniciar o tratamento em conjunto com drogas
antirretrovirais, mais que a maioria iniciou tratamento ainda no 2º trimestre 13.
Constata-se que os serviços de saúde necessitam estar sempre atentos à questão da prevenção e os cuidados paliativos e necessários as gestantes soropositivas que chegam em busca de atenção e prevenção a sua saúde e a do bebê. É de extrema importância fazer com que os profissionais da saúde busquem cada vez mais - e não inibam
soropositividade 4.
É papel fundamental da enfermagem oferecer apoio necessário, aconselhar e atuar de forma dinâmica, atenta e humana a essas pacientes, orientando-as quanto a todos os cuidados preventivos e precisos que as mesmas devam ter com ela e o bebê, antes, durante e após o parto. É o enfermeiro o responsável pela criação de um laço afetivo entre o binômio mãe/ filho, ou seja, é através desse apoio oferecido e pactuado com mães e familiares que os laços afetivos se vinculam ainda mais, pois a partir da necessidade de atenção ainda maior
Acesso em: 31 de abril de 2011.
9 SCHERER LM, BORENSTEIN MS, PADILHA MI. Gestantes/puérperas com hiv/aids: conhecendo os déficits e os fatores que contribuem no engajamento para o autocuidado. Esc Anna Nery Rev Enferm 2009 abr-jun; 13 (2): 359-6.
10 CUNHA GH, GALVÃO MTG. Diagnósticos de enfermagem em pacientes com o Vírus da Imunodeficiência Humana/ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida em assistência ambulatorial. Acta Paul Enferm 2010;23(4):526-.
11 HADDAD N. Metodologia e estudos em ciências da saúde: como planejar, analisar e apresentar um trabalho cientifico. São Paulo: Roca; 2004.
12 MINAYO (1994), pesquisa Qualitativa. Disponível em: http://www.pgsc.ufma.br/arquivos/pesquisaqualitativa.pdf. Acesso em: 16 de abril de 2011.
13 CASTRO TPT, LORENZI DRS, TONIN C, ZAPPAROLI M. HIV e Gestação. 2001.
14 FARI AS JPQ, FRANCO A, SANTOS KP, DOURADO I, GALVÃO-CASTRO B. Prevenção da transmissão vertical do HIV: atitude dos obstetras em Salvador, Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008; 30(3):135-
15 KNAUTH DR, BARBOSA RM, HOPKINS K, PEGORARIO M, FACHINI R. Cultura médica e decisões reprodutivas entre mulheres infectadas pelo vírus da Aids. Interface _ Comunic, Saúde, Educ, 2002. 6(11):39-54.
16 SOUZA JÚNIOR, PR, ZWARCWALD CL, BARBOSA JÚNIOR A, CARVALHO MF, CASTILHO EA. Infecção pelo HIV durante a gestação: Estudo-Sentinela Parturiente, Brasil. Rev Saúde Pública, 2004; 38(6):764-