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O guia dos ods para as empresas é um documento desenvolvido pelo global reporting initiative, un global compact e world business council for sustainable development, que orienta empresas sobre o processo de construção e definição dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ods), alinhamento de metas internas às ods e mapeamento do impacto dos ods ao longo da cadeia de valor. O documento incentiva as empresas a internalizar os ods na estratégia de negócios, oferecendo ferramentas e conhecimento para colocar a sustentabilidade no centro da estratégia.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
1 / 17
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Não perca as partes importantes!
Guia dos ODS
para as Empresas
TM
Desenvolvido por:
O nosso planeta enfrenta desafios
econômicos, sociais e ambientais
concretos.
Para combatê-los, os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS)
definem as prioridades e aspirações
globais para 2030. Eles representam
uma oportunidade sem precedentes
para eliminar a pobreza extrema e colocar
o mundo numa trajetória sustentável.
Os governos de todo o mundo já
concordaram com essas metas. Este
é o momento para as empresas agirem.
O Guia dos ODS para as Empresas
explica como os ODS afetam
os seus negócios – lhe oferecendo
as ferramentas e o conhecimento
para colocar a sustentabilidade
no centro da sua estratégia.
ERRADICAÇÃO DA POBREZA
FOME ZERO E AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
SAÚDE E BEM-ESTAR QUALIDADE
EDUCAÇÃO DE DE GÊNERO
IGUALDADE E SANEAMENTO
ÁGUA POTÁVEL
ENERGIA LIMPA E ACESSÍVEL
TRABALHO DECENTE E CRESCIMENTO ECONÔMICO
INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA
REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES
CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS
CONSUMO E PRODUÇÃO RESPONSÁVEIS
AÇÃO CONTRA A MUDANÇA GLOBAL DO CLIMA
VIDA NA ÁGUA
VIDA TERRESTRE
PAZ, JUSTIÇA E INSTITUIÇÕES EFICAZES
PARCERIAS E MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO
Por que os ODS são importantes
para os negócios?
A finalidade do Guia dos ODS para as Empresas é orientar as empresas a respeito de como essas podem alinhar as suas estratégias e mensurar e administrar a sua contribuição para os ODS.
O guia apresenta cinco passos que auxiliam as empresas a maximizarem a sua contribuição para os ODS.
As empresas podem aplicar os cinco passos para estabelecer ou alinhar o seu curso, dependendo de qual ponto estiverem da jornada de garantia de que a sustentabilidade é um resultado da estratégia de negócios principal.
Os cinco passos do Guia dos ODS para as Empresas são baseados no reconhecimento da responsabilidade de todas as empresas no cumprimento de todas as legislações relevantes, no respeito dos padrões internacionais mínimos e no tratamento prioritário de todos os impactos negativos nos direitos humanos.
O Guia dos ODS para as Empresas é desenvolvido tendo como foco as grandes empresas multinacionais. As empresas de pequeno e médio porte e outras organizações também são encorajadas a utilizá-la como fonte de inspiração, e a adaptá-la conforme for necessário. Essa é também projetada para uso a nível empresarial, mas pode ser aplicada no âmbito do produto, ou a um nível local, divisional ou regional, conforme for exigido.
O guia do Guia dos ODS para as Empresas é organizado em seções que tratam de cada um dos cinco passos do guia: 01 Entendendo os ODS Em primeiro lugar, as empresas são auxiliadas na familiarização com os ODS.
02 Definindo prioridades A fim de aproveitar as oportunidades de negócios mais importantes apresentadas pelos ODS e reduzir os riscos, as empresas são incentivadas a definir as suas prioridades com base em uma avaliação do seu impacto positivo e negativo, atual e potencial nos ODS através das suas cadeias de valor. 03 Estabelecendo metas O estabelecimento de metas é essencial para o sucesso do negócio e ajuda a promover as prioridades compartilhadas e o desempenho aperfeiçoado em toda a organização. Mediante o alinhamento dos objetivos da empresa com os ODS, a administração pode demonstrar o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. 04 Integração A integração da sustentabilidade no negócio principal e na governança, e a incorporação das metas de desenvolvimento sustentável em todas as funções da empresa é a chave para atingir as metas estabelecidas. Tendo em vista realizar seus objetivos compartilhados e/ou contribuir para a solucao de problemas sistemicos, cada vez mais empresas engajam em parcerias com sua rede de fornecedores, com empresas do seu setor, e até com governos e organizacoes da sociedade civil. 05 Relato e comunicação Os ODS permitem que as empresas relatem informações a respeito do avanço em relação ao desenvolvimento sustentável, utilizando os indicadores comuns e uma série de prioridades compartilhadas. O Guia dos ODS para as Empresas incentiva as empresas a incorporarem os ODS na sua comunicação e relatórios com as outras partes interessadas.
Sumário executivo
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definem as prioridades e aspirações de desenvolvimento sustentável global para 2030, e buscam mobilizar os esforços globais ao redor de uma série comum de objetivos e metas. Os ODS exigem uma ação mundial entre os governos, as empresas e a sociedade civil para acabar com a pobreza e criar uma vida com dignidade e oportunidades para todos considerando os limites do planeta.
Diferentemente dos seus antecessores, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, os ODS explicitamente convocam todas as empresas a utilizar sua criatividade e inovação para resolver os desafios de desenvolvimento sustentável. Os ODS foram acordados por todos os governos, mas o seu sucesso depende demasiadamente das ações e colaboração de todos os setores.
Os ODS apresentam uma oportunidade para que as soluções e tecnologias empresariais sejam desenvolvidas e implementadas para tratar dos maiores desafios mundiais de desenvolvimento sustentável.
Na medida em que os ODS formam a agenda global para o desenvolvimento das nossas sociedades, eles permitirão que as empresas líderes demonstrem como os seus negócios ajudam no avanço do desenvolvimento sustentável, tanto minimizando os impactos negativos quanto maximizando os impactos positivos nas pessoas e no planeta.
Cobrindo uma ampla gama dos tópicos de desenvolvimento sustentável relevantes para as empresas – tais como pobreza, saúde, educação, mudanças climáticas e degradação ambiental – os ODS podem ajudar na conexão de estratégias comerciais com prioridades globais. As empresas podem utilizar os ODS como um quadro global para moldar, conduzir, comunicar e relatar as suas estratégias, objetivos e atividades, permitindo que essas tirem proveito de uma escala de benefícios, tais como:
Identificação de oportunidades de negócios futuras Os ODS buscam redirecionar os fluxos de investimento público e privado globais voltados aos desafios que esses representam. Ao fazê-lo, eles definem os mercados crescentes para as empresas que podem entregar soluções inovadoras e mudanças transformadoras.
Valorização da sustentabilidade corporativa Enquanto o estudo de viabilidade da sustentabilidade corporativa já está bem estabelecido, os ODS podem, por exemplo, fortalecer os incentivos econômicos para que as empresas utilizem recursos de forma mais eficiente, ou mudem para alternativas mais sustentáveis, na medida em que as externalidades se tornarem crescentemente internalizadas.
Fortalecimento das relações com as partes interessadas e manutenção do ritmo com os desenvolvimentos da política Os ODS refletem as expectativas das outras partes interessadas e a direção da política futura, nos âmbitos internacional, nacional e regional. As empresas que alinham as suas prioridades com os ODS podem fortalecer o compromisso dos clientes, funcionários e de outras partes interessadas, e aquelas que não o fazem estarão expostas aos riscos crescentes legais e de reputação.
Investir em um ambiente propício aos negócios Os negócios não podem ter sucesso em sociedades que fracassam. O investimento no alcance dos ODS sustenta os pilares do sucesso dos negócios, incluindo a existência dos mercados regulamentados, de sistemas financeiros transparentes e uma economia não corrupta e eficientemente administrada.
Utilização de uma linguagem comum e de uma finalidade compartilhada Os ODS definem uma estrutura comum de ação e linguagem que ajudará as empresas a se comunicarem de forma mais consistente e efetiva com as partes interessadas a respeito do seu impacto e desempenho atual e futuro. As metas ajudarão a reunir parceiros para tratarem dos desafios sociais mais urgentes.
Ban Ki-moon, Secretário Geral das Nações Unidas
O que significa Guia dos ODS para as Empresas?
Projetados para ação global: Entre 2000 e 2015, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) forneceram uma estrutura para desenvolvimento importante e obtiveram sucesso em um número de áreas, tais como na redução da pobreza e na melhoria da saúde e educação nos países em desenvolvimento.
Os ODS substituíram os ODMs, expandindo os desafios que deverão ser direcionados na erradicação da pobreza e incorporando uma ampla variedade de tópicos inter-relacionados ao redor das dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável.
Os ODS a partir do processo que é indiscutivelmente o processo mais inclusivo da história das Nações Unidas, refletindo dados substantivos de todos os setores da sociedade e de todas as partes do mundo. Somente no Pacto Global das Nações Unidas, mais de 1. empresas forneceram dados e orientações.
Os objetivos são aplicáveis em âmbito universal, de forma similar nos países em desenvolvimento e nos países desenvolvidos. Espera-se que os governos os traduzam em planos de ação nacionais, políticas e iniciativas, refletindo as diferentes realidades e capacidades que os seus países possuem.
Enquanto ODS são direcionados principalmente a governos, os ODS são projetados para reunir uma ampla escala de organizações e moldar as prioridades e aspirações para os esforços de desenvolvimento sustentável em torno de uma estrutura comum. Mais importante, os ODS reconhecem o papel principal que os negócios podem e devem ter no seu alcance.
Objetivo 1 Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
Objetivo 2 Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
Objetivo 3 Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
Objetivo 4 Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
Objetivo 5 Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas
Objetivo 6 Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos
Objetivo 7 Assegurar o acesso à energia confiável, sustentável, moderna e barata para todos
Objetivo 8 Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
Objetivo 9 Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação
Objetivo 10 Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
Objetivo 11 Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis
Objetivo 12 Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
Objetivo 13 Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos
Objetivo 14 Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável
Objetivo 15 Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade
Objetivo 16 Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis
Objetivo 17 Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável
Os ODS convocam as empresas de todos os lugares a avançar no desenvolvimento sustentável por meio dos investimentos que essas fazem, das soluções que essas desenvolvem, e das práticas que essas adotam. Ao fazê-lo, os objetivos incentivam as empresas a reduzirem os seus impactos negativos enquanto aumentam a sua contribuição positiva à agenda do desenvolvimento sustentável.
O grau e a velocidade com que as empresas de todo o mundo desenvolvem modelos de negócios mais sustentáveis e inclusivos desempenham um grande papel no sucesso do alcance dos ODS. Por sua vez, todas as empresas são impactadas pelos desafios que os ODS abordam.
Neste passo, exploraremos o que são os ODS, como eles ocorrem, como as empresas podem utilizá-los em seu benefício, e como esses são baseados nas responsabilidades empresariais existentes, mediante a cobertura das seguintes áreas:
O que são ODS? 7
Uma chamada de ação para as empresas 8
Internalizando os ODS nas empresas 10
O Guia dos ODS para as Empresas é baseada no reconhecimento da responsabilidade de todas as empresas – independentemente do porte, setor ou de onde essas operam – para cumprir toda a legislação relevante, manter os padrões mínimos reconhecidos internacionalmente e respeitar os direitos universais.
Conforme inserido nos Princípios de direitos humanos do Pacto Global das Nações Unidas e reafirmado e elaborado pelos Princípios Orientadores das Nações Unidas para Empresas e Direitos Humanos, o respeito aos direitos humanos é diferente do esforço de uma empresa em sustentar ou promover os direitos humanos. é uma expectativa padrão de todas as empresas que essas evitem infringir os direitos humanos, e que essas tratem quaisquer prejuízos com os quais essas estejam envolvidas por meio das suas próprias atividades ou como resultado da sua relação comercial. Esta responsabilidade não pode ser compensada por qualquer esforço em promover os direitos humanos ou adiantar o desenvolvimento sustentável.
De acordo com os Princípios Orientadores das Nações Unidas, deveria sempre ser uma prioridade para uma empresa tratar todos os impactos adversos nos direitos humanos associados com as suas operações e cadeia de valor. Quando as empresas precisarem priorizar a ordem na qual essas tratam dessas questões, os Princípios Orientadores das Nações Unidas deixam claro que essas devem fazê-lo com base, primeira e principalmente, na gravidade dos impactos adversos potenciais – em outras palavras – no quão graves esses impactos seriam, no quão extensos e no grau de dificuldade da correção desses.
Deve ser dada prioridade aos impactos adversos nos direitos humanos ou risco, independentemente do custo ou benefício potencial para os negócios. Contudo, há evidência crescente de que os riscos para os direitos humanos frequentemente convergem com os riscos para os negócios, e que essa convergência é particularmente forte quando se trata de impactos mais graves nos direitos humanos.
Durante as últimas décadas, o diálogo contínuo entre as empresas, governos, a sociedade civil e líderes de pensamento moldou as estruturas, princípios e diretrizes internacionais para a conduta comercial responsável e ética. A lista de princípios que se aplica universalmente a todas as empresas inclui:
Esses princípios direcionam as empresas a respeitarem os direitos universais e a manterem determinados padrões mínimos. Por exemplo, os Dez Princípios do Pacto Global das Nações Unidas cobrindo os direitos humanos e a mão-de-obra, o ambiente e anticorrupção definem a expectativa mínima de qualquer empresa que se dedica ao desenvolvimento sustentável. De forma similar, os Princípios Orientadores das Nações Unidas para Empresas e Direitos Humanos são reafirmados e elaborados na responsabilidade de todas as empresas de respeitarem os direitos humanos.
Além disso, há um número de diretrizes que as empresas são aconselhadas a considerar como base para a sua contribuição aos ODS. Essas incluem a Instrução ISO 26000 em Responsabilidade Social e diretrizes mais regionais, tais como as Diretrizes OECD para Empresas Multinacionais.
Uma relação dos princípios, padrões e diretrizes existentes, bem como outras ferramentas comerciais podem ser encontrados no site www.sdgcompass.org
Nem todos os 17 ODS serão igualmente relevantes para a sua empresa.
A extensão na qual a sua empresa puder contribuir com cada um deles, e os riscos e oportunidades que eles representam individualmente, dependerão de muitos fatores.
Ao adotar um método estratégico para os ODS, a sua primeira tarefa deve ser realizar uma avaliação dos impactos atuais, potenciais, positivos e negativos que as suas atividades comerciais têm nos ODS em toda a cadeia de valor.
Isso lhe ajudará a identificar quando possíveis impactos podem aumentar e quando impactos negativos podem ser reduzidos ou evitados.
Este passo resume como a sua empresa pode definir prioridades, focando em três ações amplas:
Mapear a cadeia de valor para identificar as áreas de impacto 12
Selecionar indicadores e coletar dados 14
Definir prioridades 15
O maior impacto social e ambiental que a sua empresa tem nos ODS pode estar além do escopo dos ativos que essa detém ou controla, com as maiores oportunidades comerciais sendo ainda potenciais e montante ou a jusante na cadeia de valor.
Recomenda-se, portanto, que a sua empresa considere toda a cadeia de valor – desde a base de abastecimento e logística de entrada, passando pela produção e operações, até a distribuição, uso e fim da vida dos produtos – como o ponto de início para a avaliação do impacto e definição das prioridades.
As empresas são incentivadas a iniciar a sua avaliação de impacto, fazendo um mapeamento de alto nível da sua cadeia de valor para identificar áreas com grande probabilidade de impactos negativos ou positivos nas questões que os ODS representam. Deve ser dada devida consideração aos impactos atuais e à probabilidade de impactos futuros.
Vide abaixo um exemplo em ação
Esse mapeamento não envolve uma avaliação detalhada de cada ODS em cada estágio da cadeia de valor, mas sim um exame de alto nível de onde se pode esperar que os impactos sejam maiores. Isso significa o exame de cada segmento da cadeia de valor que se enquadra no escopo da avaliação para identificar áreas nas quais:
As três ações sugeridas neste passo são projetadas para avaliação de impacto no âmbito da empresa, mas podem ser aplicadas no produto, no local ou em nível regional, conforme for exigido. Qualquer que seja a escolha feita, é importante ser transparente a respeito dos limites que foram selecionados, e claro a respeito da exclusão ou não de determinadas geografias ou negócios, e da razão dessa exclusão.
Durante o processo de mapeamento, recomenda- se considerar o contexto, como, por exemplo, a proximidade das operações e de outros segmentos da cadeia de valor para áreas geográficas que tiverem baixo desempenho com relação aos ODS. Por exemplo, se a sua empresa tiver operações de trabalho intensivo ou cadeias de abastecimento em regiões com baixos salários e baixa execução de direitos e padrões trabalhistas, isso provavelmente definirá uma área de alto impacto potencial. De forma similar, as operações atuais ou potenciais nos países onde há necessidades humanas, das quais os produtos da empresa podem auxiliar no tratamento – tais como necessidades médicas ou acesso à energia sustentável – podem, ainda, indicar uma área de alto impacto potencial.
Em alguns casos, os dados do setor industrial estão disponíveis para ajudar a identificar áreas de alto impacto e ferramentas adicionais podem, ainda, ajudar nesse processo (vide ‘Ferramentas para mapeamento de áreas de alto impacto na cadeia de valor’).
O processo de mapeamento inclui o compromisso com outras partes externas para identificar pontos de vista e preocupações relacionadas ao impacto atual ou potencial da empresa nos ODS. O compromisso da outra parte deve ser inclusivo, com devida preocupação com relação às perspectivas de grupos marginalizados e vulneráveis.
As outras partes interessadas nem sempre fornecerão um entendimento completo de todas as áreas de impacto de alto potencial, particularmente com relação aos impactos positivos potenciais que a empresa pode ter. Portanto, o mapeamento de áreas de alto impacto ainda envolve uma avaliação interna de ligações existentes e potenciais entre as atividades da empresa e os temas cobertos pelos ODS.
Mapear a cadeia de valor para identificar
áreas de impacto
A inclusão do compromisso das partes interessadas internas e externas é a chave para o processo de três ações. Prestar estrita atenção aos seus assuntos, interesses, preocupações e expectativas ajudará a identificar e construir um entendimento total do impacto da sua empresa nos ODS. As outras partes interessadas podem, ainda, fornecer informações e aspirações relevantes para a exploração de oportunidades comerciais relacionadas aos ODS.
Recomenda-se que a sua empresa priorize as partes interessadas que podem ser adversamente impactadas pelas suas decisões e atividades. Priorizar as demais partes interessadas pelo efeito que a empresa tem nessas, e pela influência potencial que essas têm sobre a empresa.
é essencial envidar um esforço especial para entender os interesses e preocupações das partes interessadas que forem incapazes de articular os seus pontos de vista (tais como, gerações futuras ou ecossistemas), e dar devida consideração aos grupos em desvantagem ou marginalizados, e a outras partes interessadas vulneráveis, tais como mulheres, crianças, indígenas e trabalhadores migrantes.
Um número de ferramentas e metodologias está disponível para ajudar as empresas a mapear áreas de alto impacto. Muitas empresas utilizam as metodologias de Avaliação de Ciclo de vida (lCA) e modelos de entrada-saída ampliados ambientalmente (EEIO).
Algumas ferramentas podem ser aplicadas a ODS específicos. Exemplos incluem o Avaliador do Escopo 3 do Protocolo de Gás de Efeito Estufa, o Banco de Dados de Funcionalidade Social, o Guia de Direitos Humanos e País do Negócio, as plataformas WBCSD Global Water Tool e a Ferramenta Poverty Footprint.
Essas e outras ferramentas para avaliação de impacto podem ser encontradas no site: www.sdgcompass.org
MINIMIzANDO O IMPACTO NEGATIVO
Matérias- primas Fornecedores Logística de entrada
Operações da empresa Distribuição Uso do Produto
Fim da vida do produto
A empresa identifica como prioridade a redução do seu impacto negativo no ODS 6 na sua cadeia de abastecimento, trabalhando com fornecedores para reduzir o seu consumo de água em regiões com problemas de escassez de água.
A empresa identifica como prioridade a diminuição do seu impacto negativo no ODS 11, na sua logística de entrada e saída, melhorando a segurança das rodovias para os seus motoristas.
A empresa identifica como prioridade a redução do seu impacto negativo no ODS 12 no fim da vida dos seus produtos, melhorando a reutilização e o caráter reciclável dos seus produtos.
A empresa identifica como prioridade o aumento do seu impacto positivo no ODS 8 nas suas operações, fornecendo um salário justo para todos os funcionários em todos os locais em âmbito global.
A empresa identifica como prioridade o aumento do seu impacto positivo no ODS 13 para uso dos seus produtos, desenvolvendo e entregando produtos que permitem que os clientes reduzam o seu uso de energia e emissões de Gases de Efeito Estufa.
ODS 6 Água limpa e saneamento
ODS 8 Trabalho decente e crescimento econômico
ODS 13 Ação Climática
ODS 11 Cidades e comunidades sustentáveis
ODS 12 Consumo e produção responsáveis
Recomenda-se que o escopo das metas de sustentabilidade da sua empresa seja orientado pelas prioridades estratégicas identificadas na etapa 02. Isso irá garantir que as metas da sua empresa incluam oportunidades de fazer contribuições positivas para os ODS, bem como reduzir os impactos negativos atuais e potenciais. Da mesma forma, isso garantirá que as metas não só abranjam as operações próprias da sua empresa, mas também crie oportunidades para fazer melhorias em toda a cadeia de valor.
Durante anos, muitas empresas estabeleceram metas ambientais relacionados a questões, tais como as emissões de carbono e o uso de água e outros recursos naturais. No entanto, o estabelecimento de metas relacionadas às dimensões sociais de Desenvolvimento Sustentável, tais como a erradicação da pobreza e a luta contra a corrupção é menos comum, em parte porque essas questões podem ser mais desafiadoras em termos de monitoramento e medição do sucesso. Independentemente desses desafios metodológicos, o conselho para as empresas é estabelecer metas que cubram todas as suas prioridades definidas ao redor dos aspectos econômicos, sociais e ambientais do desenvolvimento sustentável.
A seleção de indicadores chave de desempenho (KPIs) é uma etapa essencial no estabelecimento de metas que pode ser usada como base para a condução, monitoramento e comunicação do progresso. Algumas empresas estabelecem metas gerais ou ambíguas que não, por si só, permitem que o progresso seja mantido, como uma aspiração de tornar o “carbono neutro” sem uma definição clara do escopo da meta ou da data final. Nesses casos, a recomendação é selecionar vários KPIs, cada um formando a base para um alvo específico, mensurável e limitado no tempo.
O ponto de partida ideal para a seleção de KPIs é a escala de indicadores utilizados para avaliar os impactos, conforme explicado na etapa 02 ‘Selecionar indicadores comerciais e coletar dados’. Para cada prioridade, a sua empresa pode restringir a seleção para alguns indicadores chave que melhor expressam o seu impacto sobre o tópico de desenvolvimento sustentável em questão.
Sempre que possível, a sua empresa é aconselhada a selecionar KPIs que abordam diretamente o impacto ou resultado de
as suas atividades. Para alguns objetivos, isso pode ser difícil ou até mesmo impossível, devido, por exemplo, à falta de dados relevantes e disponíveis. Nesses casos, selecione KPIs que podem ser considerados ‘proxies para impacto’ - por exemplo, tratando dos recursos, tais como o capital que a sua empresa investirá ou as atividades específicas, tais como o treinamento que essa pretende realizar.
Uma outra recomendação é que a sua empresa deve escolher um indicador comumente utilizado como o KPI sempre que possível. Isso facilitará a agregação e a comparação dos dados entre empresas. Conforme explicado na etapa 02, o site: www.sdgcompass. org mostra a relação online de indicadores comerciais comumente utilizados para cada meta ODS.
Além dos KPIs que são adotados por toda a empresa e comunicados externamente, a sua empresa pode achar que é útil identificar indicadores adicionais para ajudar as partes específicas do negócio a monitorar o progresso relacionado às metas.
O estabelecimento de metas de sustentabilidade específicas, mensuráveis e vinculadas ao prazo ajuda a promover as prioridades compartilhadas e a conduzir o desempenho ao redor da organização, e está se tornando crescentemente difundido.
Mediante o alinhamento dos ODS, as empresas podem estabelecer metas mais significativas e se comunicar de forma mais eficiente a respeito do seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Esse passo no estabelecimento de metas consiste de quatro ações:
Definir o escopo das metas e seleciona KPIs 17
Definir a linha de base e selecionar o tipo de meta 18
Estabelecer o nível de ambição 18
Anunciar o compromisso com os ODS 20
É importante definir o padrão para cada objetivo. Esse processo está estritamente relacionado ao processo de avaliação de impacto resumido no passo 02. O padrão pode ser relacionado a:
A forma como a sua empresa define o padrão pode impactar significativamente a probabilidade de alcançar um objetivo. é recomendado, portanto, ser transparente a respeito de como e porque um padrão específico foi escolhido.
A fim de monitorar o progresso de forma precisa, é essencial considerar as mudanças que impactam a consistência e a relevância das informações relatadas, tais como incorporações, aquisições e desinvestimentos. Após esses eventos, o padrão deve ser recalculado.
A sua empresa deve decidir, ainda, qual tipo de meta estabelecer. De modo geral, as metas se encaixam em uma das duas categorias:
Metas absolutas expressam melhor o impacto na sociedade, mas não consideram o crescimento (ou diminuição) da empresa. As metas relativas, por outro lado, medem mais precisamente o desempenho da sua empresa por unidade de produção, mas o impacto que a meta terá é incerto. Nenhum tipo de metas estabelece uma figura completa, então a recomendação é contar a história de qual impacto a sua empresa deseja alcançar.
Recomenda-se considerar cuidadosamente o nível de ambição da sua empresa com relação às metas, e a consulta com as partes interessadas para instruções. Metas ambiciosas geram maiores impactos e um desempenho melhor que as metas modestas. Mediante o estabelecimento da barra significativamente acima do desempenho que é projetado, sua empresa estimulará a inovação e incentivará a criatividade. As decisões relacionadas à ambição terão implicações de reputação, e as lideranças setoriais criarão pressões para que outras organizações acompanhem o processo. Por exemplo, se uma empresa se compromete com um salário justo para todos os funcionários, outros do mesmo setor terão que seguir a ação ou serão deixados para trás.
Tradicionalmente, as empresas estabelecem suas ambições analisando o desempenho atual e histórico, projetando tendências e cenários, e realizando benchmark comparativo. Entretanto, o impacto combinado dessas metas não é suficiente para tratar plenamente dos desafios sociais e ambientais globais que o mundo enfrenta.
Em reconhecimento disso, as empresas líderes começaram recentemente a estabelecer um método mais ‘de fora para dentro’ para o estabelecimento de metas. Esse método está ganhando tração com relação às mudanças climáticas, uma vez que as empresas se comprometem a estabelecer metas ‘baseadas na ciência’.
Os ODS representam um consenso político sem precedentes a respeito de qual nível de progresso é desejado globalmente – e essa é uma oportunidade para que as empresas apliquem um método similar em uma ampla escala de desafios de desenvolvimento sustentável. Isso significa o estabelecimento do nível de ambição, com base nas aspirações dos ODS, e a definição do que é ‘razoável’ para a sua empresa, com base na sua indústria, localização geográfica e porte. Apesar dos desafios metodológicos, os diversos métodos ‘de dentro para fora’ para o estabelecimento de metas podem ajudar a definir a liderança de sustentabilidade corporativa nos próximos anos.
A decisão do nível de ambição da sua empresa está fundamentalmente ligada ao estabelecimento da estrutura para as metas. O argumento para uma linha do tempo longa é estabelecer metas que representem um ponto decisivo para que a indústria crie um futuro diferente da realidade de hoje. O fato de tornar a linha do tempo significativamente longa permitirá uma melhor comunicação – uma meta de ‘Obtendo 100% da energia por fontes renováveis até 2030’ é, por exemplo, mais inspiradora e impactante do que uma meta de ‘75 % renováveis até 2025’. A compensação é que, quanto mais longo o horizonte, menor a contabilidade a ser entregue. Então se a sua empresa estabelece metas de longo prazo, por exemplo, alinhadas com a estrutura de 15 anos dos ODS, é necessário definir, também, as metas ou marcos de curto/médio prazo
Definir o padrão
e selecionar o tipo
de objetivo
SDGs
O número crescente de iniciativas que promovem e sustentam um método ‘de dentro para fora’ para o estabelecimento de uma meta comercial inclui:
Além disso, há inspiração a ser vista nos bancos de dados online para metas e objetivos comerciais, incluindo:
IMPACTO COMBINADO DAS METAS COMERCIAIS ATUAIS Metas comerciais:
INTERVALO DE DESEMPENHO Há um intervalo entre o desempenho comercial atual e o desempenho exigido no tratamento das necessidades globais
O método com foco interno de hoje para o estabelecimento de metas não é suficiente para tratar das necessidades globais
NECESSIDADES GLOBAIS E SOCIETÁRIAS Metas comerciais:
Olhando para o que é necessário externamente de uma perspectiva global e estabelecendo metas dessa forma, os negócios farão a conexão entre o desempenho atual e o desempenho exigido. Os ODS representam um consenso político sem precedentes a respeito de qual nível de progresso é desejado em âmbito global.
ODS
ODS ODS
ODS
Estabelecer o nível
de ambição
Embora as equipes de sustentabilidade e profissionais dedicados possam desempenhar um papel importante na realização dos objetivos de sustentabilidade da empresa, o apoio e a propriedade de funções corporativas, tais como Pesquisa e Desenvolvimento, Desenvolvimento Comercial, Gestão de Fornecimento, operações e recursos humanos são a chave para a incorporação de sustentabilidade na estratégia comercial, cultura e operações.
Dependendo da natureza da empresa e seus objetivos de sustentabilidade, algumas funções serão mais importantes do que outras. Por exemplo, as metas relacionadas aos fornecedores têm uma chance maior de sucesso se forem de propriedade do departamento responsável pela gestão da cadeia de abastecimento. Em todos os casos, a responsabilidade individual pelo progresso em objetivos e metas individuais ajudará a obtenção do sucesso.
Muitas práticas diferentes estão envolvidas na condução da mudança organizacional e no apoio à integração dos negócios, desde a conscientização e treinamento até a utilização de conhecimento e inspiração acessados através de relacionamentos com peritos externos e partes interessadas.
A fim de sustentar o desenvolvimento e a implementação da estratégia da empresa, conforme essa se relaciona ao desenvolvimento sustentável, muitas empresas estabeleceram conselhos de sustentabilidade com funcionalidade cruzada, conselhos ou forças-tarefa. Em alguns casos, as estruturas de governança podem também incluir um comitê de sustentabilidade no âmbito do Conselho. Isso confere tempo para discussões estratégicas dedicadas às prioridades de sustentabilidade, as quais podem ser especialmente valiosas nos primeiros estágios de integração comercial.
PESqUISA E DESENVOLVIMENTO Identificar materiais alternativos para todas as substâncias químicas prejudiciais identificadas até o final do ano de 2016.
Identificar e retirar, quando possível, todas as substâncias químicas prejudiciais nos produtos e componentes adquiridos até o final do ano de 2016.
DE PESqUISA E DESENVOLVIMENTO Identificar materiais alternativos para todos os produtos químicos identificados nos produtos e componentes sob a sua responsabilidade até o final do ano de 2016.
Garantir que todas as contas de abastecimento cumpram a política de compras de substâncias químicas perigosas até o final do ano de 2016.
A liderança ativa do CEO e dos gerentes seniores é a chave para o sucesso de qualquer tipo de mudança organizacional significativa. Para a integração comercial das metas de sustentabilidade – nas quais o valor do negócio pode não ser sempre plenamente entendido por todas as partes da organização - o exemplo dado por aqueles que ocupam cargos superiores é especialmente importante.
Há também um reconhecimento forte e crescente do papel importante que os Conselhos de Administração desempenham na integração de metas de sustentabilidade na estratégia de longo prazo. Conselhos podem desempenhar um papel importante, por exemplo, integrando objetivos de sustentabilidade nos critérios de recrutamento e remuneração da gestão executiva.
Para se certificar de que as metas de sustentabilidade estão solidamente ancoradas nas organizações, dois princípios são especialmente importantes:
Para ser mais eficaz, as metas de sustentabilidade da sua empresa devem ser parte integrante do seu conjunto completo de metas financeiras, estratégicas e operacionais, juntamente com as metas para as áreas tais como vendas e produtividade. Em última análise, as ambições de sustentabilidade também serão refletidas nas declarações de ponto de vista, missão e/ou propósito da empresa, assim, ligando, de forma fundamental e destacada, o sucesso futuro da empresa ao desenvolvimento sustentável.
A fim de demonstrar exemplos de liderança específicos da indústria e ajudar a identificar oportunidades concretas para que as empresas avancem os ODS, enquanto valorizam os acionistas, o Pacto Global das Nações Unidas e KPMG liderou o desenvolvimento de uma Matrix Industrial do ODS para sete indústrias.
Retirada de todas as substâncias químicas prejudiciais* nos produtos até 2020 Garantia de que todas as substâncias químicas prejudiciais sejam identificadas e retiradas, quando possível, e as alternativas identificadas até o final do ano de 2016
AÇõES DELEGADAS
AÇõES DELEGADAS
Incorporar a sustentabilidade
em todas as funções
Ancorando metas de sustentabilidade
nos negócios
Em uma pesquisa de 2014, 90% de uma amostra de 38.000 executivos, gerentes e líderes de pensamento pesquisados concordaram que questões de sustentabilidade efetivamente abordadas não podem ser conduzidas isoladamente.
Esta apreciação do valor da colaboração também é explicitamente incorporada ao projeto dos ODS, com o ODS 17 esboçando várias metas para parcerias intersetoriais.
Em geral, uma empresa pode explorar pelo menos três tipos de parcerias:
Os ODS podem ajudar a reunir sócios em torno de uma série de metas e prioridades compartilhadas. A construção de sociedades de desenvolvimento sustentável eficazes requer um alto grau de comprometimento das pessoas envolvidas.
Os sócios devem ter por objetivo estabelecer metas compartilhadas, alavancar as suas respectivas competências essenciais, despolitizar projetos, desenvolver estruturas de governança claras, criar um quadro de acompanhamento único, foco sobre os impactos, prever as necessidades futuras de recursos, e criar um processo de gestão de conhecimento. Para novas parcerias, recomenda-se começar aos poucos, tendo em vista o projeto por escala.
Muitos governos, reguladores de mercado e bolsas de valores iniciaram políticas de relatório e regulamentos nos últimos anos. Pelo menos 180 políticas e iniciativas nacionais do relatório de sustentabilidade existem mundialmente, e aproximadamente dois-terços dessas são obrigatórias.
Atualmente, a maioria das maiores empresas do mundo divulgam o seu desempenho e os impactos de sustentabilidade. Dentre as 250 maiores empresas do mundo, 93% relatam o seu desempenho de sustentabilidade, vide A Pesquisa da KPMG do Relatório de Responsabilidade Corporativa de
Os ODS tornam esse nível de relatório uma expectativa clara. A meta do ODS 12.6 exige que governos de todos os lugares ‘incentivem as empresas, especialmente as empresas de grande porte e transnacionais, a adotarem práticas sustentáveis e a integrarem informações de sustentabilidade no seu ciclo de relatório’.
Essa medida esboça as ações necessárias em termos de relatório e comunicação:
Relato e comunicação efetiva 27
Comunicação do desempenho do ODS 28
Os ODS fornecem uma linguagem comum para relatório. O seu quadro comum para o desenvolvimento sustentável também pode ser útil ao moldar a priorização da narrativa de relatórios e do tipo de divulgações de desempenho que uma empresa faz por meio de uma variedade de comunicações sobre o seu desempenho de desenvolvimento sustentável.
Muitas empresas já relatam e se comunicam sobre os tópicos abordados nos ODS, tais como mudanças climáticas, gerenciamento sustentável de água ou emprego e trabalho digno. O alinhamento do relatório da sua empresa e da comunicação com os ODS significa tanto a discussão de desempenho no contexto das expectativas estabelecidas pelos ODS, e ainda o alinhamento das divulgações com a linguagem dos ODS para garantir um diálogo comum entre as partes interessadas.
Para cada ODS identificado como relevante, as empresas podem divulgar:
Os KPIs e outros indicadores que sua empresa definiu no processo de avaliação dos impactos e estabelecimento de metas - conforme descrito no passo 02 e passo 03 - são pontos de partida importantes para a seleção dos indicadores relevantes para o relatório. Para os fins de relatório e comunicação, esses indicadores podem ser complementados com indicadores adicionais. Ambos os conjuntos podem ser selecionados utilizando a relação de indicadores comerciais existentes mapeada contra os ODS no site www.sdgcompass.org
Além disso, a fim de permitir relatórios a respeito dos impactos em grupos desfavorecidos, marginalizados ou vulneráveis, é importante o uso de indicadores que permitem a desagregação por critérios sócio econômicos, tais como por sexo, idade, raça, etnia, deficiência e outras características relevantes.
As empresas que optam por produzir um relatório ODS independente podem estruturar e organizar as informações no relatório em torno dos ODS relevantes, direcionando claramente leitores para onde esses possam encontrar as informações sobre o ODS que mais importa para eles.
As empresas que integram informações sobre os ODS em tipos existentes de relatórios e comunicações podem utilizar soluções visuais, tais como ícones para cada um dos ODS relevantes para realçar as informações do ODS relevante. Além disso, elas ainda podem destacar os ODS relevantes no índice. Por exemplo, as empresas que utilizam um padrão, tal como a GRI, para relatar a sua contribuição para o ODS podem adicionar uma coluna para o seu Índice de Conteúdo da GRI, mapeando as divulgações da GRI relevantes contra a sua lista de ODS relevantes.
Os ODS integram aspectos econômicos, sociais e ambientais, e trabalham em conjunto para alcançar o desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões. Dessa forma, as empresas se beneficiarão do reconhecimento e da articulação das ligações entre esses elementos em seus relatórios e comunicações. Por exemplo, muitas questões, tais como a igualdade de gênero, a saúde ou o consumo e produção sustentáveis atravessam vários ODS. A sua empresa pode achar útil explicar como o progresso obtido em uma área tem contribuído para o progresso em outros setores.
Sobre nós
Desenvolvida pela GRI, pelo Pacto Global das Nações Unidas e pelo Conselho de Negócios Mundiais para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), o Guia dos ODS para as Empresas incorpora o feedback recebido durante três períodos de pesquisa das empresas, órgãos governamentais, instituições acadêmicas e organizações da sociedade civil mundialmente.
A GRI é uma organização independente internacional que foi pioneira em relatórios de sustentabilidade corporativa desde 1997. A missão da GRI é autorizar tomadores de decisão em todos os lugares, por meio dos seus padrões de relatório de sustentabilidade e rede com diversas partes interessadas, tomar medidas a respeito de uma economia mais sustentável e do mundo. www.globalreporting.org
O Pacto Global das Nações Unidas é uma chamada para que as empresas alinhem estratégias e operações com princípios universais de direitos humanos, mão-de- obra, ambiente e anticorrupção, e tomem medidas que avancem as metas da ONU. Essa é a maior iniciativa corporativa de sustentabilidade do mundo, com mais de 8.000 empresas participantes de 160 países. www.unglobalcompact.org
O Conselho de Negócios Mundiais para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) está comprometido em estimular a comunidade comercial global a criar um futuro sustentável para os negócios, a sociedade e o ambiente. O WBCSD fornece um fórum para as suas 200 empresas membro, a fim de escalar soluções comerciais que modifiquem o status quo. www.wbcsd.org
TM
Esta publicação é divulgada pela GRI, pelo Pacto Global das Nações Unidas e pelo WBCSD. Esta publicação foi preparada para fins de instrução geral a respeito de questões de interesse apenas, e não constitui um aconselhamento profissional. você não deve atuar com base nas informações contidas nesta publicação sem obter um aconselhamento profissional específico. Nenhuma declaração ou garantia (expressa ou implícita) é concedida quanto à precisão ou integralidade das informações contidas nesta publicação e, na extensão permitida por lei, a GRI, o Pacto Global das Nações Unidas e o WBCSD, os seus membros (se aplicável), funcionários e agentes não aceitam ou assumem nenhuma responsabilidade ou obrigação de cuidado por quaisquer consequências da sua atuação ou não atuação, ou da atuação ou não atuação de qualquer outra pessoa, em confiança às informações contidas nesta publicação, ou por qualquer decisão baseada nesta.
Comunicação a respeito do desempenho dos ODS
A GRI, o Pacto Global das Nações Unidas e o WBCSD gostariam de agradecer os diversos indivíduos, empresas e organizações que contribuíram com esta publicação com inspiração nas recomendações e feedback que eles forneceram durante os períodos de consulta.
Um agradecimento especial à Radley Yeldar pela edição e design.
O Guia dos ODS para as Empresas é o resultado de um esforço coletivo envolvendo muitos colegas da GRI, do Pacto Global das Nações Unidas e do WBCSD, incluindo:
líder: Pietro Bertazzi (Bertazzi@GlobalReporting.org), Bastian Buck, Diana Danciu, laura Espinach, Teresa Fogelberg, Anne Kullman, Punjanit leagnavar e Rashmi van de loenhorst
líder: Ole lund Hansen (hansen4@un.org), Swati Chaudhary e Emmeline Skelton
líder: Mark Didden (Didden@wbcsd.org), Anaïs Blasco, Emily Grady, Rodney Irwin, Carina larsfalten e Amanda Williams
Os sócios ainda valorizam bastante o suporte fornecido pela PwC, pela IO Sustainability, pela Agência Sueca de Cooperação no Desenvolvimento Internacional (Sida) e pela Secretaria Estadual Suíça para Assuntos Econômicos (SECO).
Reconhecimentos