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Guias e Dicas
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Guia Prático sobre Classificação em Cores, Notas de estudo de Biblioteconomia

O “Guia prático sobre classificação em cores para bibliotecas escolares e infantis” é um livro de fundamentação básica para iniciantes que expõe os fundamentos teóricos e práticos para facilitar o processo de inserção e posicionamento dos livros nas estantes por parte do staff da biblioteca, bem como, para facilitar a localização e recuperação dos livros pelos usuários e leitores na biblioteca, situação essa que propicia um ambiente colorido, atrativo e agradável. O livro trata teoricamente da o

Tipologia: Notas de estudo

2017
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Baixe Guia Prático sobre Classificação em Cores e outras Notas de estudo em PDF para Biblioteconomia, somente na Docsity!

Mariza Inês da Silva Pinheiro

Autora

GUIA PRÁTICO SOBRE CLASSIFICAÇÃO EM CORES PARA

BIBLIOTECAS ESCOLARES E INFANTIS

Edição do autor

Rondonópolis - MT

Deixa-me ser o que eu sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo. E o meu destino é seguir... seguir para o mar. O mar onde tudo recomeça... Onde tudo se refaz...

Mário Quintana

Às pessoas que me inspiraram a realizar meu sonho...

Alexandre Oliveira de Meira Gusmão e Luciléia Rosa Queiroz Rodrigues César

GUIA PRÁTICO SOBRE CLASSIFICAÇÃO EM CORES PARA

BIBLIOTECAS ESCOLARES E INFANTIS

Menina Bonita do laço de fita

Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.

Ana Maria Machado

SUMÁRIO

PARTE I

PARTE II

PARTE III

PARTE V

PARTE VI

  • APRESENTAÇÃO .................................................................................................................
  • PREFÁCIO ...............................................................................................................................
  • CAPITULO 1-ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DA BIBLIOTECA ESCOLAR ...... Direção funcional
  • CAPÍTULO 2 - CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA. ............................................. Métodos de classificação
    • 2.1 Classificação em cores: a origem e o caminho no meio escolar...............
  • CAPÍTULO 3 - DIRETRIZES E SEUS PROCEDIMENTOS ................................... Estabelecimento das diretrizes
    • 3.1 Classificação Decimal Universal – CDU.........................................................
    • Diretriz 1 - Classificação Decimal Universal – CDU.........................................
    • 3.2 Classificação em cores.....................................................................................
    • Diretriz 2 – Classificação em cores.....................................................................
    • 3.3 Entrada de autoria............................................................................................
    • Diretriz 3 – Obras com um ou vários autores....................................................
    • Diretriz 4 – Obra com autoria desconhecida.....................................................
    • Diretriz 5 – Domínio geográfico do autor...........................................................
    • Diretriz 6 – Autor espanhol...................................................................................
    • Diretriz 7 – Sobrenome composto de autores...................................................
    • Diretriz 8 – Autor sem sobrenome.......................................................................
    • Diretriz 9 – Autor com pseudônimo.....................................................................
    • Diretriz 10 – Obras psicografadas.......................................................................
    • Diretriz 11 – Entrada por nomes orientais..........................................................
    • Diretriz 12 – Entrada pelo prenome.....................................................................
    • Diretriz 13 – Autoria de Instituições e/ou Entidades....................................
    • Diretriz 14 – Sobrenome que indica parentesco...............................................
    • Diretriz 15 – Nome abreviado................................................................................
    • Diretriz 16 – Entrada pelo nome do espírito......................................................
    • Diretriz 17 – Sobrenome com apóstrofo.............................................................
    • Diretriz 18 – Hífen no nome...................................................................................
    • Diretriz 19 – Sobrenome com duas letras..........................................................
    • Diretriz 20 – Sobrenome de autor abreviado...................................................
    • Diretriz 21 – Títulos de nobreza, qualificação e cargo..................................
    • Diretriz 22 – Artigos, preposições e contrações.............................................
    • 3.4 Entrada para os títulos....................................................................................
    • Diretriz 23 – Títulos com artigo definido ou indefinido.................................
    • Diretriz 24 – Títulos com preposição..................................................................
    • Diretriz 25 – Numeral no título............................................................................
    • Diretriz 26 – Classificação, autores e títulos iguais........................................
    • Diretriz 27 - Classificação igual, autores diferentes e títulos iguais.........
  • CAPÍTULO 4 - CLASSIFICAÇÃO DAS OBRAS NÃO LITERÁRIAS ................. PARTE IV
    • 4.1 Livros didáticos e paradidáticos .................................................................
    • 4.2 Classificação das Obras de referência ....................................................
      • 4.2.1 Dicionários.............................................................................................
      • 4.2.2 Enciclopédias.......................................................................................
  • CAPÍTULO 5 - TARJA DE CLASSIFICAÇÃO EM CORES ................................... Direcionamento das Cores
    • 5.1 Algumas regras para a elaboração das etiquetas de lombada...............
  • CAPÍTULO 6 - ORGANIZAÇÃO DAS OBRAS NAS ESTANTES ..................... A ordem é sempre ter uma direção
  • REFERÊNCIAS ....................................................................................................................
  • ANEXO I - Tabela de Classificação em cores............................................................
  • Paradidáticos........................................................................................................................ ANEXO II - Tabela de Classificação em cores: livros didáticos e
  • em Cores da autora deste Guia........................................................................................ ANEXO III - Resumo da Classificação Decimal Universal incluindo Classificação
  • ANEXO IV - Organização das obras na estante..........................................................
  • ANEXO V - Sinalização nas estantes..............................................................................

PREFÁCIO

Escrever o prefácio de um livro é sempre uma grande honra, sobretudo, quando se trata de uma obra como esta, por exemplo, a que nos presenteia MARIZA INÊS DA SILVA PINHEIRO. O título é sugestivo “ Guia prático sobre classificação em cores para bibliotecas escolares infantis ”, e se constitui em uma proposta inovadora de organização do acervo de bibliotecas infantis com vistas, não só a facilitar o encontro da obra desejada pelas crianças, como a tornar o ambiente da biblioteca mais atraente. Certamente são dois requisitos fundamentais para despertar o interesse das crianças a frequentá-la e, consequentemente, seu interesse e gosto pela leitura. Sabemos que, desde os finais do século XIX, o desenvolvimento da Tecnologia Digital tem permitido o acesso, cada vez mais acelerado, das pessoas (crianças, jovens e adultos) a uma variedade de portadores de textos disponibilizados na internet. No entanto, a escola ainda é um espaço/tempo essencial para se aprender a filtrar todas as informações e conhecimentos que vêm destes diferentes meios de comunicação. Além disso, nem todos têm acesso a todas essas informações e conhecimentos. Enfim, o espaço escolar é e deverá ser, ainda por muito tempo, um espaço privilegiado para garantir àqueles (as) que a frequentam a porta de acesso ao principal instrumento de leitura: o livro. Por isso, é essencial que aqueles (as) que a frequentam (a escola) se sintam atraídos (as) para o espaço onde os livros ficam expostos: a biblioteca, principalmente as crianças, possam descobrir o gosto e o prazer que a leitura pode proporcionar em sua vida. OS Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa afirmam que “Uma prática intensa de leitura na escola é, sobretudo, necessária, porque ler ensina a ler e a escrever” (BRASIL, 1998, p. 65). É neste contexto que a obra de MARIZA INÊS DA SILVA PINHEIRO assume importância fundamental. Mariza, não só criou um método inovador de organização do acervo para bibliotecas infantis, o que torna o ambiente mais bonito e cativante. Ela propõe uma forma de organização que, sem desconsiderar a classificação estabelecida pela CDU “[...] em função de existirem muitas escolas com Ensino Médio e, assim, os alunos vão se familiarizando quando frequentarem a universidade, porque na maioria das bibliotecas universitárias utilizam dessa metodologia” (PINHEIRO, 2016, p. 16), a autora chama a atenção das crianças e estimula-as à pesquisa: que

livro vou ler? O que este livro traz de interessante? O que aprendi lendo este livro? O que meu coleguinha leu? Vamos compartilhar nossas leituras?... Enfim, o livro de MARIZA INÊS DA SILVA PINHEIRO que ora tenho a honra de prefaciar, não é apenas um “guia prático” como indica o título, ele vai muito além, insere-se em uma perspectiva educacional emancipadora, porque amplia as possibilidades de crianças, jovens e até mesmo adolescentes de se sentirem bem dentro da biblioteca. De considerar a biblioteca como um ambiente aconchegante, acolhedor e, quiçá, todas elas, com um profissional qualificado para orientá-los e para subsidiá-los “no processo educacional conforme o planejamento pedagógico da instituição de ensino” onde ela se insere, nas palavras da autora. A Metodologia de Classificação por Cores, criada por MARIZA INÊS DA SILVA PINHEIRO e compartilhada com todos (as) que atuam na área por meio desta obra, com certeza irá beneficiar muito as atuais e futuras bibliotecas, sobretudo, considerando o teor da Lei 12.244/10 que regulamenta a biblioteca escolar e determina a contratação de um profissional bibliotecário nas escolas brasileiras. Trata-se, pois, de uma obra de fundamental relevância para bibliotecários e educadores, em geral, que se preocupam com a qualidade do ensino em nossas escolas tendo em vista a leitura como instrumento de inclusão social.

Dra Wilse Arena da Costa Departamento de Educação Universidade Federal de Mato Grosso

Além disso, a biblioteca escolar é um espaço educacional, cultural e social e, por isso, deve possuir profissionais que primam pelas crianças/adolescentes e que tenham prazer/gosto pelo que faz, com dedicação e alegria. Neste aspecto, ela precisa oferecer um acervo atraente, atualizado, adequado ao perfil dos estudantes e propiciar um ambiente convidativo, aconchegante, com profissionais que possuam perfis específicos a cada atividade estabelecida pela biblioteca, para que o aprender e o lazer possam se unir em prol da liberdade da imaginação e construção do conhecimento (PINHEIRO; RODRIGUES, 2014) e um gerenciamento focalizado em mediar a interlocução entre a leitura e a criança tornando um espaço participativo e de lazer. Ensino e biblioteca não se excluem, completam-se. Uma escola sem biblioteca é instrumento imperfeito. A biblioteca sem ensino, sem a tentativa de estimular, coordenar e organizar a leitura, será, por seu lado, instrumento vago e

incerto. (LOURENÇO FILHO, 1946, p. 4apud CAMPELLO, s.d.).

Desse modo, a meu ver, uma biblioteca escolar com um bibliotecário que atua, principalmente, na mediação da leitura literária desde as primeiras séries tem uma probabilidade de formar grandes leitores. Segundo Campello (2002), a escola que pretenda investir na leitura como ato verdadeiramente cultural não pode ignorar a importância de uma biblioteca aberta, interativa, espaço livre para expressão genuína da criança e do jovem. A autora ainda menciona que “a biblioteca é um espaço excelente para essa prática e pode participar, de maneira efetiva, da formação de atitudes de respeito ao livro e demais materiais do acervo.” (CAMPELL0, 2002, p. 18). O gerenciamento de uma biblioteca escolar ou infantil é um processo dinâmico, ativo e contínuo com metodologias, práticas concretas, pragmáticas e eficazes que consiste na garantia da eficiência de tudo que envolve a parte organizacional desta unidade informacional/educacional, na qual fundamentam a boa administração sob quatro grandes aspectos da administração/organização do espaço interno: os serviços e produtos, incentivo à leitura, pesquisa escolar e atividades culturais e sociais. A partir dessa realidade, é que surgiu a proposta de ”Organização do acervo - Metodologia - Classificação em Cores” (Figura 1), tema principal abordado nesta obra, sem, contudo, deixar de lado a biblioteca como um todo. É uma metodologia que pode contribuir para beneficiar muito tanto as atuais quanto as futuras bibliotecas. Com a Lei 12.244/10, que regulamenta a biblioteca escolar e determina a contratação de um profissional bibliotecário nas escolas brasileiras, também pode facilitar a aplicabilidade de um software de automação de bibliotecas.

2 CLASSIFICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

Nesta metodologia de trabalho, nas bibliotecas escolares, foi estabelecido a Classificação Decimal Universal e a Classificação em Cores. Por que duas classificações? A CDU foi mantida porque existem muitas escolas com Ensino Médio, alunos que em nosso ponto de vista, acabarão adentrando alguma universidade do país. A CDU é um dos sistemas mais utilizados pela maioria das bibliotecas universitárias, assim, os alunos vão se familiarizando quando frequentarem a universidade. Mas vale destacar que o objetivo principal da Classificação em Cores é facilitar o encontro da obra bibliográfica desejada pelas crianças, pois as cores são uma das primeiras linguagens que a criança aprende quando pequena e fica mais fácil sua busca (PINHEIRO; SACHETTI, 2008). Além disso, é um Guia Prático para compartilhar a experiência de um novo recurso metodológico que pode trazer benefícios para que mais profissionais entendam o funcionamento do método na prática e possam adotá-lo também. Esse método estabelece algumas diretrizes para facilitar o entendimento de todo o processo do número de chamada (CDU, autor, título e Classificação em Cores), que nada mais é que o endereço da obra, ou seja, a localização das obras nas estantes. Tais diretrizes são fundamentais para regulamentar um caminho de ações e, consequentemente, proporcionar um bom andamento da organização de uma biblioteca escolar ou infantil.

2.1 Classificação em cores: a origem e o caminho no meio escolar

A Classificação em Cores teve origem em 2003, implantada em uma biblioteca infantil da cidade de Rondonópolis-MT, juntamente com a aluna de Biblioteconomia Vana Fátima Preza Sachetti. Em 2004, após muitos estudos, ampliamos esta tabela de Classificação em Cores, após analisar todos os gêneros literários das obras e também para os livros didáticos e paradidáticos. O método foi aperfeiçoado e aplicado em várias bibliotecas escolares do referido município. Foi a partir deste trabalho que constatamos a importância desta metodologia de organização. A opção por estabelecer essa classificação foi a necessidade de que as bibliotecas deixassem de ser um amontoado de estantes cheias de livros de

Figura 2 - Classificação em cores e as interligações

A Classificação em cores vem beneficiar a recuperação fácil e rápida das obras no acervo e, consequentemente, beneficia o processo da pesquisa, leitura e o acesso à informação.

Nesta mesma linha de pensamento, Campello (2003, p.1) menciona que O discurso da biblioteca escolar, observado a partir dos três aspectos que compõem o que temos chamado de sua função educativa (a leitura, a pesquisa escolar e a cultura), revela algumas características que devem ser analisadas a fim de fazer avançar as ações necessárias para o aperfeiçoamento dessas instituições, especificamente de seu papel pedagógico. Evidencia-se, portanto, que adotar medidas que facilitem o acesso à informação é extremamente necessário em uma biblioteca. Em se tratando de biblioteca escolar, cujo público, na grande maioria, é infantil e, por isso, a

Biblioteca Escolar

Organização do acervo Estímulo à leitura

Classificação em cores

Recuperação fácil

Atrativa e alegre

Fácil organização

Culturais e Sociais

Atividades

Comunidade escolar

Classificação em Cores apresenta as características necessárias para uma satisfatória recuperação da informação pelas crianças. (PINHEIRO, 2009). Para Mouro e Estabel (2011, p. 17), “A relação do usuário com a biblioteca torna-se significativa graças às representações que ficaram na relação do aluno com a biblioteca da sua escola”. Assim, o número de chamada foi estabelecido nas obras literárias por algumas diretrizes e procedimentos, conforme mencionamos no capítulo, a seguir.