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HISTÓRIA DO PENSAMENTO FINANCEIRO, Notas de estudo de Administração Empresarial

analise de investimento

Tipologia: Notas de estudo

2014
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Compartilhado em 26/01/2014

Andre.Carvalho
Andre.Carvalho 🇧🇷

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
Unidade Universitária de Guarapuava Extensão em Laranjeiras do Sul
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
Matéria: Administração de Materiais e Logística
Professor: Marcel Luciano Klozovski
Acadêmico: André Luiz Rodrigues Carvalho
Laranjeiras do Sul,
2013
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RESUMO: HISTÓRIA DO PENSAMENTO FINANCEIRO
1. INTRODUÇÃO
O conteúdo da teoria financeira encontra-se em processo de rápida transformação.
Nos últimos 50 anos ocorreram mudanças notáveis na teoria e na prática das finanças
empresariais. Nesse período, o ritmo acelerado da inovação na relação - teoria e prática - em
finanças tornou-se mais dinâmico, sistemático e científico. Porém, todo esse arsenal teórico é
o resultado da consolidação de estudos e pesquisas que vem evoluindo ao longo dos tempos, e
contou com a colaboração dos pioneiros nos estudos e pesquisas financeiras desde o início das
civilizações.
2. A IDADE ANTIGA
Nos povos antigos, a preocupação com finanças surgiu em meio às reflexões
filosóficas, que se ocupavam dos preceitos morais e religiosos e nas tarefas diárias.
A riqueza, a distribuição da renda, a posse de escravos e de bens, os recursos
financeiros das famílias e dos governos, a atividade comercial, os empréstimos, a tributação, a
cobrança de juros, a valoração das mercadorias para troca nos sistemas de escambo e na
adoção de moedas, o fundamento dos preços, a interferência governamental no mercado e
outras questões, impulsionaram o estudo de finanças.
Os registros daquela época relatam que a atividade financeira e comercial não era
vista com "bons olhos" pela sociedade que, de um modo geral, condenava a riqueza
individual, que era vista com desconfiança, pois acreditavam que o dinheiro servia para
reforçar a divisão social e subverter a retidão moral dos indivíduos.
A religião controlava e determinava o comportamento coletivo, influenciava a
ação dos governantes, impondo leis e regulamentos em todos os aspectos da sociedade,
inclusive o financeiro.
3. A IDADE MÉDIA
Na Idade Média, o cristianismo influenciou o comportamento humano e
estabeleceu procedimentos em relação a Finanças.
A Igreja Católica, em seus mosteiros, desenvolveu estudos relacionados a
assuntos financeiros, sendo a escassez das rendas patrimoniais dos príncipes, a tributação e a
constituição do tesouro como reserva para os maus dias, alguns dos assuntos tratados nas
obras do teólogo São Tomas de Aquino (1226-1274).
Mateo Palmieri (1405-1475) fez um estudo sobre empréstimos e
proporcionalidade de tributos contra critérios progressivos; outros pensadores apresentaram
em suas obras, fragmentos de estudo de finanças, como Antônio de Firenze (1389-1459) e
Bernardino de Siena, que defendiam o acúmulo do tesouro.
A Igreja influenciava todas as decisões, mas com o crescimento das cidades estas
passaram a adquirir autonomia, ocasionando a necessidade de se criar uma regulamentação
nas transações comerciais. Surgiram então leis específicas que tratavam de contratos,
instrumentos, operações e títulos financeiros, bem como, instituições de crédito e de leilões
que propiciaram uma evolução nas transações financeiras.
4. A IDADE MODERNA E A RENASCENÇA
Nesta fase, surgiram, em meio ao grande número de pensadores, alguns que se
preocupavam com os problemas financeiros; tais como: a correlação entre a economia privada
e as finanças públicas. Estes temas são objeto de estudo da obra de Diomedes Carafa.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO

Setor de Ciências Sociais Aplicadas Unidade Universitária de Guarapuava – Extensão em Laranjeiras do Sul CURSO: ADMINISTRAÇÃO Matéria: Administração de Materiais e Logística Professor: Marcel Luciano Klozovski Acadêmico: André Luiz Rodrigues Carvalho

Laranjeiras do Sul, 1

RESUMO: HISTÓRIA DO PENSAMENTO FINANCEIRO

1. INTRODUÇÃO

O conteúdo da teoria financeira encontra-se em processo de rápida transformação. Nos últimos 50 anos ocorreram mudanças notáveis na teoria e na prática das finanças empresariais. Nesse período, o ritmo acelerado da inovação na relação - teoria e prática - em finanças tornou-se mais dinâmico, sistemático e científico. Porém, todo esse arsenal teórico é o resultado da consolidação de estudos e pesquisas que vem evoluindo ao longo dos tempos, e contou com a colaboração dos pioneiros nos estudos e pesquisas financeiras desde o início das civilizações.

2. A IDADE ANTIGA Nos povos antigos, a preocupação com finanças surgiu em meio às reflexões filosóficas, que se ocupavam dos preceitos morais e religiosos e nas tarefas diárias. A riqueza, a distribuição da renda, a posse de escravos e de bens, os recursos financeiros das famílias e dos governos, a atividade comercial, os empréstimos, a tributação, a cobrança de juros, a valoração das mercadorias para troca nos sistemas de escambo e na adoção de moedas, o fundamento dos preços, a interferência governamental no mercado e outras questões, impulsionaram o estudo de finanças. Os registros daquela época relatam que a atividade financeira e comercial não era vista com "bons olhos" pela sociedade que, de um modo geral, condenava a riqueza individual, que era vista com desconfiança, pois acreditavam que o dinheiro servia para reforçar a divisão social e subverter a retidão moral dos indivíduos. A religião controlava e determinava o comportamento coletivo, influenciava a ação dos governantes, impondo leis e regulamentos em todos os aspectos da sociedade, inclusive o financeiro. 3. A IDADE MÉDIA Na Idade Média, o cristianismo influenciou o comportamento humano e estabeleceu procedimentos em relação a Finanças. A Igreja Católica, em seus mosteiros, desenvolveu estudos relacionados a assuntos financeiros, sendo a escassez das rendas patrimoniais dos príncipes, a tributação e a constituição do tesouro como reserva para os maus dias, alguns dos assuntos tratados nas obras do teólogo São Tomas de Aquino (1226-1274). Mateo Palmieri (1405-1475) fez um estudo sobre empréstimos e proporcionalidade de tributos contra critérios progressivos; outros pensadores apresentaram em suas obras, fragmentos de estudo de finanças, como Antônio de Firenze (1389-1459) e Bernardino de Siena, que defendiam o acúmulo do tesouro. A Igreja influenciava todas as decisões, mas com o crescimento das cidades estas passaram a adquirir autonomia, ocasionando a necessidade de se criar uma regulamentação nas transações comerciais. Surgiram então leis específicas que tratavam de contratos, instrumentos, operações e títulos financeiros, bem como, instituições de crédito e de leilões que propiciaram uma evolução nas transações financeiras. 4. A IDADE MODERNA E A RENASCENÇA Nesta fase, surgiram, em meio ao grande número de pensadores, alguns que se preocupavam com os problemas financeiros; tais como: a correlação entre a economia privada e as finanças públicas. Estes temas são objeto de estudo da obra de Diomedes Carafa.

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5. SÉCULO XVI ATÉ XVIII

Durante os Séculos XVI, XVII e XVIII, surgiu um grupo bastante heterogêneo de pensadores, na Europa, apresentando mudanças nas idéias e nas tendências individuais. Os avanços tecnológicos como a bússola, a pólvora, entre outros instrumentos, provocaram o desenvolvimento do comércio internacional. Os metais preciosos, como o ouro e a prata, constituíram-se na riqueza dos homens, por isso, o acúmulo desses metais tornou-se sinônimo de prosperidade. Com o aparecimento de grandes monarquias absolutistas, o Estado assumiu a função social da Igreja, passando a implantar políticas nacionalistas e intervencionistas com os objetivos de manter o superávit constante na balança comercial e de determinar as taxas de juros internas acima das taxas externas; tentando também atrair capital de curto prazo provocando transformações na atividade financeira e problemas como a inflação, diminuindo o poder de compra da moeda, causando o aparecimento de correntes de estudiosos, que se dedicaram às questões financeiras, conhecidas como: Mercantilismo; Cameralismo e Liberalismo. 5.1. OS MERCANTILISTAS Os precursores da economia política fizeram estudos sobre impostos, empréstimos e problemas monetários. O tema empréstimo foi desenvolvido nos estudos de Thomas Culpeper (1635-

  1. em seu Manifesto contra a usura. Outros temas financeiros também foram abordados por John Hales em 1549 em um discurso sobre a prosperidade pública no Reino da Inglaterra. 5.2. OS CAMERALISTAS Na Europa central, especificamente nas nações germânicas que enfrentavam crises econômicas, os estudiosos e os técnicos da política e da administração financeira preocupados em encontrar soluções práticas para a as questões financeiras formaram o Cameralismo. Nas universidades alemãs e austríacas houve a formação da cátedra das ciências camerais e os conselhos Kammern, que significa local onde são depositados os tesouros reais, criados para prestar assistência sobre assuntos de política financeira e econômica, de técnicas de administração e de direito aos príncipes. A doutrina cameralista organizou o pensamento de forma lógica ligando os objetivos do Estado aos aspectos técnicos da administração financeira eficiente. O estudo era concentrado no patrimônio público, na administração geral e na economia financeira. Alguns cameralistas se destacaram como Luter e Ossa, que defenderam uma reforma fiscal para um melhor controle tributário. 5.3. LIBERALISMO Já os escritores franceses viram na agricultura a única produção, apresentando-se como "os economistas". Os estudos franceses desta época procuraram comprovar as leis naturais dos fenômenos econômicos, defendendo a liberdade econômica sem a intervenção do Estado. Esses escritores liberais influenciaram as decisões das instituições dominantes, por exemplo: a supressão das barreiras alfandegárias. O liberalismo foi dividido em Fisiocracia e a Escola Clássica. Os Fisiocratas foram aqueles que seguiam a doutrina econômica baseada em uma teoria geral da sociedade, que partia de duas concepções essências, uma de caráter filosófico "ordem natural" e outra de caráter econômico "produto líquido". E os seguidores da Escola Clássica fundamentavam-se na oposição às idéias mercantilistas. 5.3.1. FISIOCRACIA

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muda o foco e volta-se para os acontecimentos do dia-a-dia da empresa, para o fluxo de caixa e para os processos administrativos financeiros internos. A análise teórica começou a ser utilizada nas decisões financeiras, principalmente nos aspectos de administração financeira e de escolhas sobre ativos e passivos com o propósito da maximização do valor. O foco passou a ser a avaliação da empresa. Outra característica dessa época foi a “reestruturação empresarial” caracterizada por drásticas reduções em emprego e investimento. A reestruturação empresarial trouxe uma tendência de diminuição das empresas, menor diversificação, maior eficiência e, em muitos casos, privatizações. Surgiram então, um grande número de pesquisas acadêmicas sugerindo alavancagem financeira, aumento do valor adicionado aos acionistas, e retomada ao processo de diversificação. Dentre os principais assuntos que obtiveram maior atenção dos estudiosos em finanças, e que foram temas de várias obras, podemos citar: Planejamento financeiro e ciclo de vida. A renda permanente foi o assunto que propiciou a Milton Friedman receber o prêmio Nobel de economia em 1976 A poupança e o ciclo de vida foi tema de estudo de Franco Modigliani que recebeu o prêmio Nobel de economia em 1985. O capital humano foi tratado por Gary Becker, que lhe rendeu o premio Nobel de economia em 1992. Análise de Projetos e investimentos. Técnica de análise de fluxo de caixa descontado, contingente ao longo do tempo. Nessa técnica o pretende-se fazer avaliações das propostas de projetos de investimento, oferecendo os subsídios teóricos para a decisão de aceitar ou rejeitar, construindo um orçamento de capital. Avaliação de Ativos. A avaliação com precisão de ativos, através de modelos, consiste em um dos temas de importância relevante para a teoria de finanças. Pois ele busca oferecer subsídios para a seleção de alternativas que maximizam o valor. Políticas de dividendos Merton Miller e Franco Modigliani, em 1961, fizeram estudos sobre políticas de dividendos e de empréstimos nas finanças empresariais que podem ser vistas nos artigos “The Cost of Capital, Corporation Finance” e “The Theory of Investiment”, ambos publicados em 1958 pela American Economic A administração de risco e a teoria de carteiras A teoria de carteiras busca analisar quantitativamente o risco formulando as compensações entre o custo e o benefício para reduzir o risco com o propósito de encontrar um curso ótimo de ações, através da prática de hedging.

Seleção de carteiras de investimento James Tobin, em “Liquidity Preference as Behavior Toward Risk” (1958), concluiu que o portfolio de ativos de risco mais adequado para qualquer investidor independe de sua atitude em relação ao risco. Precificação de ativos de capital Willian Sharpe em seu artigo “Capital Asset Prices: A Theory of Market Equlibrium Under Conditions of Risk” publicado no Journal of Finance em 1964, que a partir de Markowitz, desenvolveu uma teoria para precificação de ativos, estimando o retorno esperado desse ativo ou avaliando seu risco, conhecido como CAPM - Capital Asset Pricing

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Model, Nesse artigo ele demonstrou que precisa existir uma estrutura específica entre os níveis de retorno esperado em ativos de risco, Essa teoria é usada para determinar a taxa de desconto apropriado ajustado ao risco em modelos de avaliação da empresa e nas decisões de orçamento de capital. Preço futuro e a termo. A determinação dos preços dos contratos a termo e futuro considera a relação entre os preços à vista e futuros de commodities. Precificação de opções. Fisher Black, Myron Scholes e Robert C Merton (1973) publicaram o artigo “The pricing of options and corporate liabilities”, nele demonstraram uma fórmula matemática, a qual provocou enorme impacto, conhecida como a fórmula de Black-Scholes, utilizada amplamente para a precificação de opções e de outros derivativos. Estrutura de capital. Modigliani e Miller se ocuparam do assunto e desenvolveram pesquisas que inicialmente a teoria considera para a análise da estrutura de capital corporativa um ambiente financeiro sem atritos, ou seja, sem impostos, ou custos de transação, essa teoria acadêmica sugere que a estrutura de capital de uma empresa não produz nenhum efeito sobre o seu valor, evoluindo depois para uma análise mais realista considerando vários atritos, inclusive o ambiente legal e tributário no qual se encontra a empresa. A teoria financeira fornece também subsídios para análise de projetos de investimento considerando a estrutura de capital da empresa através de três métodos alternativos: valor presente ajustado (AVP), fluxos ao patrimônio liquido (FTE) e o custo médio ponderado de capital (WACC) que levam em conta a alavancagem financeira. Eficiência de mercado. Fama (1970) que desenvolveu um esforço de operacionalização da noção de eficiência do mercado de capitais, classificando as informações a fim de definir os preços. De acordo com autores como Brealey e Myers (1992) e Copeland e Weston (1989), a questão da eficiência do mercado assume papel central na teoria financeira. Eles colocaram o tema “derivativos” em um patamar de grande importância. Haugen (1995) está visualizando um novo paradigma financeiro centrado nas exceções apresentadas pela Teoria dos Mercados Eficientes, que seja desenvolvido a partir da teoria e justificado em testes empíricos. Estratégia corporativa. Outra preocupação nos anos 90 foi à diminuição dos custos e redução de níveis hierárquicos refletindo na área financeira em novas técnicas de custeio como o “Activity Based Cost” (ABC) e de mensuração da riqueza que os administradores proporcionaram aos acionistas “Economic Value Added” (EVA).

8. TENDENCIAS NA ÁREA DE FINANÇAS As empresas estão se adequando às novas condições mercadológicas e precisam agir rapidamente, adotando estratégias com base numa visão global do mercado em vários aspectos. Para que isso ocorra, é necessário ter uma mentalidade global, sendo esse o maior desafio do administrador que terá que conquistar a confiança dos investidores, acionistas, governos, parceiros e consumidores, e principalmente atingir os resultados esperados na geração de valor. A criação do valor é sem dúvida o principal objetivo das empresas e nesse aspecto dominar finanças torna-se primordial. O mundo financeiro vem se globalizando velozmente com a desregulamentação crescente do mercado financeiro. Hoje as riquezas são globais e a teoria de finanças, como sempre, buscará soluções práticas para questões financeiras.

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instituições a perder oportunidades com excelentes retornos. O problema maior é como quantificar os riscos, precificando-os adequadamente.

11. TIPOS DE RISCOS Conforme, classificam-se os riscos financeiros de uma instituição como: Risco de Mercado, Risco de Crédito, Risco de Liquidez, Risco Operacional, Risco Legal e Risco de Fator Humano. Risco de mercado é o risco de que mudanças nos preços e nas taxas no mercado financeiro reduzam o valor das posições de um título ou de uma carteira. Com base em um índice ou carteira benchmark, de acordo, os riscos de mercado de um fundo normalmente são medidos. Define-se o risco de crédito como sendo “risco de que uma mudança na quantidade do crédito de uma contraparte afetará o valor da posição de um banco”. Neste tipo de risco, pode-se enquadrá-lo a um fato quando uma contraparte não quer ou não pode cumprir com suas obrigações contratuais ou quanto que a contraparte sofre um rebaixamento por parte de uma agência classificadora. O risco de liquidez compreende tanto risco de financiamento de liquidez quanto risco de liquidez relacionado às negociações, [...]. Risco de financiamento de liquidez se relaciona à capacidade de uma instituição financeira de levantar o caixa necessário para rolar sua dívida, para atender exigências de caixa, margem e garantias das contrapartes e (no caso de fundos) de satisfazer retiradas de capital. O Risco de Liquidez relacionado às negociações, [...], é o risco de que uma instituição não seja capaz de executar uma transação ao preço prevalecente de mercado porque não há, temporariamente, qualquer apetite pelo negócio “do outro lado” do mercado. O "risco de financiamento de liquidez" e o "risco de liquidez relacionado às negociações" definem-se como duas dimensões do Risco de Liquidez, apesar destas sejam estreitamente relacionadas. Quando uma transação não puder ser adiada, sua execução pode levar uma perda substancial na posição, e é um risco difícil de ser quantificado. O Risco Operacional, por sua vez, "[...] se refere às perdas potenciais resultantes de sistemas inadequados, falha da gerência, controles defeituosos, fraude e erro humano". Relacionado ao risco operacional, existem vários casos de falhas operacionais relacionadas a uso de derivativos, caracterizadas por transações alavancadas, ao contrário das transações à vista. Um negociante pode fazer comprometimentos muito grandes em nome da instituição financeira, gerando exposições futuras enormes, utilizando pequeno volume de dinheiro. O risco jurídico, por conseguinte, “surge por toda uma série de razões. Por exemplo, uma contraparte pode não ter a autoridade legal ou regulatória para se engajar em uma transação. Riscos Jurídicos geralmente só se tornam aparentes quando uma contraparte, ou investidor, perde dinheiro em uma transação e decide acionar o banco para evitar o cumprimento de suas obrigações”. E por fim, o Risco de Fator Humano é assim definido como “uma forma especial de risco operacional. Relaciona-se às perdas que podem resultar em erros humanos como apertar o botão errado em um computador, inadvertidamente destruir um arquivo ou inserir um valor errado para um parâmetro de entrada de um modelo”.