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Inclusão de pessoas no acesso a saúde, Manuais, Projetos, Pesquisas de Políticas Públicas

inclusão de pessoas no acesso a saúde

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2024

Compartilhado em 30/04/2024

fernanda-mayara-3
fernanda-mayara-3 🇧🇷

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A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO ACESSO À
SAÚDE
Fernanda Mayara da Silva Leite
01665465
Terapia Ocupacional
A situação hipotética de Francisco, um cadeirante de 51 anos que passou inúmeras
barreiras no acesso à unidade básica de saúde de seu bairro, é lamentável, mas
infelizmente reflete a realidade de muitas pessoas com deficiência no Brasil. Esse
cenário evidencia a necessidade prévia de intervenções a partir dos princípios do
Sistema Único de Saúde (SUS) e do acesso à saúde como um direito de todos,
conforme preconizado pela Lei Orgânica de Saúde nº 8.080/90.
Em primeiro lugar, no âmbito local, é imperativo que os profissionais de saúde
recebam treinamento em acessibilidade e sensibilização para as necessidades
específicas de pacientes com deficiência.
As dificuldades de movimentação frente à inadequação dos espaços
públicos e das edificações são conhecidas como barreiras
arquitetônicas, que impedem o exercício do mais básico dos direitos
de qualquer cidadão o de se deslocar livremente. Alguns exemplos
podem ser citados, como: falta de rampas e de corrimãos, degraus
altos, pisos e portas inadequadas, entre outros. (Siqueira FCV, Cien
Saude Colet 2009;14(1):39-44).
Com isso, as unidades de saúde devem ser adaptadas de forma adequada, com
rampas de acesso, portas mais largas e banheiros equipados com barras de proteção.
Profissionais como arquitetos e engenheiros especializados em acessibilidade podem
auxiliar na adaptação dessas instalações.
A nível municipal e estadual, a fiscalização rigorosa e a aplicação de deliberações
para estabelecimentos que não cumpram as normas de acessibilidade são medidas
cruciais, isso não apenas garante que as unidades de saúde sejam adequadas, mas
também sirvam como um incentivo para a adoção de práticas inclusivas.
Em instâncias governamentais mais amplas, é fundamental investir em pesquisa e
coleta de dados para compreender as necessidades específicas das pessoas com
deficiência no sistema de saúde, esses dados embasar políticas públicas mais
abrangentes e a alocação de recursos podem promover a acessibilidade.
Em suma, a situação hipotética de Francisco é um alerta para a necessidade de
reformulação do acesso à saúde no Brasil, em consonância com os princípios do SUS
e os direitos humanos. A implementação de intervenções que vão desde o nível local
até as instâncias governamentais é crucial para garantir a equidade na assistência
em saúde, garantindo que ninguém seja excluído do sistema devido a barreiras físicas
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A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO ACESSO À

SAÚDE

Fernanda Mayara da Silva Leite 01665465 Terapia Ocupacional A situação hipotética de Francisco, um cadeirante de 51 anos que passou inúmeras barreiras no acesso à unidade básica de saúde de seu bairro, é lamentável, mas infelizmente reflete a realidade de muitas pessoas com deficiência no Brasil. Esse cenário evidencia a necessidade prévia de intervenções a partir dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e do acesso à saúde como um direito de todos, conforme preconizado pela Lei Orgânica de Saúde nº 8.080/90. Em primeiro lugar, no âmbito local, é imperativo que os profissionais de saúde recebam treinamento em acessibilidade e sensibilização para as necessidades específicas de pacientes com deficiência. As dificuldades de movimentação frente à inadequação dos espaços públicos e das edificações são conhecidas como barreiras arquitetônicas, que impedem o exercício do mais básico dos direitos de qualquer cidadão – o de se deslocar livremente. Alguns exemplos podem ser citados, como: falta de rampas e de corrimãos, degraus altos, pisos e portas inadequadas, entre outros. (Siqueira FCV, Cien Saude Colet 2009;14(1):39-44). Com isso, as unidades de saúde devem ser adaptadas de forma adequada, com rampas de acesso, portas mais largas e banheiros equipados com barras de proteção. Profissionais como arquitetos e engenheiros especializados em acessibilidade podem auxiliar na adaptação dessas instalações. A nível municipal e estadual, a fiscalização rigorosa e a aplicação de deliberações para estabelecimentos que não cumpram as normas de acessibilidade são medidas cruciais, isso não apenas garante que as unidades de saúde sejam adequadas, mas também sirvam como um incentivo para a adoção de práticas inclusivas. Em instâncias governamentais mais amplas, é fundamental investir em pesquisa e coleta de dados para compreender as necessidades específicas das pessoas com deficiência no sistema de saúde, esses dados embasar políticas públicas mais abrangentes e a alocação de recursos podem promover a acessibilidade. Em suma, a situação hipotética de Francisco é um alerta para a necessidade de reformulação do acesso à saúde no Brasil, em consonância com os princípios do SUS e os direitos humanos. A implementação de intervenções que vão desde o nível local até as instâncias governamentais é crucial para garantir a equidade na assistência em saúde, garantindo que ninguém seja excluído do sistema devido a barreiras físicas

ou sociais. A inclusão de pessoas com deficiência não é apenas uma questão de justiça, mas também de respeito aos direitos humanos e à dignidade de cada cidadão. Referências: Martins, Kaisy Pereira et al. Estrutura interna de Unidades de Saúde da Família: acesso para as pessoas com deficiência. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2016, v. 21, n. 10 [Acessado 23 outubro 2023], pp. 3153-3160. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413- 8123201 52110.20052016>. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-812320152110.20052016. Siqueira FCV, Facchini LA, Silveira DS, Piccini RX, Thumé E, Tomasi E. Architectonic barriers for elderly and physically disabled people: an epidemiological study of the physical structure of health service units in seven Brazilian states. Cien Saude Colet 2009; 14(1):39-44.