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Conteúdo
- Introdução
- 1.1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
- 1.2 - ESTRUTURA DO LIVRO.................................................................
- Qualidade de Serviço Referências bibliográficas
- 2.1 - A NATUREZA DAS INTERRUPÇÕES DO FORNECIMENTO
- 2.2 - INDICADORES DA QUALIDADE DE SERVIÇO
- 2.2.1 - Conjunto de unidades consumidoras
- 2.2.2 - Indicadores DEC e FEC e indicadores correlatos
- 2.2.3 - Estabelecimento de metas de qualidade
- 2.3 - ESTIMAÇÃO DOS INDICADORES
- 2.3.1 - Introdução
- 2.3.2 - Redes radiais - método analítico
- 2.3.3 - Redes radiais - método agregado
- 2.3.4 - Redes em malha - método dos cortes mínimos
- 2.3.4.1 - Introdução
- 2.3.4.2 - Algoritmo para determinar os cortes mínimos.........
- 2.3.5 - Redes em malha - método de simulação
- 2.3.5.1 - Introdução
- 2.3.5.2 - Detalhamento do método de simulação
- 2.3.5.3 - Método de Monte Carlo
- Variações de Tensão de Longa Duração...................................... Referências bibliográficas
- 3.1 - INTRODUÇÃO
- 3.2 - DEFINIÇÃO DE INDICADORES PARA A TENSÃO
- TENSÃO 3.3 - DEFINIÇÃO DE INDICADORES PARA DESEQUILÍBRIO DE
- ELÉTRICAS 3.4 - CÁLCULO DA TENSÃO E DO DESEQUILÍBRIO EM REDES
- 3.4.1 - Introdução
- 3.4.2 - Fluxo de potência - conceituação
- 3.5 - FLUXO DE POTÊNCIA - REDES RADIAIS ii
- 3.6 - FLUXO DE POTÊNCIA - REDES EM MALHA................................
- 3.6.1 - Considerações gerais
- 3.6.2 - Redes equilibradas - barras PQ e Vθ 3.6.2.1 - Método de Gauss Matricial - Redes com - barras PQ, PV e Vθ 3.6.2.2 - Método de Newton-Raphson - Redes com
- 3.6.3 - Redes desequilibradas
- 3.6.3.1 - Considerações gerais.........................................
- 3.6.3.2 - Representação de trechos de rede
- 3.6.3.3 - Representação de transformadores......................
- 3.6.3.4 - Representação das cargas
- 3.6.3.5 - Representação de geradores e suprimentos
- 3.7 - ESTIMAÇÃO DE ESTADOS
- 3.7.1 - Considerações iniciais
- 3.7.2 - Método de Estimação de Estados
- 3.7.2.1 - Exemplo em sistema elétrico
- 3.7.2.2 - Critérios para Estimação de Estados
- 3.7.2.3 - Aplicação a redes de distribuição
- Variações de Tensão de Curta Duração Referências bibliográficas
- 4.1 - INTRODUÇÃO
- SENSIBILIDADE 4.2 - EFEITOS DE VTCDs SOBRE EQUIPAMENTOS – CURVAS DE
- 4.3 - ÁREA DE VULNERABILIDADE ÀS VTCDs
- 4.4 - MEDIÇÃO DE VTCDs
- 4.5 - INDICADORES DE VTCDs
- 4.6 - ESTIMAÇÃO DE INDICADORES DE VTCDs
- 4.6.1 - Considerações gerais
- 4.6.2 - Cálculo de curto circuito
- 4.6.3 - Duração dos eventos - VTCDs 4.6.4 - Método analítico para avaliação de freqüência de
- 4.6.5 - Método de enumeração de estados
- 4.6.6 - Método de Monte Carlo
- 4.6.7 - Estimação de VTCDs a partir de medições
Introdução
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A partir da década de 1990, um novo modelo e uma nova estruturação
do setor elétrico foram introduzidos no Brasil. Algumas características
resultantes deste modelo, que são afetas à qualidade de energia elétrica, são
apresentadas a seguir:
As empresas de energia elétrica foram desverticalizadas, ou seja,
foram separadas as funções de geração, transmissão e distribuição
de energia elétrica;
Muitas empresas foram privatizadas, principalmente as
distribuidoras;
Houve a criação da ANEEL – Agência Nacional de Energia
Elétrica e de algumas Agências Reguladoras Estaduais, como foi o
caso da CSPE – Comissão de Serviços Públicos de Energia do
Estado de São Paulo, que depois passou a ser a ARSESP –
Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São
Paulo.
Uma função principal das agências reguladoras é a regulamentação e
fiscalização dos serviços de energia elétrica, garantindo que os consumidores
sejam atendidos com uma tarifa justa e qualidade de energia elétrica adequada.
O que vem a ser um problema de qualidade de energia elétrica? Uma
forma simples de se tratar problemas deste tipo, em sintonia com o enfoque
deste livro, foi sugerida em [1], e o define como “Qualquer problema
manifestado na tensão, corrente ou na freqüência que resulte em falha ou má
operação de equipamento do consumidor”.
É comum diferenciar três conceitos muito usados que são afetos à
qualidade do fornecimento de energia elétrica, quais sejam a qualidade de
atendimento, a qualidade de serviço e a qualidade do produto, conforme
ilustrado na Figura 1.1.
A Qualidade do Atendimento se concentra no relacionamento
comercial entre empresa e cliente. Para ilustrar alguns tópicos afins com a
2 Estimação de Indicadores de Qualidade da Energia Elétrica
qualidade do atendimento, podem ser citados os procedimentos para ligação
nova de consumidor, para religamento de consumidor, para elaboração de
estudos e orçamentos de serviços na rede de distribuição, dentre outros.
Figura 1.1 – Qualidade do Fornecimento de Energia Elétrica
Uma forma de mensurar estes atributos é através do tempo médio para
realização de cada uma destas atividades comerciais. Apesar de importante
aspecto da qualidade de fornecimento, a qualidade de atendimento não é
considerada neste livro.
A Qualidade do Serviço pode ser basicamente entendida como a
continuidade de fornecimento, lidando basicamente com as interrupções no
sistema elétrico, provocadas por falhas no sistema (manutenção corretiva) e
por atividades de manutenção programada (manutenção preventiva), em
função de serviços necessários a serem realizados no sistema. São muitos os
indicadores ligados à continuidade, e estes serão propriamente definidos e
tratados no capítulo 2 deste livro.
A Qualidade do Produto , que é caracterizada basicamente pela forma
de onda de tensão dos componentes de um sistema trifásico, também é
chamada de qualidade da tensão. Contempla principalmente os seguintes
fenômenos:
Variação de freqüência : a tensão de fornecimento deve operar com freqüência
em valor pré-determinado, 60Hz no Brasil.Variações na freqüência, em
relação a este valor, são em geral acarretadas por variações da carga do
sistema, que podem afetar o balanço entre a potência mecânica e a potência
elétrica dos geradores do sistema. Os controles de velocidade dos
geradores agem então de forma a estabelecer este balanço e para manter a
18 Estimação de Indicadores de Qualidade da Energia Elétrica
a. Conjunto A: Neste conjunto, além das contingências que ocorrem nele, há
que se considerar as que ocorrem no tronco e ocasionam a perda de
fornecimento de seus consumidores
87 minutos FEC 6 50
DEC (^) Rama 1 1 Ramal 1
^
Figura 2.4 – Alimentador para o Exemplo 2.
b. Conjunto B: As considerações referentes ao ramal anterior se aplicam a este:
102 minutos FEC 6 80
DEC (^) Rama 1 1 Ramal 1
^
c. Conjunto C - Tronco e ramais: o total de consumidores do alimentador é
800 + 50 + 80 = 930 consumidores:
FEC
37 , 54 min 930
DEC
A lim
Alim
Observa-se que a situação dos consumidores dos ramais é bem mais
desfavorável quando analisados individualmente. Assim, considerando-se as
distorções que podem ocorrer para os diversos consumidores de um conjunto
foram definidos os indicadores individuais: DIC e FIC, que representam,
respectivamente, o tempo em que o consumidor permaneceu sem
fornecimento de energia e o número de vezes que sofreu interrupção do
fornecimento durante o período de observação. Formalmente resulta:
DIC t(i) FIC N
N
i 1
(^)
Tronco 0- 1 - 2 - 3
3 falhas: 5, 10 e 12 minutos
800 consumidores
R
F (^) F
(^1 2 )
4
5 6
7
Conjunto B – Ramal 2
3 falhas: 25, 45 e 15 minutos
80 consumidores
Conjunto A – Ramal 1
3 falhas: 10, 15 e 35 minutos
50 consumidores
0
Qualidade de Serviço 35
Figura 2.8 – Trecho de alimentador - Tipos de blocos
Blocos supridos pelo bloco com defeito que contam com possibilidade de
transferência para outro bloco energizado ou para outro alimentador, isto é,
blocos que contam com socorro. Os consumidores destes blocos
permanecerão desenergizados até a isolação do bloco com o defeito e sua
transferência a um bloco energizado, através de manobras em chaves
NF/NA, manuais ou automáticas, ou seja, durante o intervalo T
A
+ T
B
ou
até o tempo T 2. Serão designados por blocos de jusante com socorro.
Definem-se, ainda, os consumidores que são interrompidos naqueles
intervalos de tempo, isto é:
NC
TA
(i) – número de consumidores interrompidos durante o intervalo de
tempo TA devido a falha no bloco “i”. Evidentemente, sendo Ck o número
de consumidores do bloco “k” e KMont conjunto dos blocos de montante
que restaram desenergizados, e KJus conjunto dos blocos de jusante com
socorro que restaram desenergizados e KSem conjunto dos blocos de
jusante sem socorro que restaram desenergizados, será:
KJus
k 1
k
KSem
k 1
i k
KMont
k 1
TA k NC (i) C C C C
NC
TB
(i) – número de consumidores interrompidos durante o intervalo de
tempo TB devido à falha no bloco “i”, isto é, os consumidores do bloco “i”
e os dos blocos de jusante. Será:
KJus
k 1
k
KSem
k 1
NCTB (i) Ci Ck C
NC
TC
(i) – número de consumidores interrompidos durante o intervalo de
tempo T 3 devido à falha no bloco “i”. Será:
Bloco de jusante sem socorro
Blocos de montante
Bloco de jusante
Bloco de jusante
Socorro
Socorro
CH NF NF
NF
NA
Blocos de montante
Blocos de montante
NF
NF
NA
Bloco de
defeito
Blocos de montante
NF
Blocos sem Influência do defeito
Blocos sem Influência do defeito
56 Estimação de Indicadores de Qualidade da Energia Elétrica
operação, resultam no não atendimento da carga.
O corte mínimo de primeira ordem corresponde a um equipamento
que, quando fora de operação, provoca a interrupção de consumidores. Assim,
na Figura 2.16, o equipamento Eqi representa um corte de primeira ordem
para os consumidores Cons 1 e Cons 2. Quando esse equipamento está
inoperante, estes consumidores ficam com seu suprimento interrompido até o
restabelecimento do equipamento, pois que, não há como socorrê-los.
Figura 2.16 – Corte mínimo de primeira ordem
Os cortes mínimos de segunda e terceira ordem estão ilustrados na
Figura 2.17.
Figura 2.17 – Cortes mínimos de 2a e 3a ordem
Exemplificando, numa rede radial, sem socorro, só existem cortes
mínimos de 1
a
ordem. Na Figura 2.18, cada bloco “i” representa um conjunto
de equipamentos e na Tabela 2.10 apresentam-se os cortes mínimos para cada
Corte de 2
a
ordem (^) Corte de 3a
ordem
Área 1
Área 2
~
~
Eqi
Cons 1
Cons 2
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~
66 Estimação de Indicadores de Qualidade da Energia Elétrica
ENDi - energia não distribuída na barra i, kWh;
CRedesp,j - custo do redespacho na unidade geradora, ou da barra de suprimento, j, R$/kW;
Pj - variação do despacho na barra j;
g() - conjunto de equações da formulação de fluxo de potência;
- fase das tensões nas barras;
v - módulo das tensões nas barras;
vMín - valor mínimo da tensão admissível nas barras do sistema;
vMáx - valor máximo da tensão admissível nas barras do sistema;
Sk - potência aparente no componente “k”;
Sk,Máx - potência aparente máxima admissível no componente “k”.
Tabela 2.1 4 (1/2) – Contingências de 1
a ordem (contingências simples)
Componente
inoperante
Corte de carga Redespacho de geração
D 1 D 2 S 1 S 2 S 3
T 1 - 2 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 3 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 5 ----- ----- ----- ----- -----
L 3 - 4 ----- ----- ----- ----- -----
L 4 - 5 ----- ----- ----- ----- -----
L 4 - 6 ----- ----- ----- ----- -----
Tabela 2.1 4 (2/2) – Contingências de 2
a ordem (contingências duplas)
Componente
inoperante
Corte de carga Redespacho de geração
D 1 D 2 S 1 S 2 S 3
T 1 - 2 + L 2 - 3 ----- ----- ----- ----- -----
T 1 - 2 + L 2 - 5 ----- ----- ----- ----- -----
T 1 - 2 + L 3 - 4 ----- ----- ----- ----- -----
T 1 - 2 + L 4 - 5 ----- ----- ----- ----- -----
T 1 - 2 + L 4 - 6 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 3 + L 2 - 5 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 3 + L 3 - 4 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 3 + L 4 - 5 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 3 + L 4 - 6 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 5 + L 3 - 4 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 5 + L 4 - 5 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 5 + L 4 - 6 ----- ----- ----- ----- -----
L 3 - 4 + L 4 - 5 ----- ----- ----- ----- -----
L 2 - 5 + L 4 - 6
L 4 - 5 + L 4 - 6 ----- ----- ----- ----- -----
Exemplo 2. 7 Estudar a rede da Figura 2.22, quando da saída de operação do
equipamento T1-2. São dados:
a. As capacidades nominais dos geradores: S
1
tem capacidade de 40 MVA, e os
geradores S 2 e S 3 têm, cada um deles, capacidade de 20 MVA;
Variações de Tensão
de Longa Duração
3.1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste capítulo é a análise das variações de tensão de longa
duração, ou em regime permanente, e dos desequilíbrios de tensão. Quanto ao
primeiro, lembra-se que o consumidor ou o conjunto de consumidores
supridos por uma barra apresentam demanda variável ao longo do dia, o que
ocasionará variação na tensão da barra bem como nas demais barras do
sistema. Deste modo, quando a rede não está devidamente dimensionada,
podem ocorrer instantes ao longo do dia durante os quais a tensão cai abaixo
dos valores aceitáveis. Quanto ao segundo, a grande maioria das cargas nos
consumidores residenciais e comerciais dificilmente apresenta carregamentos
iguais nas três fases, ou seja, a rede irá suprir uma demanda desequilibrada.
Esta situação é sobre modo agravada nos transformadores de distribuição e em
ramais monofásicos que suprem carga de pequena monta a partir de redes
trifásicas. Evidentemente, esta situação leva a tensões diferentes nas três fases,
o que é caracterizado pela existência de uma componente de tensão de
seqüência inversa. Na hipótese que essas tensões venham a alimentar um
motor trifásico de indução, ter-se-á o surgimento de correntes de seqüência
inversa circulando, que são sobre modo prejudiciais ao motor.
A agência reguladora, Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL,
na Resolução Nº 505, de 26 de novembro de 2001[1], e no PRODIST [2],
estabelece limites aceitáveis para os níveis de tensão. A agência reguladora
define:
- Tensão de Atendimento (TA): valor eficaz de tensão no ponto de entrega ou de
conexão, obtido por meio de medição, podendo ser classificada em
adequada , precária ou crítica , de acordo com a leitura efetuada, expresso em V
ou kV;
- Tensão Contratada (TC): valor eficaz de tensão que deverá ser informado ao
consumidor por escrito, ou estabelecido em contrato, expresso em V ou kV;
- Tensão de Leitura (TL): valor eficaz de tensão, integralizado a cada 10 (dez)
minutos, obtido de medição por meio de equipamentos apropriados,
expresso em V ou kV;
Variações de Tensão de Longa Duração 85
100 43 , 75 % e DRC 24 , 0
DRP
A compensação será dada por:
Valor ^43 , 75 3 , 0 3 ( 16 , 67 0 , 5 ) 5 ^ 1 203 , 1 pu
Destaca-se que foi assumido que o conjunto de consumidores está suprido em
média tensão. Poder-se-ia estimar o custo do faturamento e, de conseqüência,
poder-se-ia analisar qual o montante que poderia ser investido para sanar essa
condição de tensão.
Figura 3.2 – Curva diária de carga e tensão na barra
3.3 DEFINIÇÃO DE INDICADORES PARA DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO
Lembrando a definição da transformação de um sistema trifásico de
componentes de fase para componentes simétricas tem-se:
2
1
0
2
1
0
2
2
CA
BC
AB
V
V
V
T
V
V
V
V
V
V
e
CA
BC
AB 1
CA
BC
AB
2
2
2
1
0
V
V
V
T
V
V
V
V
V
V
onde:
VAB ,VBC,VCA
representam as componentes de fase das tensões de linha, na notação
fasorial;
0,
0,
0,
0,
0,
1
0
0,
0,
0,
0,
1
1,
1,
0 3 6 9 12 15 18 21
Tensão na barra (pu)
Demanda (pu)
Hora do dia
Demanda V da barra Lim.prec. Lim.crit.
Variações de Tensão de Longa Duração 97
Por outro lado, a parcela (IRsen IXcos ) é desprezível face à
parcela Vi(IRcos IXsen ), logo resulta:
V Vi VfIRcos IXsen (3.23)
Observa-se que, utilizando o procedimento descrito para redes radiais
e assumindo as cargas de corrente constante, o procedimento torna-se direto,
isto é, não iterativo, pois que, não há rotação de fase nas barras.
Como frisado no caso anterior, o procedimento é válido quer se esteja
tratando de rede trifásica simétrica com carga equilibrada, quer se esteja
tratando de rede assimétrica com carga desequilibrada. No segundo caso,
quando o sistema é trifásico a quatro fios, na equação VFim VInic z i
em cada
trecho,VFim ,VInic,i
passam a ser vetores de 4 posições (fases A, B, C e neutro)
e z passa a ser uma matriz 4 x 4. Ou quando o sistema é trifásico a três fios,
os vetores serão de 3 posições e a matriz z será de dimensão 3 x 3.
Exemplo 3. 3 Determinar a tensão em todos os nós da rede da Figura 3.6. Sabe-
se que a tensão nominal do sistema é 13,2 kV, a impedância de todos os cabos
é (0,17424 + j 0,34848) /km, as cargas são todas de impedância constante e a
tensão operacional na barra 4 é 1,0 pu.
4 1
2
3
5 km
2 km
1 km (3 + j1) MVA
(2 + j0) MVA
(1 + j1) MVA
Figura 3.6 - Rede para cálculo de fluxo de potência
Solução. Adotando inicialmente tensão de base igual à tensão nominal e
potência de base igual a 100 MVA, tem-se para a impedância de base o valor
(13,2 * 13,2 / 100) = 1,7424 . A Tabela 3.2 apresenta os valores de
impedância em pu para cada trecho da rede.
122 Estimação de Indicadores de Qualidade da Energia Elétrica
a) o valor estimado de x em função das medidas de corrente, seus desvios e
dos parâmetros r1 e r2.
b) o valor estimado de x, assumindo r1=r2=10Ω, z
1
=10A, z
2
=12A, σ
1
=0,1A,
2
=1A.
Solução:
a) Aplicando o critério, tem-se:
X (^) r1 r
M1 (^) M
Figura 3.16 – Determinação da Tensão x a partir de dois medidores
max(prob(z )e(z )) min( / 2 / 2 )
z z z z
2 2
2 2
2 1
2 1 med 2 med 1
1 med 1 real 1 2 med 2 real 2
E sendo:
1
1 real r
x
z e
2
2 real r
x
z , então:
2 2
2
2
2 med
2 1
2
1
1 med
r
x z
r
x z
min
2 2
2 2
2 1
2 1
2 2 2
2 med 2 1 1
1 med
est
2 2 2
2
2 med
2 1 1
1
1 med
2 2
2
2
2 med
2 1
2
1
1 med
r
r
r
z
r
z
x
r
r
x z
r
r
x z
r
x z
dx
d
r
x z
dx
d
b) Para os valores dados, o valor estimado de x será:
10 , 12 V
x
2 2 2 2
2 2
est
Assim, a partir de dois amperímetros, pode-se ter uma melhor informação
sobre a grandeza monitorada, neste caso a variável de estado tensão, x
est
. O