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Este documento aborda as competências específicas para a gestão da terceira fase do trabalho de parto, incluindo a identificação de fatores de risco, aplicação de compressão manual na aorta, sutura de lacerações perineais, episiorrafia, reparação de lacerações do colo uterino e vaginais altas, remoção manual da placenta, preparação e administração de soluções endovenosas, monitorização de transfusões sanguíneas e tratamento da eclâmpsia. Além disso, são abordadas as competências para tratar mulheres pós-aborto e a importância de identificar e definir o problema da eclâmpsia para iniciar os cuidados adequados.
Tipologia: Notas de estudo
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Dados Internacionais de Catalogação da Publicação (CIP) - Biblioteca da OMS
Organização Mundial da Saúde.
6 módulos um 1 v. + 1 CD-ROM.
Conteúdo: Módulo básico: a parteira na comunidade – Eclâmpsia – Aborto incompleto – Parto prolongado e Paragem na progressão do trabalho de parto – Hemorragia pós-parto – Sépsis puerperal
ISBN 92 4 854666 8 (Classificação NLM: WQ 160)
© Organização Mundial da Saúde 2005
Todos os direitos reservados. As publicações da Organização Mundial da Saúde podem ser pedidas a: Publicações da OMS, Organização Mundial da Saúde, 20 Avenue Appia, 1211 Genebra 27, Suíça (Tel: +41 22 791 2476; fax: +41 22 791 4857; e-mail: bookorder@who.int). Os pedidos de autorização para reprodução ou tradução das publicações da OMS – para venda ou para distribuição não comercial - devem ser endereçados a Publicações da OMS, mesmo endereço (fax: : +41 22 791 4806; e-mail: permissions@who.int).
As denominações utilizadas nesta publicação e a apresentação do material nela contido não significam, por parte da Organização Mundial da Saúde, nenhum julgamento sobre o estatuto jurídico de qualquer país, território, cidade ou zona, nem de suas autoridades, nem tão pouco sobre questões de demarcação de suas fronteiras ou limites. As linhas ponteadas nos mapas representam fronteiras aproximativas sobre as quais pode ainda não existir acordo completo.
A menção de determinadas companhias ou do nome comercial de certos produtos não implica que a Organização Mundial da Saúde os aprove ou recomende, dando-lhes preferência a outros análogos não mencionados. Com excepção de erros ou omissões, uma letra maiúscula inicial indica que se trata dum produto de marca registado.
A OMS tomou todas as precauções razoáveis para verificar a informação contida nesta publicação. No entanto, o material publicado é distribuído sem nenhum tipo de garantia, nem expressa nem implícita. A responsabilidade pela interpretação e utilização deste material recai sobre o leitor. Em nenhum caso se poderá responsabilizar a OMS por qualquer prejuízo resultante da sua utilização.
Printed in Portugal, Gráfica Maiadouro, S.A. Maio 2005
ÍNDICE
LISTA DE ABREVIATURAS
ACIU – Atraso no Crescimento Intra-uterino
AU – Aspiração Uterina
CAEP – Colégio Americano de Enfermeiras-Parteiras
c- Centígrado
cc – Centímetro cúbico
CDC – Coagulopatia de Consumo
CE – Contracepção de Emergência
CID – Coagulação Intravascular Disseminada
CIP – Confederação Internacional de Parteiras
CIPD – Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento
cm – Centímetro
DCP – Desproporção Céfalo-Pélvica
DIP – Doença Inflamatória Pélvica
DPP – Data Provável do Parto
EEG - Electroencefalograma
EDTA – Ácido EtilenoDiaminoTetraAcético
EV – Endovenosa
g – Grama
HAP – Hemorragia Antes do Parto
Hg - Mercúrio
HPP – Hemorragia Pós-Parto
IM – Intra-muscular
IPAS – ONG internacional que desenvolve o seu trabalho na área da protecção da saúde das mulheres e na promoção dos seus direitos sexuais
IST – Infecção Sexualmente Transmitida
ITU – Infecção do Tracto Urinário
Kg - Quilograma
Km – Quilómetro
LCR – Líquido cefalo-raquidiano
mg – Miligrama
MIU – Morte Intra-uterina
mm Hg – Milímetros de Mercúrio
n.º - Número
OMS – Organização Mundial de Saúde
PCE – Pílula Contraceptiva de Emergência
PEV – Perfusão Endovenosa
PF – Planeamento Familiar
ph – Grau de Acidez ou Alcalinidade de um Fluido
PNUD –Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PO – “per os” , administração por via oral
PPM – Pulsações por Minuto
PPTP – Paragem na Progressão do Trabalho de Parto
PVN – Parto Vaginal Normal
Rh - Rhesus
RMM – Rácio de Mortalidade Materna
RMP – Remoção Manual da Placenta
SIDA – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
TAC – Tomografia Axial Computorizada
TP – Tuberculose Pulmonar
TPR – Temperatura, Pulsação e Respiração
TT - Toxóide Tetânico
TVP – Trombose Venosa Profunda
UI – Unidades Internacionais
UM – Última Menstruação
UNAIDS – Programa Conjunto das Nações Unidas, para o VIH/SIDA
UNICEF – Fundo das Nações Unidas para as Crianças
UNFPA – Fundo das Nações Unidas para as Populações
UPM – Último Período Menstrual
VHB – Vírus da Hepatite B
VHC – Vírus da Hepatite C
VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana
em desenvolvimento, o que representa 80 000 mortes a mais que estimativas anteriores. Nos países em desenvolvimento, a mortalidade materna varia entre 190 por 100 000 nados vivos na América Latina e Caraíbas e 870 por 100 000 em África. Na África Ocidental e Oriental, encontram-se rácios de mortalidade materna de mais de 1000 por 100 000. Pelo menos 7 milhões de mulheres que sobrevivem ao parto sofrem problemas de saúde graves, e mais de 50 milhões ficam com sequelas. Mais uma vez, a maioria destas sequelas ocorrem em países em desenvolvimento.
Para apoiar a actualização das competências obstétricas, de modo a que os países possam dar resposta a esta situação, fortalecendo os serviços maternos e neonatais, foram desenvolvidos, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma série de módulos de formação em obstetrícia. A necessidade destes módulos foi identificada no seminário pré- congresso sobre Educação de Parteiras: “Acção para um Maternidade Segura”, ocorrido em Kobe, Japão, em 1990, que contou com a presença de parteiras e professores de todo o mundo, sob o patrocínio conjunto da OMS, da Confederação Internacional das Parteiras (CIP) e do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF). O quadro de referência para a educação em enfermagem obstétrica, desenvolvido no seminário, constitui a base dos módulos.
Os módulos, inicialmente destinados a programas de formação em serviço de parteiras e enfermeiras obstetras, podem também ser utilizados em programas básicos e pós-básicos de formação em obstetrícia. Adicionalmente, podem ser utilizados para a actualização das competências em obstetrícia de outros profissionais de saúde e professores de obstetrícia. Contudo, é importante realçar que não têm como objectivo substituir os livros de texto de obstetrícia que focam outros aspectos dos cuidados necessários durante a gravidez e o parto, mas pretendem servir como base do ensino de parteiras e formadores em obstetrícia de modo a responder, adequadamente, às principais causas de mortalidade materna como a hemorragia, a paragem na progressão do trabalho de parto, a sépsis puerperal e a eclâmpsia. Os módulos podem, também, ser utilizados para a actualização das competências dos professores de obstetrícia.
Os módulos pretendem ajudar as parteiras a tornarem-se capazes de pensar criticamente e tomar decisões clínicas com base em conhecimentos sólidos e compreensão destas áreas. No entanto, presume-se que as parteiras e os formadores de parteiras, que sejam treinados utilizando os módulos, possuam competências básicas como a medição da tensão arterial, realização de exame vaginal e assistência a parto eutócico uma vez que, quando se utilizam os módulos em programas básicos de obstetrícia, estas competências devem ser ensinadas primeiro.
Uma variedade de outras competências estão incluídas nos módulos, por serem essenciais para a prática clínica compreensiva da obstetrícia. Em alguns países algumas destas competências podem não fazer parte da prática clínica de enfermagem obstétrica e serem entendidas, de facto, como responsabilidade do médico e não da parteira. No entanto, os módulos foram desenvolvidos com base na presunção de que, para além das competências básicas de obstetrícia, as parteiras necessitam também de uma série de competências suplementares que as capacitem para uma significativa contribuição na redução da mortalidade materna para a promoção de uma maternidade segura.
Na edição original, de 1996, existiam cinco módulos. Recentemente foi adicionado um módulo sobre aborto incompleto. Os módulos foram actualizados em 2001-2002, de acordo com as mais recentes evidências e com as orientações da OMS “Managing Complications in Pregnancy and Childbirths: a guide for midwives and doctor s”.
Recursos necessários para conduzir a sessão.
Instruções para o professor (em letra itálica) que explicam, passo-a-passo como conduzir a sessão e, por vezes, sugerem métodos de avaliação.
Material suplementar para o professor (em letra normal) que detalham os conteúdos teóricos e práticos de ensino.
“Instruções para os alunos” (ou instruções para trabalho de grupo) que contemplam orientações para actividades individuais ou de grupo.
A Parteira na Comunidade
O módulo descreve a história de um caso que demonstra como determinados factores sociais, económicos e culturais, combinados com atrasos na procura de cuidados médicos colocam as mães em risco de complicações, que, muitas vezes conduzem à morte. O tema da história é então reforçado ao longo do módulo, sendo enfatizado o papel das parteiras na promoção de uma maternidade segura na comunidade.
As diferentes sessões cobrem tópicos específicos como:
O lugar e o valor da mulher na sociedade;
As crenças tradicionais;
As práticas e tabus que afectam a saúde da mulher durante a gravidez e o parto;
O reconhecimento e minimização dos factores de risco;
O conceito de parto prolongado.
Estas sessões relacionam, quando relevante, o tema em discussão com a mortalidade materna, VIH/SIDA e maternidade segura. Sessões adicionais contemplam como fazer o diagnóstico comunitário para planeamento e avaliação de cuidados comunitários.
Hemorragia Pós-Parto
Este módulo começa com uma explicação detalhada sobre a fisiologia e gestão da terceira etapa do parto, de modo a que os alunos possam compreender genericamente a forma como ocorre a Hemorragia Pós-Parto (HPP). Aqui os alunos aprendem o que é a HPP, como ocorre, como pode ser identificada e quais os aspectos essenciais da sua abordagem clínica.
As competências específicas para prevenir e gerir a HPP incluem:
A identificação dos factores que colocam as mulheres em risco de HPP;
A gestão da terceira fase do trabalho de parto;
Palpação e massagem do útero e expulsão de coágulos de sangue;
Aplicação de compressão bimanual do útero;
Aplicação de compressão manual na aorta;
Sutura de lacerações perineais;
Episiorrafia;
Reparação de lacerações do colo uterino e vaginais altas; e
Remoção manual da placenta.
As competências gerais deste módulo incluem:
Cateterismo urinário;
Observação e registo;
Colheita de sangue para análise;
Preparação, administração e monitorização de soluções endovenosas;
Monitorização de transfusões sanguíneas; e administração de terapêutica.
Algumas destas competências gerais são também incluídas noutros módulos técnicos.
Parto Prolongado e Paragem na Progressão do Trabalho de Parto
Este módulo apresenta uma revisão da anatomia e fisiologia relevantes para a gestão do parto prolongado e paragem na progressão do trabalho de parto explicando o que provoca mais frequentemente o parto distócico, o que ocorre neste tipo de parto e como podem ser identificados os sinais de parto prolongado e paragem na progressão do trabalho de parto assim como os aspectos essenciais da sua abordagem clínica. É dado especial ênfase ao uso do partograma na avaliação do trabalho de parto.
As competências específicas para prevenir e gerir o parto prolongado e paragem na progressão do trabalho de parto incluem:
Identificação dos factores de risco;
Avaliação da capacidade pélvica;
Diagnóstico da apresentação e posição do feto;
Avaliação da descida da cabeça fetal;
Reconhecimento do parto prolongado e paragem na progressão do trabalho de parto.
As competências gerais deste módulo incluem:
Cateterismo urinário;
Colheita de sangue para análise;
Preparação, administração e monitorização de soluções endovenosas;
Administração de terapêutica; e
Manutenção do balanço hidroelectrolítico.
Sépsis Puerperal
Este módulo apresenta uma explicação sobre a sépsis puerperal e os factores que contribuem para tal, como pode ser identificada e diferenciada de outras condições, como pode ser prevenida e como pode ser tratada e, ainda, uma sessão sobre o VIH e SIDA em mulheres grávidas.
As competências específicas para prevenir e tratar a sépsis puerperal incluem:
Identificação de factores de risco;
Identificação de sinais e sintomas;
Colheita de urina pelo método do jacto intermédio;
Realização de uma zaragatoa vaginal alta; e
Manutenção da higiene vulvar.
As competências gerais contempladas neste módulo incluem:
Observação e registo;
Colheita de sangue para análise;
Preparação, administração e monitorização de soluções endovenosas;
Manutenção do balanço hidroelectrolítico;
Administração de terapêutica;
Prevenção de problemas trombo-embólicos;
“Precauções Universais” na prevenção da infecção; e
Existe também um CD-ROM para cada módulo com todos os conteúdos técnicos dos manuais. Os professores podem usar este CD-ROM como um guia para prepararem as suas aulas.
Os módulos propõem uma série de métodos de ensino-aprendizagem desenhados para maximizarem o envolvimento do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Nos módulos, é enfatizada a aplicação da teoria à prática clínica, sendo o tempo dispendido na área clínica e as visitas à comunidade uma parte essencial do processo de ensino- aprendizagem.
Exposições
As exposições são utilizadas para apresentar informação nova ou para rever os conteúdos já ministrados aos alunos. Os módulos incluem uma variedade de materiais visuais para o professor utilizar de modo a tornar as exposições interessantes.
O professor pode aumentar o conteúdo das exposições dos módulos com informação de outras fontes ou, simplesmente, seguir o esquema fornecido. Em ambos os casos é importante preparar previamente cada exposição lendo os conteúdos relevantes e os materiais de referência e assegurar que os recursos para os alunos, se necessário, estarão disponíveis.
Discussões
É importante prever tempo para discussão de determinados aspectos durante ou na conclusão das sessões. Tal proporcionará oportunidade aos alunos de colocarem questões sobre dúvidas que tenham bem como contribuirá para o seu conhecimento e experiência. Por outro lado, permitirá que o professor avalie as opiniões, o nível de conhecimento e a compreensão dos alunos.
Trabalho de Grupo e Feedback
Muitas das sessões dos módulos envolvem trabalho de grupo seguido, habitualmente, de uma sessão onde é dado a conhecer à turma os resultados do trabalho. Os grupos devem ser o mais pequenos possível (preferencialmente até 6 estudantes por grupo) de modo a que os alunos se debrucem sobre um assunto específico ou problema. É importante assegurar também que existe espaço suficiente para os grupos se reunirem sem se perturbarem uns aos outros. Cada grupo irá precisar de um dinamizador que será responsável por manter a discussão e assegurar que o grupo complete o trabalho. Adicionalmente, cada grupo precisará de um relator que tomará notas e dará o feedback à turma. As instruções específicas são dadas nas sessões que envolvem trabalho de grupo.
Tutorias
As tutorias são reuniões entre o professor e um aluno ou grupo de alunos e são importantes para a discussão do percurso do aluno. Habitualmente, são realizadas após uma actividade de aprendizagem específica, dando aos alunos a oportunidade para exprimir as suas preocupações e, simultaneamente, permitem ao professor conhecer melhor cada aluno, relativamente ao progresso feito. Todos os módulos contam com tutorias em algumas sessões.
Exercícios Práticos
Os exercícios práticos permitem que os alunos demonstrem o seu conhecimento e competências relativamente a um tópico específico. É importante, nestas situações, dar instruções claras sobre os exercícios a serem realizados e monitorizar os progressos providenciando ajuda sempre que necessário. Os módulos básico, HPP, parto prolongado e paragem na progressão do trabalho de parto e aborto incompleto incluem exercícios práticos.
Visitas Comunitárias
As visitas comunitárias pretendem ser experiências instrutivas e agradáveis para os alunos. O módulo básico inclui uma série destas visitas com o objectivo de ajudar os alunos a compreenderem a forma como os conceitos deste módulo se aplicam na comunidade. No entanto, as visitas comunitárias devem ser planeadas e organizadas com antecedência, incluindo a escolha de uma comunidade apropriada e o contacto com uma pessoa de referência que possa facilitar a implementação das actividades na comunidade.
O professor pode organizar as visitas comunitárias de modo a que sejam feitas em dias consecutivos em vez de nos intervalos sugeridos. Se esta alteração for feita, será importante assegurar que não interfere com os objectivos de aprendizagem das sessões e do módulo, como um todo.
As visitas aos contextos clínicos para ensino clínico devem, também, ser bem preparadas com o pessoal das instituições. Os professores e os alunos devem ser facilmente identificáveis e agir de forma profissional mantendo a confidencialidade, privacidade e dignidade da observada e assegurarem-se que obtêm o consentimento da mulher antes de executarem qualquer intervenção clínica.
Ensino clínico
O ensino clínico é extremamente importante nos módulos técnicos, dado que as competências que os alunos adquirem podem fazer a diferença entre a vida e a morte das mulheres que cuidam, a teoria subjacente a cada competência abordada nos módulos deve ser ensinada em sala de aula e a própria competência deve ser ensinada, em ambiente criado, igualmente, em sala de aula, antes do ensino clínico. As instalações, onde decorrerá a prática clínica, devem ser escolhidas assegurando, antecipadamente, que se encontrarão mulheres com os problemas incluídos nos módulos. Contudo, e mesmo que bem planeado, não será possível garantir a todos os alunos a oportunidade de exercer todas as competências práticas. Assim, será importante considerar oportunidades para os alunos adquirirem a experiência clínica apropriada após o final do curso.
Os contactos com o pessoal das instituições de saúde, onde decorrerá o ensino clínico deverão ser feitos antecipadamente. Para além disso, as visitas dos alunos a estas instituições para fins de prática clínica não devem perturbar as rotinas de cuidados aos doentes. Quando os alunos estão a aprender competências práticas devem ser supervisionados pelo professor ou por outra parteira com formação adequada e experiente.
Dramatizações e Representações
As dramatizações e representações devem ser utilizadas para realçar os pontos apresentados pelo professor. Em ambos os casos, é pedido aos alunos para agirem numa situação real ou imaginária. Na dramatização, os alunos inventam os seus próprios personagens e, até certo ponto, a sua história de modo a ilustrar um aspecto em especial. Na representação os alunos assumem o papel de determinados indivíduos como a parteira, o líder da aldeia, o parente ansioso ou a mãe preocupada. Tal permite que o aluno
Avaliação das Competências Clínicas
A avaliação das competências clínicas constitui a maior componente avaliativa dos módulos técnicos. Ao longo das sessões que envolvem o ensino de competências clínicas existem secções intituladas: “Avaliação”. Estas detalham orientações para a avaliação de competências clínicas dos alunos. Sempre que possível, o professor deve observar o desempenho do aluno, contudo, tal pode não ser possível na ausência de mulheres com os problemas estudados. Nestas circunstâncias, o professor deve simular situações que ofereçam oportunidade para os alunos praticarem e serem avaliados relativamente às competências mais relevantes. No entanto, devem ser feitos todos os esforços para dar aos alunos oportunidades para praticarem e serem avaliados num contexto clínico.
Outras Opções de Avaliação
As outras opções de avaliação surgem durante a realização de trabalhos de grupo, tutorias, seminários do aluno, jogos e puzzles didácticos e questões colocadas durante as visitas comunitárias. Estas actividades constituem oportunidades vitais para o professor avaliar o progresso dos alunos na prossecução dos objectivos de aprendizagem de cada sessão do módulo.
Uma prática clínica obstétrica compreensiva baseia-se na experiência e no conhecimento e é esta experiência que os alunos adquirem quando voltarem aos locais de trabalho e aplicarem o que aprenderam à sua prática clínica diária.
É precisamente quando colocam em prática os conhecimentos e as competências que as parteiras se deparam com situações que podem levantar questões. Podem existir assuntos e problemas que gostariam de discutir com os supervisores e profissionais mais experientes de modo a encontrar soluções e melhorar a prática clínica. Isto pode aplicar-se especialmente às parteiras e enfermeiras obstetras que, no fim deste curso, ainda necessitem de experiência prática para desenvolverem as competências clínicas incluídas nos módulos.
Uma reunião de seguimento, por exemplo, seis meses após o fim do curso, poderá ser importante para capacitar os alunos para a partilha de experiências, relato de sucessos, revisão dos progressos e discussão de problemas relacionados com a prática clínica. Pode também ser adequado a realização de outras reuniões de seguimento, anuais, após o fim do curso.
Dada a complexidade das situações abordadas, a maternidade segura não pode ser alcançada de um dia para o outro. No entanto, e dado ser possível identificar, claramente, as intervenções necessárias, a maternidade segura é algo que se pode alcançar à medida que os alunos deste curso se integram como profissionais competentes nos serviços e comunidades.
SUMÁRIO DO MÓDULO
Sessão Métodos de ensino-aprendizagem Carga Horária
ECLÂMPSIA Exposição, trabalho de grupo, discussão^ 1 ½ horas
Trabalho de grupo Feedback, discussão
½ hora 1 hora 1 ½ hora
Exposição Ensino clínico Trabalho de grupo, feedback, discussão
½ hora 1 hora por grupo pequeno de alunos 2 horas
Exposição, discussão 2 horas
Exposição Ensino clínico, discussão
2 horas 1 hora por grupo pequeno de alunos, por competência
Estudos de caso, discussão, trabalho de grupo, feedback Tutorias opcionais
3 horas 1 hora por aluno ou grupo pequeno de alunos