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Parasitologia- Tricomoníase 1. Apresentação 2. Morfologia Refere-se à doença parasitária causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. É a Infecção Sexualmente Transmissível (IST) de etiologia não viral mais prevalente no mundo, com maior incidência nas mulheres. O protozoário infecta o trato urogenital humano. O protozoário não possui forma To. À cística, apenas de trofozoíto, sendo . ES — essa a fase metabolicamente ativa a EA E do parasito. Ea E E A morfologia dos trofozoítos é | 1 a ' variável, podendo ser elipsóides, o, co mg piriformes ou ovais, dependendo das tn ds características físico-químicas do - =º . » y ambiente. o av ABA x ( * a “ 4 2.1 Morfologia do trofozoíto . Possuem 4 flagelos anteriores livres que emergem do canal periflagelar. A movimentação do trofozoíto depende da ação dos flagelos livres e da membrana ondulante. Não possuem mitocôndrias, nem peroxissomos, mas o seu citoplasma está repleto de hidrogenossomos. Possuem um único núcleo elipsóide envolto por uma membrana porosa. 3. Fisiologia T. vaginalis desenvolve-se bem em ambientes como baixa tensão de oxigênio, pH entre 5 e 7,5 e a temperatura entre 20ºC e 40ºC. O hidrogenossomo realiza a fermentação oxidativa de carboidratos, resultando na formação de CO2, H2 e de ATP. Reproduz-se assexuadamente por fissão binária. Os seres humanos são os únicos hospedeiros naturais de T. vaginalis. 4. Transmissão Ocorre com o parasito na forma de trofozoito (é a única possível). A transmissão é de pessoa para pessoa, com as relações sexuais sendo o único meio comprovado até agora. Existem possibilidades de transmissão não-sexual, como pelo compartilhamento de roupas íntimas, assentos de vasos sanitários ou durante o parto, mas elas ainda não foram comprovadas. A tricomoníase é pouco comum na 1º década de vida, pois o ambiente vaginal ainda não é propício para a colonização. . Trofozoitos instalam-se na mucosas cervicovaginal e uretral peniana. 3. 4. Na região urogenital, os trofozoítos reproduzem continuamente por cissiparidade. Com as divisões, os trofozoítos começam a colonizar a região do trato urogenital. Após a colonização, os trofozoítos estão prontos para serem transmitidos pelo contato sexual. 5. Mecanismos de lesão endotelial 1. 2. Os trofozoítos aderem à superfície mucosa mediante as interações com a proteina mucina. Após a adesão, os parasitos começam a secretar mucinases, que solubilizam o revestimento mucoso. O batimento flagelar possibilita a penetração do parasito na matriz mucosa solubilizada e a interação com células epiteliais subjacentes. O parasito degrada proteínas da matriz extracelular, como a hemoglobina, a laminina e a lactoferrina, e rompe a junção intercelular, o que agrava a lesão. 5.1 Observações Para colonizar a região, o parasito deve ultrapassar diversas barreiras presentes na estrutura vaginal. Fatores como as mudanças estruturais e químicas da região vaginal ao longo do ciclo menstrual podem aumentar a vulnerabilidade da região para ser colonizada. A adesão do parasito na região ocorre de maneira eficaz pois uma proteina de membrana chamada lipopolifosfatoglicano (LPG) é capaz de “mascarar” a presença do parasito ali, não estimulando resposta imune. O parasito é capaz de emitir pseudópodes para fagocitar células e bactérias da região. Os parasitos fazem competição por alimentos com as bactérias acidófilas da região e sobressaem, isso explica o aumento do pH da região durante a infecção. — o aumento do pH propicia um melhor desenvolvimento dos protozoários.