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O que é INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO, Os tipos de infecção existente: Cistite, Pielonefrite , Uretrite . Diagnóstico, tratamento e profilaxia
Tipologia: Trabalhos
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- 1 INTRODUÇÃO .................................................................................. - 2 INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO .............................................. - 2.1.1 Cistite ......................................................................................... - 2.1.2 Pielonefrite ................................................................................ - 2.1.3 Uretrite ....................................................................................... - 3 DIAGNÓSTICO ................................................................................ - 3.1 Bacteriúria assintomática ........................................................... - 3.2 Cistite / Piúria ............................................................................... - 3.3 Síndrome da Dor Pélvica Crônica (SDPC) ................................. - 4 ITU (geral) ........................................................................................ - 4.1 Pielonefrite ................................................................................... - 4.2 Uretrite .......................................................................................... - 4.3 Prostatite/ SDPC ..........................................................................
O sistema urinário possui a função de eliminar toxinas, controlar a pressão arterial, manter a homeostase do corpo, os níveis de água e eletrólitos e o controle da temperatura corporal. Na espécie humana, o sistema urinário é composto por: dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. A urina é considerada estéril e pode sofrer contaminação de bactérias da pele, da roupa ou da genitália. Os achados em análises de sedimentos de urina são provenientes de Infecções do trato urinário (ITU’s). Essas infecções podem ser causadas por higiene inadequada, retenção urinária, obstrução urinária, uso de cateteres, ato sexual, etc. A infecção urinária pode ser sintomática ou assintomática, recebendo na ausência de sintomas a denominação de bacteriúria assintomática. Quanto à localização, é classificada como baixa ou alta. A ITU pode comprometer somente o trato urinário baixo, caracterizando o diagnóstico de cistite, ou afetar simultaneamente o trato urinário inferior e o superior, configurando infecção urinária alta, também denominada de pielonefrite.
Há vários tipos de Infecção do Trato Urinário (ITU): Cistite, Pielonefrite e Uretrite. 2.1.1 Cistite A ITU baixa (cistite) caracteriza-se normalmente com disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria e dor suprapúbica. O antecedente de episódios prévios de cistite deve sempre ser valorizado na história clínica. A urina pode se apresentar turva, pela presença de piúria, e/ou avermelhada, pela presença de sangue, causada pela presença de litíase e/ou pelo próprio processo inflamatório. 2.1.2 Pielonefrite
utilizado, incluindo um teste leucócito esterase e avaliação de hemoglobina e de nitritos. 3.3 Síndrome da Dor Pélvica Crônica (SDPC) Na Classificação de prostatite/síndrome da dor pélvica crônica (SDPC), é recomendado que seja utilizada a classificação do NIDDK/NIH (National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases/ National Institute of Health): I Prostatite bacteriana aguda (PBA) II Prostatite bacteriana crônica (PBC) III Síndrome da dor pelvica crônica (SDPC): A. SDPC inflamatória: Leucócitos em secreção prostática expressa (SPE)/ urina obtida após massagem prostática (VB3) / esperma; B. SDPC não inflamatória: nenhum leucócito em EPS/VB3/esperma; IV Prostatite inflamatória assintomática (prostatite histológica). 4 ITU (geral) História clínica, exame físico e análise de urina por tiras reagentes, incluindo eritrócitos, hemácias e reação ao nitrito são recomendações de rotina para o diagnóstico. Exceto em episódios isolados de ITU inferior não complicada (cistite) em mulheres saudáveis na pré-menopausa, uma cultura de urina é recomendada em todos os outros tipos de ITU antes do tratamento, para permitir que a terapia antimicrobiana seja ajustada, se necessário. 4.1 Pielonefrite Em casos de suspeita de pielonefrite, pode ser necessário avaliar o trato urinário superior para afastar obstrução urinária ou doença litiásica. 4.2 Uretrite Uretrite piogênica é indicada pela coloração de Gram de secreção ou esfregaço uretral que demonstre mais do que cinco leucócitos por CGA (x1, 000) e, nos casos de gonorreia gonocócica, diplococos Gram-negativos intracelulares. Um
teste leucócito esterase positivo ou mais do que 10 leucócitos por CGA (x400) na amostra do primeiro jato urinário é também diagnóstico. 4.3 Prostatite/ SDPC Em pacientes com sintomas sugestivos de prostatite, recomenda-se diferenciar entre prostatite bacteriana e síndrome da dor pélvica crônica (SDPC). Isto pode ser feito através do teste dos 4 copos (“four glass test”), de acordo com Mearse & Stamey, após a exclusão de infecção urinária aguda ou doença sexualmente transmissível.
O tratamento da ITU depende de uma variedade de fatores. Tratamento profilático pode ser recomendado para pacientes com ITU recorrente. Os esquemas demonstrados com antibióticos têm um documentado efeito na prevenção de ITU recorrente em mulheres. No caso de cistite bacteriana aguda não complicada em mulheres, recomenda-se, preferencialmente, tratamento antimicrobiano em monodose ou curta duração (três dias). Em todos os casos de pielonefrite aguda, devem ser completados 10 a 14 dias de tratamento antimicrobiano em regime ambulatorial e/ou hospitalar. A Fosfomicina 3g em dose única e nitrofurantoína 100 mg quatro vezes ao dia, por sete dias, são consideradas fármacos de primeira escolha em muitos países. Fluorquinolonas não são recomendadas como tratamento de primeira linha das ITUs simples, a fim de preservar a sua eficácia para ITUs complicadas, e betalactâmicos não são recomendados para o tratamento de rotina das ITUs, pois apresentam eficácia limitada. Entre os benefícios do tratamento com dose única, podem ser mencionados simplicidade, baixo custo, boa tolerabilidade, preferência dos pacientes, fácil adesão, baixa incidência de efeitos colaterais e menor risco de desenvolvimento de resistência aos antibióticos.
Menezes F G, Corrêa L. einstein: Manejo das infecções do trato urinário. Educação Contínua, Saúde. 2008, 6 (3 Pt 2): 129- Roriz-Filho, J. S.; Vilar, F. C.; Mota, L. M.; Leal, C. L.; Pisi, P. C. B. Infecção do trato urinário. Medicina (Ribeirao Preto), [S. l.] , v. 43, n. 2, p. 118-125,