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INSPETOR DE INSTRUMENTAÇÃO N-1 – Construção Montagem e Condicionamento de Instrumentação, Notas de estudo de Mecatrônica

Curso de Inspetor de Instrumentação N-1

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 17/12/2012

silvio-ferreira-13
silvio-ferreira-13 🇧🇷

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INSPETOR DE

INSTRUME-NtAÇÃO

NIVEL 1

CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E

CONDICIONAMENTO DE'

INSTRUMENTAÇÃO.

• atlp .Ministério de

ii:.j.i"ã;;"1f{;I~iW;';::; ~ PErROBRAS. Minas e Energia

GOVERNO FEDERAL

PAis RICO t^ I~~~"""IL PAis SEM POBREZA

lNDICE

LISTA DE FIGURAS

  • APRESENTAÇÃO
    • DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
    • 1 TRATAMENTO METROLÓGICO
    • 1.1 DEFINiÇÕES USADAS EM INSTRUMENTAÇÃO
    • 1.1.1 Faixa de medição (VIM 5.4)
    • 1.1.2 Grandeza (Mensurável)
      • 1.1.3 Unidade de Medida
      • 1.1.4 Sistema de Unidades
      • 1.1.5 Resultado de uma medição
      • 1.1.6 Valor Verdadeiro Convencional
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        • 1.1.
        • 1.1. - Erro(E) - Erro Aleatório(Ea) - Erro Sistemático Es (VIM 3.14)
          • Correção (VIM 3.15)
            • Instrumento de Medição
            • Sistema e Medição
            • Escala de um Instrumento
            • Valor de uma Divisão
            • Ajuste (deum instrumento) de Medição (VIM 4.30)
            • Regulagem (de um instrumento) de Medição (4.31)
            • Calibração (de um instrumento) de Medição (VIM 6.11)
            • Rastreabilidade
            • Padrão
            • Faixa Nominal (RANGE)
            • Amplitude da Faixa Nominal (SPAN) (VIM 5.2)
            • Condições de referência
            • Sensibilidade
              • Resolução (de um dispositivo mostrador) (VIM 5.12)
            • Zona Morta
              • Deriva
            • Tempo de Resposta
              • Exatidão de um Instrumento de Medição'
              • Classe de Exatidão (VIM 5.19)
  • 1.1.30 Erro (de Indicação) de um Instrumento de Medição (VIM 5.20)
  • 1.1.31 Tendência (de um Instrumento de Medição)
  • 1.1.32 Histerese
  • 1.1.33 Repetitividade (de um Instrumento de Medição) (VIM 5.27)
  • 1.1.34 Erro Fiducial (de um Instrumento de Medição)
  • 1.1.35 Incerteza da Medição (VIM 3.9)
  • 1.1.36 Rangeabilidade ( Largura de Faixa)
  • 1.2 APLICAÇÃO DO VIM DURANTE A CALlBRAÇÃO
  • 1.3 PROCEDIMENTOS USUAiS
  • 1.3.1 Leitura dos valores e registro dos resultados
  • 1.4 ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E REGRAS PARA ARREDONDAMENTO
  • 1.5 OPERAÇÕES COM ALGARISMOS SiGNIFiCATiVOS
  • 1.5.1 Operação de adição e subtração
  • 1.5.2 Operações de multiplicação e divisão
  • 2 INTRODUÇÃO À CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE INSTRUMENTAÇÃO.
  • 2.1.1 Recebimento e armazenamento
  • 2.1.2 Calibração:
  • 2.1.3 Montagem:
  • 2.1.4 Condicionamento de instrumentos e painéis:
  • 2.1.5 Preservação:
  • 2.1.6 Inspeção de recebimento
  • 2.1.7 Inspeção de recebimento diferenciada
  • 2.1.8 Materiais de instrumentação de uso geral.
    • 2.1.9 Painéis de baixa tensão, de controle, de alarme etc:
    • 2.1.10 Inspeção visual e mecânica:
  • 2.1.11 Verificações elétricas: "
    • 2.1.12 Verificações especiais. " " .."" """ " "
    • 2.2 INSTRUME1'HOS DE CAMPO TRANSMISSORES, INDICADORES E ACESSÓRIOS
    • EMERGÊNCIA E ACESSÓRIOS): "" .." " " 2.3 INSTRUMENTOS DE CAMPO (VÁLVULAS DE CONTROLE, SEGURANÇA,
    • 2.3.1 Analisadores e detetores "
    • 2.3.2 Bobinas de cabos, multicabos e cabos de extensão " "
    • 2.3.3 Equipamentos que possuam instrumentação acoplada (skid mountaded) ""."" ""
    • 2.3.4 Procedimento de inspeção e teste ""."." "."" "" " """ " """ "" ".""
    • 2.3.5 Recursos Humanos ...""" ".""." ".""""." "" .."" """"."" ..".""".""" .."""""""""
    • 2.3.6 Documentos de confcrrnidade.c.r.. .." " "".""""""""""."""." " .." .."""" .." " .."
    • 2.3.7 Aspectos técnicos da execução do recebimento " """"""."""""""""""""""
    • 2.3.8 Tipos de locais de armazenamento.i.c.c.c.v..i... .."" "" .."""""""""""" .." .." "
  • 2.3.
  • 2.3.
  • 2.4.
  • 2:5.
  • 2.5.
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      • 2.6.
      • 2.6.
      • 2.6.
      • 2.6.
        • Aspectos técnicos da execução do recebimento e armazenamento
        • Válvula com dano devido a armazenamento inadequado
          • MONTAGEM
          • Itens gerais de montagem
          • ITENS ESPECíFICOS DE MONTAGEM
          • Documentos de conformidade
          • Aspectos técnicos da execução de montagem e de inspeção de montagem
          • Condições Específicas
          • Instrumentos de Temperatura
            • Instrumentos de Pressão
          • Instrumentos de Vazão
            • Instrumentos de Nível
          • Válvulas de Controle, de Segurança e Solenóide
          • Analisadores e Detetores
          • Aspectos de SMS
            • Registros
          • Condicionamento
            • Procedimentos - Itens específicos
            • Em ensaios e testes:
            • Recursos Humanos
            • Documentos de conformidade
          • Aspectos técnicos da execução dos testes
          • Aspectos de SMS :
            • Registros
            • Preservação
            • Procedimentos - Itens específicos
            • Recursos Humanos
            • Documentos de conformidade :..:
            • Aspectos técnicos da execução de preservação e de inspeção de preservação
            • Sala de Controle e painéis locais
              • Instrumentos de campo
            • Aspectos de SMS
              • Registros
              • RESISTÊNCIA MECÂNICA E ESTANQUEIDADE
            • Objetivo e aplicação
              • Documentos de referência
              • Desenvolvimento e descrição da técnica
              • Recomendações técnicas e de qualidade
  • 2.6.
  • 2.6.
  • 2.6.
    • 2.6.
    • 2.6.
    • 2.7.
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    • 2.8.
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      • 2.9.
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      • 2.10.
      • 2.10.
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    • .2.10.
      • 2.10.
        • 2.10.
        • 2.10.
          • Recomendações específicas para cada teste
          • Forma de aplicação
          • Critério de aceitação
          • Finalizando o teste
            • Registros
          • TESTE DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO
          • Objetivo e aplicação
            • Documentos de referência:
            • Desenvolvimento e descrição da técnica
          • Verificações e testes antes do início da calibração:
          • Teste dos bornes contra a estrutura ou invólucro
            • Registros dos resultados:
            • Critério de aceitação
          • TESTE DE RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO DE CABOS E MULTICABOS
            • Objetivo e aplicação
            • Documentos de referência:
            • Desenvolvimento e descrição da técnica
            • Verificações e testes antes do início da calíbração:
            • Testes dos condutores contra a malha
            • Teste de condutor a condutor.
            • Registros dos resultados
            • Critério de aceitação
            • TESTE DE CONTINUIDADE EM CIRCUITOS DE PAINEL E CABOS
            • Objetivo e aplicação
              • Documentos de referência
              • Desenvolvimento e descrição da técnica :
            • Visual
            • Teste de continuid ide
              • Registros dos resultados
              • Critério de aceitação
            • TESTES DE TENSÃO APLICADA
            • Objetivo e aplicação
              • Documentos de referência:
              • Desenvolvimento e descrição da técnica
              • Verificações e testes antes do início da calibração:
              • Testes dos bornes contra a estrutura ou invólucro
                • Registros dos resultados
              • Critério de aceitação
  • 2.11 INSPEÇÃO DE CABOS
    • 2.11.1 Análise de documentação: 1-
  • 2.11.2 Exame visual externo:
    • 2.11.3 Exame visual externo
    • 2.11.4 Exame visual interno
    • 2.11.5 Exame dimensional
    • 2.11.6 Ensaios de Rotina
    • 2.11.7 Ensaios Especiais
    • 2.12 ENSAIOS DE TiPO
    • 2.12.1 Elétricos
    • 2.12.2 Não-elétricos
    • 2.12.3 Complementares :
    • 2.12.4 Inspeção final
    • 2.12.5 Procedimentos de teste e calibração de válvulas
    • 2.12.6 Teste do atuador
      • 2.12.7 Posicionadores
      • 2.12.8 Posicionadores eletrônicos
      • 2.13 ATUADORES
      • 2.13.1 Atuadores elétricos ·.
      • 2.13.2 Atuadores pneumáticos
      • 2.13.3 Indicadores de posição
      • 2.13.4 Teste nos corpos e vedação de válvulas
      • 2.14 GRAUS DE PROTEÇÃO
      • 2.15 CLASSE DE TEMPERATURA.
      • 2.16 CERTIFICAÇÃO
      • 2.17 CERTIFICADO DE CONFORMIDADE
      • 2.17.1 Marcação
      • 2.18 REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO
      • 2.19 SISTEMAS COM ELETRODUTOS
      • 2.20 SISTEMA COM CABOS
      • 2.21 SISTEMA MiSTO
      • 2.22 INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EX-I
      • ANEXO
        • BIBLIOGRAFIA
  • Figura 1 - Gráfico de representação do Erro
  • Figura 2 - Gráficos de representação da Histerese
  • Figura 3 - Gráfico de representação da repetitividade
  • Figura 4 - Leitura da escala
  • Figura 5 - Leitura da escala
  • Figura 6 - Leitura da escala
  • Figura 7 - Montagem de componentes na régua num painel sem acompanhamento na fábrica
  • danificada no transporte Figura 8 - Válvula armazenada deitada e sem a proteção nos flanges(esquerda) e a direita válvula
  • Figura 9 - Válvula danificada devido a armazenamento inadequado
  • Figura 10 - Conexão dos condutores no equipamento
  • Figura 11 - Indicação do megômetro
  • Figura 12 - Teste de condutor
  • Figura 13 - Tipos de Atuadores
  • Figura 14 - Atuador pneumático com mola
    • Figura 15 - Esquema de um posicionador e atuador com mola
    • Figura 16 - Posicionador eletropneumático
    • Figura 17 - Posicionador manual.
    • Figura 18 - Posicionadores eletrônicos
    • Figura 19 - Atuador elétrico
    • Figura 20 - Atuador pneumático :
    • Figura 21 - Indicador de posição
    • Figura 22 - PIT: Programa de inspeção e testes de uma válvula
    • Figura 23 - Graus de proteção
    • Figura 24 - Documentação
    • Figura 25 - Certificado de conformidade
    • Figura 26 - Terminologias do certificado
    • Figura 27 - Sistema Misto

APRESENTAÇAO

Nesta série de materiais desenvolvidos para os cursos de qualificação para o projeto Prominp - Petrobras para Inspetor de Instrumentação Nível 1 serão compiladas algumas Normas ABNT, parcial e/ou totalmente. Isso se deve ao fato de a Petrobras possuir licença de uso exclusivo das Normas ABNT.

Também foram utilizadas Normas PETROBRAS parcial e/ou totalmente, por se tratar de um material de uso exclusivo para qualificação do pessoal para atuação em suas unidades pelo Projeto Prominp.

Pela complexidade do tema, não foram esgotadas as normas pertinentes ao assunto. À medida em

que surgir alguma aplicação específica, ela deverá ser agregada neste material ao que está exposto.

Este material tem como objetivo fixar as condições exigíveis na construção, montagem e condicionamento de sistemas de instrumentação, controle e automação, incluindo o recebimento, armazenamento, preservação, montagem, teste e calibração de instrumentos e acessórios, quais os sistemas e/ou instrumentos aplicados e os requisitos técnicos e práticos recomendados.

Aplicam-se os seguintes sistemas ou instrumentos:

  1. sistemas de medição,. transmissão e controle de temperatura, de pressão, de vazão e de nível;
  2. sistemas de redes industriais, SDCD, PLC e redes de campo;
  3. válvulas de controle, válvulas de segurança, analisadores, detectores e painéis;
  4. sistemas de alimentação de energia, de medição em linha e de mistura em linha.

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a construção, montagem e condicionamento de instrumentos.

Portaria MTE nQ^ 3.214, de 08/06/78 - Norma Regulamentadora nQ^ 10 (NR-10) Instalações e Serviços em Eletricidade; Portaria nQ^ 29 - VIM - Vocabulário Internacional de Metrologia; PETROBRAS N-12 - Acondicionamento e Embalagem de Válvulas; PETROBRAS N-115 - Montagem de Tubulações Metálicas; PETROBRAS N-381 - Execução de Desenho e Outros Documentos Técnicos em Geral; PETROBRAS N-1591 - Ligas Metálicas e Metais - Identificação Através de Testes pelo ímã e por Pontos; PETROBRAS N-1592 - Ensaio Não-Destrutivo - Teste pelo ímã e por Pontos; PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante; PETROBRAS N-1600 - Construção, Montagem e Condicionamento de Redes Elétricas; PETROBRAS N-1644 - Construção de Fundações e de Estruturas de Concreto Armado; PETROBRAS N-1735 - Pintura de Máquinas, Equipamentos Elétricos e Instrumentos; PETROBRAS N-1882 - Critérios para Elaboração de Projetos de Instrumentação; PETROBRAS N-1931 - Material de Tubulação para Instrumentação; PETROBRAS N-1939 - Formulários para Construção, Montagem e Condicionamento de Instrumentação; PETROBRAS N-2022 - Detalhes de Instalação de Instrumentos de Pressão; PETROBRAS N-2154 - Classificação de Áreas para Instalações Elétricas em Regiões de Perfuração e Produção; PETROBRAS N-2166 - Classificação de Áreas para Instalações Elétricas em Refinarias de Petróleo; PETROBRAS N-2167 - Classificação de Áreas para Instalações Elétricas em Unidades de Transporte de Petróleo, Gás e Derivados; PETROBRAS N-2269 - Verificação, Calibração e Teste de Válvula de Segurança e/ou Alívio; PETROBRAS N-2270 - Fabricação e Montagem de Linha de Impulso; PETROBRAS N-2271 - Teste Pneumático para Linha de Alimentação e Sinal; PETROBRAS N-2273 - Verificação, Calibração e Teste de Válvula de Controle; PETROBRAS N-2276 - Teste Hidrostático e Pneumático para Linha de Impulso; PETROBRAS N-2368 - Inspeção de Válvulas de Segurança e Alívio; PETROBRAS N-251 O - Inspeção e Manutenção de Instalação Elétrica em Atmosfera Explosiva;

1 TRATAMENTO METROLÓGICO

1.1 DEFINiÇÕES USADAS EM INSTRUMENTAÇÃO

As definições a seguir colocadas foram obtidas do VIM (Vocabulário Internacional de Metrologia) e devem ser usadas na instrumentação de forma compulsória até para uniformizar a nossa maneira de expressar de forma correta em um relatório ou mesmo informalmente numa discussão.

Devemos abolir o uso de alguns termos tais como

  1. Repetibilidade (não existe no Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM) e nem nos dicionários) e sim repetitividade.
  2. Precisão (não deve ser utilizado como exatidão) e sim como repetitividade.
  3. Aferição (existe somente no VIM em português - usar Calibração)

Existe uma regra que é conhecida como a regra de ouro da metrologia em que o instrumento que será usado como padrão deve ser três vezes mais exato que o instrumento a ser calibrado. Esta regra pode ser aplicada de duas formas:

A primeira destas formas consiste em conhecer a especificação da tolerãncia permitida no instrumento a ser calibrado (pode ser também uma medição ou uma tolerância do processo), dividirmos por três e o valor ali encontrado deve ser no mínimo a resolução do instrumento que utilizaremos para calibrar (ou medir)

A segunda é praticamente a mesma definição anterior. O que muda é que ao invés de usarmos a

resolução do instrumento faremos à correção do valor encontrado na calibração ou na medição,

produzindo o que a metrologia conhece como "valor corrigido" (compensação dos efeitos sistemáticos conhecidos). O valor encontrado na divisão por três da tolerância permitida no instrumento a ser calibrado (também pode ser também uma medição ou uma tolerância do processo) e o valor ali encontrado deve ser no mínimo igual a incerteza do sistema de medida que estamos utilizando. Esta incerteza vem expresso nos relatórios ou certificados de calibração emitidos pelos laboratórios e tem uma forma padronizada sugerida pela metrologia internacional (ISO GUM) Devemos incentivar o uso de alguns termos tais como:

  1. Validação (termo da ISO-9001) que consiste em avaliarmos os resultados emitidos no certificado de calibração em relação aos requisitos deste instrumento. Estes requisitos

podem ser construtivos (normas construtivas ou especificação de fabricação) ou de uso (tolerância da medição que realizaremos).

  1. Verificação: consiste em avaliarmos o instrumento antes do uso para ver se ele apresenta condições de uso. No caso de uma trena poderíamos verificar se ela ainda possui todas as marcações em toda a faixa, se o dispositivo de encosto (aba no zero mm) corrige as medidas internas das externas (não travado ou com folga excessiva), se não há dobras permanentes na faixa. No caso de um termômetro poderíamos ver se a escala não soltou ou se a coluna não está segmentada.
  2. Revalidação: consiste em validarmos um instrumento, após decorrido o prazo do programa de calibração, e atribuirmos um novo prazo na mesma proporção para seu uso, sem uma nova calibração. A revalidação só pode ser executada em instrumentos de uso mais corriqueiro e que não tem como proporcionar alteração na sua escala ou mecanismo. Deve ser precedida de uma verificação (ver item anterior). A trena pode ser um exemplo. Se houver um defeito tal como mostrado no item "verificação" ela tem que ser descartada. Se não houver nenhum destes defeitos pode ser revalidado o relatório de calibração inicial, já que não há como esticarmos a escala sem percebermos esta deformação.
  3. Faixa de indicação (VIM 4.19): Conjunto de valores limitados pelas indicações extremas.
  4. Para um mostrador analógico pode ser chamado de faixa de escala;
  5. A faixa de indicação é expressa nas unidades marcadas no mostrador, independentemente da unidade do mensurando e é normalmente estabelecida em termos dos seus limites inferior e superior, por exemplo 100°C a 200°C; 1.1.1 Faixa de medição (VIM 5.4) Conjunto de valores de um mensurando para o qual admite-se que o erro de um instrumento de medição mantém-se dentro dos limites especificados.
  6. "erro" é determinado em relação a um valor verdadeiro convencional No caso de transmissores é comum que a medição seja especificada para atender a um processo, porém não podemos esquecer que a transmissão ocorre dentro de uma outra faixa. Quando mencionamos que o "instrumento mantém-se dentro dos limites especificados" não podemos esquecer que a transmissão é a melhor das variáveis a ser observado se o instrumento mantém suas características. A transmissão sendo de 4 a 20 mA, por exemplo, a faixa é 16 mA Um instrumento de medição pode medir com um erro menor em determinada faixa, porém em outra seu erro pode inviabilizar uma medida. Um exemplo é o caso de manômetro. Os manômetros industriais tem uma faixa de medição numa faixa intermediária, no caso de 25 a 75 % da faixa. Se consultarmos a NBR 14105 verificaremos que nesta faixa sua tolerância é menor. Já na parte inicial,

incerteza apropriada para uma dada finalidade.

1.1.7 Erro(E)

É o resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do mensurando. Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se, na prática, um valor verdadeiro convencional.

1.1.8 Erro Aleatório(Ea)

(VIM 3.13) É o resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito número de

medições do mesmo mensurando efetuadas sob condições de repetitividade. (E, = E - Es)

Em razão de que apenas um número finito de medições (amostra) pode ser feito, é possível apenas determinar uma estimativa do erro aleatório. As principais características do erro aleatório são que ele está presente em todas as medições, varia constantemente em módulo e sinal, durante as medições e somente pode ser determinado estatisticamente através de uma série de medições. O erro aleatório é altamente influenciado pelas condições de execução, seja do laboratório (padrões/ condições ambientais/ ferramentas), seja do operador (treinamento/ acuidade visual/ sensibilidade). Temos, portanto, que ser bem cuidadosos quando tratar-se de equipar um laboratório para atendermos a essas condições operacionais para não termos um erro aleatório exagerado. O erro aleatório influencia a incerteza. Se tivermos um instrumento que no certificado seja relatado um erro maior, comparativamente com outro com certeza este segundo teve a influência das condições de execução influenciando, se não for do próprio instrumento já que a repetitividade também influencia a incerteza de forma direta.

1.1.9 Erro Sistemático Es (VIM 3.14)

É a média que resultaria de um infinito número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de repetitividade, menos o valor verdadeiro do mensurando.

Em razão de que apenas um número finito de medições (amostra) pode ser feito, é possível apenas determinar uma estimativa do erro sistemático.

Este erro é relatado no certificado de calibração e serve para executarmos a correção quando executamos uma medição tal qual como relatado no exemplo 2 do termo resolução

As principais características do erro sistemático são que ele varia conforme uma lei ou princípio, pode ser medido por instrumentos ou outros meios e teoricamente deveria sempre ser corrigido no resultado final.

Figura 1 - Gráfico de representação do Erro

o erro sistemático vem expresso nos certificados de calibração e resulta do valor obtido nas medições

(geralmente uma média) em relação ao VVC.

Pode ser corrigido por ser conhecido. Em alguns casos não corrigimos devido a não ser relevante a

. sua participação nos resultados.

Ao utilizamos um paquímetro que apresenta um erro sistemático de 0,01 mm para medir uma peça cuja tolerância é 0,2 mm, sabemos de antemão que o erro sistemático não afeta a leitura (sem considerar a incerteza)

1.1.10 Correção (VIM 3.15)

É o valor adicionado algebricamente ao resultado não corrigido de uma medição para compensar um

erro sistemático. A correção é igual ao erro sistemático com sinal trocado Veja exemplo da resolução.

A correção a que se refere este termo do VIM é o que aplicamos numa medição de laboratório, já que

não é comum usarmos um instrumento e o seu certificado em medidas em locais fora do laboratório. Muito embora possível. Por este motivo ao laudarmos um instrumento de trabalho, geralmente o

parâmetro básico para aprovarmos é a sua especificação de fabricação ou norma. O motivo principal

é que ao disponibilizarmos para uso o usuário vai somente medir, sem correção e sem nenhuma outra

ação metrológica sobre a medida.

Este termo pode ser confundido com ajuste, porém aqui não há a figura do padrão podendo, portanto, ser executada em qualquer local.

1.1.17 Calibração (de um instrumento) de Medição (VIM 6.11)

É o conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou um sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões.

o resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento dos valores do mensurando para as

indicações, como a determinação das correções a serem aplicadas. Uma calibração pode também determinar outras propriedades metrológicas como o efeito das grandezas de influência.

o resultado de uma calibração pode ser registrado em um documento, algumas vezes denominado

CERTIFICADO DE CALlBRAÇÃO OU RELATÓRIO DE CALlBRAÇÃO.

O termo calibração é o mais conhecido da instrumentação. Também é muito confundido. Pela definição podemos observar que não são executadas ajustes ou regulagens quando realizamos a calibração. Só tomamos os valores e os colocamos num documento que serve com um registro, inclusive para a ISO 9001 e que deve atender a outras normas metrológicas também. Podemos citar a ISO 10012 e a ISO 17025 que são as mais importantes na metrologia. Como instrumentação é metrologia aplicada, não dá para não as conhecer.

O resultado, como mencionado é o "Certificado de Calibração" que deve conter os valores obtidos em seqüências de medição, a incerteza de calibração, os padrões usados (todos) a incerteza dos padrões para sequenciar a rastreabilidade. Outras informações são muito importantes, tais como data, executante, testes, etc.

1.1.18 Rastreabilidade

É a propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão estar relacionado a referências estabelecidas, geralmente a padrões nacionais ou internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas estabelecidas.

1.1.19 Padrão

É a medida materializada ou o instrumento de medição ou o material de referência ou o sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza para servir como referência. Exemplos:

  1. Massa Padrão de 1 kg;
  2. Termômetro Calibrado na RBC;
  3. miliamperímetro padrão;
  4. Manômetro Digital Calibrado na RBC;
  5. Solução de Referência de pH.

1.1.20 Faixa Nominal (RANGE)

É a faixa de indicação que se pode obter em uma posição específica dos controles de um instrumento de medição.

Faixa nominal é normalmente definida em termos de seus limites inferior e superior, por exemplo: "100ºC a 200ºC". Quando o limite inferior é zero, a faixa nominal é definida unicamente em termos do limite superior, por exemplo: a faixa nominal de OV a 100V é expressa como "1 OOV".

1.1.21 Amplitude da Faixa Nominal (SPAN) (VIM 5.2)

É a diferença, em módulo, entre dois limites de uma faixa nominal. Exemplos:

  1. Faixa Nominal de -10 V a 10 V a amplitude da faixa nominal é 20 V,
  2. Faixa Nominal de 4 a 20 mA a amplitude da faixa nominal é 16 mA.
  3. Faixa Nominal de 1 a 5 V a amplitude da faixa nominal é 4 V.

Em algumas áreas, a diferença entre o maior e o menor valor é denominada faixa.O cuidado neste caso é com os instrumentos que possuem faixas iniciando abaixo do zero ou que não iniciam em zero e todos os cálculos pata verificação da especificação tem de levar isto em conta.

1.1.22 Condições de referência

São as condições de uso prescritas para ensaio de desempenho de um instrumento de medição, ou para intercomparação de resultados de medições (temperatura, umidade, pressão atmosférica).