INTERFERÊNCIA DE CLORETO NA ANÁLISE DE DQO
Texto escrito por Maria Eduarda e Ariane Silva
#Aminas
Na análise de DQO o Cloreto resulta em uma interferência positiva em cima do
resultado. No Standard Methods (método seguido pela maioria dos laboratórios)
consta que em concentrações até 2000 mg/L a atividade do Cloreto consegue ser
“neutralizada” pelo Sulfato de Mercúrio II (Hg2SO4) presente no tubete de DQO. Mas e
quando meu valor de Cloreto á superior a esse limite?
Como contornar essa situação?
Partindo do princípio que quando dilui-se a amostra o interferente dilui-se também,
podemos encontrar dessa maneira uma saída para contornar e/ou eliminar o
interferente.
A diluição feita deve ter como base o valor de Cloreto da amostra; Vamos propor um
estudo de caso:
Digamos que tenho um amostra X, onde o valor de DQO foi 4000mg/L e meu Cloreto
apresentou um valor de 9000 mg/L. Focando somente no resultado de DQO (e tendo
como base que meu kit pronto da análise atende até a faixa de 1500 mg/L) uma
diluição x4 seria a mais correta, pois assim, minha leitura seria de 1000mg/L (dentro
da faixa) com diluição por 4.
Porém, o Cloreto, ainda que sendo diluído, não atingiu a faixa de neutralização
necessária, porque, assumindo a diluição adotada na DQO o mesmo teria uma
concentração de 2250 mg/L.
Nesse caso, a diluição ideal seria x5. Onde minha DQO teria o valor de 800mg/L e meu
Cloreto atingiria 1800mg/L.
O analista necessita desenvolver um senso crítico nesse sentido, pois a escolha da
diluição deve ser pensada também levando em conta que quanto maior a diluição
maior meu erro. Portanto, ela deve ser a menor possível, mas que atenda meus limites.
Espero que tenham gostado do exemplo. Qualquer dúvida ou opinião estou disponível
para debate e discussão.
Nos vemos na próxima postagem das #Aminas.
Se cuidem.