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Introdução ao estudo do desenho técnico, Notas de estudo de Química

Definições: PLANTA: é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre o plano horizontal. PLANTA DO PAVIMENTO: é o corte horizontal feito acima do piso, a distância variável, a fim de mostrar no desenho, todos os componentes do pavimento, como paredes, vãos de portas e janelas, equipamentos fixos e móveis (opcionais), de modo a dar uma perfeita compreensão das divisões, circulação, iluminação e ventilação do pavimento. ELEVAÇÃO / FACHADA: é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre um p

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 24/08/2010

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DESENHO TÉCNICO
Definições:
PLANTA: é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre o plano horizontal.
PLANTA DO PAVIMENTO: é o corte horizontal feito acima do piso, a distância variável, a fim de
mostrar no desenho, todos os componentes do pavimento, como paredes, vãos de portas e
janelas, equipamentos fixos e móveis (opcionais), de modo a dar uma perfeita compreensão das
divisões, circulação, iluminação e ventilação do pavimento.
ELEVAÇÃO / FACHADA: é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre um plano vertical.
CORTES: são planos secantes verticais para mostrar partes internas do edifício, geralmente não
são contínuos.
PERSPECTIVA: é o desenho do objeto visto bi-dimensionalmente, isto é, em projeções sobre dois
planos verticais ortogonais.
PÉ-DIREITO: é a altura livre entre o piso e o teto de um compartimento.
ALINHAMENTO: é a linha projetada, marcada ou indicada pela Prefeitura Municipal, para fixar o
limite do lote do terreno em relação ao logradouro público.
RECUO: é a distância da construção a divisa considerada (recuo de frente, recuo de fundo e
recuos laterais direito e esquerdo ou como costuma ser denominado “afastamento lateral direito
ou esquerdo”).
PROJETO ARQUITETÔNICO: é a solução de um problema de edificação, equacionando com arte
e técnica, os elementos fixos e variáveis existentes, visando a obtenção do objetivo desejado,
determinado por um programa estabelecido.
Elementos fixos: terrenos / programa / verba / exigências institucionais.
Elementos variáveis: programa / partido arquitetônico / funcionabilidade / estética / volumetria.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DESENHO TÉCNICO

Definições:

PLANTA : é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre o plano horizontal.

PLANTA DO PAVIMENTO : é o corte horizontal feito acima do piso, a distância variável, a fim de mostrar no desenho, todos os componentes do pavimento, como paredes, vãos de portas e janelas, equipamentos fixos e móveis (opcionais), de modo a dar uma perfeita compreensão das divisões, circulação, iluminação e ventilação do pavimento.

ELEVAÇÃO / FACHADA : é o desenho do objeto visto na sua projeção sobre um plano vertical.

CORTES : são planos secantes verticais para mostrar partes internas do edifício, geralmente não são contínuos.

PERSPECTIVA : é o desenho do objeto visto bi-dimensionalmente, isto é, em projeções sobre dois planos verticais ortogonais.

PÉ-DIREITO : é a altura livre entre o piso e o teto de um compartimento.

ALINHAMENTO : é a linha projetada, marcada ou indicada pela Prefeitura Municipal, para fixar o limite do lote do terreno em relação ao logradouro público.

RECUO : é a distância da construção a divisa considerada (recuo de frente, recuo de fundo e recuos laterais direito e esquerdo ou como costuma ser denominado “afastamento lateral direito ou esquerdo”).

PROJETO ARQUITETÔNICO : é a solução de um problema de edificação, equacionando com arte e técnica, os elementos fixos e variáveis existentes, visando a obtenção do objetivo desejado, determinado por um programa estabelecido.

  • Elementos fixos: terrenos / programa / verba / exigências institucionais.
  • Elementos variáveis: programa / partido arquitetônico / funcionabilidade / estética / volumetria.

NIVEL : o sinal gráfico da indicação de nível pode ser:

  • um círculo dividido em quatro setores iguais (quadrantes), com cheios e vazios alternados, comumente usado em plantas - um triângulo com um vértice apontando a indicação do nível de referência escolhido, comumente usado em cortes.

Caracterização no projeto, das partes a conservar, a demolir e a construir:

LEGENDA

Concreto

Concreto aparente

Madeira

Terra

CORES A conservar Preta A demolir Amarela A construir Vermelha

Definição de Desenho Técnico

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura.

Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura.

Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.

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Apesar da visão espacial ser um dom que todos têm, algumas pessoas têm mais facilidade para entender as formas espaciais a partir das figuras planas.

A habilidade de percepção das formas espaciais a partir das figuras planas pode ser desenvolvida a partir de exercícios progressivos e sistematizados.

A Origem do Desenho Técnico

A representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais evoluiu gradualmente através dos tempos. Conforme histórico feito por HOELSCHER, SPRINGER E DOBROVOLNY (1978) um dos exemplos mais antigos do uso de planta e elevação está incluído no álbum de desenhos na Livraria do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de 1490.

No século XVII, por patriotismo e visando facilitar as construções de fortificações, o matemático francês Gaspar Monge, que além de sábio era dotado de extraordinária habilidade como desenhista, criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre os elementos do plano e do espaço.

O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título “Geometrie Descriptive” é a base da linguagem utilizada pelo Desenho Técnico.

No século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi necessário normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-la numa linguagem gráfica que, a nível internacional, simplificasse a comunicação e viabilizasse o intercâmbio de informações tecnológicas.

Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da International Organization for Standardization – ISO normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia e da arquitetura, chamando-a de Desenho Técnico.

Nos dias de hoje a expressão “desenho técnico” representa todos os tipos de desenhos utilizados pela engenharia incorporando também os desenhos nãoprojetivos (gráficos, diagramas, fluxogramas etc.).

O Desenho Técnico e a Engenharia

Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos de engenharia, a viabilização de boas idéias depende de cálculos exaustivos, estudos econômicos, análise de riscos etc. que, na maioria dos casos, são resumidos em desenhos que representam o que deve ser executado ou construído ou apresentados em gráficos e diagramas que mostram os resultados dos estudos feitos.

Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está intimamente ligado à expressão gráfica. O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada não só para apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem substituir cálculos complicados.

Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o ensino de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer modalidade de engenheiro,

pois, além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias concebidas por alguém sejam executadas por terceiros, o

desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de organização.

Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia irá depender, de uma forma ou de outra, do desenho técnico.

Tipos de Desenho Técnico

O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos:

  • Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas.

Perspectiva Vista cotada (com as dimensões)

  • Desenho Arquitetônico
  • Desenho Elétrico/Eletrônico
  • Desenho de Tubulações

Mesmo com nomes diferentes, as diversas formas de apresentação do desenho projetivo têm uma mesma base, e todas seguem normas de execução que permitem suas interpretações sem dificuldades e sem mal-entendidos.

Os desenhos não-projetivos são utilizados para representação das diversas formas de gráficos, diagramas, esquemas, ábacos, fluxogramas, organogramas etc..

Formas de Elaboração e Apresentação do Desenho Técnico

Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por computadores, pois existem vários softwares que facilitam a elaboração e apresentação de desenhos técnicos. Nas áreas de atuação das diversas especialidades de engenharias, os primeiros desenhos que darão início à viabilização das idéias são desenhos elaborados à mão livre, chamados de esboços.

A partir dos esboços, já utilizando computadores, são elaborados os desenhos preliminares que correspondem ao estágio intermediário dos estudos que são chamados de anteprojeto.

Finalmente, a partir dos anteprojetos devidamente modificados e corrigidos são elaborados os desenhos definitivos que servirão para execução dos estudos feitos.

Os desenhos definitivos são completos, elaborados de acordo com a normalização envolvida, e contêm todas as informações necessárias à execução do projeto.

A Padronização dos Desenhos Técnicos

Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente.

As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por todos os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este setor.

No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, fundada em 1940.

Para favorecer o desenvolvimento da padronização internacional e facilitar o intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país, reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization – ISO).

Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional.

As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras -NBR e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO.

Normas da ABNT

A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT. Os procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica, como é o caso da NBR 5984 – NORMA GERAL DE DESENHO TÉCNICO (Antiga NB 8) e da NBR 6402 – EXECUÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS DE MÁQUINAS E ESTRUTURAS METÁLICAS (Antiga NB 13), bem como em normas específicas que tratam os assuntos separadamente, conforme os exemplos seguintes:

  • NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, cujo objetivo é definir os termos empregados em desenho técnico. A norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos geométricos (Desenho Projetivo e Não-Projetivo), quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando

computador)

  • NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES, cujo objetivo é padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens e legenda.

As folhas podem ser utilizadas tanto na posição vertical como na posição horizontal.

Os tamanhos das folhas seguem os Formatos da série “A”, e o desenho deve ser executado no menor formato possível, desde que não comprometa a sua interpretação.

Tabela 1: Os Formatos da série “A” seguem as seguintes dimensões em milímetros:

FORMATO DIMENSÕES MARGEM COMPRIMENTO

DA LEGENDA ESPESSURA

LINHAS DA

MARGENS

ESQUERDA

OUTRAS

• NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM

DESENHO TÉCNICO

• NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO

• NBR8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM DESENHOS TÉCNICOS

• NBR 6158 – SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES

• NBR 8993 – REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL DE PARTES ROSCADAS EM DESENHO

TÉCNICO

Existem normas que regulam a elaboração dos desenhos e têm a finalidade de atender a uma determinada modalidade de engenharia. Como exemplo, pode-se citar: a NBR 6409, que normaliza a execução dos desenhos de eletrônica; a NBR 7191, que normaliza a execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado; NBR 11534, que normaliza a representação de engrenagens em desenho técnico.

Uma consulta aos catálogos da ABNT mostrará muitas outras normas vinculadas à execução de algum tipo ou alguma especificidade de desenho técnico.

Material e Instrumentos

Geralmente, é comum associar-se o Desenho Técnico apenas à execução precisa por meio de instrumentos (régua, compasso, esquadros, etc.), mas ele pode, também, ser executado à mão livre e até mesmo por meio de computador. Cada uma dessas modalidades difere apenas quanto à maneira de execução, sendo idênticos os seus princípios fundamentais. Enquanto o “desenho instrumental” é utilizado em desenhos finais, de apresentação, de cálculos gráficos, de diagramas, etc., o “esboço aa mão livre” é, por excelência, o desenho do Engenheiro e do Arquiteto, pois possui a rapidez e a agilidade que permitem acompanhar e implementar a evolução do processo mental.

As oportunidades em que é desejável, ou mesmo necessário, um esboço à mão livre surgem a qualquer momento. O profissional deve estar preparado e treinado para executá-lo, utilizando um mínimo de material que possa sempre trazer consigo. Por isto, é recomendável que os estudantes aprendam a esboçar, evitando o uso excessivo de borracha para apagar as linhas de construção ou os erros. Para tanto, o esboço preliminar deverá ser realizado com traços tão leves que, ao reforçar os contornos definitivos, as linhas de construção percam ênfase, não havendo necessidade de apaga-las.

Seja qual for o instrumento utilizado, o estudante deve ser capaz de executar traços firmes e nítidos, com pressão moderada, aprendendo a controlar a intensidade do traço, mais pela pressão do lápis do que pela mudança de dureza da grafite. A borracha deve ser do tipo macio e utilizada o mínimo possível.

Entre os equipamentos utilizados no Desenho Técnico Instrumental tem-se: Os esquadros, a régua T, o transferidor, o tecnígrafo, os compassos, o cintel, tira-linhas, as curvas francesas, a régua flexível, a escala triangular, a régua triplo-decímetro, o lápis, lapiseiras e grafites, as pranchetas, a borracha, raspadeiras, gabaritos, os normógrafos, e o pantógrafo.

Os principais materiais do desenho técnico são: O papel, o Lápis, a Borracha, e a Régua.

O PAPEL é um dos componentes básicos do material de desenho. Ele tem formato básico, padronizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esse formato é o AO (A zero) do qual derivam outro formatos. Veja a figura 2.

O formato básico A0 tem área de 1m2 e seus lados medem 841mm x 1.189 mm. Deste formato básico derivam os demais formatos. Veja a tabela 1 anterior.

Figura 2. Formatos do papel

DOBRAMENTO: Quando o formato do papel é maior que A4, é necessário fazer o dobramento para que o formato final seja A4. Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185 mm. A parte final a é dobrada ao meio. Veja a figura 3.

Figura 3. Dobramento do papel

Caligrafia Técnica

Define-se como Caligrafia Técnica aos caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve ser legível e facilmente desenhável (Figura 4). A caligrafia técnica normalizada são letras e algarismos inclinados para a direita, formando um angulo de 75o com a linha horizontal.

Exemplo de Letras Maiúsculas:

ABCDEFHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

Exemplo de Letras Minúsculas:

abcdefhijklmnopqrstuvwxyz

Exemplos de Algarismos:

0123456789IVX

Figura 6. Representação do ponto

A LINHA pode ser curva ou reta. Nesta seção vamos estudar as linhas retas.

A Linha Reta ou simplesmente reta não tem inicio nem fim: ela é ilimitada. Na figura 7, as setas nas extremidades da representação da reta indicam que a reta continua indefinidamente nos dois sentidos.

Figura 7. Representação da reta

A Semi-reta sempre tem origem, mas não tem fim. Observa-se na figura 8, que o ponto A é o ponto de origem das semi-retas. O ponto A da origem a duas semi-retas.

Figura 8. Representação de semi-retas

Segmento de Reta: Se ao invés de um ponto A são tomados dois pontos diferentes, A e B, obtém- se um pedaço limitado de reta. Esse pedaço limitado da reta é chamado segmento de reta AB.

Figura 9. Representação do segmento de reta

De acordo com sua posição no espaço, a reta pode ser respectivamente: Horizontal, Inclinada, Vertical.

A

Linhas convencionais que vamos usar:

Representação Espessura (mm) Denominação Aplicação

0,5 Grossa cheia Arestas e contornos visíveis de vistas e de

cortes. 0,25 Média tracejada Arestas, contorno invisíveis e projeção de

coberturas em planta baixa. Traço de 3mm e

espaço de 1,5mm. 0,12 Fina traço ponto Linhas de simetria e de centro. Comprimento

de 10 mm e espaço de 3 mm com um ponto

no meio.

Aplicações das linhas convencionais nas figuras:

As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinqüenta), 1:10 (um por dez), 1:25 (um por vinte e cinco), 10: (dez por um), etc. Em desenhos antigos pode-se encontrar, por exemplo, a escala de 0,05 (cinco centésimos). Se fizermos as operações, encontraremos:

0,05 = 5 / 100 = 1 / 20, ou seja, 1:20 (um por vinte) notação atual

É lógico que quando se faz a redução ou ampliação fotográfica de um desenho, sua escala fica alterada. Uma casa desenhada na escala de 1:50, reduzida fotograficamente em 25% de seu tamanho, ficará representada na escala de 1:66,6. Deve-se pois, ter o máximo cuidado de conferir as escalas numéricas indicadas em livros e revistas. Esse trabalho é dispensável quando o desenho é acompanhado de escala gráfica.

ESCALA GRÁFICA : é a representação da escala numérica. A escala gráfica correspondente a 1:50 é representada por segmentos iguais a 2 cm, pois 1 metro dividido por 50 é igual a 0,02 m. Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos:

  • 1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga)
  • 1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes perspectivas
  • 1:100 = desenhos de apresentação – plantas, fachadas, cortes, perspectivas, projeto para

Prefeitura

  • 1:50 = execução (desenhos bem cotados)
  • 1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes
  • 1:50 = projetos especiais – fundações, estrutura, instalações, etc.

ESBOÇO EM PERSPECTIVA

Desenho em perspectiva

Desenho em perspectiva é um tipo de desenho projetivo que mostram em um plano objeto que ocupam lugar no espaço, ou seja, possuem três dimensões (largura, altura e profundidade).

Sabemos que um plano possui duas dimensões largura e altura. Para que possamos representar a terceira dimensão, passamos para o plano de maneira aproximada a percepção visual, ou seja, desenhamos os objetos como visualizamos de uma posição que permita enxergar as três dimensões.

Baseando-se no fenômeno ótico a perspectiva de um objeto é a interseção dos raios visuais com a superfície, denominado quadro, onde se pretende desenhar a imagem. Assim os princípios da visão aplicam-se exatamente à operação geométrica de projeção, cujo centro é o olho do observador; os raios projetantes correspondem aos raios visuais e a projeção no quadro entre observador e objeto é a perspectiva do objeto.

O esboço em perspectiva deve fazer parte também da habilidade do técnico, pois será útil quando estiver criando soluções para instalações ou mentalizando as primeiras idéias de um projeto. Além disto será muito mais fácil explicar para alguém, cliente por exemplo, uma idéia proposta quando este alguém não dominar a linguagem de projeção ortogonal (vistas).

Classificação das perspectivas

Definição

  • Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo;
  • O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica: a perspectiva.
  • Representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a idéia de profundidade e relevo.
  • Uma técnica de desenho projetivo utilizada para facilitar a compreensão volumétrica.

Leis da Perspectiva

  • Tudo parece diminuir à medida que se afasta do observador (desenhista);
  • Perspectiva cônica é mais utilizada em projetos arquitetônicos e de interiores;
  • Perspectivas isométrica e cavaleira, são mais utilizadas em desenhos mecânicos.

Perspectiva Isométrica

Mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado;

  • Seu traçado é relativamente simples.
  • Possui as três faces obliquas ao plano de trabalho inclinadas a 30o da horizontal;

O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi-retas que tem o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120°;

  • Usar o jogo de esquadros para construir a figura abaixo

Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada de linha isométrica.

Na figura abaixo tem-se as linhas r, s, t, u, z como isométricas, em relação aos eixos x,y,z. A linha v não é isométrica.