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é um pequeno trabalho sobre a casa malaparte
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Ao leste de Capri ergueu-se a grande inovação da época. Era uma casa que fugia de todas as normas estabelecidas no período do pós-guerra. Ela se voltava para a natureza, algo muito esquecido no século XX. Era um tempo em que modernismo racionalista primava pela funcionalidade das coisas e dos ambientes. As construções normalmente eram pautadas em um pensamento cheio de normas. Concomitantemente, neste mesmo período da arquitetura moderna, o fascismo assolava a Europa. Este regime era totalmente contrário às inovações políticas. Uma inovação artística, baseada em ideologias de liberdade e individualidade seriam uma ameaça para o sistema.
Seguramente um monte não é um lugar mais adequado para uma construção. Um terreno montanhoso necessita de maior atenção no que diz respeito às fundações. Estas deverão ser bem trabalhadas para garantir a sustentação do edifício. Em 1938, o escritor e jornalista Curzio Malaparte (1898–1957) pede a Adalberto Libera que realize alguns croquis preliminares para sua casa em Ponta Massullo, Capri. Cruzio ansiava uma obra inovadora, integrada com o meio natural, algo esquecido e massacrado pelos pré-conceitos do pós-guerra. Libera era adepto da arquitetura racionalista e ocupante dos mais altos cargos do regime fascista. Também era responsável por projetos de modernização em Roma omandados por Mussolini. A casa, a qual o escritor chamou de “uma casa como eu”, foi construída seguindo o projeto original de Libera, desenvolvido posteriormente por Amintrano, um construtor de Capri, e pelo próprio Malaparte. Outras fontes afirmam que em 1937, Adalberto Libera, concebe o primeiro desenho. Cruzio qualifica o croqui como um bunker ou uma prisão. Segundo algumas versões, Adalberto foi deixado de lado e Malaparte executou a sua casa com ajuda de pedreiros. A arquiteta doutora Maria Tereza Muñoz, em seu artigo, diz a respeito da casa Malaparte. “A Vila Malaparte parte necessariamente da importância de sua implantação; excepcionalmente na arquitetura de Libera, fora da cidade. No mais alto de um penhasco sobre o Mar Mediterrâneo, a casa se ergue olhando para o sol, transmitindo um especial sentimento de distância e orientação, enquanto que acentua com sua presença a inacessibilidade desse lugar excepcional. O lugar escolhido por Malaparte não é simplesmente um lugar onde a natureza possa ser contemplada, mas também sentida em toda sua plenitude. O sol e o mar se transformam em mundos envoltórios da arquitetura, mergulhando neles, enquanto que esta estende seus domínios pelo território muito além de seus limites, deixando pegadas em forma de escadas talhadas diretamente sobre a rocha. A natureza, como um drama no tempo, em constante movimento e absolutamente paralisada, aparece aqui como condição essencial de uma arquitetura que está sobre a natureza, participa e também se opõem a ela. Mas a natureza é, na Vila Malaparte antes de tudo mítica, literária. Da parceria Libera / Malaparte surge uma construção inquietante, marcada por sua profunda ambigüidade que penetra na arquitetura em virtude desse caráter mítico da natureza.” (http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp009.asp)
pensamento de seu cliente, se for necessário, deverá ser versátil, adaptar-se a novos conceitos e idéias, sem significar a total abdicação das suas. Ao lembrar da casa Malaparte, recordo-me de liberdade de composição, liberdade de pensamento e quebra de conceitos. Não se pode limitar uma arte impondo normas para ela. Entendo a arquitetura como uma das mais belas manifestações artísticas, considero a vila Malaparte, tão longe do Acre, o exemplo de liberdade e criatividade que se eleva sobre um grande monte.
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp009.asp http://es.wikipedia.org/wiki/Adalberto_Libera http://es.wikipedia.org/wiki/Casa_Malaparte