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estudo do urbanismo no brasil
Tipologia: Notas de estudo
1 / 21
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Não perca as partes importantes!
URBANISMO NO BRASIL
“...as formações urbanas brasileiras devem ser objeto de interesse
científico; que não constituem um conjunto de dados aleatórios mas
são parte de uma estrutura dinâmica - a rede urbana - que deve ser
compreendida, quando se almeja o conhecimento daquelas.”
Nestor Goular dos Reis Filho
Assim como a Europa e os Estados Unidos haviam
passado por grandes transformações territoriais e sociais
no Século XIX, o Brasil passa por essa situação no final
do Século XIX e mais intensamente no Século XX. Essas
transformações decorrem especialmente da mudança de
uma sociedade de economia baseada na produção
agrária para uma sociedade que entra em um processo
de industrialização.
URBANISMO NO BRASIL
Houve destaque para duas linhas de urbanismo – do final Do século
19 aos anos 60
Uma iniciou nos PLANOS DE MELHORAMENTOS e em seguida, se
ampliou para o conjunto da área urbana, para a aglomeração e
recebeu a denominação (década 70) de planos de desenvolvimento
integrado.
A outra é aquela que tem origem no MOVIMENTO MODERNISTA e se
difunde com os Congressos do CIAM. No Brasil a Construção de
Brasília será a ressonância principal deste movimento.
No primeiro período os melhoramentos propostos eram
localizados em partes da cidade já existente.
A primeira geração de profissionais que atuava nesse
período era formada em cursos de engenharia, nas antigas
Escolas Militares da Bahia, Pernambuco e no Rio de Janeiro
ou na Escola Central do Rio de Janeiro. Alguns formados no
exterior. Ocupavam cargos públicos nas estruturas
administrativas que estavam em formação nas prefeituras
das principais cidades e no governo de Estado.
Av. Paulista, início do séc. XX
Foto de Guilherme Gaensly
O período é marcado pela elaboração de planos que tem
por objetivo o conjunto da área urbana na época.
Com a visão de totalidade, são planos que propõem a
articulação entre os bairros, o centro e a extensão das
cidades através de sistemas de vias e de transportes.
O SEGUNDO PERÍODO 1930 A 1950:
Nesse período são formuladas
as primeiras propostas de
zoneamento.
Ressalta-se os planos de
Saturnino de Brito que já
possuíam a visão de totalidade.
Plano urbanista francês (Escola
Clássica): Donat Alfred Agache
no Rio de Janeiro (final anos 20).
Passagem de Le Corbusier pelo
Rio. Croqui de Le Corbusier para o
Rio de Janeiro
Porto alegre – Plano de
Avenidas.
Rio de Janeiro – Plano de
Urbanização – Agache
A experiência das duas
cidades acrescentam à
estrutura viária, antiga e
precária, a melhora na
circulação de pessoas e
mercadorias preparando as
cidades para a nova fase de
industrialização (se dará
após os anos 50).
Plano Agache Rio de
Janeiro
11
11
As reformas urbanas realizadas em diversas cidades brasileiras (final do séc. XIX
e início do séc. XX) lançaram as bases de um urbanismo moderno.
Foram realizadas obras de saneamento básico para eliminação das epidemias, ao
mesmo tempo que se promovia o embelezamento paisagístico e eram
implantadas as bases legais para um mercado imobiliário capitalista.
A população expulsa desse processo era deslocada para os morros e franjas da
cidade.
Manaus, Belém, Porto Alegre, Curitiba, Santos, Recife, São Paulo e
especialmente o Rio de Janeiro são cidades que passaram por mudanças que
conjugaram saneamento ambiental, embelezamento e segregação territorial.
Bairro IAPI, 1963 foto de Léo
Guerreiro e Pedro Flores
Viaduto da Avenida Borges de
Medeiros , década de 40
Nesse período são realizados os Planos Regionais, dando
conta da realidade que se configura nesta época:
Houve a inserção de outros
profissionais de outras
disciplinas nas transformações
no campo dos estudos
urbanos.
Há uma nova geração de
urbanistas, formados pelas
escolas de engenharias e que
ocupam de forma permanente
os quadros das prefeituras.
Trabalham em equipes
multidisciplinares produzindo
planos diretores.
Foi com o BNH – Banco Nacional de Habitação integrado ao
SFH – Sistema Financeiro de Habitação criados pelo regime
militar a partir de 1964, que as cidades brasileiras passaram
a ocupar o centro de uma política destinada a mudar seu
padrão de produção.
O mercado habitacional recebeu
investimentos , que ocasionaram na
mudança no perfil das grandes
cidades, com a verticalização
promovida pelos edifícios de
apartamentos. Há também o
incremento do “urban sprawl” gerado
pela criação de conjuntos
habitacionais periféricos financiados
pelo SFH que expande as rede de
infra-estrutura em áreas não
ocupadas.
A partir da década de 40 o
apartamento foi a principal forma de
moradia da classe média.
O acesso à moradia concentrou-se
nas classes médias e altas.
Melhora na saúde brasileira –
relacionada a melhoria na rede
pública de água, campanhas de
vacinação e atendimento às
gestantes – taxa de mortalidade
infantil e esperança de vida.
e agredir o meio ambiente.
...” a regra se tornou exceção e a exceção a
regra”.
Arantes e Schwarz
A cidade legal caminha para ser, cada vez
mais, espaço da minoria.
Maricato
Favelas Rio de Janeiro