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Leptina e Insulina, Notas de estudo de Nutrição

Hormonios Leptina e Insulina

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 13/10/2009

Reginaldo85
Reginaldo85 🇧🇷

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XI Encontro Anual de Iniciação Científica - de 1 a 4/10/2002 - Maringá - PR
Universidade Estadual de Maringá/Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
ESTUDO COMPARATIVO DOS EFEITOS DA LEPTINA E INSULINA
SOBRE A ATIVAÇÃO DA GLICOGENÓLISE HEPÁTICA
PROMOVIDA PELO AMPC
Sharize Betoni Galende (PIBIC), Roberto Barbosa Bazotte (Orientador)
e-mail: rbbazotte@uem.br
Universidade Estadual de Maringá/Departamento de Farmácia e
Farmacologia-Maringá-PR
Palavras-chave: leptina, insulina, AMPc.
A ocorrência de hiperleptinemia associada a insulino resistência e elevada
produção hepática de glicose (PHG) é freqüentemente observada em obesos. Porém esta
observação clínica entra em contradição com estudos em células isoladas nas quais se
demonstra que a leptina e a insulina apresentam efeitos biológicos similares. De acordo
com estes dados da literatura também demonstramos recentemente em perfusão de
fígado in situ que a leptina e a insulina, em concentrações fisiológicas, são capazes de
inibir a ativação da glicogenólise promovida pelo glucagon, cujas ações são mediadas
pelo AMPc. Com o objetivo de investigar este aparente paradoxo nos propomos a
investigar as interações leptina/insulina na PHG, com ênfase no envolvimento do AMPc
na glicogenólise tendo em vista que a leptina imita os efeitos anabólicos da insulina no
fígado por uma via que inclui ativação da fosfatidilinositol 3-quinase (PI3K) e ativação
da fosfodiesterase 3B (PDE3B), enzima responsável pela degradação do AMPc. Para
alcançar este objetivo ratos Wistar alimentados (condição favorável a estudos de
glicogenólise) foram submetidos a perfusão de fígado in situ. A ativação da
glicogenólise hepática pelo AMPc (3 µM) ou 8-Br-AMPc (0.3 µM) na presença de
concentrações fisiológicas de leptina (10 ng/ml) ou insulina (10 µU/ml) foram
comparadas. A glicogenólise foi obtida através da avaliação da produção de [glicose +
½ (piruvato + L-lactato)]. Os resultados obtidos foram expressos como área sob a curva
(ASC) e expressos em µmol.g-1 + EPM. A ativação da glicogenólise pelo AMPc (ASC =
21.1+ 8.0) foi inibida (p<0.05) pela insulina (ASC = 6.2+0.9) mas não pela leptina
(ASC = 23.6+4.7). Porém, a ativação da glicogenólise pelo 8-Br-AMPc
(ASC=21.0+3.1) foi inibida (p< 0.05) de maneira semelhante pela leptina (ASC
=10.2+1.2) e insulina (ASC = 9.2+ 2.6). Estes resultados demonstram que a leptina e a
insulina inibem a ativação da glicogenólise promovida pelo AMPc por um mecanismo
que provavelmente envolve ativação das fosfodiesterases. Porém, como o efeito da
insulina sob o ponto de vista quantitativo é mais intenso do que o da leptina, abre se a
possibilidade de que em condições de hiperleptinemia, a leptina possa interferir com as
ações anabólicas da insulina predispondo à resistência a insulina e hiperprodução
hepática de glicose observada no obeso hiperleptinemico.

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XI Encontro Anual de Iniciação Científica - de 1 a 4/10/2002 - Maringá - PR Universidade Estadual de Maringá/Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

ESTUDO COMPARATIVO DOS EFEITOS DA LEPTINA E INSULINA

SOBRE A ATIVAÇÃO DA GLICOGENÓLISE HEPÁTICA

PROMOVIDA PELO AMPC

Sharize Betoni Galende (PIBIC), Roberto Barbosa Bazotte (Orientador) e-mail: rbbazotte@uem.br

Universidade Estadual de Maringá/Departamento de Farmácia e Farmacologia-Maringá-PR

Palavras-chave: leptina, insulina, AMPc.

A ocorrência de hiperleptinemia associada a insulino resistência e elevada produção hepática de glicose (PHG) é freqüentemente observada em obesos. Porém esta observação clínica entra em contradição com estudos em células isoladas nas quais se demonstra que a leptina e a insulina apresentam efeitos biológicos similares. De acordo com estes dados da literatura também demonstramos recentemente em perfusão de fígado in situ que a leptina e a insulina, em concentrações fisiológicas, são capazes de inibir a ativação da glicogenólise promovida pelo glucagon, cujas ações são mediadas pelo AMPc. Com o objetivo de investigar este aparente paradoxo nos propomos a investigar as interações leptina/insulina na PHG, com ênfase no envolvimento do AMPc na glicogenólise tendo em vista que a leptina imita os efeitos anabólicos da insulina no fígado por uma via que inclui ativação da fosfatidilinositol 3-quinase (PI3K) e ativação da fosfodiesterase 3B (PDE3B), enzima responsável pela degradação do AMPc. Para alcançar este objetivo ratos Wistar alimentados (condição favorável a estudos de glicogenólise) foram submetidos a perfusão de fígado in situ. A ativação da glicogenólise hepática pelo AMPc (3 μM) ou 8-Br-AMPc (0.3 μM) na presença de concentrações fisiológicas de leptina (10 ng/ml) ou insulina (10 μU/ml) foram comparadas. A glicogenólise foi obtida através da avaliação da produção de [glicose + ½ (piruvato + L-lactato)]. Os resultados obtidos foram expressos como área sob a curva (ASC) e expressos em μmol.g-1^ + EPM. A ativação da glicogenólise pelo AMPc (ASC = 21.1+ 8.0) foi inibida (p<0.05) pela insulina (ASC = 6.2+0.9) mas não pela leptina (ASC = 23.6+4.7). Porém, a ativação da glicogenólise pelo 8-Br-AMPc (ASC=21.0+3.1) foi inibida (p< 0.05) de maneira semelhante pela leptina (ASC =10.2+1.2) e insulina (ASC = 9.2+ 2.6). Estes resultados demonstram que a leptina e a insulina inibem a ativação da glicogenólise promovida pelo AMPc por um mecanismo que provavelmente envolve ativação das fosfodiesterases. Porém, como o efeito da insulina sob o ponto de vista quantitativo é mais intenso do que o da leptina, abre se a possibilidade de que em condições de hiperleptinemia, a leptina possa interferir com as ações anabólicas da insulina predispondo à resistência a insulina e hiperprodução hepática de glicose observada no obeso hiperleptinemico.