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As principais lesões no ciclismo e ações de primeiros socorros.
Tipologia: Notas de estudo
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mARCÍLIO VIEIRA NUNES PINTO MARIANE CHAGAS SUZARTE NEWITON DOS SANTOS REIS
Trabalho de pesquisa apresentado à Faculdade Nobre de Feira de Santana como requisito parcial obrigatório para avaliação da matéria Primeiros Socorros, tendo como orientadora geral o professor Eurico Gaspar.
FEIRA DE SANTANA-Ba
2010
1 INTRODUÇÃO
Analisar a incidência de lesões no ciclismo
aplicado. O ciclismo desenvolve o sistema cardiovascular de seus praticantes, promove queima de gordura corporal e desenvolve a resistência da força muscular das pernas.
Isso se dá pelo fato do ciclismo ser um esporte onde praticamente não há impacto. As lesões no ciclismo comumente ocorrem por estresse de treinamento (over training) em ciclistas de competição.
Em ciclistas que pedalam por prazer, as lesões em geral aparecem em função do mau ajuste da bicicleta e/ou uso inadequado da bike. Causas comuns são traumas diretos, overuse de treino ou ajuste ruim da bicicleta, o ciclismo também tem suas lesões.
No ciclismo, lesões causadas pelo próprio movimento das pedaladas são relativamente raras, quando comparadas a outros esportes, como corrida e outras modalidades de impacto como o futebol.
Pastre (2005) cita que as lesões esportivas são resultantes de uma interação de fatores de risco, sendo eles intrínsecos, sendo estes relacionados à idade, sexo, condição física, desenvolvimento motor, alimentação e fatores psicológicos, contudo há fatores extrínsecos que associam especificidade técnica de cada modalidade, tipo de equipamento usado, organização e cargas de treino e competição, condições climáticas ou a combinação destes.
A freqüência de lesões pode variar de acordo com o tempo de prática esportiva e o número de horas de treino por semana, sendo consideradas fator principal de afastamento dos atletas, influenciando seu desempenho e possivelmente seu psicológico pela demora ao retorno das práticas esportivas, afetando a equipe como um todo (ROSE et al, 2006). O ciclismo é uma das modalidades de esporte onde ocorrem os menores índices de lesões.
Segundo Gregor & Wheeler (1994) o tamanho do pedal e consequentemente o tamanho da área de contacto do pé com o pedal é um dos fatores que afeta no desenvolvimento de lesões crônicas no membro inferior. O tipo de pedalada (Prilutsky e Gregor, 2000) e o ângulo do tronco (Brown et al, 1996) também são fatores determinantes na sobrecarga articular. Francis (1986) descreve o mau alinhamento nas estruturas do pé como sendo um fator que afeta na cinemática do joelho, consequentemente provocando dor e lesões ao nível desta articulação.
Na maioria das vezes, o ajuste da bicicleta é feito com base em tentativa e erro, ocorrendo maus ajustes na posição do selim, guiador ou dos tacos das sapatilhas. Estes ajustes têm sido relacionados com a ocorrência de lesões, além disso, acarretam maior gasto energético, afetando o desempenho. Os pequenos desajustes no posicionamento foram também relatados como uma das principais causas de lesões nos joelhos, bem como por promover
4.1 Lesões dermatológicas
O ciclismo também é um esporte passível de lesões dermatológicas, como as assaduras, que são lesões frequentes, porém de fácil solução. O posicionamento correto do selim é fundamental, pois se ele estiver muito alto em relação ao pedal vai exigir maior movimentação das pernas e aumentar o atrito, favorecendo a irritação da pele. Além disso, o mais indicado é que o selim esteja em posição reta ou levemente abaixada. Os selins com amortecedor e com uma abertura central ajudam a evitar as assaduras. E vale usar bermudas de ciclismo que mantêm a pele livre de umidade.
4.2 Lesões ocasionadas por quedas
A maior incidência de lesões no ciclismo é decorrente de quedas e acidentes com o ciclista. É imprescindível seguir as regras de segurança no trânsito, respeitar as leis, transitar com atenção e conduzir a bike de maneira a evitar acidentes preventivamente.
4.3 Condromalacia Patelo-Femoral
É o desgaste da cartilagem existente entre a patela e o fêmur que gera dor na parte posterior ou ao redor da patela. Essa dor pode ser em virtude do aumento da compressão da cartilagem entre a patela e o fêmur, que por sua vez pode ser motivado pelo mau posicionamento do ciclista sobre a bicicleta (selim muito baixo ou muito avançado). Quando o ciclista pedala com o selim muito baixo e/ou avançado pode ocorrer uma flexão ou uma “movimentação” médio-lateral excessiva do joelho, enquanto que com o selim muito alto e/ou recuado pode ocorrer uma tensão excessiva dos músculos posteriores da coxa podendo ocasionar lesões como, por exemplo, tendinites. A ocorrência de lesões nesta articulação está ligada ao fato da grande magnitude de força muscular gerada pelo quadríceps durante o ciclismo, a qual é transmitida ao movimento principalmente por esta articulação. Isso faz com que uma flexão excessiva da articulação do joelho leve a uma maior carga de compressão na articulação patelo-femoral, à medida que a flexão aumenta.
4.4 Tendinite no joelho
4.5 Lombalgia
Ciclismo. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclismo Acessado em: 11/11/2010.
GERMANO, W. T. Soluções Práticas e Imediatas para as Regulagens da Bicicleta. Apostila entregue aos congressistas do FEC-Fitness Evolucion Center, São Paulo-SP, 2000.
História da Bicicleta (2000). Disponível em: http:// www.webikers.hpg.com.br/ home.html Acessado em: 11/11/2010.
OLIVEIRA, R. T. DE. Ciclismo. Rio de Janeiro-RJ, Sprint, 2001.
PASTRE, C. M. et al. Lesões desportivas na elite do atletismo brasileiro: estudo a partir de morbidade referida. Rev Bras Med Esporte, vol.11, n.1, Jan/Fev, 2005.
Pereira MG. Morbidade. In Pereira MG: Epidemiologia — Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 1995
ROUQUAYROL, MZ; ALMEIDA FILHO, N. Elementos de metodologia para pesquisa epidemiológica. In: ______. Epidemiologia e saúde. 5. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 1999.
