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Trabalho de Curso submetido à Faculdade Instituto de Educação Filadélfia, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de graduação em Pedagogia
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Trabalho de Curso submetido à Instituto de Educação Filadélfia, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de graduação em Pedagogia. Sob a orientação do Professor José Carlos Martins Júnior.
Águas Lindas, 2019.
Dedico esse trabalho primeiramente a minha avó Helena, que hoje não está mais presente, mas me apoiou muito, que me deu os melhores conselhos durante toda minha vida. E aos meus pais por toda dificuldade para conseguirem me criar e me fazer chegar até aqui. Se hoje me estou graduando é graças a eles, que me apoiaram que nunca me deixaram desistir e que abriram mão dos sonhos deles para que eu pudesse realizar o meu.
A cultura não se herda, conquista-se.
André Malraux
The main idea of this research is to point out that the student is a small world full of discoveries and is seeing the pleasure of new ideas, searching, groping and looking at the teacher as a unique reference in his life, and it is through this didactics, because the It assures the pedagogical practice in the school, as regards the technical dimension as well as the social-political dimension, which are the guiding supports of the pedagogical practice.
Fostering literacy and literacy are processes that I have always been prompted to understand how and how they happen in school, especially in early childhood education and in the early years of elementary school. Understanding these two processes is indispensable for the work in kindergarten and in the early years of elementary school to be meaningful to the subjects who work in it.
Keywords: literacy; family; early years; Basic education, teacher
No primeiro capítulo, trago a alfabetização e letramento em outra perspectiva, a de leitura de mundo. Alfabetizar e letrar é sim aprender a ler e escrever de maneira coerente, mas também, é a compreensão do mundo, a sociedade, o tempo e o espaço, sendo interpretados, de modo que compreendam a realidade pois, nessa perspectiva a leitura e a escrita ainda não são executadas sistematicamente. Nesse sentido, a alfabetização e letramento são processos que podem estar presentes no cotidiano da maioria dos seres humanos, e são necessários para que possam inserir-se na realidade e entender, compreender o mundo, a sociedade no qual se encontra.
No segundo capítulo, ressalto a etapa da Educação Infantil e suas especificidades, destacando o que de fato acredito, pautado nas obras de pesquisadores da infância, que seja ideal estar presente no cotidiano das crianças que frequentam esse ambiente. Então evidencio a possibilidade de elaboração de um currículo que tenha com base os princípios éticos, políticos e estéticos que garantem experiências e vivências de modo que se desenvolvam. Então, por meio currículo elaborado pelos educadores das escolas pesquisadas, é que se pode organizar um planejamento que atinja as metas e objetivos estabelecidos no Projeto Político Pedagógico. Para a organização deste, proponho que sejam elencadas os campos de experiência conforme a Base Nacional Curricular Comum apresenta. A Educação Infantil precisa levar em conta que, esta é uma fase em que as crianças estão em desenvolvimento, e por isso precisa proporcionar vivências significativas. São essas vivências que se dão de maneira lúdica, por meio do brincar, do descobrir o mundo e a si mesmo que fazem parte do dia a dia nesta etapa. É por meio desse ambiente curioso que sugiro que esta etapa seja um ambiente que evidencia o letramento de maneira que os instigue ao mundo letrado. A educação Infantil não tem como foco a alfabetização, mas sim proporcionar o letramento e o contato com mundo da leitura.
Ressaltando-o, no terceiro capítulo, que a alfabetização se inicie nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Destaca-se a perspectiva de alfabetizar letrando, em um ambiente alfabetizador que interligue com o planejamento do educador. Proponho que a sala do primeiro ano seja um ambiente lúdico e que ofereça materiais que instiguem as crianças a aprender a ler e escrever. Alfabetizar letrando é mais do que ensinar ler e escrever, mas acima de tudo é perceber o uso da leitura
e da escrita no contexto social, como uma prática que faz parte da realidade social de cada sujeito.
A razão da escolha do tema alfabetização e letramento se dá devido a percepção, durante minha trajetória como educadora, de crianças atuando na Educação Infantil com habilidades avançadas na leitura e escrita. Será mesmo que está habilidade precisa ser desenvolvida antes de ingressar nos Anos Iniciais? O que de fato pode ser evidenciado na Educação Infantil? alfabetização ou letramento? No decorrer do texto, o leitor entenderá como e de que maneira ressalto que estes processos podem ser evidenciados na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
numero de estados físicos , intelectuais e morais que dela exige a sociedade política no seu conjunto e o meio especial ao qual está especificamente destinada. A educação tem como principal objetivo fazer com que as crianças dominem os conhecimentos de que necessitam para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade.
Deve ser valorizado o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores, o nível de desenvolvimento real se determina como aquilo que o aluno pode fazer sozinho em uma situação determinada. Segundo CÉSAR COLL (1990) o que vale é o que o aluno aprende e não o que o professor ensina. O desenvolvimento potencial é determinado pelo que o aluno pode fazer ou aprender mediante a interação com outras pessoas respeitando suas ideias e opiniões. Precisamos preocupar-nos em preservar o desejo de conhecer e de saber com que todas as crianças chegam a escola e manter a boa qualidade do vinculo com o conhecimento. Devemos valorizar a educação de forma global, dentro da visão de Emile Durkheim (1955) que cita: “que a educação é para todos sem exceção, uma vez que não se forme uma nação sem educação”.
Por muito tempo a pedagogia focou o processo de ensino no professor, supondo que, como decorrência, estaria valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou autonomia em relação a aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou relegado o segundo plano. Hoje, sabe-se que é necessário significar a unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que, em ultima instância, sem aprendizagem o ensino não se realiza. Além da criação de novos instrumentos de análise, planejamento e condução da ação educativa na escola, tem se situado, atualmente dentro da perspectiva construtivista. Dentro dessa perspectiva, a educação é configurada por princípios explicativos do desenvolvimento e da aprendizagem humana que se complementam, integrando um conjunto orientado a analisar, compreender e explicar os processos escolares de ensino e aprendizagem. O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a intervenção pedagógica deve se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua
aprendizagem, para se constituir verdadeira ajuda educativa. Para que a aprendizagem se realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem modifica, enriquece e constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação.
Quando pensamos em alfabetização e letramento, logo ponderamos que este processo se inicia ao ingressar nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou até mesmo na Educação Infantil. Entretanto, ressalto que alfabetizar e letrar são práticas que precisam ser executadas em seu tempo, em meio ao desenvolvimento de cada sujeito.
Ao tratar de alfabetização e letramento como um processo contínuo, que vai se constituindo conforme nos desenvolvemos, saliento o estímulo da oralidade desde cedo para que impulsione este processo. A oralidade é uma produção cultural que se desenvolve conforme a língua que um sujeito traz consigo, diante da cultura em que vive, por isso se desenvolve por meio da interação coletiva com outros sujeitos.
A todo momento os sujeitos estão em constante contato com a oralidade, então, desde que o bebê se encontra no ventre de sua mãe por exemplo está sendo estimulado pelos adultos a iniciar o processo de aquisição da oralidade, que se inicia por meio de conversas, cantigas e histórias. Através desses estímulos, começam a perceber que as coisas, os objetos e as necessidades básicas possuem uma denominação, e consequentemente surgem as primeiras tentativas de expressar sua necessidade por meio da fala.
Esse vínculo afetivo desde muito cedo é, como uma base para que, ao nascer, crescer e ingressar na Educação Infantil os sujeitos já estejam provocados e instigados ao processo de alfabetização e letramento. É por meio desse processo que se inicia, antes mesmo de nascerem, que a oralidade vai se constituindo, contribuindo para o processo de alfabetização e letramento numa perspectiva de leitura de mundo.
Conforme este sujeito cresce, vai percebendo que tudo ao seu redor tem um significado e aos poucos inicia um processo de leitura de mundo, interpretando e
mundo bastante amplo, tendo curiosidades e desejos e o professor deve estimular e aprimorar, a fim de que encontre sentido para estar na escola. Não se trata da alfabetização e letramento somente como o ato de ler e escrever, este processo é muito mais amplo que este simples ato, ele envolve tudo ao nosso meio, ao nosso redor, então, o nosso cotidiano gira em torno da alfabetização e letramento, é aprender a linguagem do mundo. Assim, ler o mundo é um estudo do ser humano no decorrer de seu desenvolvimento na sociedade para que possa compreender o espaço, as coisas, os objetos, e executar tarefas simples de seu dia a dia. A leitura e escrita são atividades de linguagem que pertencem ao cotidiano de todo ser humano, portanto, importante mediador para inserir-se na realidade.
Entretanto, se tratando do processo de alfabetização e letramento na perspectiva de leitura e escrita, esse processo apresenta um conceito mais definido do que é alfabetizar e letrar. A alfabetização é a capacidade que um sujeito desenvolve de ler e escrever de maneira coerente, reconhecendo os fonemas e grafemas apresentados em um determinado texto. Alfabetizar, é oferecer condições para que a leitura e a escrita sejam desenvolvidas neste sujeito com a aptidão de executá-las.
Em conformidade com Rangel, “a alfabetização em seu sentido próprio, específico, envolve o processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita. Neste caso, alfabetizar significa adquirir a habilidade de codificar a língua oral em língua escrita (escrever) e de decodificar a língua escrita em língua oral (ler)” (2008, p.9). Já o processo de letramento está relacionado com a prática da leitura e da escrita no contexto social.
Alfabetização e letramento embora tenham suas especificidades, caminham juntas no processo de leitura e escrita, e nesse sentido, ser letrado é fazer o uso da leitura e escrita, é ler e escrever mas acima de tudo saber interpretar esta ação. Então o letramento interligado com a alfabetização traz uma proposta pedagógica de alfabetizar letrando nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, envolvendo práticas de leitura e escrita, o que discutirei mais adiante.
Portanto, a alfabetização e letramento começa bem antes que as crianças saibam ler e escrever formalmente, uma vez que se trata de um processo que se faz
presente antes mesmo da criança vir ao mundo e se integrar na sociedade. Ele pode estar presente no cotidiano de todos seres humanos e conforme se desenvolvem percebem que saber ler e escrever é uma necessidade para que possam interpretar o mundo a sua volta.
A Educação Infantil é a etapa no qual, as crianças tem seu primeiro contato com a escola, a partir daí encontram-se inseridas no contexto escolar. Para muitas crianças este contato se inicia muito cedo, por volta dos seis meses, um ano de idade, outras, iniciam este contato somente com quatro anos, já que sua frequência a partir desta idade é obrigatória por lei. Entretanto, independentemente da idade em que estes sujeitos ingressam na Educação Infantil, a permanência nesta etapa é muito importante para o desenvolvimento dos mesmos. Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil esta fase é considerada a: Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social (2010, p.12). Esta etapa da Educação Infantil, proporciona às crianças a compreensão do universo, percebendo o espaço, o tempo, a escola, o lugar em que mora e costuma frequentar, bem como as pessoas que as rodeiam. Mas, além delas integrarem-se
manifestações artísticas e culturais. (2010, p.16). Esses princípios definidos são um norte para a elaboração do currículo determinando as metas e objetivos para esta etapa. O currículo da Educação Infantil precisa levar em conta que estes sujeitos estão em constante desenvolvimento e por isso precisam ser estimulados por meio de vivências que os permitem a aprendizagem. Essas vivências se dão em meio ao ambiente da sala de aula, com os materiais utilizados, e a rotina que estes sujeitos tem, sendo um ambiente acolhedor no qual a aprendizagem tem uma relação íntima com o local que essas crianças ocupam. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil deve garantir experiências que: Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança; Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical; Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos; Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais; Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas; Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto- organização, saúde e bem-estar; Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade;
Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza; Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura; Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais; Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras; Possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos; (2010, p.25). Assim, o currículo pode elencar todas essas experiências citadas, adentro dos princípios éticos, políticos e estéticos que envolvem as metas e objetivos do Projeto Político Pedagógico da escola. Um bom currículo, organizado pelos educadores de uma instituição de ensino é aquele que oferece às crianças a oportunidade de aprender.
A Educação Infantil além de apresentar princípios norteadores para elaboração das metas, apresenta campos de experiências conforme a Base Nacional Comum Curricular para elaboração do planejamento dos educadores, que determinam as aprendizagens e os objetivos, são eles: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Traços, sons, cores e imagens. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações (2016; p.21). É com base nos campos de experiência que o planejamento da Educação Infantil pode ser organizado, de maneira que proporcione vivências significativas, favorecendo às crianças a autonomia e desenvoltura, além da expressão corporal, a