Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Levantamento quantitativo da arborização do Campus Rosa Dourada, Garça-SP, Notas de estudo de Engenharia Florestal

Foi realizado um levantamento arbóreo do Campus Rosa Dourada, mantido pela FAEF, objetivando assim, diagnosticar e quantificar as espécies arbóreas, em sua extensão pavimentada.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 20/10/2010

karla-borelli-3
karla-borelli-3 🇧🇷

1 documento

1 / 6

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO DO
CAMPUS ROSA DOURADA- FAEF-GARÇA-SP
GONÇALVES, Mariane de Freitas
BORELLI, Karla
BORGES, Rafaela Cristina Ferreira
ROCHA, José Henrique Tertulino
Acadêmicos do curso de Engenharia Florestal da FAEF- Garça-SP
E-mail: marianefreitasgs@hotmail.com
MELO, Augusto Gabriel Claro de
NEVES, Monica Bernando
Docentes do curso de Engenharia Florestal e Agronomia da FAEF-Garça-SP
E-mail:augustogabriel.ef@hotmail.com; monica_bneves@yahoo.com.br
RESUMO
A arborização urbana é o conjunto de vegetação arbórea natural ou cultivada que um local apresenta.
Possui função ecológica e influência direta sobre o bem estar do homem, visando os múltiplos
benefícios que proporciona ao meio. O objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento
quantitativo das espécies arbóreas encontradas no Campus Rosa Dourada, mantida pela Faculdade
de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça - SP. Os dados foram organizados de acordo com
nome vulgar, nome científico, origem e quantidade. Foram encontrados 1067 indivíduos pertencentes
à 23 famílias. As espécies que mais se destacaram foram Prunus campanulata (Cerejeira),
apresentando 233 exemplares e Licania tomentosa (Oiti) com 101 exemplares.
Palavras-chave: Arborização urbana, biodiversidade, espécies arbóreas.
Tema central: Engenharia Florestal
ABSTRACT
The urban forestry is the set of natural or cultivated trees that has a place. Ecological function and has
direct influence on human welfare, targeting the multiple benefits it provides to the environment. The
aim of this study was perform a quantitative survey of tree species found in the Golden Rose Campus,
maintained by the Faculty of Agronomy and Forest Engineering Garça -SP. Data were organized
according to common name, scientific name, origin and quantity. Found were 1067 individuals
belonging to 23 families. The species that stood out were Prunus campanulata (Cherry), with 233
copies and Licania tomentosa (Oiti) with 101 copies.
Keywords: Urban forestry, biodiversity, arboreal species.
1. INTRODUÇÃO
Denomina-se por arborização urbana, o conjunto de vegetação arbórea
natural ou cultivada que uma cidade apresenta em áreas particulares, praças,
parques e vias públicas (SANCHOTENE et al., 1994). Atualmente, o conceito de
arborização urbana tem dado lugar a um conceito mais abrangente e a uma nova
área do saber denominada “silvicultura urbana”, por se entender que os
agrupamentos de árvores são mais significativos que árvores isoladas
(GONÇALVES, 2000).
1
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Levantamento quantitativo da arborização do Campus Rosa Dourada, Garça-SP e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Florestal, somente na Docsity!

LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO DO

CAMPUS ROSA DOURADA- FAEF-GARÇA-SP

GONÇALVES, Mariane de Freitas

BORELLI, Karla

BORGES, Rafaela Cristina Ferreira

ROCHA, José Henrique Tertulino

Acadêmicos do curso de Engenharia Florestal da FAEF- Garça-SP

E-mail: marianefreitasgs@hotmail.com

MELO, Augusto Gabriel Claro de

NEVES, Monica Bernando

Docentes do curso de Engenharia Florestal e Agronomia da FAEF-Garça-SP

E-mail:augustogabriel.ef@hotmail.com; monica_bneves@yahoo.com.br

RESUMO

A arborização urbana é o conjunto de vegetação arbórea natural ou cultivada que um local apresenta.

Possui função ecológica e influência direta sobre o bem estar do homem, visando os múltiplos

benefícios que proporciona ao meio. O objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento

quantitativo das espécies arbóreas encontradas no Campus Rosa Dourada, mantida pela Faculdade

de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça - SP. Os dados foram organizados de acordo com

nome vulgar, nome científico, origem e quantidade. Foram encontrados 1067 indivíduos pertencentes

à 23 famílias. As espécies que mais se destacaram foram Prunus campanulata (Cerejeira),

apresentando 233 exemplares e Licania tomentosa (Oiti) com 101 exemplares.

Palavras-chave: Arborização urbana, biodiversidade, espécies arbóreas.

Tema central: Engenharia Florestal

ABSTRACT

The urban forestry is the set of natural or cultivated trees that has a place. Ecological function and has

direct influence on human welfare, targeting the multiple benefits it provides to the environment. The

aim of this study was perform a quantitative survey of tree species found in the Golden Rose Campus,

maintained by the Faculty of Agronomy and Forest Engineering Garça -SP. Data were organized

according to common name, scientific name, origin and quantity. Found were 1067 individuals

belonging to 23 families. The species that stood out were Prunus campanulata (Cherry), with 233

copies and Licania tomentosa (Oiti) with 101 copies.

Keywords: Urban forestry, biodiversity, arboreal species.

1. INTRODUÇÃO

Denomina-se por arborização urbana, o conjunto de vegetação arbórea

natural ou cultivada que uma cidade apresenta em áreas particulares, praças,

parques e vias públicas (SANCHOTENE et al., 1994). Atualmente, o conceito de

arborização urbana tem dado lugar a um conceito mais abrangente e a uma nova

área do saber denominada “silvicultura urbana”, por se entender que os

agrupamentos de árvores são mais significativos que árvores isoladas

(GONÇALVES, 2000).

A vegetação urbana constitui um fator determinante da salubridade ambiental

pela sua função ecológica e por ter influência direta sobre o bem estar do homem,

visando os múltiplos benefícios que proporciona ao meio (VOLPE-FILIK et al., 2007).

Do ponto de vista fisiológico, melhora o ambiente urbano por meio da capacidade de

produzir sombra; filtrar ruídos, amenizando a poluição sonora; melhorando a

qualidade do ar, aumentando o teor de oxigênio e de umidade e absorvendo o gás

carbônico; amenizando a temperatura, dentre outros aspectos (GRAZIANO, 1994).

Para Dantas et al. (2004), diante de todos os benefícios, planejar a

arborização é indispensável para o desenvolvimento urbano. Segundo Brun et al.

(2008), é imprescindível a realização de estudos nesta área, uma vez que na maioria

das cidades brasileiras observa-se o negligenciamento da arborização urbana dentro

do planejamento e elaboração dos planos diretores das cidades, onde a mesma é

apresentada de forma meramente ornamental e sem função relevante.

Entre estudos de arborização urbana o mais utilizado é o inventário, o qual

tem como objetivo conhecer o patrimônio arbustivo e arbóreo de uma localidade.

Resultados desses estudos podem subsidiar o planejamento e o manejo da

arborização, fornecendo informações sobre necessidades de poda, tratamentos

fitossanitários e remoção de plantios, bem como, poderá delinear prioridades de

intervenções silviculturais (TAKAHASHI, 1994; SILVA et al., 2007).

Com base neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo diagnosticar

a arborização do Campus Rosa Dourada.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi realizado no campus experimental Rosa Dourada,

pertencente à Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal - FAEF, apresentando

uma área de 67, 5121 ha.

O campus está localizado no município de Garça, região centro-oeste do

estado de São Paulo, cujas coordenadas geográficas são: 22º 13’ 95” S e 49º 40’ 05”

W, e altitude de aproximadamente 600 metros.

O clima da região segundo classificação de Koeppen é do tipo Cwa,

caracterizado por tropical de altitude, com chuvas no verão e seca no inverno, com

a temperatura média do mês mais quente superior a 22°C. A temperatura anual é de

21,3°C, com precipitação média anual de 1.387,1 mm (CEPAGRI, 2008).

Palmeira spp Palmaceae Exótica-

Das 1067 espécies identificadas as que mais se destacaram foram Prunus campanulata , popularmente conhecida como Cerejeira, totalizando 233 indivíduos de origem exótica e Licania tomentosa (Oiti), num total de 101 indivíduos de procedência nativa. Foram encontradas algumas espécies frutíferas, como Psidium guajava (Goiaba), Eugenia uniflora (Pitanga), Syzygium cumini (Jambolão), Anacardium occidentale (Caju) e Mangifera indica (Manga), que alimentam a fauna, atraem

 - Handroanthus albus (Ipê branco) Bignoniaceae Nativa Seco - Handroanthus impetiginus (Ipê roxo) Bignoniaceae Nativa Seco 
  • Jacaranda mimosifolia (Jacarandá mimoso) Bignoniaceae Exótica Seco - Syzygium cumini (Jambolão) Myrtaceae Exótica Carnoso - Plumeria rubra (Jasmim-manga) Apocynaceae Exótica Carnoso - Hymenaea courbaril (Jabotá) Fabaceae-Caesalpinoideae Nativa Carnoso - Citrus limon (Limão) Rutaceae Exótica Carnoso - Mangifera indica (Mangueira) Anacardiaceae Exótica Carnoso - Melaleuca leucadendron (Melaleuca) Myrtaceae Exótica Seco - Pachira aquática (Munguba) Malvaceae Nativa Seco - Guazuma ulmifolia (Muatambo) Sterculiaceae Nativa Seco - Licania tomentosa (Oiti) Chrysobalanaceae Nativa Carnoso
  • Enterolobium contortisiliquum (Orelha-de-negro) Fabaceae-mimosoideae Nativa Seco - Ceiba speciosa (Paineira) Malvaceae Nativa Seco - Seco Nativa - Bauhinia variegata (Pata de vaca) Fabaceae-Caesalpinoideae Exótica Seco - Ochroma pyramidale (Pau-balsa) Malvaceae Nativa Seco - Caesalpinia echinata (Pau-brasil) Fabaceae-Caesalpinoideae Nativa Seco - Triplaris brasiliana (Pau-formiga) Polygonaceae Nativa Seco - Caesalpinia férrea (Pau-ferro) Fabaceae-Caesalpinoideae Nativa Seco - Pinheiro spp Pinaceae Exótica Seco - Eugenia uniflora (Pitangueira) Myrtaceae Nativa Carnoso - Tibouchina granulosa (Quaresmeira) Melastomaceae Nativa Seco - Lagerstroemia speciosa (Resedá-gigante) Lythraceae Exótica Seco - Lagerstroemia indica (Resedá-mirim) Lythraceae Exótica Seco - Sapindus saponaria (Saboneteiro) Sapindaceae Nativa Carnoso - Melia azedarach (Santa bárbara) Meliaceae Exótica Carnoso - Terminalia catappa (Sete-copas) Combretaceae Exótica Seco - Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna) Fabaceae-Caesalpinoideae Nativa Seco - Clitoria fairchildiana (Sombreiro) Fabaceae-Papilionoideae Nativa Seco - Tipuana tipu (Tipuana) Fabaceae-Papilionoideae Exótica Seco - TOTAL

As plantas nativas estão relacionadas à história e ao desenvolvimento sócio-

econômico do país. Já as exóticas não substituem a vegetação nativa em nenhuma

função desempenhada no ecossistema (LORENZI, 2002).

A alta concentração de espécies exóticas pode se tornar um problema para o

local, uma vez que se trata de espécies não naturais no ecossistema. Essa “invasão”

exótica prejudica o funcionamento natural do meio e toma o espaço da vegetação

nativa, o que acarreta na perda da biodiversidade, alteração fisionômica da

paisagem natural além de prejuízos econômicos. De acordo com um levantamento

arbóreo realizado, foi constado que Melia azedarach (Santa-bárbara) e Psidium

guajava (Goiabeira) foram exemplos de espécies invasoras no Brasil (ZILLER, )

4. CONCLUSÃO

De acordo com as espécies quantificadas, pode-se concluir que há uma

expressiva variabilidade de espécies encontradas no campus Rosa Dourada,

variando entre exóticas e nativas. Porém, o campus encontra-se em uma área rural,

e a incidência de espécies frutíferas está abaixo do desejado.

REFERÊNCIAS

BRUN, F. G. K.; FUCHS, R. H.; BRUN, E. J.; ARAÚJO, L. E. B. de. Legislações Municipais do Rio Grande do Sul Referentes à Arborização Urbana – Estudo de Casos. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana , Piracicaba, v.3, n.3, 2008. p. 44-64.

DANTAS I. C.; SOUZA, C. M. C. Arborização urbana na cidade de Campina Grande-PB: Inventário e suas espécies. Revista de Biologia e Ciências da Terra. v.4, n.2, 2004. ISSN 1519-5228.

GONÇALVES, W. Florestas urbanas. Ação ambiental , Ano II, n.9, p.17-19, 2000.

GRAZIANO, T. T. Viveiros Municipais. Departamento de Horticultura – FCAVJ – UNESP. Notas de Aula, 1994.

SANCHOTENE, M. do C.C. Desenvolvimento e perspectivas da arborização urbana no Brasil. In: Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, 2, 1994. São Luís-MA. Anais ... São Luís, Sociedade Brasileira de Arborização Urbana; 1994.

SILVA, L. M.; HASSE, I.; MOCCELLIN, R.; ZBORALSKI, A. R. Arborização de vias públicas e a utilização de espécies exóticas: o caso do bairro centro de Pato Branco/PR. Scientia Agraria (UFPR), v. 8, 2007. p. 47-53.

TAKAHASHI, L. Y. Arborização urbana: inventário. In : CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 2., 1994, São Luís. Anais... São Luís: Sociedade Brasileira