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0 Gunaprp SdimMa mau rap. nf DAPUDG SOJAD) PM E r DOSES SEDEC TDUOTISO CDE DUTOS DSDI DO GS DO DIS DS DS DD Dedicatória Aminha esposa, pelo seu amor, abnegação, compreensão e estímulo para a rcalização deste trabalho; âminha filha, pela motivação e carinho a mim dedicados; aos meus pais pelo estorço e dedicação na minha form introdução ao estudo da Patologia 1. INTRODUÇÃO Patologia é o estudo científico da doença. Ela constitui um grande corpo de conhecimento cientifi- co, idéias c métodos de investigação essenciais para a compreensão € prática da medicina modema 2. HISTÓRIA DA PATOLOGIA Aesmo quando o significado clínico de vários sinais físicos anormais foi estabelecido no início da longa história da medicina, acreditava-se que a natu- reza da doença subjacente fosse decorrente de um os humores. excesso ou deficiência dos vá: A primeira oportunidade para o estudo cienti- fico das doenças proveio do exame intermo do corpo após a morte. Autópsias (necrópsias) foram realiza- das cientificamente desde aproximadamente 1500 d.C. e revelaram muitas informações que ajudaram a es- elarecer a natureza de várias doenças. Como tais exa- mes foram restntos micialmente ao exame macr: pico dos órgãos, esse periodo é considerado como a era da anatomia mórbida. Durante o século XIX na Alemanha, Rokitansky e Aschoff deram importantes contribuições. Eles meticulosamente realizaram c do- cumentaram milhares de necrópsias, correlacionando seus achados com os sinais clínicos e sintomas dos pacientes e com a história natural de uma grande va- riedade de doenças. A patologia foi revolucionada pela aplicação da microscopia ao estudo de tecidos doentes desde aproximadamente 1800. Antes deste período, fai pos- tulado que as doenças originavam-se por um proces- so processo geração espontânea: isto é por de metamorfose independente de qualquer causa ex- terna ou outra influência. Assim, a demonstração fei- ta por Pasteur de que microrganismos presentes no ambiente poderiam contaminar e comprometer a qua- lidade do vinho foi um importante marco em nossa percepção do ambiente e em nossa compreensão de seus possíveis efeitos adversos, tendo enorme impacto sobre a medicina. Rudolf Virchow (1821-1902), um patologista alemão e ardente defensor do microscópio, reconhe- ceu que a célula era a menor unidade constituinte viável do corpo e produziu um novo c duradouro gru- po de idéias sobre doença — 2 patologia celular. Hoje, avanços atuais va bioquímica estão revolucio- nando nossa compreensão de várias doenças a nível molecular. Agora temos explicações bioquímicas para várias das manifestações celulares e clínicas das do- enças. Oimpacto da patologia molecular é exempli- ficado pelos avanços feitos em nosso conhecimento da base bioquímica de distúrbios congênitos e cân- cer. 3. O ESCOPO DA PATOLOGIA 3.1 Patologia Clínica e Experimental O conhecimento científico sobre doenças hu- manas é derivado de gbservações de pacientes ou, por analogia, de estudos experimentais em animais e culturas de células, A maior contribuição provém do estudo em profundidade do tecido e líquidos orgâni- cos dos pacientes. Patologia Clinica - A medicina clínica bas udinal da doença de um ória do q: ente, O exame c ipvesti- gação, O diagnósnico e o tratamento. A patologia clínica está mais relaciunada com uma análise du orópria doença, esurduda em profundidade acau- sa e mecanisma da doença e os cícitos da doença sobre os vários órgãos e sistemas do corpo. listas duas perspectivas são complementares c in- separáveis: a medicina clínica não pode ser prati- cada sem uma compreensão da patologia; a pato- logia não tem significado sc desprovida de implica- ções clínicas. Patologia Experimental - Patologia experi- mental é a observação dos efeitos de mamipulações sobre sistemas experimentais como os modelos ani- mais de doença ou culturas celulares. 3.2 Subdivisões da Patologia A patologia é um tema vasto com muitas rami- ficações. Entretanto, na prática, podem ser feitas gran- des subdivisões: * histopatologia: imvestigação e diagnóstico de doença a partir do exame de tecidos « citopatologia: investigação e diagnóstico de doença a partir do exame de células isoladas * hematologia: estudo de distúrbios dos com- ponentes celulares c coaguláveis do sangue * microbiologia: estudo de doenças mfeccio- sas e os organismos responsáveis por clas « imunologia: estudo dos mecanismos especi- ficos de defesa do organismo * patologia química: o estudo e diagnóstico de doenças a partir de alterações químicas nos teci- dos c líquidos e * genética: estudo de cromossomos e genes anormais - toxicologia: estudo dos efeitos de venenos conhecidos ou suspeitos ie « patologia forense: aplicação da patologia a propósitos legais (investigação de morte em circuns- tâncias suspeitas). subdivisões são 1 is importam! O tema deve ser sionalmente do que na educaç Eiheno Cissa tur di ensinado e aprendido de forma mtegrada. pois o cor- po e suas doer ão fazem distinção entre tais sub- divisões convencionais. CAS APLICADAS À PATO- 4.1 LOGIA 4.1 Microscopia Óptica Avanços na qualidade óptica das lentes resui- informações so- taram em uma abundância de nova bre a estrutura de tecidos e células em condições de saúde e doença que podem ser complementadas do seu exame por microscopia ópiica. 4.2 Histoquímica Histoquímica é o estudo da química dos teci- dos, geralmente por microscopia de cortes de tecido após tratamento com reagentes específicos, de for- ma que as curacrerísticas de células individuais pos- sam; ser visualizadas. 4.3 Ymuno-histoquímica e Imunofluores- cência A imuno-histoquimica e a imunofluorescência empregam anticorpos (imunoglobulinas com especii- cidade para o antígeno) para visualizar substâncias essas em cortes de tecido ou preparações celular técnicas usam anticorpos quimicamente relacionados a enzimas ou corantes fluore: respectivams: 1e. O grupo de substâncias detectáveis por essas téc- nicas foi aumentado pelo desenvolvimento de anticorpos monoclonais. . 4.4 Microscopia Eletrônica A microscopia eletrônica estendeu a amplit de da patologia para o estudo de distúrbios 2 nivei de organ: e para a demonstração de vírus em umos- tras de tecido de algumas doenças. 4.5 Técnicas Bioguímicas As técnicas bioquímicas aplicadas aos teci- dos e líquidas do organismo em condições de saú- = domi- de e doença são agora uma das inf scente dos nes sobre nosso conhecimento c pracessas patológicos. O papel elimico da bioqui- A, Furúnculo = E 4 nm E I = i | ' i - i : | e i Staphylococus Virus da hn aureus aromáticos policicticos) hepatite D | ! l ; Í —Renina Patogenia SS a inflamação Heação imune a enso da produção aguda o ge células hepáticas de renina (mutação) infectadas por virus pelos rins | E NS Características | e patológicas eclínicas Ds; Furúnculo Tumor do pulmão Cirrase Elevada pressão erteriat Função hepática Complicações t EN i e sequelas | ; ' ! í E Terno Sepicemia (tumores secundários) iciência nepática B. Cancer de Pulmão €. Cirrose D. Hipertensão Figura 1 6.1 Integração Clínico-patologia Em geral, o desenvolvimento de uma compre- ensão clinicopatológica da doença pode ser buscado por duas condutas igualmente legítimas e complemen- tares: * orientada para o problema * orientada pare 2 doença a conduta orientada para o Na prática clínico problema funciona meihor porque os pacientes apre- sentam-se com problemas (por ex., tosse, mal-estar, : não com qualquer conhecimento imediato de dor), sua doenga. No aprendizado da patologia, a aborda- gem orientada para a doença é mais relevante por- que os profissionais médicos e de áreas afins exigem conhecimento de doenças (por cx., pneumonia, cân- cer, cardiopatia isquêmica) para que possam ser fei- mento ma tos diagnósticos corretos e instituído o tr: apropriado. sanada aaa aa CEEE TEETECIRIEIERRRRSIFEIERERIZSZIZRRERZHERADNINRADSISRRARSO h 7. VAZENDO DIAGNÓSTIC! Diagnóstico é o ato de denominar uma doen- em um dado paciente. O diagnóstico é importante porque possibilita ao paciente benciiciar-se do trata- mento que é reconhecidamente, ou ao menos tende a scr, eficaz 2 partir da obscrvação de seus efeitos em outros pacientes com a mesma doença O processo de fazer diagnóstico envolve: - realização de uma anamnese para documen- tar Os sintomas * exame físico do paciente para pesquisa de sinais clínicos * sc necessário, realizar investigações orien- rio baseado em sinais e tadas pelo diagnóstico provi sintomas. Após a realização deste processo em um paci- ente, a prova ou forte suspeita de uma doença espe- cífica finalmente emerge como o diagnóstico. 7.1 Patologia Diagnóstica Em pacientes vivos, investigamos e diagnosti- camos sua doença através da aplicação de métodos patológicos ao exame de biópsias teciduais ec dos liquidos orgânicos. a) Biópsias c Ressecções de Órgãos Biúpsias são amostras de tecido vivo removi- das de um paciente para fins de diagnóstico. As amos- tras de ressecção (por ex. tireoidectemias) são o todo ou parte de um órgão removido em razão de uma condição previamente diagnosticada. As biópsias podem ser obtidas por vários mé- todos: * biópsia por agulha: de tecidos sólidos usan- do-se uma agulha cortante de grande calibre * biópsia endoscópica: biópsia, guiada visu- almente, de uma superfície interna do corpo * biópsia incisional: tecido removido por inci- são cirúrgica b) Citologia mente para 9 diagnóstico de câncer e lesões pré- cerosas. Tais células podem ser obridas por vários odos de acordo com q ór do in ão que está sugado. «citologia esfoliariva: células eliminadas, ras- padas, ou escovadas de uma superficie epitelial (por ex.. brônquio) - * citologia de liquido: células retiradas com O liquido no qual estão suspensas (por ex., derrames peritoneal e pleural) * lavados: células retiradas de um órgão usan- do-se um líquido de irrigação (lavados brônquicos do pulmão) * citologia por aspiração com agulha fina: células aspiradas de um tecido sólido (tumoração da mama) utilizando-se uma agulha fina acoplada a uma seringa. c) Sangue à fácil colher amostra de sanguc por punção o sangue arterial só é necessário para a rea- lização de análise dos gases (por ex., O; CO). Po- dem ser feitas várias observações e medidas nas amostras de sangue; por exemplo: * células do sangue: a morfologia e a con- centração no sangue são importantes na investiga- ção e diagnóstico de anemias, leucemias, infecções e condição imunológica - plasma: para a investigação de angrmalida- i des da coagulação sanguínea * soro: comumente usado (porque não coagu- la) para análises bioquímicas de eletrólitos, enzimas, proteínas etc. d) Excreções « Secreções são comumente investigadas Aurinacas fez por métodos microbiológicos em casos de suspeita de infecção do trato urinário e trato gastrointestinal, respectivamente. OQ escarro é uma importante fonte de mate- «o nas doenças das vias respira diagnós rtaly tórias em r O processo patológico 1. ENFRODUÇÃO O que é doença? Doença é uma condição na qual a presença de uma anormalidade do corpo causa perda da saúde nor- mal. A palavra doença é sinônimo de enfermidade. Cada doença denominada separadamente é ca- racterizada por um grupo distinto de aspectos (causa, sinais e sintomas, alterações patológicas etc.). Vá as doenças possuem características comuns e são; portanto, agrupadas em sistemas de classificação das doenças. Doença é a manifestação clínica, através de sinais e sintomas, de uma anormalidade subjacente. A anormalidade pode ser estrutural c/ou funcional. Em vários casos, a anormalidade é evidente c bem caracterizada (por ex., um tumor), em outros casos, o paciente pode estar profundamente indisposto, mas anatureza da anormalidade é relativamente mal defi- nida (por ex., doença depressiva). 1.1 Limites da Normalidade É praticamenic impossível definir normal como um único estado distinto para qualquer característica biológica. Além das diferenças entre indivíduos, o cor- po humano modifica-sc naturalmente durante o de- senvolvimento fetal, infância, puberdade, pravidez ctc. A normalidade foi expressa como uma faixa numérica, geralmente incluindo deis desvios padrões para ambos os lados da média. A probabilidade de que uma característica mensurável seja anormal au- menta à medida que cla se aproxima dos limites da faixa normal, mas apenas porque cla se situa fora da faixa normal não indica necessariamente anormali- dade - apenas que muito provavelmente é anormal 1.2 Respostas ao Ambiente O ambiente habitual de qualquer espécie con- tém agentes potencialmente lesivos aos quais o indi- víduo ou espécie devem adaptar-se ao sucumbir. 1.3 Doença: Incapacidade de Adaptação - A suscetibilidade de uma espécie a fatores ambientais pre- judiciais resulta em sua exlinção ou, durante longo perio- do, na seleção favorecida de uma nova cepa da cspécie mais bem adaptada para resistir a esses fatores. Uma interpretação possível da doença. é que representa um grupo de respostas corporais anormais a agentes para os quais, até agora, a espécic humana possui pequena ou nenhuma tolerância. O estudo da patologia humana não está comumente relacionado ao impacto evolutivo da doença, mas a distribuição geográfica e racial de algumas doenças fornece evi- dências da importância deste processo contínuo. 2.CARACTERÍSTICAS DAS DOENÇAS - Etiologia: a causa de uma doença - Putogenia: o mecanismo causador da doença - Manifestações patológicas e clínicas: as características estruturais e funcionais da doença - Complicações e sequelas: as consequências secundárias, sistêmicas ou a distância de uma doença - Prognóstico: a evolução prevista da doença em termos de cura, remissão ou destino do paciente - Epidemiologia: a incidência e distribuição de uma doença na população. Todas as doenças possuem caracteristicas que possibilitam melhor compreensão, classificação e dis nóstico, Entetento. para várias doenças nosso conheci mento ainda é incompleto ou sujeito 2 controversa. 2.1 Etiologia A etiologia de uma doença é sua causa: O agente primário responsável pelo inícin dos even tos subsequentes que resultam na doença do paci- ente As categorias gerais de agentes etiológicos in- cluem: - anormalidades genéticas * agentes infecciosos, como bactérias, virus, fungos e parasitas * agentes quimicos * agentes físicos (trauma, radiação) « desnutrição, etc. Algumas doenças são decorrentes de uma com- binação de causas, como fatores genéticos e agentes infecciosos; tais doenças são ditas de etiologia multifutorial, Algumas vezes a ctiologia de uma doença é desconhecida, mas sc observa que a doença é mais comum em pessoas com determinados traços consti- tucionais, ocupações, hábitos ou habitats; estes são considerados fatores de risco. Tais fatores podem fomecer uma indicação de um agente etiológico ain- da não identificado. Na ausência de qualquer causa conhecida, uma doença é, em geral, classificada etiologicamente como primária, idiopática, essencial, espontânea ou criptogênica. Alguns agentes podem causar rnais de uma do- ença dependendo das circunstâncias. 2.2 Patogenia A patogenia de uma doença é o mecanismo através do qual a etiologia (causa) opera para produ- zir as manifestações patológicas € clínic: Grupos de agentes etiológicos frequentemente causam do- ença atuando através da mesma via comum de even- tos. Exemplos de patogenias de doença incluem: * inflamação: uma resposta dos tecidos vivos ascularizados frente às agressões * degeneração: uma deterivração de células ou tecidos em resposta a, ou falha de adaptação 2, di- versos agentes *varcinogên: ecanisnio pelo qual tes causadores de câncer resultam no desenvolvimen- to de tumores * reações imunes: efeitos indesejáveis do sis- tema imune do organismo. a) Intervalos Latentes e Pertodos de In- cubação - Poucos agentes etiológicos causam sinais e sintomas imediatamente após a exposição. Geral. mente, decorre algum tempo. No contexto da carcino- gênese, esse periodo de tempo é denominado inter- valo latente; frequentemente é de duas ou três dé- cadas. Em distúrbios infecciosos (causados por bac- térias, vírus etc.), o período entre exposição e 0 de- senvolvimento da doença é denominado período de incubação; frequentemente é medido em dias ou se- manas, e cada agente infeccioso geralmente está as- sociado a um período de incubação característico. 2.3. Manifestações Patológicas e Clínicas O agente etiológico (causa) atua através de uma via patogênica (mecanismo) para produzir asma- nifestações de doença, originando os sinais e sinio- mas clínicos e as características patológicas ou le- sões às quais podem ser atribuídos os sinais e sinto- nas clínicos. As manifestações patológicas podern exigir vários métodos dc diagnóstico para a suz detecção e, portanto, não devem ser con: sideradas ape- nas como aquelas anormalidades estruturais eviden- tes a olho nu ou por microscopia. As alterações bio- químicas nos tecidos e no sangue são, em alguns ca- sos, mais importantes que as alterações estruturais, várias das quais podem surgir em uma fase relativa- mente tardia na evolução da doença. - na a) Lesões - Uma lesão é a anormalidadç es- trutural ou funcional responsável pela enfermidade. Obviamente, nem todas 2s doenças possuer lesões visíveis associadas a elas, apes as prostr- mic consequências para O pe emma e Sa sa assa iioadaaAiAidma d da que padronizar os dados para climinar qualquer ten- dência em virtude da idade média da população e sua expectaúva de vida. Doenças que são mais comuns nos idosos podem ser relativamente raras em algu- mas populações, simplesmente porque a maioria das pessoas não vive tempo suficiente. As populações migrantes são particularmente úteis para os epidemiologistas, possibilitando a sepa- ração dos efeitos de fatores genéticos (raciais) e do ambiente (por ex., dieta). Exemplo: se uma popula- ção migrante que anteriormente apresentava cleva- da incidência de uma doença se desloca para uma área de baixa incidência e sua doença se reduz à mesma incidência de seus novos vizinhos, este acha- do sugere que um fator ambicntal é o responsável. 3. CAUSAS DAS DOENÇAS As doenças são causadas por uma interação variável enire fatores do hospedeiro (incluindo os genéticos) e fatores ambientais. Várias doenças constituem a consequência previsível de exposição à causa inicial; os fatores do hospedeiro contribuem relativamente pouco para o prognóstico. Esta situação é verdadeira particularmen- te na lesão física: as resultados do trauma mecânico e lesão por radiação estão rejacionados à dose; o efei- to é diretamente proporcional à força inicial. Outras doenças são a consequência provável de exposição a fatores ctiológicos, mas não são ab- solutamente inevitáveis: as doenças infecciosas es- tão associadas à exposição a bactérias potencialmente prejudiciais, mas o prognóstico pode ser imfluenciado por vários fatores do hospedeiro. Algumas doenças predispõem a outras. As do- enças que predispõem ao câncer são denominadas condições pré-malignas. As lesões a partir das quais os cânceres se desenvolvem são denominadas lesões cancerizáveis Algumas doenças são mais cormmns naqueles indivíduos com alguma predisposição genérica Algumas doenças predispõem a outras porque possuem um cfeito permissivo. permitindo que tes ambientais. que normalmente não são paio cau: am doença, Por exemplo, infecções oportunis- 14x são aquelas observadas em pacicutes com meca- nismos de defesa anormais resultando em infecção por microrganismo normalmente não-patogêmecos para o homem, A maioria das doenças decorre de causas ambientais, mas está cada vez mais claro que várias doenças possuem uma base multifatorial e são o resul- tado de interação entre fatores ambientais e genéticos. 3.1 Fatores Genéticos Algumas doenças são causadas apenas por um defeito genético, seja herdado dos pais seja por uma mutação espontânca. Outras. são causadas indireta- mente por um fator genético que possui um efeito permissivo, possibilitando a um agente ambiental pro- duzir a doença. As doenças decorrentes de anormalidades néticas podem ser: « herdadas através de genes defeituosos dos pais +* mutações genéticas adquiridas. As anormalidades genéticas hereditárias po- dem ser associadas a: - cromossomos sexuais (X eu Y) * aultossomos. Os distúrbios autossômicos podem ser: * dominantes: necessitam gue apenas uma có- pia do gene seja defeituosa « recessivos: necessitam que ambas as cópias do gene sejam defeituosas. RR Pode-se deduzir se um gene defeituoso esté operando como um fator dominante -ou recessivo a partir do padrão de incidência de uma doença em de- terminada família. Todos os genes codificam eventos bioquímicos, mas, como regra geral (à qua exceções), os distúrbios autossômicos dominar ais é se mal nalmente produzem lesões cs a vida adulta (por ex. polipose adero familiar), enquanto que os distúrbios autossômicos recessivos produzein unormalidades bioguimica: evi- dentes na lo inCiã Ou na infância (por vx.. fenilectonúri a) Polimorfismos Genéticos - Na popula- ção humana há diversa variações genéticas normais ou polimorfismos. O efeito de alguns dess polimor- fismos genéticos é óbvio: os exemplos são pele, ca- belo e cor dos olhos, biotipo ete. Em outros casos, 0 polimorfismo não tem efeitos visíveis: são exemplos Os grupos sanguíncos c antígenos HI.A (veja adian- te), estes só são evidentes por exame laboratorial. Há muitas evidências para mostrar que os polimorfismos genéticos predispõem a determinadas doenças. É necessário um agente ambiental para pro- duzir a doença, embora o agente possa ainda não ter sido identificado em todo caso. Os polimorfismos de maior relevân. para a suscetibilidade à doença são: * antígenos HLA * grupos sanguíneos. a.1) Antígenos HLA - Observações clínicas € experimentais sobre o destino dos transplantes de órgãos proporcionaram a descoberta de genes co- nhecidos como o complexo de histocompatibilidade maior (MHC). Em homens os genes do MIIC resi- dem no cromossomo 6 e são designados genes HLA (genes do antígeno leucocitário humano). Os genes HLA são expressos sobre as superfícies celulares pela presença de substâncias denominadas “antige- nos”, não porque normalmente operem como antígenos no hospedeiro, mas por causa do seu envolvimento na rejei de enxerio. O organismo não reage normalmente a tais substâncias porque é imunoclogicamente tolerante a elas, sendo elas reco- nhecidas como antígenos “próprios”. As doenças podem estar associadas nos izenos TILA porque: * alguns microoria: ISOS INÍECCISCOS pe nos semelhantes àgueles dos antígenos HLA do paciente e assim escapam ao reconhecimento ecliminação pelo sistema imune “4 FESpóSia Imune contra um antigeno em um microrganismo infe: com um dos antígenos HLA do paciente, assim cau- sando lesão tecidual * O gene que predispõe a uma doença está inti- mamente relacionado a determinado genc HLA, Doenças auto-imunes - As doenças auto- imunes (doenças nas quais a imunidade do organis- mo destrói suas próprias células) estão associadas com maior freguência a antígenos HLA específicos. a.2) Grupos sanguíneos - Apenas raramen- te a expressão do grupo sanguíneo está diretamente envolvida na patogenia de uma doença; o melhor exemplo é a doença hemolitica do recém-nascido causada por anticorpos rhesus. Algumas doenças mostram uma associação mais fraca e indireta com grupos sanguíncos. Essa associação pode ser oriun- da da ligação genética; o gene determinante do grupo sanguíneo podc localizar-se próximo do gene direta- mente envolvido na patogenia da doença. Exemplos de docnças associadas ao grupo san- guíneo incluem: * úlcera duodenal e grupo O * carcinoma gástrico € grupo A. b) Sexo e Doença - O sexo, como qualquer outra caracteristica genética de um indivíduo,pode es tar diretamente ou indiretamente associado à doença. Um cxemplo de associação direta é a bemofília, um distúrbio da coagulação sanguínea de herança recessiva ligada ao cromossomo X. É transmitida por mulheres aos seus filhos do sexo masculino. A hemofilia é rara em mulheres porque elas possuem dois cromossomos X, dos quais provavelmente apenas um é defeituoso. Os homens sempre herdam seu único cromossomo X das mães: se a mãe for uma portadora de hemofilia, metade de seus lilhos homens terão a doença. Algumas doenças mostram predileção por em auto-imunes (como 2x0s. Por exemplo. doer substâncias naturais. Tais estruturas são vulneráveis a substâncias químicas prejudiciais e sua lesão pode ente a função da c. impedir gr: a b.4) Efeitos Mutagênicos - Os agentes qui- micos ou seus metabólitos que se ligam ao DNA o alteram e podem causar alicrações genéticas deno- minadas mutações. As substâncias químicas que atu- am dessa forma são classificadas como muidgenos. Os mutágenos possuem duas consequências sérias: * Podem afetar a embriogênese, provocando malformações congênitas. Os agentes que atuam des- sa forma são ditos reratogênicos. * Podem ser carcinogênicos, resultando no desenvolvimento de tumores. b.5) Reações Alérgicas - Grandes molécu- las podem induzir respostas imunes se o sistema imu- ne do organismo as reconhece como substâncias cs- tranhas. Moléculas muito pequenas não tendem: a ser antigênicas, mas podem agir como haptenos; isto é, são muito pequenas para constituir antígenos sozinhas, mas, o fazem através da ligação a uma molécula maior como uma proteína. A reação alérgica a substâncias químicas pode ser mediada por anticorpos ou por cé- lutas, como os linfócitos causando lesão tecidual. c) Agentes Físicos como causa de doença - À lesão tecidual por agressão mecânica é óbvia o direta. A mediação da lesão térmica ou por radiação é mais complexa. €.1) Lesão Mecânica - A lesão mecânica dos tecidos é denominada trama. As células e tecidos “são rompidos por trauma, causando perda de células e tecido. Dependendo do tecido, pode ser possível a Tegeneração. €.2) Lesão Térmica - O corpo é mais tole- rante a Teduções na temperatura corporal que a au- mentos. Na verdade, o resfriamento dos tecidos e órgãos é, comumente usado para sua preservação a curto prazo antes do transplante O aumento de tura corporal é conhe- « geralmente é me- cido como pirexia. Em email QUE diada pela ação de interteucinas sobre o hipotálamo. Temperaturas corporais acima de 40º estão associ- adas a crescente morislidade. Si nas engimáicos são intensamente perturbados, com graves consegiên- cias metabólicas. O aquecimento local da pele causa crescente lesão local. O calor coagula proteínas e assim rompe a estrutura e função das células À medida que a temperatura se eleva, ocorrem queimaduras na se- guinte ordem crescente de intensidade: * primeiro grau: apenas eritema (vermelhidão) cutâneo * segundo grau; necrose da epiderme e forma- ção de vesículas na pele * terceiro grau: necrose da epiderme e derme. À lesão térmica é comumente usada em cirur- gia para coagular tecidos e interromper o san- gramento; esta é a técnica de diatermia. €.3) Lesão por Radiação À radiação potencialmente prejudicial é uma fonte de considerável atarmc, pois € invisível e não há percepção imediata de sua presença. Os efeitos dependem do tipo de radiação, da dose c do tipo de tecido. Radiação Ionizante - Os efeitos prejudiciais da radiação jonizante são: * cm altas doses, efeitos clímicos imediatos cau- sados por lesão tecidual por produção de radicais livres * lesão de populações de células que se divi- dem rapidamente * reações inflamatórias que provocam fibrose dos tecidos por indução de fibrose * neoplasia (tumores sólidos e leucemias). Apesar desses efeitos adversos graves da ra- diação, ela é amplamente usada na medicina para imageamento diagnóstico de tecidos (por ex., raio X de tórax) c para tratamento (por ex., irradiação de tumores). Radiação Não-Tonizante - A luz ultravioleta é prejudicial para a pele (UV), particularmente UVB. Quase certamente lesaria tecidos mais profundos se » fosse pela pele a sir como um filtro. À luz UV Causa * tumores cuiâncos: + clastosc dérmica 4. NOMENCLATURA DAS DOEN- É importante esclarecer o significado de alguns dos termos comuns, prefixos e sufixos usadas na no- menclatura de doenças € suas características patoló- gica: 4.1 Primária e Secundária As palavras primárias e secundária são usa- das de duas formas diferentes na nomenclatura da doença: * Podem ser usadas para descrever a etiologia de uma doença. Primária neste contexto significa que a doença não possui causa prévia cvidente. Assim, a hipertens o primária é definida como pressão arterial anormalmente elevada sem causa aparente. Secundária sigmfica que a doença representa uma complicação ou manifestação de alguma lesão subjacente. Assim, hipertensão secundária é definida como pressão arterial anormalmente alta em conseguência de alguma outra lesão. * As palavras primária e secundária podem ser usadas para distinguir entre os estágios inicial e subsequente de uma doença, mais comumente no cân- cer. 4.2 Agudo e Crônico Agudo e crônico são termos usados para des- crever a dinâmica de uma doença. Condições agu- das têm início rápido, frequentemente, mas nem sem- pre, seguidas por resolução rápida. As condições crô- uicas podem suceder um episódio inicial agudo, mas frequentemente têm início insídioso, possuindo evolu- ção prolongada com duração de meses ou anos. Es- tes termos são usados com maior frequência para qualificar a natureza de um processo inflamatório. O moamente, as palavras podem ser usadas por paci- emics para descrever alguns sintornas -- por ex., uma dor “aguda” pode significar súbita ou intensa, 43 Benigno c Maligno Benigno c maligno são tennos emotivos usa- dos para classificar determinadas doenças de acordo com seu prognóstico provável. Assim, os tumores benignos permanecem localizados no tecido de ori- gem c muito raramente são letais, exceto se compri- mirem alguma estrutura vital, enquanto que os tumo- res malignos invadem e se disseminam a partir de sua origem c são comumente letais. 4.4 Prefixos . - Os prefixos comumente usados e seus signifi- cados são: * hiper-, que significa excesso acima do nor- mal(por ex., hipertireoidismo) « hipo-, que significa deficiência abaixo do nor- mal (por ex... hipotireoidismo) * meta-, que significa modificação de um esta- «o para outro (por ex., metaplasta). 4.5 Sufixos Os sufixos comumente usados e seus signifi- cados sã ite, que significa processo inflamatório (por ex., apendicite) caremona) *-oma, que significa tumor (por €. ose, que sigmfica estado ou condição, não necessariamente patológico (por cx., astevartrose) * -Óide. que significa semelhante a (por ex., doença reumatóide) «-plasia, que significa distúrbio do crescimen- to cpor ex., hiperplasia) opatia, que significa um estado anormal sem características específicas (por ex., linfadenopatia) 4.6 Nomes epônimos Uma doença ou lesão epânima é designada com o nome de uma pessoa ou lugar associado a ela. No- mes epônimos são usados comumente. seja quando a natureze ou causo da doença ou lesão é desconhect- da, seja quando o nso projongado fez com que o nome em meg eee er cornems é menor coa L b) Distúrbios Vasculares - Os distúrbios vasculares são aqueles resultantes do fluxo sangui neo anormal de entrada ou saída no interior de um érgão. Os vasos sanguireos são conáuios vitais. Qual quer redução do fluxo através de um vaso provoca isquemia do tecido por ele suprido. Se a isquemia for mantida, então ocorre morte do tecido (necrose), ou seja, infarto. Os exemplos incluem: “infarto do miocárdio (“ataque cardíaco”) * infarto ou hemorragia carebral (“acidente vascular cercbral”) * gangrena de membro. c) Distúrbios do Crescimento -.As doen- ças caracterizadas por crescimento anormal incluem adaptação a circunstâncias alteradas. Por exemplo, o coração aumenta (por hipertrofia) em pacientes com elevada pressão-arterial. O grupo mais sério de do- enças caracterizadas por distúrbio do crescimento é a neoplasia ou formação de novo tecido com cresci- mento anormal de células, resultando na formação de tumores sólidos e lcucemias. d) Lesão e Reparo - A lesão mecânica ou o trauma causa diretamenic doença, cujas característi- cas precisas dependem da natureza c extensão da lesão. A evolução da doença é influenciada pela rea- ção da organismo a ela. Em particular, os mecanis- mos de reparo podem ser deficientes por causa de senilidade, desnutrição, mobilidade excessiva, presen- ça de corpos estranhos e infecção. e) Distúrbios Metabólicos e Degenerativos - Os distúrbios metabólicos c degenerativos são nume- rosos € hetcrogêneos. Alguns são congênitos € herda- dos de genes defeituosos dos pais. Outros distúrbios me- tabólicos são adquiridos (diabete metito) e alguns são anormalidades secundárias à doença (hipercalcemia cau- sada por hipcrparatireoidismo). Os distúrbios degencra- tivos são caracterizados por perda da estrutura especi- alizada c função de um tecido. Essa designação é re- servada para aquelas condições nas quais a degencra- ção parece ser é característica primária ou donunanie 5.3. Doenças iatrogênicas O amplo significado do termo doença iatro- gênica é qualguer fermidade induzida pelas vras ou ações de um médico: Atualmente, as doen- ças iatrogênicas são restritas aquelas atribuíveis às ações dos profissionais. Reações farmacológicas adversas constituem importante categoria de doença iatrogênica, e em rios paíse: vigoram dispositivos de supervis * Reações Adversas a Drogas - As reações adversas a drogas podem ser classificadas da seguinte forma: - dose-dependente ou prexisível (tipo A) - imprevisível (tipo B). As reações farmacológicas dose-dependen- tes ocorrem previsivelmente em qualquer pessoa que receba uma dose suficiente da droga. Por exemplo, a paracetamol sempre produz necrose hepática se, inad- vertidamente, for administrada uma grande dose. Fre- quentemente, os cícitos adversos desaparecem quando a dose é reduzida, e a mortalidade tende a scr baixa. As reações adversas imprevisíveis a droga resultam de: * idiossincrasia ou alergia *efcitos permissivos. Uma das reações farmacológicas idiossincrá- sicas mais comuns é causada pela alergia à penicili- na. Ás reações idiossincrásicas são decorfentes de respostas imunológicas ou metabólicas inesperadas droga. Este tipo de reação farmacológica merece suspensão da droga e substituição por tratamento al- temativo. A mortalidade é maior que aquela associa- da a reações previsíveis. Nas reações adversas imprevisíveis a drogas em que o efeito é permissivo, a própria droga não produz nenhum mal, mas predispõe o paciente a ou- tras doenças. Por exemplo, algumas antibioticoterapias por colite pseudomembranosa podem ser complica: porque permitem o crescimento excessivo de Clestridizm difficile no colo. err um rt o a a a a a a a A AD A O O O ii O ia DD A A A A i 4 x “Processos degenerativos e infiltra tivos OTTO nsúnia É LAR REVERS Sinonímia: A I. 3: * Injúria celular rev disival (Robbins ctalii, 1986; Slauson & Cooper, 1984); Degeneração e infiltração (Denominações clássicas); Distrofias (Dahme & Schrôder, in Kitt & Schulz, 1985). Conceito: Alterações do metabolismo celular ou tissular, usualmente reversíveis (ainda que o ponto de não re- tomo seja indefinido e q grau de reversibilidade varie conforme o tipo e a intensidade do processo) ccor- tendo perda da habilidade de manicr o estado de homeostase normal ou adaptado. Sistemas celulares mais vulneráveis à agressões: Esquema diferencial e» entre degeneração e infiltração ; DEGENERICA T O go presas regem mona pi EE INFILTRAÇÃO [Aoc excesivo mentais = eia Lars E Classifica: - Os processos degenerativos e infiltrativos podem ser agrupados e classificados de acordo com a natu- reza química da substância que se acumula na célula €/ou imterstício lesados (Critério de LETTERER). res nações fisdrbia do metabolcnio: E fraterdica estam iDelicoelis [rianidiaas cetatár "o soar = Ackaato Tatersacar [Desigmações dez . Água o Ee cane eso ússutar Membrana celular Alt na permeabilidade de mera- brana e na pressão osmótica LATPepH, Í Ca” ativação Respiração aeróbica de enzimas líticas Síntese de ensimas e proteinas| hipobiose e Ú metabolismo, É potencial de adaptação Integridade genética U síntese de RNA, enzimas e proteínas Nomenclatura: * Acrescentar o sufixo “OSE” ao termo designativo do órgão ou tecido afetado * Diferencial entre degeneração e infiliração: * Degeneração: Célula lesada, em hipobiose, não metaboliza os metabólitos que normalmente re- cebe, com consegiiente acúmulo dos mesmos patolo- gicamente no eitoplasma. um e: vo aporte de “metabálitos (que ultrapasse sua capacidade de melabonzaçã citoplasma um acúmulo patológico destes metabólitos. [oeepontco TESproTEimas ArordasE, Diogaaração MISSZE, tissufar Degencração fibrinóide, “Goa | rica?) i ajeitar TF Lubiões Tbesidade, Fenda de colesterol, ! ! Aterioselerose. E Maas Talcificações patológicas, | [rimam Usar í “Concreções e caleutoses (7) 11, TUMEFAÇÃO CELULAR * Sinonímia: “Hidropsia celular”, Edema intracelular. * Conceito: Acúmuto intracelular de água (hiperhidratação celular), consegiência de desequilíbrios no controle do gradiente osmótico à nívei de membrana citoplasmática e nos mecanismos de absorção € eli- minação de água e eletrólitos intracelutares. » Classificação: De acordo com o tipo da distribuição da água acumulada, a tumcfação celular pode ser classifica- dae ou Degeneração granular *Tume nulo- ou Degencração albuminosa ou ainda gs