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Livro - Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração, Manuais, Projetos, Pesquisas de Ciências da Educação

Livro de pesquisa docente, universitária

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2013
Em oferta
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Compartilhado em 04/04/2013

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Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação)
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Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação)

Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração

Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração UnivErsidadE dE são PaUlo reitora: Suely Vilela vice-reitor: Franco Maria Lajolo Pró-rEitoria dE GradUação Pró-reitora: Selma Garrido Pimenta assessoria: Profa. Dra. Maria Amélia de Campos Oliveira Profa. Dra. Maria Isabel de Almeida secretaria: Angelina Martha Chopard Gerhard Nanci Del Giudice Pinheiro diretoria administrativa: Débora de Oliveira Martinez diretoria acadêmica: Cássia de Souza Lopes Sampaio Capa: Sulana Cheung Projeto gráfico (miolo) e diagramação: Thais Helena dos Santos Divisão de Marketing - Coordenadoria de Comunicação Social - USP informações: Pró-Reitoria de Graduação - Universidade de São Paulo Rua da Reitoria, 09 – Térreo Telefone:  09 -069 /  09 -90 /  09 - 577 Fax:  8 -956 E-mail: prg@usp.br Site: http://www.usp.br/prg Editado em Abril/ 008

Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação) A pedagogia universitária na Universidade de São Paulo É crescente a demanda por inovações pedagógicas em todos os níveis de ensino e a Universidade de São Paulo tem procura- do corresponder a essa expectativa da sociedade contemporânea. Orientada por diretrizes que buscam a valorização do ensino de graduação, a Pró-Reitoria de Graduação vem desenvolvendo ações que buscam investir nos professores enquanto sujeitos do trabalho de formação, propiciando espaços para ampliar as possibilidades de sua formação pedagógica. A realização do ciclo “Seminários Pedagogia Universitária” é parte de uma política institucional voltada para a melhora qua- litativa do ensino e para o desenvolvimento profissional docen- te. Os seminários serão acompanhados dos “Cadernos Pedagogia Universitária”, que trarão a publicação de textos orientadores das abordagens desenvolvidas por profissionais brasileiros e estrangei- ros, de grande presença no campo das pesquisas e da produção de conhecimentos a respeito da docência universitária. Com essas incitavas a Pró-Reitoria de Graduação disponibiliza aos professores da Universidade de São Paulo a discussão dos múl- tiplos aspectos políticos, teóricos e metodológicos orientadores da docência, bem como das condições que permeiam a sua reali- zação, com a esperança de contribuir com a necessária mudança paradigmática do ensino universitário.

Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação) Este texto retoma proposta desenvolvida no capítulo final do livro “Metodologia do trabalho científico”. 23 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2007. Antônio Joaquim Severino Universidade de São Paulo Faculdade de Educação (FEUSP) Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração

Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração

Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração

Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação) Três fatores históricos de nossa cultura universitária colaboram para o desprestígio da função docente: . Ausência de preocupação com a preparação para o exercício dessa função, o que se expressa pela idéia de que quem sabe, sabe automaticamente ensinar. Sob seu modelo napoleônico, a universidade não consolidou na cultura acadêmica uma preocu- pação com o preparo pedagógico do professor ou com a quali- dade didática de seu trabalho. (Masetto, 998. p. ). . Igualmente quando a Universidade passa se influenciar pelo modelo humboltiano, o pedagógico continua ainda mais negli- genciado, dada a primazia que a pesquisa começa a ocupar. Isso leva a um segundo fator: a avaliação da qualidade docente passa a pautar-se na produção acadêmica. Postura tanto das Universi- dades como da Capes. . Um terceiro fator é a ausência de amparo e incentivo na legislação sobre o ensino superior (Pachane,  00 . p. -). Daí o fato de a pós-graduação não integrar, de forma sistemática, questões pe- dagógicas em seu trabalho de formação do pesquisador. A nova LDB limita-se, quanto a este assunto, a estabelecer, no art. 66, que “a preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em introdução

Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação) Na Universidade, a aprendizagem, a docência, a ensinagem, só serão significativas se forem sustentadas por uma permanente ati- vidade de construção do conhecimento. Tanto quanto o aluno, o professor precisa da pesquisa para bem conduzir um ensino eficaz. Mas também como no caso do aprendiz, não se trata de trans- formar o professor no pesquisador especializado, como se fosse membro de uma equipe de um instituto de pesquisa, mas de prati- car a docência mediante uma postura investigativa. Tudo aquilo de que ele vai se utilizar para a condução do processo pedagógico deve derivar de uma contínua atividade de busca. Essa exigência decorre de duas injunções: primeiro, quem lida com processos e produtos do conhecimento precisa ficar em per- manente situação de estudo pois o conhecimento é uma atividade histórica, que se encontra em contínuo devir, e o mínimo que se exige de um professor é que ele acompanhe o desenvolvimento do saber de sua área; mas além disso, impõe-se a postura investigativa porque o conhecimento é um processo de construção dos objetos, ou seja, todos os produtos do conhecimento são conseqüências de

as razões da pesquisa e a relevância do ensino

Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração processos de produção dos mesmos, processo que precisa ser re- feito, sem o que não ocorre apropriação, o que se reforça pelas exigências da situação pedagógica de aprendizagem. São dois os motivos pelos quais o professor precisa manter-se en- volvido com a pesquisa: primeiro, para acompanhar o desenvolvi- mento histórico do conhecimento, segundo, porque o conhecimento só se realiza como construção de objetos. Tendo bem presentes as finalidades do ensino superior, aos pro- fessores universitários se impõe o compromisso com um investi- mento sistemático no planejamento de suas disciplinas, na qualifi- cação de sua interação pedagógica com seus alunos e numa conce- pção do ensino e da aprendizagem como processo de construção do conhecimento bem como num cuidado especial com a avaliação.. O plano de ensino deve ser a expressão de uma proposta peda- gógica que dê uma visão integral do curso pensado com vistas ao desenvolvimento do aluno mediado pelos processos de aprendiza- gem. Além de constituir o roteiro do trabalho docente e da camin- hada do aluno, ele deve mediar a proposta educativa visada pelo curso em geral e pela disciplina em particular. Daí a importância que tem a justificativa para alicerçar as programações. A interação comunicativa, a capacidade de estabelecimento de uma relação profissional e democrática que se configure funda- mentalmente pelo respeito mútuo, dimensão que tem a ver com o relacionamento humano e com a necessidade de um contrato entre as partes, de modo que a autoridade não se confunda com o auto- ritarismo nem a liberdade com libertinagem O que está em pauta é uma concepção da aprendizagem como processo de construção do conhecimento. Consequentemente tor- na-se imprescindível a adoção de estratégias diretamente vincu- ladas de modo que experiências práticas possam ser mobilizadas para essa aprendizagem. Ou seja, que a própria prática da pesquisa

Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração

Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação) O ensino não pode realizar-se de forma aleatória, diletante, es- pontaneisticamente conduzido, mesmo quando o professor tenha um domínio muito grande da matéria, adquirido por acúmulo de experiência. Toda aula, como intervenção pedagógica, exige, da parte do professor, um cuidadoso planejamento. Em primeiro lugar, o professor precisa planejar sua disciplina, com antecedência. Isso não deve ser feito apenas em função de obri- gações burocráticas formais de registro acadêmico, mas em função da necessidade de um roteiro de trabalho. Este planejamento deve ser feito antes do início do exercício letivo, quando deve ser distri- buído e divulgado para todos os alunos. Em segundo lugar, a cada semana, a aula deve ser preparada, roteirizada, em consonância e coerência com o plano da disciplina e com a lógica temática em desenvolvimento. No planejamento da disciplina, é preciso levar em conta o plano maior do curso, uma vez que a disciplina é uma parte de um todo, organicamente articulado para que possa responder, adequadamen- te, ao projeto formativo do aluno.

Planejando significativamente o ensino

Antônio Joaquim Severino (USP - Faculdade de Educação) A metodologia de trabalho deve anunciar as modalidades das diferentes atividades que serão desenvolvidas pela docência do pro- fessor e daquelas que serão solicitadas dos alunos como formas de desempenho acadêmico. Deve então anunciar não apenas as formas de atuação do professor mas também as tarefas que estarão sendo atribuídas aos discentes. A avaliação deve antecipar os processos e os produtos que en- trarão como matéria para apreciação e avaliação por parte do pro- fessor. Estes elementos precisam ser claramente antecipados e ex- plicitados, sem ambigüidades, para que fique bem claras as regras do jogo, marcando bem a proporção que cabe à demonstração de empenho por parte do aluno bem como a seu efetivo desempenho. O processo avaliativo é, sem dúvida, a dimensão mais complexa e delicada da atividade de docência. Seu critério maior há que ser a justiça. O professor deve ter bem presente que, em matéria de ava- liação, a qualidade das tarefas é mais significativa do que sua quan- tidade. leituras recomendadas são aquelas fontes que complementam e/ou desdobram a temática da disciplina, ela representa uma su- gestão de mais subsídios caso o aluno queira aprofundar o assunto do curso. Ao mesmo tempo, elas, como referências bibliográficas, informam as fontes utilizadas pelo docente na preparação de sua proposta de curso. Finalmente, o cronograma distribui as atividades ao longo do exercício letivo e discrimina as atividades específicas de cada aula. É muito importante elaborar e entregar esse cronograma logo no início das atividades letivas, de forma a que o aluno possa também organizar seu trabalho ao longo do curso.

Ensino e pesquisa na docência universitária: caminhos para a integração