
















Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
livros de metalografia e tratamentos térmicos
Tipologia: Notas de estudo
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 20/09/2019
5
(1)3 documentos
1 / 24
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Em oferta
Wendelin J. WrightWendelin J. Wright
Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
Professor emérito, University of Missouri – Rolla
Bucknell University Elaboração da Versão SI D. K. Bhattacharya Solid State Physics Laboratories New Delhi Tradução Solange Aparecida Visconti Revisão Técnica Daniel Rodrigo Leiva Professor Adjunto do Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos Ciência e Engenharia dos Materiais Tradução da 3a^ edição norte-americana
Sobre os autores viivii Donald R. Askeland é professor emérito de Engenharia Metalúr- gica na University of Missouri-Rolla (UMR). Obteve seus títulos acadêmicos na Thayer School of Engineering do Dartmouth College e na University of Michigan antes de iniciar como docente na Univer- sity of Missouri-Rolla em 1970. Ministrou disciplinas de engenharia de materiais e de produção a estudantes de diferentes habilitações. Recebeu diversos prêmios por excelência em ensino e consultoria na UMR. Atuou ainda como professor titular na Foundry Educational Foundation e recebeu vários prêmios por seus serviços a essa organi- zação. Suas atividades de ensino e pesquisa foram orientadas princi- palmente à fundição e união de metais, em particular pelo processo que utiliza modelo de espuma polimérica, e resultaram em mais de 50 publicações e diversos prêmios da American Foundry Society por seus serviços e trabalhos publicados. Wendelin Wright é professora associada na Bucknell University, participando conjuntamente nos departamentos de Engenharia Me- cânica e Engenharia Química. Obteve seu bacharelado, mestrado e doutorado, em 2003, em Ciência e Engenharia de Materiais na Stan- ford University. Após a graduação, concluiu seu período de pós-dou- torado no Lawrence Livermore National Laboratory, na Divisão de Produção e Materiais de Engenharia e, então, retornou para Stanford como professora assistente, em 2005. Em 2006, passou a trabalhar na Santa Clara University como professora assistente elegível para a posição efetiva e assumiu seu cargo na Bucknell no inverno de 2010. Os interesses em pesquisa da professora Wright têm como foco o comportamento mecânico de materiais, particularmente, de vidros metálicos. Recebeu o prêmio Walter J. Gores, em 2003, por sua Ex- celência em Ensino, prêmio que, na Stanford University, é a mais elevada honra referente a cargos letivos; o prêmio Presidential Early Career, em 2005, para Cientistas e Engenheiros; esagrada com o prêmio National Science Foundation Career. W em 2010, foi con-right é engenheira profissional licenciada em Metalurgia, na Califórnia.
ixix Prefácio................................................................................................................................................xv
Prefácio xvxv Circuitos integrados e painéis touch screen, implantes de quadril, stents cardíacos, palhetas de motores de turbinas e concreto pré-moldado – são todos exemplos de produtos de engenharia que se tornam possíveis por suas propriedades, seu desempenho e pelo preço dos materiais. Se qualquer um desses atributos estiver fora dos valores aceitáveis, é possível que você não encontre um produto feito com um desses materiais. É por isso que, por exemplo, uma frigideira normalmente é feita de alguma combinação de revestimento externo de aço inoxidável, que é resistente a manchas, em torno de um núcleo de alumínio, que proporciona boa transferência de calor da chama para o alimento. Tudo isso, por um preço razoável. O mesmo princípio também explica por que o diamante não é utilizado nesse tipo de aplicação, apesar de sua dureza extraordi- nária e de sua ótima condutividade térmica serem ideais para praticamente qualquer utensílio de cozinha que se possa imaginar... o custo seria maior do que qualquer outro mercado poderia manter! Para engenheiros bem preparados, um objetivo comum está em compreender como se obter determina- do conjunto de propriedades em um material para uso em aplicação específica. Assim, entender o vínculo entre o processamento de materiais e o desempenho e as propriedades dos materiais é um tema central na moderna ciência dos materiais. Esse vínculo, frequentemente, é explicado à luz da estrutura dos materiais, considerando do nível atômico acima, envolvendo seis ordens de magnitude em escala. fundamental da engenharia de materiais.^ As^ relações entre^ processamento–estrutura–propriedades, portanto, formam o núcleo da compreensão Esta edição de Ciência e engenharia dos materiais foi projetada para o curso de ciência e engenharia de materiais, que enfoca um currículo introdutório tradicional, abrangendo a estrutura dos materiais, o equilí- brio de fases, propriedades mecânicas, corrosão e seleção de materiais, sendo apropriado para um curso de um semestre. Os docentes que também quiserem destacar as propriedades eletrônicas, magnéticas e ópticas dos materiais ou que quiserem enfatizar a construção de materiais terão melhores condições com nosso livro. Público-alvo e pré-requisitosPúblico-alvo e pré-requisitos Este livro se destina a aulas introdutórias de ciência de materiais, ensinadas no primeiro e segundo anos de curso, ou no nível júnior. É importante que o leitor tenha feito previamente um curso de química e um de cálculo, mas certamente não é necessário. A obra não presume que os estudantes tenham realizado outros cursos introdutórios de engenharia, como estática, dinâmica ou mecânica de materiais. Alterações desta ediçãoAlterações desta edição Foi dedicada atenção especial à revisão do livro quanto à sua clareza e precisão. Foi acrescentado novo conteúdo ao livro, conforme descrito a seguir.
Prefácio à edição em SI xviixvii Esta edição foi adaptada para incorporar o Sistema Internacional de Unidades ( Le Système International d’Unités ou SI) ao livro. O SystèmeO Système InternatioInternatio nal d’Unitésnal d’Unités (Sistema Internacional de Unidades)(Sistema Internacional de Unidades) O Sistema de Unidades Comuns nos Estados Unidos (USCS) emprega unidades de FPS (foot – pound – second, ou pés, libras, segundos), também denominado Sistema Britânico ou Sistema Imperial de unidades. As unidades do SI são principalmente as do sistema MKS (metros – quilogramas – segundos). Contudo, as unidades do sistema CGS (centímetros – gramas – segundos) são em geral aceitas, especialmente em livros. Utilizando as unidades do SI neste livroUtilizando as unidades do SI neste livro Neste livro, empregamos as unidades dos sistemas MKS e CGS. As dos sistemas USCS ou FPS utili- zadas na edição norte-americana do livro foram convertidas para as unidades do SI em todo o texto e nos problemas. Porém, no caso de dados obtidos de manuais, normas governamentais e guias de produtos, não apenas é extremamente difícil converter todos os valores para o SI, como também contraria a propriedade intelectual da fonte. Sendo assim, alguns dados em figuras, tabelas, exemplos e referências permanecem em unidades de FPS. Para leitores que não estão familiarizados com a relação entre os sistemas FPS e SI, as tabelas de conversão estão disponíveis no final do livro. Para resolver problemas que exigem o uso de dados obtidos dessas fontes, os respectivos valores podem ser convertidos de unidades de FPS para SI, antes de serem utilizadas em um cálculo. A fim de obterem quantidades padronizadas e dados dos fabricantes em unidades do SI, os leitores podem entrar em contato com as agências governamentais ou autoridades apropriadas em seus países ou regiões. Os EditoresOs Editores
capítulo (^1) Neste capítulo, vamos primeiro apresentar o campo da ciência e engenharia de materiais (CEM), utilizando vários exemplos do mundo real. Em seguida, apresentaremos uma introdução à classifi cação dos materiais. Embora a maioria dos cursos de engenharia exija que os estudantes façam uma disciplina de ciência dos materiais, deve-se considerar o estudo da ciência dos materiais como mais do que um mero requisito. Seu conhecimento completo fará de você um melhor engenheiro e projetista. A ciência dos materiais é a base de todos os avanços tecnológicos, e uma boa compreensão de seus fundamentos e aplicações não só fará de você um engenheiro mais capacitado, como também poderá ajudá-lo na fase de projeto. Para ser um bom projetista, é preciso aprender quais materiais são Introdução à ciência e à engenharia dos materiais O que estudam os cientistas e engenheiros de materiais? Como o aço na forma de chapas pode ser processado para gerar um material leve e com elevada resistência, absorvedor de energia^1 durante impacto e maleável, podendo ser empregado na fabri- cação de chassis de automóveis? Se podemos fazer circuitos eletrônicos leves e flexíveis utilizando plásticos? Por que os joalheiros adicionam cobre ao ouro? O que é um “material inteligente”?
(^1) N.R.T.: Um materialque absorve muita energia antes de se romperé classificado como tenaz. OBJETIVO DE APRENDIZAGEM DO CAPÍTULOOBJETIVO DE APRENDIZAGEM DO CAPÍTULO Os principais objetivos deste capítulo são Compreender os conceitos mais importantes que definem a ciência e engenharia dos materiais. Entender o papel da ciência dos materiais no processo de elaboração de projetos. Classificar os materiais de acordo com suas propriedades. Classificar os materiais segundo suas funções. 11
de aço precisam, em caso de colisão, absorver quantidades significativas de energia, elevando assim a segu- rança do veículo. Em suma, são requisitos contraditórios. Portanto, nesse caso, os cientistas preocupam-se com as seguintes características do aço na forma de chapas: Composição química. Resistência mecânica. Peso. Propriedades de absorção de energia. Maleabilidade (conformabilidade). Desempenho Custo
Cientistas de materiais examinam o aço com o auxílio de equipamentos, como microscópios, para de- terminar se suas propriedades podem ser alteradas, a fim de que tais requisitos sejam atendidos. Eles devem levar em conta o custo do processamento desse aço juntamente com outras considerações. Como é possível dar a esse aço a forma de chassis de automóveis atendendo a requisitos de economia? O processo de confor- mação afetará as propriedades mecânicas do aço? Que tipos de recobrimento podem ser desenvolvidos para tornar o aço resistente à corrosão? Em algumas aplicações, é preciso saber se tais aços podem ser soldados com facilidade. Com base nessa análise, é possível notar quantas questões devem ser consideradas durante o projeto e a seleção de materiais para qualquer produto. 1-21-2 ClassifiClassifi caçãocação dosdos materiaismateriais Há várias formas de classificação dos materiais. Uma delas considera cinco categorias (Tabela 1.1): 1.1. MetaisMetais e ligasligas. 2.2. CerâmicasCerâmicas, vidrosvidros e vitrocerâmicasvitrocerâmicas. 3.3. PolímerosPolímeros (como os plásticos). 4.4. SemicondutoresSemicondutores. 5.5. Materiaiscompósitoscompósitos. Tabela 1-1Tabela 1-1 • Aplicações, propriedades e exemplos representativos para cada categoria de materiais EExxeemmpplloossddeeaapplliiccaaççõõeess PPrroopprriieeddaaddeess Metais e ligasMetais e ligas Cobre Fioselétricos Altacondutividadeelétrica,boa conformabilidade Ferro fundido cinzento Blocos de motores para automóveis Fundibilidade, usinabilidade, amortecimento de vibrações Aços especiais Ferramentas, chassis de automóveis Endurecibilidade por tratamento térmico Cerâmicas e vidrosCerâmicas e vidros SiO 2 -Na 2 O-CaO Vidroparajanelas Transparênciaóptica,isolamentotérmico Al 2 O 3 , MgO, SiO 2 Refratários (revestimento resistente ao calor para fornos de fusão) Isolamento térmico, refratariedade, inércia química Titanato de bário Capacitores para microeletrônica Grande capacidade de armazenamento de cargas elétricas Sílica Fibrasópticasparaatecnologiada informação Índice de refração adequado, baixas perdas ópticas PolímerosPolímeros Polietileno Embalagens para alimentos Facilidadede ser moldado para produzir filmes finos, flexibilidade e hermetismo Resinas de epóxi Encapsulamento de circuitos integrados Isolante elétrico e resistência à umidade Resinas fenólicas Adesivos para união de camadas de compensado Resistência mecânica e à umidade SemicondutoresSemicondutores Silício Transistoresecircuitosintegrados Respostaelétricaespecífica Arseneto de gálio Sistemas optoeletrônicos Conversão de sinais elétricos em luz, lasers, diodos laser etc. (Continua)
Metais e ligasMetais e ligas Incluem aços, alumínio, magnésio, zinco, ferro fundido, titânio, cobre, níquel etc. Uma liga é um metal que contém adições de um ou mais metais ou não metais. Em geral, os metais apresentam boa condutividade térmica e elétrica. Tanto os metais quanto as ligas têm resistência mecânica relativamente elevada, alta rigidez, ductilidade ou conformabilidade e resistência a choques mecânicos. Eles são parti- cularmente úteis em aplicações estruturais. Embora metais puros raramente sejam usados, combinações de metais – as chamadas ligas – permitem melhorar uma propriedade específica desejada ou obter uma melhor combinação de propriedades. Por exemplo, o ouro puro é um metal muito macio, por isso, os joalheiros adicionam-lhe cobre para aumentar sua resistência mecânica, de modo que a joia feita de ouro não seja danificada facilmente. CerâmicasCerâmicas É possível de finir as cerâmicas como materiais cristalinos inorgânicos. As cerâmicas podem ser consideradas os materiais mais naturais que existem. De fato, a areia das praias e as rochas são exem- plos de cerâmicas em estado natural. As avançadas são materiais feitos com o refino de cerâmicas naturais e por outros processos especiais. Essas são empregadas em substratos de chips de computadores, sensores e atuadores, capacitores, equipamentos para comunicações sem fio, velas de ignição, indutores e isoladores elétricos. Alguns tipos de cerâmica são utilizados como revestimento de proteção para substratos metálicos em turbinas. As cerâmicas também são empregadas em vários produtos de consumo, como tintas, plásticos e pneus, e em aplicações industriais mais avançadas, como os sensores de oxigênio para automóveis. Quanto às cerâmicas tradicionais, são utilizadas em tijolos, louças de cozinha, pias e vasos sanitários, refratários (materiais resistentes ao calor) e abrasivos. Em geral, devido à presença de porosidade (pequenos espaços vazios no material), as cerâmicas não são boas condutoras de calor. Além disso, devem ser aquecidas a tem- peraturas altíssimas antes de fundir, resultado das fortes ligações químicas que ligam seus átomos ou íons constituintes. As cerâmicas são também resistentes e rígidas, mas ao mesmo tempo, bastante frágeis. Nor- malmente são preparados pós finos de cerâmica, que serão então moldados em diferentes formatos. Novas técnicas de processamento tornaram-nas suficientemente resistentes à fratura, a ponto de serem usadas em aplicações estruturais – tais como rotores de turbinas. As cerâmicas apresentam ainda excepcional resistên- cia à compressão. Você acreditaria que todo o peso de um caminhão de bombeiros pode ser suportado por apenas quatro xícaras de cerâmica semelhantes às de café? Vidros e vitrocerâmicasVidros e vitrocerâmicas O vidro é um material amorfo, geralmente (mas nem sempre) derivado de um líquido fundido. O termo “amorfo” refere-se a materiais que não possuem um arranjo atômico regular e pe- riódico. Os materiais amorfos serão analisados em detalhes no Capítulo 3. A indústria de fibras ópticas está baseada em fibras feitas com vidro de sílica de alta pureza. Os vidros são usados também em casas, auto- móveis, telas de computador e TV, além de centenas de outras aplicações. Podem ser tratados termicamente (temperados) para que se tornem mais resistentes. A formação de vidros seguida da nucleação (formação) de pequenos cristais no seu interior, por meio de um processo térmico especial, dá srcem a materiais conhe- cidos como vitrocerâmicas. O Zerodur®^ é um exemplo de vitrocerâmica usada na fabricação de substratos espelhados para grandes telescópios (como os telescópios Chandra e Hubble). Tanto os vidros como as vitrocerâmicas são normalmente processados por fusão e moldagem. PolímerosPolímeros Em geral, os polímeros são materiais orgânicos produzidos por meio de um processo conhecido como polimerizaçãopolimerização. Entre os materiais poliméricos, em geral podemos citar as borrachas (elastômeros) e muitos tipos de adesivos. Os polímeros geralmente são bons isolantes térmicos e elétricos, apesar de existirem exceções. Embora tenham baixa resistência, possuem boa razão resistência-pesorazão resistência-peso. Normalmente, não são adequados ao uso em altas temperaturas, entretanto, vários polímeros são bastante resistentes a produtos químicos corrosivos. Empregam-se os polímeros em milhares de aplicações, de coletes à prova de bala, discos compactos (CD), cordas e displays de cristal líquido (LCD) a roupas e xícaras. Os polímeros termoplásticostermoplásticos, nos quais as longas cadeias moleculares^ não estão rigidamente conectadas, têm boa^ ducti- lidade e conformabilidade; já os polímeros termotermofixosxos são mais resistentes e mais frágeis, pois suas cadeias moleculares apresentam ligações cruzadas (Figura 1.3). Utilizam-se os polímeros em inúmeras aplicações, incluindo dispositivos eletrônicos. Os termoplásticos são fabricados por conformação do material fundido, ao passo que os termofixos são geralmente fundidos e vazados em moldes. Os plásticosplásticos contêm aditivos que aprimoram as propriedades dos polímeros.
Figura 1-3Figura 1-3 A polimerização ocorre quando pequenas moléculas (representadas pelos círculos) se unem para produzir molécu- las maiores (polímeros). As moléculas de polímeros podem apresentar uma estrutura composta de várias cadeias emaranhadas, mas não interligadas (termoplásticos), ou podem formar redes tridimensionais com cadeias reticuladas (termofixos). Crédito: © Cengage Learning 2014. Átomos ou grupos de átomos com reticulação Termoplástico Termofixo SemicondutoresSemicondutores Os semicondutores feitos de silício, germânio e arseneto de gálio, tais como os utilizados em computadores e aparelhos eletrônicos, fazem parte de uma classe mais ampla conhecida como materiais eletrô- nicos. A condutividade elétrica dos materiais semicondutores situa-se entre a dos isoladores cerâmicos e a dos condutores metálicos. Os semicondutores viabilizaram a era da informação eletrônica. Em alguns semicondu- tores, pode-se controlar o grau de condutividade elétrica, de modo que possibilite a fabricação de componentes eletrônicos (tais como transistores, diodos etc.) empregados em circuitos integrados. Muitas aplicações requerem grandes cristais individuais (monocristais) de semicondutores, formados a partir de materiais fundidos. Costuma- -se também produzir filmes finos de materiais semicondutores por meio de processos especiais. Materiais compósitosMateriais compósitos Ao se desenvolverem compósitos, a ideia primordial consiste em combinar as pro- priedades de diferentes materiais. Formados por dois ou mais materiais, os compósitos dão origem a proprie- dades que não são encontradas em nenhum dos materiais individualmente. Concreto, compensado e fibra de vidro são exemplos de materiais compósitos. O material conhecido como fi^ bra de vidro, por exemplo, é obtido dispersando-se fibras de vidro em uma matriz polimérica. Essas fibras, então, tornam o polímero mais rígido, sem elevar significativamente sua densidade. Com o auxílio de compósitos, podemos produzir materiais leves, robustos, dúcteis e resistentes a altas temperaturas, ou podemos fabricar ferramentas de corte duras (e mesmo assim resistentes a choques) que iriam fraturar se fossem feitas com outros materiais. Aviões e veículos aeroespaciais avançados dependem bastante dos compósitos. Por exemplo, o Boeing 787 utiliza polímero reforçado com fibras de carbono em muitos componentes estruturais, em vez de alumínio, aumentando a eficiência do combustível. Equipamentos esportivos, como bicicletas, tacos de golfe, raquetes de tênis e outros, também utilizam diferentes tipos de materiais compósitos leves e rígidos. 1-31-3 ClassificaClassifica çãoção funcionalfuncional dosdos materiaismateriais Podemos classificar os materiais com base na função mais importante que desempenham, ou seja, mecânica (estrutural), biológica, elétrica, magnética ou óptica. A classificação dos materiais pode ser vista na Figura 1-4. São mostrados alguns exemplos de cada categoria, que podem ser ainda divididas em subcategorias. AeroespaciaisAeroespaciais (^) Materiais leves, como madeira e liga de alumínio (que acidentalmente foi endurecida pela presença do cobre do molde empregado na fundição), foram utilizados no histórico voo dos irmãos Wright. No ônibus especial da Nasa, empregou-se pó de alumínio em seus foguetes propulsores e sílica em seu re- vestimento. A fuselagem e as asas da aeronave 787 da Boeing são, em sua maioria, compostas de polímero reforçado com fibras de carbono.