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Artigo Sobre Lógica no Cotidiano
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Flávia Soares Mestre em Matemática e Doutora em Educação (PUC– RIO) Professora da Universidade Severino Sombra (USS) – Vassouras/RJ Instituto Superior de Tecnologia/ FAETEC (Paracambi/ RJ) fsoares.rlk@terra.com.br
Geovani Nunes Dornelas Professor da Universidade Severino Sombra (USS) – Vassouras/RJ e da Rede Estadual de ensino gdornelas@uss.br
Introdução “Ela [a Lógica] lhe dará clareza de pensamento, a habilidade de ver seu caminho através de um quebra-cabeça, o hábito de arranjar suas idéias numa forma acessível e ordenada e, mais valioso que tudo, o poder de detectar falácias e despedaçar os argumentos ilógicos e inconsistentes que você encontrará tão facilmente nos livros, jornais, na linguagem cotidiana e mesmo nos sermões e que tão facilmente enganam aqueles que nunca tiveram o trabalho de instruir-se nesta fascinante arte” (Lewis Carroll).
Em Matemática estamos sempre tentando descobrir coisas novas e querendo saber se uma afirmação é verdadeira ou falsa. Em muitos casos, a intuição nos mostra a verdade, mas em outros ela pode nos pregar uma peça. Nesses momentos somos levados a buscar outros recursos mais eficientes que nos permitam afirmar com certeza o que queremos. Freqüentemente usamos expressões “é lógico que sim”, ou “é lógico que vai chover”, etc. Mas será que é realmente lógico? Em que nos baseamos para fazer tais afirmações? Quando usamos essas expressões quase sempre estamos nos referindo a algo que nos parece evidente ou quando temos uma opinião muito fácil de justificar (MACHADO, 2000). Fazemos afirmações e suposições de vários tipos e tiramos conclusões sobre os acontecimentos do dia a dia o tempo todo. A grande maioria delas é baseada em nossa intuição, em nossa experiência ou a partir de comparações com outras situações semelhantes já vivenciadas. Mas nem sempre isso é suficiente. Para provar alguma coisa, sustentar uma opinião ou defender um ponto de vista sobre algum assunto, é preciso argumentar. Ou seja, é preciso apresentar justificativas convincentes
e corretas que sejam suficientes para estabelecer, sem deixar nenhuma dúvida, se uma determinada afirmação é falsa ou verdadeira. A lógica formal surge com Aristóteles. Como indica o termo grego Órganon , nome dado ao conjunto dos escritos lógicos de Aristóteles, a lógica é um instrumento do pensamento para pensarmos corretamente. A Lógica não se refere a nenhum ser, a nenhuma coisa, ou a algum objeto em particular, nem a nenhum conteúdo, mas à forma do pensamento. Segundo Aristóteles, a lógica estuda a razão como instrumento da ciência ou como um meio de adquirir e possuir a verdade. E o ato próprio da razão é o ato de raciocinar (ou argumentar ). O raciocínio ou argumentação é um tipo de operação do pensamento que consiste em encadear logicamente idéias para delas tirar uma conclusão. Essa operação vai de uma idéia a outra passando por um ou vários intermediários e exige o uso de palavras. Portanto é dita uma inferência mediata , isto é, procede por mediação, por meio de alguma coisa (CHAUÍ, 1994). Ainda segundo Aristóteles a Lógica é o que devemos estudar e aprender antes de iniciar uma investigação filosófica ou científica, pois somente ela pode indicar qual o tipo de proposição, de raciocínio, de demonstração, de prova, e de definição que uma determinada ciência deve usar (CHAUÍ, 1994). A Lógica é uma disciplina que fornece as leis, regras ou normas ideais de pensamento e o modo de aplicá-las para demonstrar a verdade. A Lógica também estabelece os fundamentos necessários para as demonstrações pois, dada uma certa hipótese, a lógica permite verificar quais são as suas conseqüências; dada uma certa conclusão, a lógica permite verificar se ela é verdadeira ou falsa (CHAUÍ, 1994). Um argumento lógico é aquele em que a conclusão é encontrada a partir da análise das relações entre as premissas, sem considerar o conteúdo real das mesmas. Lógica e raciocínio dedutivo não estão preocupados em examinar a verdade das premissas em um argumento lógico. A preocupação é com o fato de se a premissa envolve logicamente a conclusão.
Lógica na Matemática e Lógica no Cotidiano Uma vez que a correção ou incorreção de um argumento depende somente da relação estabelecida entre as premissas e a conclusão, a validade do argumento independe da veracidade das premissas. Entretanto é fácil cair na tentação de aceitar
lógica matemática. O que ocorre é que, assim como concluem outros pesquisadores citados por Dias (1996), quando apresentados a argumentos dedutivos para serem avaliados, os sujeitos tendem a endossar aqueles cujas conclusões acreditam, e a não aceitar argumentos cujas conclusões são por eles desacreditadas, independentemente da validade das premissas. Além disso, acham difícil trabalhar com premissas cujos conteúdos vão de encontro às suas experiências. Assim, a adoção dessa mesma lógica, aceita pelo senso comum do cotidiano, na leitura de textos matemáticos leva, impreterivelmente, a sérios erros, comprometendo o aprendizado de um conteúdo matemático.
Sobre o ensino de Lógica A Matemática necessita da lógica para suas definições, postulados, além de ser fundamental para julgar se um teorema é verdadeiro ou falso, e a partir disso tirar outras conclusões, propor outras conjecturas, provar outros teoremas... Compartilhamos da opinião de Druk (1998) quando a autora afirma que o estudo da lógica no Ensino Fundamental e Médio não deve ser um ponto localizado em algum momento específico do currículo escolar, mas uma preocupação metodológica presente sempre que algum ponto do programa permitir. Ainda segundo Druk (1998), a Lógica é um tema com conotações interdisciplinares e que se torna mais rico quando se percebe que ela está presente nas conversas informais, na leitura de jornais e revistas e em nas diversas disciplinas do currículo, não sendo portanto um objeto exclusivo da Matemática. No sistema escolar e na vida em sociedade um certo domínio da lógica é necessário ao desenvolvimento da capacidade de distinguir entre um discurso correto e um incorreto, na identificação de falácias, no desenvolvimento da capacidade de argumentação, compreensão e crítica de argumentações e textos. Em seu livro Matemática e Língua Materna , Machado (2001) diz ser a afirmação “ A Matemática desenvolve o raciocínio lógico ” a frase que, entre outros tantos mitos que envolvem a Matemática, parece mais solidamente estabelecida no senso comum. O autor lembra ainda que, historicamente e em todas as épocas, muitos filósofos contribuíram para a legitimar uma associação entre Matemática e a Filosofia, onde o papel da Lógica seria fundamental. O autor não discute a veracidade da afirmação de que a Matemática desenvolve raciocínio, mas sim o superdimensionamento ou a exclusividade do papel que a
Matemática teria em tal tarefa, pois que, qualquer assunto poderia apresentar situações igualmente profícuas nesse sentido. Mas mesmo estando presente no seu discurso e mesmo que eles acreditem nessa capacidade da Matemática, a maior parte dos professores muitas vezes não compreende explicitamente o que isso significa e nem sabe como proporcionar situações para que os alunos realmente raciocinem bem. Os livros didáticos por muitos anos excluíram os alunos da construção dos conteúdos, abandonando o raciocínio dedutivo e as demonstrações, e enfatizando o uso de algoritmos e fórmulas nem sempre bem compreendidas pelos estudantes. No ensino da Matemática, pensar por meio de algoritmos tem uma desvantagem sobre o pensamento lógico. Os alunos aprendem uma enorme quantidade de fórmulas e em que tipos de situações devem aplicá-las. Assim, quando o estudante se depara com uma situação similar ele pode resolvê-la facilmente, entretanto não pode resolver qualquer tipo de problema desconhecido, mesmo se ele tem todo o conhecimento para isso. Problemas em Geometria tem uma característica comum: eles não podem ser resolvidos com o mesmo padrão. Nesses casos não é suficiente substituir um dado em uma fórmula, mas sim combinar e aplicar os teoremas conhecidos. Isto é problemático para os estudantes o que torna o desempenho deles fraco em Geometria mesmo que sejam bons em outros assuntos da Matemática. Outros temas geram igual dificuldade como a Análise Combinatória. No ensino de combinatória os livros didáticos e os professores tendem a agrupar as diferentes situações de contagem em combinações, arranjos e permutações, sem que se compreenda o porquê das fórmulas. Assim, somente o conhecimento das mesmas não resolve os problemas realmente significantes, aqueles nos quais o raciocínio lógico aliado ao princípio fundamental da contagem leva facilmente a resposta correta. Ensinar lógica freqüentemente pode ser associado com o ensino de conectivos, tabelas verdade e diagramas de Venn. Sendo assim, voltamos a ensinar mais uma vez algoritmos e fórmulas. Estes algoritmos têm praticamente nenhuma aplicação no ensino da Matemática no Ensino Fundamental e Médio, o que faz com que as escolas não ensinem Lógica alguma. Acreditamos que se deve ensinar lógica de uma forma diferente, ajudando os alunos a perceber a existência de uma estrutura lógica do pensamento matemático melhorando sua capacidade de resolver problemas. Aliado a essa questão, enfatizamos
________, Dimas Monteiro de. Enigmas, Desafios, Paradoxos e outros divertimentos matemáticos. Araçatuba: Novas Conquistas São Paulo, 2003. CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. v. I. São Paulo: Brasiliense, 1994. DIAS, Maria da Graça Bompastor Borges. O desenvolvimento do raciocínio dedutivo. In: DIAS, Maria da Graça Bompastor Borges; SPINILLO, Alina Galvão (Orgs.) Tópicos em Psicologia Cognitiva. Recife: Editora da Universitária da UFPE, 1996. p. 11-44. DRUK, Iole de Freitas. A linguagem Lógica. Revista do Professor de Matemática , 17, p. 10 – 18, 1998. MACHADO, Nílson José. Lógica? É Lógico! São Paulo: Scipione, 2000. _________, Nílson José. Matemática e Língua Materna. 5.ed. São Paulo, Cortez, 2001. MALTA, Iaci; PESCO, Sinésio; LOPES, Hélio. Cálculo a uma Variável: uma Introdução ao Cálculo. v.1. Rio de Janeiro: Ed. PUC – Rio; São Paulo: Loyola, 2002. NASSER, Lilian; TINOCO, Lúcia A. A. Argumentação e Provas no ensino da Matemática. Rio de Janeiro: IM / UFRJ – Projeto Fundão, 2001. PALIS, Gilda de La Rocque; MALTA, Iaci. Somos todos mentirosos? Revista do Professor de Matemática , 37, p.1–10, 1998. SALMON, Wesley C. Lógica. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil. SILVA, Josimar José da; LOPES, Luís. É divertido resolver problemas. Rio de Janeiro: J. Silva, 2000.
BLOCO II
I. A saída está aqui. II. A saída não está aqui. III. A saída não está na passagem I.
Para desespero de Cláudio, o mapa diz que quem entrar numa passagem onde não esteja a saída não conseguirá voltar, e que cada uma das três passagens possui, além da numeração, uma única mensagem, mas somente UMA das mensagens é VERDADEIRA. Em qual passagem está a saída e qual mensagem é a verdadeira? Justifique a sua resposta.
b) Kárita e Mariana não foram ao clube. c) Kárita foi ao clube. d) Mariana não foi à praia e Kárita foi ao clube. e) Mariana e Kárita foram ao clube no dia seguinte.
BLOCO IV
“Num triângulo retângulo a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”. a) Escreva a proposição acima na forma “Se ... então...” b) Escreva a recíproca do item (a) c) Escreva a contra positiva do item (a)
BLOCO V
A partir das frases ditas, Rafael não pôde definir a época da viagem do neto representado pelo seguinte número: (A) I (B) II (C) III (D) IV
BLOCO VI