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Logística e distribuição, Notas de estudo de Análise de Sistemas de Engenharia

apostila de engenharia civil

Tipologia: Notas de estudo

2017
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Compartilhado em 22/03/2017

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autor

ANTONIO CESAR GALHARDI

1ª edição SESES rio de janeiro 2016

LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

Sumário

Prefácio 5

  1. Conceitos sobre logística: Funções da logística, estrutura organizacional e identificação das necessidades de suprimento 9

1.1 As funções da logística 10 1.2 Estrutura Organizacional 16 1.3 Os recursos humanos na adminsitração de Mmateriais 23 1.4 Gerência integrada de materiais 25 1.5 Gestão da demanda 26

  1. Controle de estoques e ressuprimento, técnicas de previsão de demanda e estratégias da cadeia de suprimentos e os canais de distribuição 35

2.1 Técnicas de previsão de demanda 36 2.2 Ressuprimento 44 2.3 Gestão de estoques 45 2.4 Estratégias na cadeia de suprimentos e os canais de distribuição 51

  1. Armazenagem, movimentação de materiais e embalagens. 63

3.1 Armazenagem 64 3.2 Movimentação de Materiais 72 3.3 Embalagem 80

5. Transportes, gerenciamento da logística e

    1. Qualidade em serviços logísticos.
      • 4.1 Qualidade em serviços
      • 4.2 Qualidade em logística
      • 4.3 Abrangência da qualidade em compras
    • informação distribuição, planejamento da frota e os sistemas de
      • 5.1 Modais de transporte
      • 5.1.1 Modal rodoviário
      • 5.1.2 Modal ferroviário
      • 5.1.3 Modal aquaviário (marítimo, hidroviário e cabotagem)
      • 5.1.4 Modal aeroviário
      • distribuição e o gerenciamento de frotas 5.2 O gerenciamento da logística de distribuição, os centros de
      • 5.3 Sistemas de informação

permeando os processos produtivos e culminando no ponto de expedição. Relaciona a estratégia de armazenagem diretamente com a estratégia de distri- buição, principalmente no que se refere à localização dos armazéns e às formas de manutenção e movimentação. O capítulo discute as estruturas escalonadas de armazenagem, ou seja, os Armazéns Centrais e os Centros de Distribuição, e seu papel fundamental no quesito rapidez de entrega. Ele também apresen- ta as funções básicas do Centro de Distribuição: recebimento, movimentação, armazenagem, seleção de pedidos e expedição. Também são apresentadas as instalações intermediárias para quebra de carga, e amplamente compatível com as estratégias de resposta rápida e o alto nível de flexibilidade. O capítu- lo descreve em detalhes os principais Sistemas Diretos: Transit Point, Cros Docking, Merge in Transit, Piking to Light. Com relação à automação, discu- te-se a complexidade e o risco, por envolverem a integração de várias tecnolo- gias. Finalmente, o capítulo aborda as embalagens, discriminando cada tipo de embalagem (primária, secundária, terciária, quaternária e quintenária) e suas funções: contenção, proteção e comunicação. Salienta-se também as vantagens da padronização. O Capítulo 4 apresenta os conceitos de Qualidade em Logística, mais espe- cificamente a abrangência da Qualidade em Compras. Também apresenta o método racional de tomada de decisão, o GUT: composto de G (gravidade), que avalia quanto se perderá por não se tomar a decisão adequada para a solução de problemas; o U (urgência) que é o estabelecimento do prazo para a tomada de decisão, de maneira a evitar danos; e T (tendência) que nada mais é do que a expectativa de correção do rumo, a partir da tomada de decisão. O capítulo dis- cute as cinco prioridades competitivas-chaves para agregar valor: custo, quali- dade, entrega, flexibilidade e serviços. Também sugere métricas para o sucesso na Gestão da Cadeia de Suprimentos: pedidos em atraso, tempo de ciclo pedido prometido ao cliente, tempo de ciclo real do pedido do cliente, tempo de ciclo de reposição de estoque e giro de estoque. No tópico Abrangência da Qualidade em Compras comenta-se como organizar a Função Compras, tão importante para a Gestão da Cadeia de Suprimentos, no sentido de explicitar as princi- pais atividades, o respeito às normas fundamentais, as interfaces com outras funções e os parâmetros importantes para o bom desempenho do Sistema de Compras. Discute as vantagens e desvantagens da centralização e descentrali- zação de compras, e apresenta uma nova forma de aquisição de bens duráveis: o Arrendamento Mercantil ou Locação, e as respectivas vantagens financeiras.

O capítulo também discute as parcerias e sua importância na gestão moderna, a figura do Comakership e o novo tipo de relacionamento empresa/fornecedor, que tem impacto direto no lucro. O Capítulo 5 apresenta como conteúdo: Transporte, Gerenciamento da Logística de Distribuição, Planejamento de Frotas e os Sistemas de Informação. No tópico Transportes é discutido individualmente cada modal disponível no cenário brasileiro, bem como os gargalos e deficiência da infraestrutura logís- tica. O tópico apresenta os modais preferenciais, adotados para cada setor eco- nomicamente importante, e a composição da participação do modal rodoviá- rio (o de maior utilização no Brasil) comparativamente a outros países. Como metodologia de Gerenciamento da Logística de Distribuição, é discutido o Sistema Just-in-Time – JIT, e o Time-Sensitive-Distribution. No tópico Sistemas de Informação, são apresentadas as principais características do: ERP, CRM, EDI, SCM, Datawarehouse , Data Mining, que culmina no conceito “ Marketing Intelligent Enterprise ”. Ainda é destacada a importância dos SIs para controle da Lucratividade por Clientes, que fundamenta a avaliação de desempenho do Sistema Logístico. Também é discutido o funcionamento do Continuous Replenishment Program – CRP; do Efficient Consumer Response – ECR; o Vendor Managed Inventory – VMI; o Collaborative Planning Forecasting and Relenishment – CPFR e o JIT II.

Bons estudos!

Conceitos sobre

logística: Funções da

logística, estrutura

organizacional e

identificação das

necessidades de

suprimento

10 • capítulo 1

  1. Conceitos sobre logística: Funções

da logística, estrutura organizacional

e identificação das necessidades de

suprimento

  • O que se entende por logística? Porque estudar logística?
  • Qual sua importância para as empresas no cenário atual?
  • Quais as especificidades da Logística de Distribuição?
  • O que a Administração de RH pode auxiliar na Gestão de Materiais?
  • Quais as características da Gerência Integrada de Materiais?
  • Qual a importância da Previsão de Demanda para a identificação da ne- cessidade de suprimentos?

1.1 As funções da logística

Em 1991 o Concil of Logistic Management – CLM definiu a Logística como o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do flu- xo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas, desde o ponto de origem ao ponto de consumo, visando atender os requisitos dos con- sumidores. Em 2004, o próprio CLM alterou a definição para: "A parte da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla de modo eficiente o fluxo, para frente e reverso, e a estocagem de bens, serviços e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, de modo a atender os requi- sitos do consumidor". A figura 1.1 apresenta de forma esquemática a Cadeia de Suprimentos – SCM e os fluxos.

Pricipais elos e fluxos da cadeia logística

Informações

Fornecedor Fabricante Distribuidor Varejo Cliente

Prod/Serv

Figura 1.1 – A Cadeia de Suprimentos e os principais fluxos

12 • capítulo 1

padrões de marketing e distribuição. Surgia então o conceito de “ Logística Integrada” e “Supply Chain Management”. O gerenciamento logístico assumiu a função integradora, que tem como principal responsabilidade conectar funções fundamentais do negócio aos pro- cessos no interior e através das empresas, de modo a obter um modelo de negó- cios coeso e de alto desempenho. A figura 1. 3 apresenta as funções da logística.

Determinando:

Disponibilizar o No Mínimo Custo

No Tempo Certo

Produto Certo

Na Quantidade Certa

No lugar Certo

O que, quando e onde produzir/adquirir O que, quando e onde armazenar Quando e como produzir/transportar etc.

Figura 1.3 – Funções da Logística.

A Logística inclui:

  • O gerenciamento de transporte de produtos;
  • O gerenciamento de frotas;
  • O armazenamento;
  • O manuseio de materiais;
  • O acompanhamento de pedidos;
  • O desenvolvimento de redes de logística;
  • O gerenciamento de estoques;
  • O planejamento de oferta e demanda;
  • O gerenciamento de fornecedores de serviços. A logística também abrange:
  • As atividades de suprimento e desenvolvimento de fornecedores;
  • O planejamento e agendamento de produção;
  • A embalagem e montagem;
  • O serviço de atendimento ao cliente.

capítulo 1 (^) • 13

As atividades de transporte e de armazenamento ainda são as consideradas como as principais funções logísticas. A Logística, quanto mais eficiente, mais se relaciona a uma diminuição de custos, o que pode gerar preços menores ou lucros maiores. A figura 1.4 apresenta de maneira esquemática, como as condi- ções econômicas e tecnológicas alavancaram o desenvolvimento da Logística.

Alterações nos padrões e atitudes dos consumidores

Avanços na tecnologia de computadores A experiênciaMilitar

Pressão por custos nas empresas

Evolução da Logística

As condições econômicas e tecnológicas que alavancaram o desenvolvimento da Logística

Figura 1.4 – Evolução dos conceitos de logística.

O aquecimento da economia promoveu o aumento do consumo das famí- lias, e atualmente já representa 2/3 do PIB. Com o consumo interno aquecido, ocorre inevitavelmente o aumento de importações, a redução do saldo comer- cial e pressões inflacionárias. A economia aquecida pressiona, além dos pre- ços, a geração de energia e a capacidade da infraestrutura logística do país. Os fluxos crescentes do comércio mundial partiram de um patamar de 10% do PIB em 1950 para 25% do PIB em 2000, com previsão de 40 a 50% para a dé- cada de 2030. Já no Brasil, os custos de transportes, quando medidos como pro- porção de preço final do produto, são substancialmente maiores que as tarifas de importação e mais altos do que nos países desenvolvidos. Um país como o Brasil, que exporta bens “pesados” como minerais e pro- dutos agrícolas, cujo frete alcança, em alguns casos, mais da metade do preço final do produto, não pode-se dar o luxo de descuidar dos transportes. O Brasil gasta em média 50% a mais que os Estados Unidos em transporte para impor- tar seus bens, enquanto as exportações brasileiras para os Estados Unidos têm despesas de frete que são cerca do dobro das despesas da Holanda. Por uma combinação de geografia e vantagens comparativas, os custos de transporte para a América Latina assumem uma importância estratégica.

capítulo 1 (^) • 15

produtos e a prestação dos serviços disponíveis para o comprador. Portanto, é necessário identificar:

  • Quem são os clientes?
  • O que necessitam?
  • O que valorizam?
  • Qual a percepção que eles têm do produto ou da marca?
  • Quem são os melhores fornecedores?
  • Como considerá-los parceiros?
  • Como está o relacionamento?
  • Quem são os intermediários entre a empresa e o cliente?
  • Como estão trabalhando com os produtos?
  • A relação é de parceria?

Elementos tangíveis

  • Qualidade
  • Características do produto
  • Tecnologia
  • Durabilidade, etc Elementos intangíveis
  • Frequência do serviço de entrega
  • Confiabilidade de entrega
  • Ponto único de contato
  • Facilidade de fazer negócio
  • Apoio pós-venda, etc.

Núcleo do Produto Envoltório do Produto

Figura 1.7 – Serviços como forma de agregar valor.

A figura 1. 7 mostra como os serviços podem agregar valor. A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movi- mentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura por meio do atendimento dos pedidos, com baixo custo. Os principais fatores que influen- ciaram o desenvolvimento da Logística foram:

  • Aumento da competição mundial;
  • Falta de matérias-primas;
  • Súbita elevação de preços do petróleo;
  • Aumento da inflação mundial;
  • Passou de estímulo da demanda para melhor gestão dos suprimentos;

16 • capítulo 1

  • Explosão da tecnologia da informação;
  • Aceleração no processo de globalização. A parir de 1990, a logística passou a ser entendida como a junção das ativida- des ao longo da cadeia logística, além da coordenação com outras funções da em- presa e com outros fatores externos. A figura 1.8 apresenta a relação da Logística com as demais áreas da empresa, e a figura 9 sintetiza as Funções da Logística:

Produção Atividades típicas

Marketing Atividades típicas:

Interface marketing- logística

Interface produção- logística

interface:

Atividades de interface:

Logística Atividades de Atividades típicas:

  • Promoção/ propaganda
  • Pesquisa de mercado
  • Administração da força de vendas
  • Padrões de níveis de serviço
  • Formação de preço
  • Embalagem
  • Localização de depósitos
  • Programação de produção
  • Localização industrial
  • Compras
  • Controle de qualidade
  • Planejamento detalhado
  • Manudeio interno
  • Manutenção de equipamento
  • Manutenção de estoques
  • Processa- mento de pedidos
  • Armazena- gem
  • Manuseio de materiais

Figura 1.8 – Relação da Logística com as outras áreas da empresa.

Armazenagem

Estoques

Funções da logística Transporte

Custos Processamento de pedidos

Figura 1.9 – As Funções da Logística.

A Logística envolve a integração de informações, transportes, estoque, arma- zenamento, manuseio de materiais e embalagens. Todas essas áreas oferecem ampla variedade de tarefas estimulantes. Combinadas, essas tarefas tornam o gerenciamento integrado da Logística uma função desafiante e compensadora.

1.2 Estrutura Organizacional

As atividades da Logística variam em função da estrutura organizacional da empresa e de seu grau de verticalização na cadeia de suprimento, com relação

18 • capítulo 1

  • Representa uma das práticas de gestão do conhecimento;
  • Orienta a área de venda para atender os clientes que trazem resultados;
  • Permite mensurar o custo de atender determinados grupos de clientes;
  • Maximiza o retorno sobre investimento de marketing com ações mais fo- cadas, desenhadas para grupos específicos e com necessidades específicas. A figura 1.11 apresenta a Estrutura da Logística Empresarial: Relação entre Cadeia de Suprimentos Típica e Áreas da Logística Empresarial Fornecedores de Matéria- prima

Fabricantes de Componentes

Logística de Suprimentos (^) Apoio à Manufatura

Logística de Distribuição

Atacadistas e Distribuidores

Indústria Principal Varejistas^

Consumidor Final

Figura 1.11 – Estrutura da Logística Empresarial.

A figura 1.12 mais uma vez apresenta a interface de Marketing com a Logística Integrada, diferenciando Marketing como gerador de demanda, e lo- gística como quem atende à demanda.

Preço Promoção

Compras ou vendas Transporte

Estoques Armazena-gem

Produto

Praça

Serviço ao cliente

Serviço ao cliente

Gera deamanda

Modelo conceitual de logística intregada

Atende a demanda

Figura 1.12 – A Interface entre Marketing e Logística Integrada.

capítulo 1 (^) • 19

A figura 1.13 esquematiza as decisões estratégicas no entorno do “Nível de Serviço ao Cliente”.

Estratégias de localização

Estratégias de estoque

Estratégias de transporte

Nível de serviço ao cliente

Figura 1.13 – Decisões estratégicas.

A figura 1.14 esquematiza a “soma” dos elementos da Logística Empresarial:

LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS +Logística de Produção +Logística de Distribuição Física =Logística de Empresarial

Figura 1.14 – Representação da Logística Empresarial.

Na elaboração da estratégia (logística) vários aspectos estão envolvidos, dentre eles destacam-se:

1. Estratégico: serviço aos clientes. 2. Estrutural: projeto do canal; estratégia da rede. 3. Funcional: projeto do armazém e sua operação; gerenciamento do transporte; gerenciamento de materiais. 4. Implementação: sistemas de informações; políticas e procedimentos; instalações e equipamentos.

Assim, os objetivos de uma estratégia logística bem definida, podem ser re- sumidos na “redução de custos”, que encontram ferramentas para seu suces- so em:

  • Movimentação e estocagem;
  • Redução do capital;
  • Minimização do nível de investimento no sistema logístico;
  • Melhorias no serviço.