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MANUAL CAIXA ECONOMICA- COT, Manuais, Projetos, Pesquisas de Construção

CADERNO DE ORIENTAÇÃO TECNICO SOCIAL - CAIXA ECONOMICA

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020
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Compartilhado em 29/04/2020

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COTS - Caderno de Orientação Técnico Social
COTS
Caderno de Orientação Técnico Social
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
SUDES – Superintendência Nacional Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável
GEPAD – Gerência Nacional Gestão Padronização e Normas Técnicas
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COTS

Caderno de Orientação Técnico Social

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL SUDES – Superintendência Nacional Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável GEPAD – Gerência Nacional Gestão Padronização e Normas Técnicas

APRESENTAÇÃO

O presente Caderno de Orientação Técnico Social – COTS - tem a finalidade de orientar as equipes técnicas

dos Estados, Distrito Federal, Municípios, Entidades Organizadoras/Construtoras e Empresas Credenciadas para o

desenvolvimento do Trabalho Técnico Social nos programas operacionalizados pela Caixa, na área de Desenvolvimento

Urbano.

As orientações aqui contidas disponibilizam diretrizes e informações para a elaboração, implantação, registro,

monitoramento e avaliação do Projeto de Trabalho Técnico Social - PTTS, apoiando a implementação das ações desde

a concepção do projeto até a etapa posterior à conclusão das obras e serviços.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL SUDES – Superintendência Nacional Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável GEPAD – Gerência Nacional Gestão Padronização e Normas Técnicas

CONTEXTUALIZAÇÃO

O Trabalho Técnico Social nos Programas de Desenvolvimento Urbano operacionalizados pela CAIXA

baseia-se na premissa de que a participação dos beneficiários promove uma melhor adequação das

intervenções às necessidades e demandas dos grupos sociais envolvidos, e apresenta-se como

contribuição significativa para a sustentabilidade do empreendimento.

A participação comunitária nas intervenções torna os beneficiários mais comprometidos, levando-os a

exercerem seus direitos e deveres, propicia a compreensão e a manifestação da população atendida acerca

das intervenções, e permite a afirmação da cidadania e transparência na aplicação dos recursos públicos.

A realização do Trabalho Técnico Social favorece a correta apropriação e uso dos

imóveis/sistemas/melhorias implantados, promove a mobilização e a participação social por meio de

atividades de caráter sócio educativo, da instituição e/ou fortalecimento de bases associativas, de ações

direcionadas à geração de trabalho e renda e de educação sanitária, ambiental e patrimonial.

Para o segmento empresarial, a realização do Trabalho Técnico Social representa compromisso com os

beneficiários e com o Código de Defesa do Consumidor e resulta em um diferencial competitivo.

As ações do Trabalho Técnico Social devem ser desenvolvidas com enfoque interdisciplinar em sincronia

com a realização das obras físicas. Iniciam-se com o levantamento de dados e informações que permitem a

caracterização da situação local onde se pretende realizar a intervenção proposta.

A seguir deve ser planejado e elaborado o projeto de intervenção social, que será desenvolvido de forma

integrada ao projeto de intervenção física.

Após aprovação do projeto pela CAIXA, dá-se início a sua execução, com o devido monitoramento e

avaliação das atividades desenvolvidas.

A execução do projeto é registrada em Relatórios Periódicos de Acompanhamento e Relatório Final,

enviados à Caixa, para fins de liberação de parcela contratual, acompanhados dos documentos de registro

e sistematização das atividades.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL SUDES – Superintendência Nacional Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável GEPAD – Gerência Nacional Gestão Padronização e Normas Técnicas

1.VIABILIDADE SOCIAL DO EMPREENDIMENTO

Para os programas com recursos do FGTS que prevêm a análise da viabilidade social, deve ser

apresentada Proposta Preliminar para Intervenção Social no Empreendimento – ANEXO II, contemplando

os itens a seguir:

Atendimento aos pré-requisitos do programa

  • Critérios de seleção/elegibilidade da área a ser

beneficiada;

  • Adesão dos beneficiários ao empreendimento,

quando exigido pelo programa.

Características da área de intervenção e entorno, e

inclusive da área de reassentamento, quando for o

caso.

  • Tempo e forma de ocupação da área e respectiva

densidade populacional;

  • Equipamentos comunitários e serviços públicos

disponíveis nas proximidades da área de

intervenção e capacidade de atendimento;

  • Condições de habitabilidade, segurança e/ou

salubridade da área de intervenção;

  • Aspectos ambientais presentes na área de

intervenção e entorno.

Características da população beneficiária

  • Características socioeconômicas da população a

ser beneficiada;

  • Identificação dos formatos associativos/

lideranças locais

Proposta para Intervenção Social

  • Objetivo das Intervenções Física e Social
  • Regime construtivo, especialmente se na forma de

mutirão ou autoconstrução;

  • Definição dos valores financeiros e dos demais

recursos a serem disponibilizados para o trabalho

técnico social;

  • Outras informações julgadas necessárias para

análise da viabilidade social do empreendimento.

Considerado o resultado positivo na análise de viabilidade social do empreendimento, realizada pela CAIXA,

o proponente deve apresentar o Projeto de Trabalho Técnico Social - PTTS.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL SUDES – Superintendência Nacional Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável GEPAD – Gerência Nacional Gestão Padronização e Normas Técnicas

Buscar complementariedade com projetos afins e absorção da mão de obra capacitada.

Capacitação da Equipe Técnica

Qualificar/capacitar a equipe técnica responsável pela implementação do PTTS (exceto quando se tratar de equipe terceirizada).

Avaliação e Monitoramento

Realizar diagnóstico de forma a conhecer a realidade local, bem como estabelecer o marco zero para balizar a pesquisa de pós-ocupação.

Desenvolver ações periódicas que possibilitem avaliar, monitorar, registrar e sistematizar a intervenção.

Realizar pesquisa pós-ocupação/satisfação, quando for o caso.

Participação Comunitária e Desenvolvimento Sócio organizativo

Mobilização e Organização Comunitária

Formar grupos de acompanhamento de obras; (Anexo X)

Fomentar a participação comunitária através do desenvolvimento de reuniões, palestras, assembleias e campanhas educativas, seminários temáticos que estimulem e sensibilizem as lideranças comunitárias e a população beneficiária em geral, para participar do planejamento e implementação do empreendimento.

Formar grupos de interesse/temáticos e agentes multiplicadores.

Formar ou fortalecer entidades associativas e/ou grupos representativos.

Promover a capacitação de lideranças.

Desenvolver ações voltadas para a definição de regras de convivência coletiva: convenção de condomínio, regimentos internos, outros.

Incentivar a integração entre beneficiários/adquirentes/ arrendatários e destes entre os agentes envolvidos.

Desenvolver atividades que auxiliem na redução da criminalidade, violência e promoção da segurança na área de intervenção e entorno.

Preparar a comunidade para o recebimento das benfeitorias (unidades habitacionais, unidades sanitárias, equipamentos comunitários, sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, etc.).

Programar e acompanhar a instalação/utilização de novos sistemas e equipamentos (pós-ocupação).

Atividades socioculturais Promover atividades de natureza cultural, pedagógica, esportiva, de lazer e de promoção da cidadania, apropriadas às características locais e à população atendida.

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Empreendedorismo Geração de Trabalho e Renda

Identificar o perfil, vocação produtiva e demandas da comunidade e do entorno;

Incentivar a utilização da mão de obra local na intervenção física.

Realizar atividades de apoio ao encaminhamento para o mercado de trabalho.

Fomentar a criação e/ou consolidação de grupos produtivos. Dentre as possibilidades existentes, sugere-se a utilização da sistemática Fábrica Social (Anexo IX), quando couber.

Capacitação Profissional Qualificar/capacitar a população beneficiária para o mercado de trabalho, bem como para a formação de grupos produtivos e empreendedorismo (associações, cooperativas de produção e serviços, microempresa, empreendedor individual e outros).

Implementar ações de desenvolvimento pessoal (alfabetização, línguas, informática etc)

Educação Educação Ambiental Fortalecer e/ou articular fóruns e colegiados, municipais e/ou regionais, que atuam na área ambiental.

Formar agentes/educadores ambientais locais.

Incentivar o plantio de mudas de árvores nos empreendimentos, na relação de uma árvore por unidade habitacional, observando-se as características do terreno, do projeto e a adequação das mudas às características geográficas locais.

Desenvolver ações educativas para discussão/reflexão sobre as questões relacionadas ao meio ambiente, notadamente: água, esgotos e resíduos sólidos, incluindo- se a coleta seletiva.

Promover discussões e difundir entre os beneficiários conhecimentos sobre reaproveitamento de materiais e uso racional dos recursos naturais. Educação Sanitária Apoiar e desenvolver ações inerentes às questões sanitárias locais, tais como: hábitos de higiene, saúde preventiva, saneamento básico; controle de vetores; apoio às campanhas públicas; disposição adequada de resíduos e outros temas de interesse.

Educação Patrimonial Desenvolver ações informativas e educativas voltadas para o conhecimento, uso adequado e a apropriação do patrimônio físico, histórico-cultural e equipamentos comunitários locais, por meio de cursos, oficinas, palestras, reuniões, campanhas, seminários temáticos, etc.

Promover ações que visem a valorização e apropriação de bens culturais propiciando a geração e a produção de

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III, onde devem constar identificação, características da área de intervenção, do entorno e da população beneficiária, justificativa, objetivos, metodologia, composição da equipe técnica, formas e instrumentos de avaliação, parcerias, cronogramas e composição de custos. No Anexo I, constam orientações detalhadas para elaboração do PTTS.

Aprovado o PTTS, sua implementação deve se pautar pelo cronograma de atividades proposto.

Para fins de registro e acompanhamento da intervenção social pela CAIXA, devem ser elaborados, periodicamente, Relatórios de Acompanhamento e Relatório Final conforme Anexo IV e Anexo V.

Devem ser encaminhados, também, todos os documentos de registro e sistematização das atividades desenvolvidas, juntamente com os relatórios.(Ex. Atas, listas de presença, fotos, material didático e de comunicação,etc)

4.AVALIAÇÃO

A Avaliação é um procedimento que deve ocorrer durante a realização do projeto, permitindo desta forma o monitoramento das atividades e o redirecionamento das ações, quando necessário.

Deve ser realizada periodicamente pela população e pela equipe técnica e registrada nos relatórios encaminhados à CAIXA.

A avaliação do TTS deve focar a percepção dos beneficiários sobre as atividades desenvolvidas com relação, no mínimo, aos seguintes aspectos:

  • Condução do Trabalho Técnico Social
  • Resultados alcançados
  • Participação da população nas atividades
  • Beneficiários/famílias atendidos (as) por macroação.
  • Formatos associativos e participação dos beneficiários
  • Satisfação com a intervenção física implantada (moradia, infraestrutura, sistemas de saneamento, equipamentos coletivos, outras)
  • Percepção de mudanças na qualidade de vida

Para o alcance efetivo dos objetivos, recomenda-se que a equipe técnica social avalie o seu trabalho periodicamente quanto aos seguintes aspectos:

  • Quantidade e qualidade das atividades realizadas no período e coerência com os objetivos propostos
  • Qualidade e efetividade dos instrumentos de sistematização, registro e documentação das atividades.
  • Compatibilidade das despesas realizadas no período com a composição de custos, atividades desenvolvidas e cronograma de desembolso;
  • Atendimento das pendências anteriormente apontadas
  • Cumprimento do cronograma de execução
  • Realização de parcerias
  • Interação com a equipe de engenharia
  • Integração com outros projetos sociais na área de intervenção
  • Aspectos facilitadores e dificultadores surgidos no decorrer do processo
  • Avaliação das alternativas implementadas para superar os dificultadores
  • Adesão/participação da população nos eventos/atividades

A avaliação final deve contemplar os seguintes aspectos:

  • Resultados alcançados
  • Verificação do cumprimento dos objetivos do PTTS
  • Avaliação realizada pela comunidade e pela equipe técnica
  • Adequação da metodologia adotada e das parcerias implementadas
  • Eficiência do projeto em relação aos recursos aplicados, aos objetivos propostos/alcançados e aos indicadores estabelecidos
  • Integração da intervenção com outros projetos desenvolvidos na área
  • Avanços/conquistas na mobilização, capacidade de organização e nível de autonomia apresentados pela comunidade.
  • Informação sobre se há previsão de continuidade do Trabalho Social.

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5.REPROGRAMAÇÃO CONTRATUAL

Quando houver necessidade de alteração contratual envolvendo metas e/ou itens de investimento, valores e prazos, interferindo nos aspectos sociais da intervenção, deve ser encaminhada proposta de reprogramação especificando as alterações pretendidas e seus impactos junto à comunidade, com manifestação do técnico responsável, conforme Anexo VI.

6.ORIENTAÇÕES GERAIS

As intervenções sociais devem considerar os seguintes pressupostos:

  • Respeito ao conhecimento da comunidade sobre a realidade local, seus valores e cultura
  • Inclusão social
  • Questões de gênero
  • Busca do resgate dos valores étnicos
  • Maximização de recursos
  • Valorização do potencial produtivo da comunidade beneficiária
  • Respeito ao meio ambiente
  • Busca de parcerias
  • Interdisciplinaridade
  • Integração interinstitucional
  • Interação das equipes técnicas: social e engenharia
  • Implementação de metodologias participativas
  • Ações orientadas pelas dimensões da sustentabilidade: social, ambiental, cultural, tecnológica, econômica e política.
  • Incentivo ao desenvolvimento de tecnologias sociais sustentáveis resultantes do compartilhamento de saberes populares e conhecimentos técnicos, que sejam reaplicáveis e apresentem efetivas soluções de transformação social.

Deve ser apresentado Plano de Mutirão, quando for o caso, conforme sugestão no Anexo VII.

Deve ser apresentado Plano de Reassentamento, quando for o caso, conforme diretrizes constantes no Anexo VIII.

Toda documentação deve ser encaminhada em papel timbrado do proponente/executor.

Quando realizado diagnóstico/pesquisa, recomenda-se que seus resultados sejam apresentados aos beneficiários.

Recomenda-se que as reuniões sejam realizadas com grupos de até 50 famílias e que seja escolhido o horário mais adequado à população de forma a favorecer a participação de um número maior de pessoas.

Devem ser definidos os papéis de cada participante em todas as etapas do Programa (comunidade, proponente, CAIXA, governo)

7.EQUIPE TÉCNICA

A equipe técnica social deve ser coordenada por um Responsável Técnico - RT, com formação em Serviço Social, Sociologia, Psicologia ou Pedagogia, com experiência comprovada em currículo a ser apresentado.

Preferencialmente, a coordenação da equipe técnica social deverá ser realizada por profissionais com formação em Serviço Social e/ou Ciências Sociais/Sociologia.

O RT deve apor assinatura em todos os documentos a serem encaminhados à CAIXA. Havendo sua substituição, esta deve ser prontamente comunicada com reapresentação de currículo.

Admite-se na equipe técnica a participação de profissionais de outras áreas de conhecimento para apoio à execução de atividades do projeto, desde que com experiência comprovada e de acordo com as necessidades da intervenção proposta.

Na realização de processo licitatório para contratação da equipe técnica social, deve-se verificar se a equipe técnica responsável pelo PTTS é compatível com o projeto aprovado, observando o porte e a complexidade do

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ANEXO I - ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO DE TRABALHO TÉCNICO SOCIAL

1º Passo: Elaborar o Diagnóstico – Caracterização da Área/População

A elaboração de todo PTTS tem início com a realização de um diagnóstico que visa conhecer, descrever e analisar a área de intervenção e a população beneficiária, levantar demandas e potencialidades locais e possíveis parcerias, de forma a possibilitar a elaboração de um projeto adequado à realidade local.

O resultado do diagnóstico deverá ser considerado o marco zero para a avaliação dos resultados.

O quadro, apresentado a seguir, aponta informações que irão auxiliar a execução desta etapa:

Aspecto Informações

Caracterização da Área de Intervenção e Entorno

  • Localização da área de intervenção e de reassentamento (quando for o caso), incluindo coordenadas geográficas (LAT/LONG).
  • Caracterização de aspectos sociais, ambientais, econômicos, físicos e urbanísticos;
  • Descrição da situação de saneamento - água, luz, esgotamento sanitário, lixo - e acesso a outros serviços públicos;
  • Existência de equipamentos comunitários e serviços públicos (escolas, postos de saúde, quadras, igrejas etc.) disponíveis na área e no entorno, informando distância e grau de atendimento à demanda;
  • Tempo e a forma de ocupação da área;
  • Tipo de habitação predominante – tipo, material construtivo, estágio construtivo, etc.;
  • Existência de situações de risco na área e tipo de risco - enchentes, alagamentos, deslizamentos, desmoronamentos, erosões, lixões e insalubridade.

Mapeamento socioambiental

  • Realizado quando se tratar de Programas de Saneamento, Drenagem Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, onde está previsto trabalho socioambiental, e nos demais projetos onde couber a realização de mapeamento socioambiental. Instituições que atuam com educação ambiental na região, as experiências e os programas de educação ambiental em desenvolvimento, conselhos, fóruns e colegiados existentes, redes e segmentos sociais, meios de comunicação, etc.
  • Diagnóstico situacional das doenças de veiculação hídrica para o desenvolvimento de ações específicas.
  • Demais iniciativas de trabalho socioambiental em andamento e/ou previstas na região.

No caso de empreendimentos que envolvam catadores, é necessário o levantamento das suas condições de vida e de trabalho e de seus familiares.

Caracterização da Organização Comunitária

  • Identificar as bases associativas formais e não formais;
  • Identificar as lideranças locais;

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  • Identificar as entidades governamentais e não governamentais presentes na área, caracterizadas por tipo e forma de atuação (Projetos Sociais existentes);
  • Identificar potenciais parceiros para desenvolvimento do PTTS.

Caracterização da População Beneficiária

  • Levantar o perfil da população beneficiária (sexo, faixa etária, número de pessoas com deficiência, número de idosos, número de mulheres chefes de família, escolaridade, composição familiar, estado civil, procedência, tempo de residência na área, ocupação, renda, potencial produtivo, etc.), que poderá ser realizada pela verificação do cadastro dos beneficiários ou através de pesquisa amostral;
  • Estabelecer os critérios de seleção dos beneficiários, se exigido pelo programa;
  • Cadastrar as famílias beneficiárias, quando necessário.

2º Passo: Apresentar Justificativa

O conhecimento da realidade local aliado ao tipo de intervenção física deve subsidiar a pertinência da proposta de intervenção técnico social.

3º Passo: Estabelecer Objetivos e Metas

O objetivo deve ser formulado em linguagem precisa e concisa e expressar uma intenção a ser alcançada através de uma série de ações e atividades. Essas ações e atividades devem ser monitoradas e avaliadas. Quanto à abrangência, podem ser separados em:

  • Objetivo Geral - expressa o que se pretende alcançar ao final do projeto e que será atingido pela somatória das ações de todos os envolvidos;
  • Objetivos Específicos - são desdobramentos do objetivo geral e orientam diretamente as ações, expressando os resultados esperados.

Cada objetivo específico deve ser expresso por, no mínimo, uma meta do projeto.

Meta é a expressão quantitativa/qualitativa e temporal de cada um dos objetivos do projeto, que delimita o quanto e em que tempo as ações e atividades relacionadas a cada um serão implementadas.

Objetivo Geral (Iniciado por verbos no infinitivo)

Objetivos Específicos (Iniciado por verbos no infinitivo)

Metas (Enunciada através de substantivos) Incentivar... Capacitar... Capacitação de x pessoas em..

Propiciar... Fortalecer... Fortalecimento do associativismo...

4º Passo: Definir a Metodologia

A definição da metodologia engloba as estratégias que nortearão o trabalho, e abrange a escolha das ações/atividades, instrumentos necessários e as técnicas que serão utilizadas para alcançar os resultados desejados.

Os projetos devem adotar metodologias participativas, que promovam a valorização de experiências e vivências do grupo, como base para a reflexão e construção de novos referenciais de convivência e a incorporação de novos conceitos e comportamentos.

5º Passo: Definir Equipe Técnica

Estabelecido o que fazer, deve-se definir quem executará o projeto, a composição da equipe técnica, considerando

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programadas.

  • salários dos integrantes da Equipe Técnica, com especificação da carga horária destinada à execução do projeto e o valor da hora trabalhada por profissional, sendo vedado o pagamento, a qualquer título, a servidor ou empregado público, integrante de quadro de pessoal de órgão ou entidade pública da administração direta ou indireta contratante, por serviços de consultoria ou assistência técnica.

Despesas com servidores públicos ou apoio logístico do próprio ente Federado aplicadas no desenvolvimento do Trabalho Social só serão permitidas a título de contrapartida em bens e serviços.

As despesas para compra de materiais permanentes para dar funcionalidade aos equipamentos comunitários contidos nos projetos físicos de engenharia (creches, espaços culturais, unidades de segurança, postos de saúde e outros) não serão admitidos na composição de custos do Trabalho Social.

Os limites de valores permitidos para o Projeto de Trabalho Técnico Social, podem ser consultados no ANEXO XI - Quadro sintético dos Programas e ações correlatas do PTTS.

Despesas indiretas associadas à realização do Projeto de Trabalho Técnico Social devem ser inseridas na rubrica Despesas Indiretas.

As despesas indiretas estão limitadas a 20% (vinte por cento).

O cálculo das despesas indiretas deverá ser realizado tendo-se como base o valor previsto para as despesas diretas (custos das atividades programadas para o PTTS), estando a soma dessas despesas (indiretas e diretas) limitada ao valor total previsto para o PTTS.

São aceitas como despesas indiretas os itens constantes da tabela abaixo, observados os respectivos percentuais:

Lucro Presumido

Despesas Administrati vas

Despesas Financeiras

ISS* Cofins PIS/PASEP Imprevistos Total

Até 8,50%

Até 1,00%

Até 1,00 %

Até 5,00 %

3,00% 0,65% Até 0,85%

Até 20,00%

(*) deverá ser observada a alíquota de ISS do município

Quando se tratar de compra de materiais permanentes, as despesas indiretas estão limitas a 12% e deverão ser calculadas separadamente, observando-se os respectivos percentuais máximos permitidos.

Lucro Presumido Cofins Pis/ Pasep Total

Até 8,35% 3,00% 0,65% Até 12,00%

Para os projetos do PAR e PMCMV, não é admitida a incidência de despesas indiretas sobre o valor destinado ao pagamento de horas técnicas à empresa credenciada para a execução do serviço demandado.

É admitida a incidência de despesas indiretas sobre os custos variáveis, ou seja, sobre as despesas necessárias para implementação das atividades dos projetos executados por empresas credenciadas, estando essas despesas indiretas limitadas aos percentuais informados nos quadros constantes deste subitem.

8º Passo: Elaborar Cronograma de Desembolso

Consiste na previsão dos desembolsos dos recursos contratados para o PTTS, vinculados ao cronograma de atividades, considerando todo o período de execução do projeto, inclusive o período pós-obra, quando couber. Permite acompanhar a evolução financeira do Projeto.

9º Passo: Estabelecer Instrumentos de Sistematização e Registro

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Os instrumentos de sistematização e registro necessários para o processo de acompanhamento e avaliação das atividades devem ser definidos antes do início da execução do projeto. Os instrumentos mais comuns são os relatórios, atas de reunião, registros em diários de campo, fotos, lista de presença, filmagens, cartilhas, material audiovisual, etc.

Periodicamente deve ser encaminhado Relatório de Acompanhamento Parcial conforme prazo definido no PTTS e, ao término da intervenção, deve ser apresentado o Relatório Final.

Os relatórios têm a finalidade, também, de comprovação da realização de atividades para fins de liberação de recursos.

Nas operações de repasse do MCIDADES, no caso de contrato ou Termos de Compromisso com valor de repasse/financiamento entre R$ 1 milhão e R$ 9 milhões, o relatório do trabalho social, será encaminhado para o MCIDADES, pela CAIXA, nas periodicidades descritas a seguir.

a) executados em apenas uma, o relatório do trabalho social será encaminhado CAIXA no desbloqueio dos recursos da última parcela, demonstrando a efetiva conclusão do objeto contratado. b) executados em duas etapas, o relatório do trabalho social será encaminhado para o MCIDADES, pela CAIXA:

  • No desbloqueio dos recursos da 1ª parcela, demonstrando o efetivo início do empreendimento;
  • No desbloqueio dos recursos da última parcela, demonstrando a efetiva conclusão do objeto contratado. c) executados em 3 (três) ou mais etapas, o relatório do trabalho social será encaminhado:
  • No desbloqueio dos recursos da 1ª parcela, demonstrando o efetivo início do empreendimento;
  • No desbloqueio da parcela que atinge 50% (cinquenta por cento) dos recursos previstos como repasse/financiamento da União;
  • No desbloqueio dos recursos da última parcela, demonstrando a efetiva conclusão do objeto contratado

Para Termos de Compromisso e Contratos com valor de repasse/financiamento da União superior a R$ 9.000.000, (nove milhões de reais), a periodicidade de encaminhamento dos relatórios do Trabalho Social, para o MCIDADES, pela CAIXA, será:

  • Relatório de acompanhamento: mensalmente,
  • Relatório de Avaliação: semestralmente, até os dias 15 de julho e 15 de janeiro.

10º Passo: Realizar o Acompanhamento e Avaliação

A avaliação das atividades desenvolvidas deve ser realizada conforme disposto no item 4 do COTS, bem como ter sua periodicidade definida.

A avaliação deve ter caráter participativo e ser contínua durante a execução do projeto, possibilitando os ajustes necessários e/ou redirecionamento das ações, quando couber; deve apontar aspectos dificultadores e facilitadores, e buscar o aprimoramento e otimização das ações, para o alcance dos objetivos estabelecidos.

A intervenção deve ser avaliada tanto pela equipe técnica responsável pela execução do PTTS, quanto pela população beneficiária.

As avaliações devem constar no Relatório de Acompanhamento - Anexo IV, e Relatório Final – Anexo V.

Avaliação de Resultados

A avaliação de resultados deve ocorrer dentro da vigência do contrato, e é obrigatória para intervenções com valor superior a R$ 9.000.000,00 (nove milhões de reais), em programas de repasse do MCIDADES.

A avaliação de resultados é de responsabilidade de todos os profissionais envolvidos com a intervenção, uma vez que avalia toda a intervenção contratada: parte física e social.

Esta atividade deve ser balizada pela Matriz de Indicadores disponível no sítio eletrônico do MCIDADES: http://www.cidades.gov.br.

O Relatório Final de Avaliação deve ser apresentado à CAIXA em quatro cópias, sendo duas impressas e duas em meio magnético, com o seguinte conteúdo:

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Timbre da Proponente (Prefeitura, quando o proponente for o poder municipal)

ANEXO II - PROPOSTA PRELIMINAR PARA INTERVENÇÃO SOCIAL NO EMPREENDIMENTO

1 IDENTIFICAÇÃO:

1.1 Dados da contratação

Programa: Fonte de Recursos:

Proponente/Agente Promotor:

Nome do Empreendimento:

Endereço:

Bairro:

Município/UF:

Regime de Produção da Obra:

Área Gestora do Trabalho Social (Secretaria, Diretoria, Coordenação, Companhia de Habitação ou Saneamento, com a identificação do nome do responsável):

1.2 Equipe Técnica TTS 1.2.1 Dados do Responsável Técnico Social

Nome:

Formação:

1.2.2 Equipe técnica disponível: Informar: PTTS será implementado pelo Tomador

TTS será licitado

Quando se tratar da primeira alternativa, preencher o quadro abaixo:

Nome Formação Acadêmica Atribuição na Equipe

2 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E DO ENTORNO

(as informações devem considerar às áreas de intervenção e destino, quando se tratar de reassentamento)

Identificar a área incluindo-se as coordenadas geográficas (LAT/LONG), os aspectos ambientais, dominiais e urbanísticos, forma e tempo de ocupação e densidade populacional, características das habitações. Identificar o atendimento de serviços de água, iluminação pública, pavimentação esgotamento sanitário, coleta de lixo,

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transporte.

Identificar os equipamentos comunitários e serviços públicos disponíveis na área e no entorno e as respectivas capacidade de atendimento à nova demanda.

Iniciativas de trabalho socioambiental em andamento e/ou previstas na região, instituições que atuam com educação ambiental na região, as experiências e os programas de educação ambiental em desenvolvimento, conselhos, fóruns e colegiados existentes, redes e segmentos sociais, meios de comunicação, etc

Diagnóstico situacional das doenças de veiculação hídrica para o desenvolvimento de ações específicas. Demandas prioritárias identificadas junto à população (sociais e urbanísticas)

3 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO E DA INTERVENÇÃO

3.1 Caracterização da população beneficiária: (Características socioeconômicas da população atendida informando nível médio de renda, faixa etária, escolaridade, número de pessoas com deficiência, número de idosos e outros dados considerados importantes que permitam traçar o perfil da população. Critérios de seleção das famílias beneficiárias, quando for o caso). Nº de famílias: Nº de pessoas: Nº de famílias a serem removidas:

RM familiar (em salário mín.): Nº de idosos: Nº de mulheres chefes de família:

N º de pessoas com deficiência: Nº de famílias em situação de risco:

3.2 Caracterização da Organização Comunitária: (Organizações comunitárias formais e informais e seu grau de representatividade perante a comunidade; se as lideranças comunitárias residem na área; grau de conhecimento da população sobre o projeto e se houve demanda formalizada junto ao mutuário/agente promotor; se está prevista a contrapartida da população beneficiária e de que forma)

3.3 Caracterização da intervenção física: Tipo de intervenção Nº de famílias Nº de pessoas Habitação

Melhoria Habitacional

Unidade Sanitária

Ligação Domiciliar (Água)

Ligação Domiciliar (Esgoto)

Ligação Intra domiciliar (Água)

Ligação Intra domiciliar (Esgoto)

Fossa/Filtro anaeróbico

Regularização fundiária:

Outros

3.4 Valores da intervenção: OBRAS PTTS TOTAL

Repasse/Financiamento

Contrapartida (Financeira)

Contrapartida (Bens e serviços)

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL SUDES – Superintendência Nacional Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável GEPAD – Gerência Nacional Gestão Padronização e Normas Técnicas