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Recomendação de adubação e Calagem para RS e SC
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Compartilhado em 05/05/2012
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ã dos editores 10ª edição: 2004 Tiragem: 2000 exemplares Direitos reservados desta edição: Núcleo Regional Sul - Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Segunda reimpressão
Capa: Gabriel H. Lovato Fotos: Abóboras: Deon Staffelbach; Maçã: Sabine Simon; Milho: Luís Rock; Soja: Luiz Eichelberger; Trigo: Karsten W. Rohrbach Gravuras: Flávio A. de Oliveira Camargo Diagramação: Alessandra Gianello Revisão de Texto: Norma T. Zanchett Montagem: Clesio Gianello Revisão final: Os editores Revisão de provas: Comissão de Química e Fertilidade do Solo - NRS Fotolitos e impressão: Evangraf LTDA
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra por qualquer meio sem a autorização prévia do NRS-RS/SC - SBCS. Eventuais citações de produtos ou marcas comerciais têm o propósito de tão-somente orientar o leitor, mas não significam endosso aos produtos.
S678m Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Comissão de Química e Fertilidade do Solo
Manual de adubação e de calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina / Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Comissão de Química e Fertilidade do Solo. - 10. ed.
400 p. : il.
Catalogação na publicação: Vanesa Colares Maciel Bibliotecária CRB10/
Manual de Adubação e de Calagem ...
Manual de Adubação e de Calagem ...
AGRADECIMENTOS
A Comissão de Química e Fertilidade do Solo agradece a todos os profissionais
com atividades em pesquisa, ensino, assistência técnica, extensão rural e aos do setor
privado, pela colaboração na elaboração deste Manual. A efetiva participação de todos
demonstra o elevado espírito de cooperação e integração existente entre os profissio-
nais da área.
As seguintes instituições participaram efetivamente do processo de elaboração
do presente Manual:
Comissão de Química e Fertilidade do Solo Núcleo Regional Sul – RS/SC Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
INTRODUÇÃO
As recomendações de adubação e de calagem adotadas nos Estados do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina são embasadas na análise de solo e/ou de tecido
vegetal. A utilização da análise de solo na região se difundiu a partir da década de 60,
tendo sido importante, à época, o Programa Nacional de Análises de Solos do Ministé-
rio da Agricultura e a consolidação de uma equipe de pesquisadores em fertilidade de
solo das seguintes instituições: Departamento de Solos da UFRGS, Instituto de Pesqui-
sas Agropecuárias do Sul (IPEAS - sucedido pela Embrapa), Secretaria da Agricul-
tura-RS, Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e Associação Sulina de Crédito
e Assistência Rural (ASCAR-EMATER). Como resultado dessa integração, foram elabo-
radas as primeiras tabelas regionais de adubação para o Estado do RS.
A primeira proposição de recomendação de adubação no Estado do Rio Grande
do Sul, com base na análise de solo, foi feita por Mohr (1950). Esse autor dividiu o
Estado do Rio Grande do Sul em quatro regiões fisiográficas e estabeleceu valores de
referência para as análises de solo em cada uma delas, sendo:
planalto norte (solos formados sobre basalto);
região sedimentar central (solos formados sobre arenito Botucatu);
escudo sul-rio-grandense (solos formados sobre rochas graníticas); e,
região da planície costeira (solos formados sobre areias e sedimentos recentes).
Capítulo 1
Os valores determinados nas análises químicas eram comparados com os valo-
res de referência estabelecidos (teor crítico ou nível de suficiência) para cada região,
sendo, então, fornecida uma recomendação descritiva para cada grupo de solos.
No final da década de 60 e início da década de 70, ocorreram grandes modifi-
cações na agricultura bem como no uso das recomendações de adubação e de cala-
gem, principalmente com a execução da "Operação Tatu" (Associação..., 1967, 1968;
Ludwick, 1968; Volkweiss & Klamt, 1969, 1971) realizada primeiramente no Estado do
Rio Grande do Sul e depois em Santa Catarina (SC), onde o projeto foi denominado
"Operação Fertilidade" (Pundek, 2000). Nesse período ocorreram importantes avanços
no sistema de adubação, tendo sido elaboradas a segunda (UFRGS, 1968) e a terceira
(Mielniczuk et al., 1969a,b) tabelas de recomendações. O sistema era constituído pela
adubação corretiva (para elevar os teores de P e de K ao teor crítico na primeira cul-
tura) e pela adubação de manutenção por cultura, visando manter os teores de P e de
K atingidos na adubação corretiva. Esse modelo de correção da fertilidade do solo era
baseado no conceito de "adubar o solo".
A recomendação de calagem era para elevar o pH do solo ao nível desejado em
uma única aplicação, inicialmente para pH 6,5 e, a partir de 1973, para pH 6,
(Reunião..., 1973), conforme o índice SMP (Murdock et al., 1969).
Outro aspecto importante desse período foi a criação da ROLAS (Rede Oficial
de Laboratórios de Análise de Solo e de Tecido Vegetal dos Estados do Rio Grande do
Sul e de Santa Catarina), em 1968, tendo sido esta a responsável pela revisão e pelos
aperfeiçoamentos nas recomendações até a versão de 1981 (ROLAS, 1981).
Na década de 70 ocorreu a adesão do Estado de Santa Catarina à ROLAS
(Tedesco et al., 1994) e o início do programa de controle de qualidade das análises
laboratoriais, ambos em 1972 e a elaboração da quarta (UFRGS, 1973) e da quinta
(UFRGS, 1976) tabelas de recomendação. Ainda devem ser citadas as tabelas elabora-
das isoladamente por Patella (1972), pois elas apresentavam, até certo ponto, analo-
gia com o sistema proposto em 1987 (Siqueira et al., 1987).
Na década de 80 foram elaboradas três atualizações nas tabelas. A sexta
versão (ROLAS, 1981) introduziu algumas modificações para várias culturas, tendo
sido a última versão elaborada pela ROLAS. Nas versões seguintes, a Comissão de Fer-
tilidade do Solo – RS/SC, do recém-criado Núcleo Regional Sul (NRS) da Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo, assumiu essa incumbência. A versão adotada em 1987
(Siqueira et al., 1987) modificou a filosofia de recomendação, passando de um sistema
de adubação corretiva e de manutenção para um sistema misto (correção e reposição,
ou restituição), no qual o objetivo era atingir os níveis de suficiência de P e de K
Manual de Adubação e de Calagem …
executado a partir de 1969 e com duração prevista até 1975. Os trabalhos de campo
foram executados no município de Nova Veneza, região sul do Estado, em 1969, com a
instalação de 16 lavouras demonstrativas com a cultura do milho, seguindo as normas
técnicas preconizadas pelo "Plano", entre elas, adubação corretiva e de manutenção e
calagem pelo índice SMP para atingir pH 6,0. Nessas lavouras foram aplicadas, em
média, 8,1 t/ha de calcário. O rendimento médio dessas lavouras foi de 5.040 kg/ha.
Nos anos seguintes, o "Plano" se expandiu para todo Estado, e o consumo do calcário
atingiu aproximadamente 50 mil toneladas em 1970 e 300 mil toneladas em 1980
(Pundek, 2000). Os trabalhos de campo, a partir da safra de 1970/1971, foram execu-
tados pela Secretaria da Agricultura daquele estado e pela ACARESC.
A Operação Tatu manteve ações intensas até 1974 (Klamt & Santos, 1974),
estendendo-se, pelo menos, até 1976 (Volkweiss & Ludwick, 1976; Mielniczuk &
Anghinoni, 1976). Ela foi importante porque introduziu o princípio da calagem total, ou
seja, a aplicação, em uma só vez, da quantidade de calcário necessária para corrigir a
acidez do solo ao nível desejado (Volkweiss & Klamt, 1969). Uma avaliação dos efeitos
da Operação Tatu foi feita por Mielniczuk & Anghinoni (1976), em 20 lavouras, nos
municípios de Santa Rosa, de Tapera e de Espumoso (RS). Após um período de 5 a 7
anos da primeira aplicação de calcário, o pH médio passou de 4,8 para 5,6 e a necessi-
dade de calcário de 6,9 para 2,2 t/ha, o que correspondia a um efeito residual da pri-
meira calagem de 50%. Os teores de fósforo e de potássio estavam adequados, e os
produtores haviam corrigido o solo no restante de suas propriedades, obtendo altos
rendimentos dos cultivos; demonstravam também entusiasmo pela utilização de práti-
cas de melhoria da fertilidade e conservação do solo.
Na década de 80 e em seqüência à Operação Tatu, foi iniciado no RS o Projeto
Integrado de Uso e Conservação do Solo (PIUCS) visando a redução da intensidade de
preparo e de aumento da cobertura vegetal do solo. O projeto foi executado entre
1979 e 1985 (Mielniczuk et al., 2000). Esse trabalho contribuiu para o início de uma
agricultura com enfoque conservacionista em grande escala no Estado do RS, ado-
tando-se as práticas de eliminação da queima da resteva, a utilização de culturas de
cobertura, a redução do preparo do solo e o plantio direto. No Estado de Santa Cata-
rina o trabalho de manejo do solo foi centralizado em microbacias hidrográficas, que
também foi feito no Estado do RS pela EMATER.
Entre 1994 e 1998, a Embrapa Trigo conduziu o Projeto METAS, de pesquisa e
de difusão do sistema plantio direto no RS, com a participação da EMATER-RS e de
empresas privadas e de assistência técnica (Denardin & Kochhann, 1999). Nesse
período, observou-se rápida adoção do sistema plantio direto, sendo a área atual
nesse sistema de aproximadamente 3,8 milhões de hectares no RS e de 800 mil hecta-
res em SC (Wiethölter, 2002b).
Manual de Adubação e de Calagem …
Dessa forma, podem ser destacados três modelos ou "filosofias" de recomen-
dação de adubação: 1) um sistema simples de análise de solo e interpretação agronô-
mica (Mohr, 1950); 2) um sistema integrado de análise de solo, com recomendações
de calagem, adubação corretiva e de manutenção e um sistema intensivo de produção
agrícola (Mielniczuk et al., 1969a); e, 3) um sistema de adubação para uma sucessão
de três culturas e as primeiras recomendações para o sistema plantio direto (Siqueira
et al., 1987; CFS-RS/SC, 1989; 1995). De forma análoga, existiram três programas de
manejo do solo: 1) a Operação Tatu (décadas de 60 e 70), com a melhoria da quali-
dade química do solo e a utilização de melhores cultivares no Estado do RS, e a Opera-
ção Fertilidade no Estado de SC; 2) o PIUCS (década de 80), enfatizando a cobertura
vegetal do solo no inverno, o preparo reduzido do solo, a manutenção da palha e a
qualidade física do solo; e, 3) o METAS (década de 90), com ênfase no sistema plantio
direto em vários aspectos: adubação, calagem, semeadoras, controle de invasoras,
manejo da palha, etc.
Observa-se, a partir da exitosa experiência das últimas quatro décadas, que
novos programas interinstitucionais são necessários, visando o aperfeiçoamento e a
adoção do sistema plantio direto, com a otimização da combinação de fatores relacio-
nados à produtividade das culturas.
No Anexo 4, são listadas as entidades que participaram das edições anteriores
e da presente, deste Manual. No Anexo 5, é fornecida a relação dos laboratórios de
análises, seus endereços e os serviços prestados. No Anexo 6, é apresentada a relação
de pesquisadores que participaram da elaboração deste material.
A ROLAS (Rede Oficial de Laboratórios de Análise de Solo e de Tecido Vegetal
dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina) é uma organização vinculada à
Seção de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, do Núcleo Regional Sul (NRS) da
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. A rede é formada, atualmente, por 25 labora-
tórios (Anexo 5). Anualmente é feita uma reunião para analisar dados de pesquisa
sobre metodologias de análise de solo e de tecido bem como para deliberar sobre
assuntos relacionados à operacionalidade da rede. Entre os assuntos tratados inclui-se
também o sistema de controle de qualidade da análise básica e de micronutrientes.
Desde o ano de 2000, o controle é feito com a utilização da Internet. Amostras padro-
nizadas são analisadas por todos os laboratórios, utilizando-se parâmetros estatísticos
para caracterizar a exatidão analítica. Selos de qualidade são distribuídos anualmente
aos laboratórios que atingiram a exatidão mínima exigida, estabelecendo-se, assim,
Introdução