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Guias e Dicas
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Manual de diagnóstico e tratamento de acidente por animais peçonhentos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia Florestal

O presente manual resulta da revisão e fusão do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes Ofídicos (1987) com o Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos (1992). Destina-se, principalmente, aos profissionais da área da saúde, contendo informações atualizadas que visam fornecer subsídios técnicos para identificação, diagnóstico e conduta deste tipo de agravo à saúde. Os procedimentos e a bibliografia aqui referidos representam uma linha de orientação básica, se

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2010
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FUNASA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Manual de
Diagnóstico e
Tratamento de
Acidentes por
Animais
Peçonhentos
Manual de
Diagnóstico e
Tratamento de
Acidentes por
Animais
Peçonhentos
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FUNASA

(^) VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Manual de

Diagnóstico e

Tratamento de

Acidentes por

Animais

Peçonhentos

Manual de

Diagnóstico e

Tratamento de

Acidentes por

Animais

Peçonhentos

Manual de DiagnÛstico e

Tratamento de Acidentes por

Animais PeÁonhentos

BrasÌlia, outubro de 2001

ApresentaÁ„o

O Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos nesses 14 anos de existência vem se consolidando no país, envolvendo a política de coordenação da produção e distribuição de antivenenos, capacitação de recursos humanos e vigilância epidemiológica dos acidentes em esfera nacional. Esse trabalho conjunto coordenado pelo Ministério da Saúde e envolvendo as secretarias estaduais e municipais de saúde, centros de informações toxicológicas, centros de controle de zoonoses e animais peçonhentos, núcleos de ofiologia, laboratórios produtores, sociedades científicas e universidades, tem por objetivo maior a melhoria do atendimento aos acidentados por animais peçonhentos. O presente manual resulta da revisão e fusão do Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes Ofídicos (1987) com o Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos (1992). Destina-se, principalmente, aos profissionais da área da saúde, contendo informações atualizadas que visam fornecer subsídios técnicos para identificação, diagnóstico e conduta deste tipo de agravo à saúde. Os procedimentos e a bibliografia aqui referidos representam uma linha de orientação básica, sem contudo esgotar o assunto. Os dados apresentados referem-se às notificações encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde à Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) do Ministério da Saúde. Ainda que, em determinadas regiões, ocorra subnotificação, é possível hoje dimensionar e construir um perfil epidemiológico dos acidentes no país.

Sum·rio

  • I ñ Ofidismo - 1. IntroduÁ„o...................................................................................................... - 2. Epidemiologia - 3. Serpentes de import‚ncia mÈdica
    • Acidente BotrÛpico
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
      1. PrognÛstico
    • Acidente Crot·lico
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
      1. PrognÛstico
      • Acidente LaquÈtico
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. DiagnÛstico diferencial
      1. Tratamento
    • Acidente ElapÌdico
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
      1. PrognÛstico
    • Acidente por ColubrÌdeos
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
  • II - Escorpionismo
      1. IntroduÁ„o
      1. Epidemiologia
      1. Escorpiıes de import‚ncia mÈdica
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
  • III - AraneÌsmo
      1. IntroduÁ„o
      1. Epidemiologia
      1. Aranhas de import‚ncia mÈdica
    • Acidentes por Phoneutria
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
      1. PrognÛstico
    • Acidentes por Loxosceles
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
      1. PrognÛstico
    • Acidentes por Latrodectus
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
      1. PrognÛstico
  • IV - Acidentes por HimenÛpteros
      1. IntroduÁ„o
      1. Epidemiologia
      1. HimenÛpteros de import‚ncia mÈdica
    • Acidentes por abelhas
      1. CaracterÌsticas anatÙmicas do grupo
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
    • Acidentes por vespas
    • Acidentes por formigas
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. DiagnÛstico
      1. Tratamento
  • V - Acidentes por LepidÛpteros
      1. IntroduÁ„o
      1. Epidemiologia
      1. LepidÛpteros de import‚ncia mÈdica
    • v·rios gÍneros Dermatite Urticante causada por contato com lagartas de
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Tratamento
    • Dermatite Urticante provocada por contato com mariposa Hylesia sp
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. Tratamento
    • Periartrite falangeana por contato com Pararama
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
    • SÌndrome Hemorr·gica por contato com Lonomia
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. DiagnÛstico
      1. Tratamento
      1. PrognÛstico
  • VI - Acidentes por ColeÛpteros
      1. IntroduÁ„o
      1. ColeÛpteros de import‚ncia mÈdica
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. Tratamento
  • VII - Ictismo
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Formas de Ictismo
      1. Quadro clÌnico
      1. ComplicaÁıes
      1. Exames complementares
      1. Tratamento
      1. PrognÛstico
  • VIII - Acidentes por Celenterados
      1. IntroduÁ„o
      1. AÁıes do veneno
      1. Quadro clÌnico
      1. DiagnÛstico
      1. Tratamento
  • IX - Soroterapia
  • X - InsuficiÍncia Renal Aguda
  • XI - TÈcnica para determinaÁ„o do tempo de coagulaÁ„o
  • XII - Aplicabilidade do mÈtodo de ELISA
  • XIII - PrevenÁ„o de acidentes e primeiros socorros - por animais peÁonhentos (Sinan) XIV - Modelo de ficha para notificaÁ„o de acidentes
  • XV - ReferÍncias bibliogr·ficas

FUNASA - outubro/2001 - p·g. 10

2.2. DistribuiÁ„o mensal dos acidentes

A ocorrência do acidente ofídico está, em geral, relacionada a fatores climáticos e aumento da atividade humana nos trabalhos no campo (gráfico 2). Com isso, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, observa-se incremento do número de acidentes no período de setembro a março. Na região Nordeste, os acidentes aumentam de janeiro a maio, enquanto que, na região Norte, não se observa sazonalidade marcante, ocorrendo os acidentes uniformemente durante todo o ano.

Gr·fico 2 DistribuiÁ„o mensal dos acidentes ofÌdicos - Brasil, 1990 a 1993

2.3. GÍnero da serpente

Em 16,34% das 81.611 notificações analisadas, o gênero da serpente envolvida não foi informado (tabela 2). Nos 65.911 casos de acidentes por serpente peçonhenta, quando esta variável foi referida, a distribuição dos acidentes, de acordo com o gênero da serpente envolvida, pode ser observada no gráfico 3. Tabela 2 DistribuiÁ„o dos acidentes ofÌdicos, segundo o gÍnero da serpente envolvido Brasil, 1990 - 1993

%

73,

6,

1,

0,

16,

3,

n∫ acidentes

939

281

DistribuiÁ„o

Bothrops

Crotalus

Lachesis

Micrurus

N„o informados

N„o peÁonhentos

nº de casos

meses

FUNASA - outubro/2001 - p·g. 11

Gr·fico 3 DistribuiÁ„o dos acidentes ofÌdicos segundo o gÍnero da serpente peÁonhenta Brasil, 1990 - 1993

2.4. Local da picada

O pé e a perna foram atingidos em 70,8% dos acidentes notificados e em 13,4% a mão e o antebraço. A utilização de equipamentos individuais de proteção como sapatos, botas, luvas de couro e outros poderia reduzir em grande parte esses acidentes.

2.5. Faixa et·ria e sexo

Em 52,3% das notificações, a idade dos acidentados variou de 15 a 49 anos, que corresponde ao grupo etário onde se concentra a força de trabalho. O sexo masculino foi acometido em 70% dos acidentes, o feminino em 20% e, em 10%, o sexo não foi informado.

2.6. Letalidade

Dos 81.611 casos notificados, houve registro de 359 óbitos. Excluindo-se os 2.361 casos informados como “não peçonhentos”, a letalidade geral para o Brasil foi de 0,45%. O maior índice foi observado nos acidentes por Crotalus, onde em 5.072 acidentes ocorreram 95 óbitos (1,87%) (tabela 3).

Tabela 3 Letalidade dos acidentes ofÌdicos por gÍnero de serpente Brasil, 1990 - 1993

GÍnero n^

o Casos

n o ”bitos

Letalidade (%) Bothrops Crotalus Lachesis Micrurus N„o informado

939 281

185 95 9 1 69

0, 1, 0, 0, 0, Total 79.250 359 0,

FUNASA - outubro/2001 - p·g. 13

3.2.2. Fosseta loreal ausente

As serpentes do gênero Micrurus não apresentam fosseta loreal (fig. 4) e possuem dentes inoculadores pouco desenvolvidos e fixos na região anterior da boca (fig. 5).

A identificação entre os gêneros referidos também pode ser feita pelo tipo de cauda (fig.3).

3.2. CaracterÌsticas dos gÍneros de serpentes peÁonhentas no Brasil

3.2.1. Fosseta loreal presente

A fosseta loreal, órgão sensorial termorreceptor, é um orifício situado entre o olho e a narina, daí a denominação popular de “serpente de quatro ventas” (fig. 1). Indica com segurança que a serpente é peçonhenta e é encontrada nos gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis. Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem desenvolvidos e móveis situados na porção anterior do maxilar (fig. 2).

Olho

Narina

Fosseta Loreal Fig. 1 (^) Fig. 2

Presas

Cauda lisa Guizo ouChocalho Escamas eriçadas

Fig. 3 Bothrops (^) Crotalus Lachesis

Fig. 4

Olho

Narina

Presas

Fig. 5

FUNASA - outubro/2001 - p·g. 14

3.3. DiferenciaÁ„o b·sica entre serpentes peÁonhentas e n„o peÁonhentas

O reconhecimento das cobras venenosas, segundo o gênero, pode tornar-se mais simples utilizando-se o esquema abaixo:

Fluxograma 1 DistinÁ„o entre serpentes peÁonhentas e n„o peÁonhentas

  • As falsas corais podem apresentar o mesmo padrão de coloração das corais verdadeiras, sendo distinguíveis pela ausência de dente inoculador. ** Na Amazônia, ocorrem corais verdadeiras desprovidas de anéis vermelhos.

3.4. CaracterÌsticas e distribuiÁ„o geogr·fica das serpentes brasileiras de import‚ncia mÈdica

3.4.1. FamÌlia Viperidae

a) Gênero Bothrops (incluindo Bothriopsis e Porthidium )

Compreende cerca de 30 espécies, distribuídas por todo o território nacional (figs. 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12). São conhecidas popularmente por: jararaca , ouricana , jararacuçu , urutu-cruzeira , jararaca-do-rabo-branco , malha- de-sapo , patrona , surucucurana , combóia , caiçara , e outras denominações. Estas serpentes habitam principalmente zonas rurais e periferias de grandes cidades, preferindo ambientes úmidos como matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade para proliferação de roedores (paióis, celeiros, depósitos de lenha). Têm hábitos predominantemente noturnos ou crepusculares. Podem apresentar comportamento agressivo quando se sentem ameaçadas, desferindo botes sem produzir ruídos.

Fosseta Loreal

Ausente Presente

PeÁonhentasN„o*^ PeÁonhentas

Cauda com Chocalho

Cauda com Escamas Arrepiadas

Cauda Lisa

Com AnÈis Coloridos (Pretos, Brancos e Vermelhos)

Micrurus ** Bothrops Lachesis Crotalus

FUNASA - outubro/2001 - p·g. 16

Fig. 9. a) Bothrops jararaca. (Foto: G. Puorto) b) Distribuição da espécie no Brasil.

Fig. 10. a) Bothrops jararacussu. (Foto: A. Melgarejo) b) Distribuição da espécie no Brasil.

Fig. 11. a) Bothrops alternatus. (Foto: G. Puorto) b) Distribuição da espécie no Brasil.

FUNASA - outubro/2001 - p·g. 17

Fig. 12. a) Bothrops moojeni. (Foto: A. Melgarejo) b) Distribuição da espécie no Brasil.

b) Gênero Crotalus

Agrupa várias subespécies, pertencentes à espécie Crotalus durissus (fig. 13). Popularmente são conhecidas por cascavel, cascavel-quatro-ventas, boicininga, maracambóia, maracá e outras denominações populares. São encontradas em campos abertos, áreas secas, arenosas e pedregosas e raramente na faixa litorânea. Não ocorrem em florestas e no Pantanal. Não têm por hábito atacar e, quando excitadas, denunciam sua presença pelo ruído característico do guizo ou chocalho.

Fig. 13. a) Crotalus durissus. (Foto G. Puorto) b) Distribuição da espécie no Brasil.

c) Gênero Lachesis

Compreende a espécie Lachesis muta com duas subespécies (fig. 14). São popularmente conhecidas por: surucucu, surucucu-pico-de-jaca, surucutinga, malha-de-fogo. É a maior das serpentes peçonhentas das Américas, atingindo até 3,5m. Habitam áreas florestais como Amazônia, Mata Atlântica e algumas enclaves de matas úmidas do Nordeste.

FUNASA - outubro/2001 - p·g. 19

3.4.3. FamÌlia Colubridae

Algumas espécies do gênero Philodryas ( P. olfersii, P. viridissimus e P. patogoniensis ) (fig. 18) e Clelia ( C. clelia plumbea ) (fig. 19) têm interesse médico, pois há relatos de quadro clínico de envenenamento. São conhecidas popularmente por cobra-cipó ou cobra-verde ( Philodryas ) e muçurana ou cobra-preta ( Clelia ). Possuem dentes inoculadores na porção posterior da boca e não apresentam fosseta loreal. Para injetar o veneno, mordem e se prendem ao local.

Fig. 16. a) Micrurus frontalis. (Foto: A. Melgarejo) b) Distribuição da espécie no Brasil.

Fig. 17. a) Micrurus lemniscatus. (Foto: A. Melgarejo) b) Distribuição da espécie no Brasil.

FUNASA - outubro/2001 - p·g. 20

Fig. 18. Philodryas olfersii. (Foto: A. Melgarejo).

Fig. 19. Clelia clelia. (Foto: G. Puorto).