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reúne informações baseadas em Normas e documentos técnicos em linguagem simples, e procura auxiliar os gestores na adoção de práticas para padronização do sistema de impressão flexográfica
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Fruto de um trabalho coletivo, este manual foi discutido e elaborado por um grupo de técnicos, membros da Comissão de Estudo de Processos em Flexografia do ONS-27 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O Organismo de Normalização Setorial é confiado pela ABNT à ABTG (As- sociação Brasileira de Tecnologia Gráfica) para coordenar as atividades de normalização do mercado gráfico brasileiro e participar das discussões inter- nacionais das Normas pertinentes ao setor.
A ABNT é a representante oficial do Brasil na ISO (Organização Inter- nacional de Normalização), cuja missão é promover o estabelecimento de normas e padrões globalmente aceitos, com o objetivo de facilitar a troca internacional de bens e serviços e auxiliar o intercâmbio intelectual, científico, tecnológico e econômico entre as nações.
As normas técnicas, tanto internacionais como nacionais, contêm especifi- cações técnicas, critérios, regras e definições de características que garantem que materiais, produtos, processos e serviços atendem aos objetivos a que se propõem.
Na área gráfica, essas normas definem desde especificações para insumos até critérios de qualidade para produtos finalizados.
Este manual reúne informações baseadas em Normas e documentos téc- nicos em linguagem simples, e procura auxiliar os gestores na adoção de práticas para padronização do sistema de impressão flexográfica. Esta primei- ra versão do manual está sujeita a correções e atualizações conforme seja necessário.
A indústria flexográfica nacional sofreu, nos últimos anos, uma grande transformação em sua tecnologia e nas exigências quanto ao nível de quali- dade dos seus produtos. Isso exigiu que as empresas modificassem o seu pa- drão de trabalho e buscassem padronizar os seus procedimentos e processos para facilitar sua atuação no mercado.
Este manual apresenta um conjunto de informações práticas, sobre os principais assuntos relacionados à impressão flexográfica que impactam na qualidade de impressão.
É importante destacar que este manual foi desenvolvido de acordo com diversas normas internacionais, em especial a ABNT NBR ISO 12647-6. As referências bibliográficas destas normas podem ser encontradas na seção específica.
É comum que cheguem à clicheria arquivos feitos com características e parâmetros de impressão de offset. Eles são enviados às clicherias, por exemplo, com fontes com tamanho menor que o mínimo aceitável e linhas mui- to finas. Desta maneira a maior dificuldade que a clicheria enfrenta é adequar a arte para o processo de produção, dentro dos parâmetros do convertedor e do resultado final esperado pelo cliente. Para que estes problemas sejam amenizados, é necessária a padronização de todo o processo, começando pela elaboração da arte com características adequadas ao processo flexográfico.
O departamento de design tem como uma de suas funções orientar a criação do projeto, do desenvolvimento dos arquivos eletrônicos até a recep- ção do produto final pelo cliente. O designer atua da melhor maneira possível, visando qualidade, velocidade de produção e até mesmo redução de custos. Para que isso ocorra é necessária a compreensão básica dos requisitos exigi- dos pela flexografia.
Além disso, o contato do designer com todos os envolvidos no processo, da pré-impressao à impressão, amplia o conhecimento das capacidades do sistema. Os convertedores e clicherias já se mantêm em contato, mas o resul- tado poderia ser ainda melhor com a participação do designer.
Entre tantas especificações, a flexografia vem ganhando espaço nos últi- mos anos. O uso de embalagens como veículos de informação deixou de ser algo inovador e transformou-se em imprescindível. Isto evidencia o quanto é importante que o designer tenha conhecimento, mesmo que básico, das ca- pacidades técnicas da flexografia.
Hoje a maioria dos originais chega na gráfica em arquivos digitais. Estes arquivos contêm imagens, textos e/ou elementos vetoriais. E estes tem de passar por uma analise para identificar possíveis problemas e adequação com o processo flexografico, para isto:
Crie uma lista com tudo que precisa ser verificado em um arquivo digital. Como dimensões, número de cores, resolução das imagens, links em anexo, fotes, código de barras,etc.
No caso de arquivos fechados existem programas que oferecem opções de verificação automática, chamada preflight. Este recurso ajuda bastante, mas não substitui um operador com experiência.
Arquivos abertos costumam estar nos formatos nativos dos softwares CorelDraw, Adobe InDesign ou Adobe Illustrator. Alguns elementos nestes arquivos (imagens, normalmente) não vêm embutidos, mas estão apenas linkados – ou seja, vinculados a arquivos externos. Por isso, ao receber um arquivo aberto, é muito importante observar se todos os arquivos linkados foram enviados junto.
Os arquivos fechados são os PDFs, e dependendo da configução que foram fechados ele não é editável. Porém, eles já trazem todos os links embutidos nele. Mesmo assim, esses originais também precisam ser analisados com muito cuidado para garantir que não haja defeitos que podem prejudicar o resultado final.
Textos, a princípio, são compostos por arquivos de fontes que precisam ser enviados junto com o arquivo principal. Uma opção para evitar problemas é transformar as fontes em curva, ou seja, transformá-las em objetos vetoriais.
Menor espessura de linhas recomendadas para flexografia
Vetores Sempre que possível, a arte deve ser vetorizada (em curvas) e/ou possuir texto editável para que não haja problemas de resolução. A vetori- zação é feita em softwares vetoriais como Adobe Illustrator e CorelDraw. Vetores são linhas que definem as formas e podem ser facilmente manipula- das e ajustadas por pontos (nós). As cores podem ser aplicadas facilmente na arte vetorial. A espessura pode ser aumentada facilmente, não importando o tamanho em que a arte será impressa. A captura e a edição de textos também podem ser feitas com facilidade.
Uma imagem é formada por quadrados chamados pixels e cada pixel é constituído por um certo número de cores (normalmente nas escalas RGB ou CMYK). Estas cores são identificadas como canais. A resolução de uma ima- gem é determinada pelo número de pixels dentro de uma polegada (“pixels
Seguimento Substrato Positivo
Banda Larga
Papel em Geral Cartão Ondulado
Todos Branco
0,15 mm 0,50 mm
0,10 mm 0,30 mm Couche Branco 0,20 mm 0,30 mm Sacola de Papel Couche 0,10 mm 0,15 mm Offset 0,10 mm 0,15 mm Filmes Flexíveis Todos 0,10 mm 0,15 mm Banda Estreia
Papel Filmes Flexíveis
Todos Todos
0,10 mm 0,10 mm
0,10 mm 0,10 mm Envelope Todos 0,10 mm 0,10 mm
Negativo
por polegada” – PPI, ou também “ponto por polegada – DPI). Existem várias maneiras de salvar os arquivos que são criados com um certo número de ca- nais, resoluções e espaço de cor. Esta é uma das causas de problemas de re- produção e baixa qualidade das imagens. Segue abaixo um resumo dos tipos de arquivos normalmente utilizados.
São arquivos de imagens compostos por pixels com apenas duas infor- mações de cores, preto ou branco. Estes tem de estar em uma resolução alta para ficarem nítidos na forma final. Normalmente entre 600 e 1200 dpi. Tons de cinza Arquivos grayscale são compostos de pixels entre 1 e 256 tons de cinza. É como ver uma imagem fotográfica em preto e branco. A imagem de- vem ter no mínimo 300 ppi e ser utilizada em 100% do tamanho. Nós escolhe- mos uma resolução de tela de 1,5 vezes a lineatura de impressão para uma configuração mínima.
Os arquivos de imagem CMYK são compostos de pixels com quatro ca- nais de cores (cian, magenta, amarelo e preto) e podem representar de 1 a 256 tons. A resolução das imagens CMYK deve ter um mínimo 300 dpi se a imagem for utilizada em 100% do tamanho. Nós escolhemos uma resolução de tela de 1,5 vezes a lineatura de impressão para uma configuração mínima. Uso mais comum: imagens fotográficas e ilustrações em cores.
Arquivos de imagem RGB (vermelho, verde, azul) são os arquivos de cores naturais para a medição de cor da luz. Existem três canais de 8 bits de ver- melho, verde e azul (RGB). Máquinas fotográficas digitais e monitores exibem em RGB. Imagens em RGB são vibrantes e mais precisas na cor. No entanto, não podemos imprimir RGB por se tratar de um espaço de cor de síntese aditiva. Para impressão, usamos a tinta que funciona em um espaço de cor
la convencional com a estocástica. Na retícula híbrida utiliza-se a FM nas áreas de mínimas e com altas luzes e AM nas áreas de máximas e meio-tom. Utiliza-se cerca de 3% a 10% da FM e o restante AM. As retículas também são chamadas de ponto de meio-tom. O ponto adequado para flexografia é o ponto redondo, devido à sua forma não é propenso ao acúmulo de tinta entre os pontos, até ameniza o aumento dos tons, mesmo não sendo bem aplicado nos detalhes. Atualmente com as novas tecnologias de copia de clichê exis- tem outras possibilidades de reticulagem inclusive a mistura destas, como exemplo a retícula híbrida (ponto redondo nos meios tons e estocástica nas áreas de mínima) podem desaparecer.
Para oferecer a ilusão de tom contínuo ao olho humano, as linhas de pon- tos formados por cada cor da quadricromia devem estar dispostas em uma inclinação, ou seja, um ângulo específico. A sobreposição dessas retículas for- ma um padrão simétrico, que chamamos de rosetas. Se as inclinações forem utilizadas de maneira incorreta ou se ocorrer um desalinhamento dos pontos, a roseta será distorcida, formando um efeito indesejado chamado de moiré (lê-se: moarê). Para evitar o moiré, a retícula de cada uma das cores deve ter pelo menos 30° de diferença entre si. Porém, como isso não é possível na
Retículas AM (à esquerda) e FM (à direita).
utilização de quatro cores, o amarelo fica com a diferença de 15° por ser a cor mais clara e, portanto, a menos perceptível. Na flexografia existe uma diferença gradual nas inclinações dos ângulos, um acréscimo de 7,5° no padrão da im- pressão offset que é no mínimo de 30° exceto o amarelo que é 15° por ser uma cor clara. Sendo então, cyan: 7,5°; preto: 37,5°; magenta: 67,5°; amarelo: 82,7°. Essa diferença na flexografia ocorre pela proximidade de inclinação dos ângulos de gravação do anilox com os do clichê.
É a quantidade de linhas de pontos contidas em um centímetro (cm) ou em polegada linear (LPI). Está diretamente relacionada com a definição e nitidez da imagem.
A lineatura ideal depende do tipo de substrato, sistema de impressão, tipo de máquina e aplicação (comercial, embalagem, etc), entre outros fatores. Por exemplo: um outdoor, imagem grande que será vista a distância, terá pontos maiores e, logo, menos linhas por centímetro. Já uma embalagem, cujos de- talhes serão vistos de perto, precisa de uma lineatura maior (mais linhas por centímetro). Em flexografia, as lineaturas mais utilizadas estão entre 26 a 70 l/cm.
Imagem com baixa lineatura Imagem com alta lineatura
As espessuras disponíveis no Brasil são: 0,76 / 1,14 / 1,70 / 2,84 / 3,94 / 5,00 e 6,35 mm.
Clichês com espessura de 0,76 mm apresentam uso mais restrito devido às limitações de manuseio, o que poderá causar mais vincos, rasgos e desprendi- mento das áreas de grafismo, em função da ausência de piso. Já clichês com espessura de 1,14 mm são amplamente utilizados nos segmentos de filmes flexíveis e papel, devido à maior qualidade de impressão e por não causar os problemas de clichês mais finos. Por este motivo, o segmento de etiquetas e rótulos está gradativamente migrando de 1,70 mm para 1,14 mm. Clichês com espessura de 2,84 mm ainda são utilizados para impressão de filmes flexíveis e papel.
Clichês de 3,94 mm são mais indicados para impressão de ráfia, havendo, contudo, uma migração para 2,84 mm.
As espessuras de 5,00 mm e 6,35 mm são exclusivamente para uso no segmento de papelão ondulado, e os respectivos clichês são sempre de baixa dureza. Há uma tendência por parte do segmento de papelão ondulado, para trabalhos de cromia, de usar clichês de 2,84 mm calçados com mantas de bor- racha de baixa densidade específicas para esta aplicação.
Dureza
Fato é, quanto menor a espessura do clichê mais alta é a sua dureza. Dis- tinguem-se três classes de dureza:
Alta (Dureza Nominal 60º a 90° Shore A, correspondente a espessura de 2,84 mm a 0,76 mm);
Média (Dureza Nominal 50° a 74° Shore A, correspondente a espessura
O clichê de fotopolímero apresenta diversas vantagens em relação aos an- tigos clichês de borracha. Ele oferece melhor qualidade de imagem e maiores tiragens, contanto que certos cuidados sejam tomados.
A limpeza adequada é fundamental: a economia feita com o uso de sol- ventes inadequados e mais baratos se transforma em grande prejuízo quando o clichê é atacado quimicamente e se deteriora.
A limpeza deve ser feita sempre com o solvente utilizado na própria tinta, pois, além facilitar a remoção dos resíduos, garante que o solvente é compatível com o clichê. Se a tinta for à base de água, utilizar água para a limpeza enquanto a tinta estiver úmida. Depois de seca, utilizar uma solução de limpeza apropriada (com pH acima de 7).
Há um teste simples e sem maiores custos que indica se existe incompati- bilidade entre a tinta e solventes utilizados e o clichê:
A ocorrência de qualquer uma dessas reações, ou mais de uma combi- nadas, indica incompatibilidade com o clichê. Neste caso, interrompa o uso destes produtos e substitua-os por químicos compatíveis.
Para limpar o clichê utilize uma escova macia para remover principalmente a tinta que penetra nos textos negativos (“vazados”) e nas letras pequenas. Não se esqueça de limpar os dois lados do clichê com o mesmo cuidado.
Já existem também máquinas de limpeza específicas para esse processo. NUNCA:
_- Deixe a tinta secar completamente sobre o clichê.
O ozônio também é um dos principais inimigos dos fotopolímeros. A ex- posição ao ozônio pode deixar o clichê com alguns “pontos” ou pequenos furos. Um clichê nesse estado se torna inutilizável, já que não há recuperação e esses defeitos serão impressos. Ambientes com concentração de ozônio a partir de 50 ppm (partes por milhão) são perigosos para o clichê.
O ozônio existe naturalmente na atmosfera, pois é criado pela ação da luz ultravioleta em oxigênio. Ele também é formado por motores e equipamentos elétricos. Em empresas que extrusam os seus próprios filmes, o gás ozônio é formado em largas porções ao redor do tratamento corona. Ele é levado pelo sistema de ventilação até a impressora e entra em contato com o clichê.
Para evitar isso, as extrusoras devem ser mantidas em ambiente fechado, distantes da sala de impressão. Outra opção é montar um sistema de venti- lação e exaustão que direcione o fluxo de ar no sentido da impressão para a extrusão e nunca o contrário.
Existem sprays no mercado que podem ser aplicados sobre o clichê e o protegem do ozônio. Destes, o que tem apresentado melhores resultados com menor custo é o silicone. Aplique o óleo de silicone após a completa limpeza do clichê.
Por ser feito de fotopolímero, o clichê é sensível à luminosidade. Por isso não deve ficar exposto à luz do sol ou de lâmpadas frias.
Para proteger o clichê envolva o cilindro com papel tipo kraft, TNT (tecido não tecido) preto ou embalagens específicas – materiais que são opacos e im- pedem a ação da luz. Esse cuidado deve ser tomado durante todo o processo: desde a montagem do clichê no cilindro, nas pausas durante a impressão, de um dia para o outro e após a saída da máquina.
Observação: não envolva os clichês em plástico, para não impedir a evaporação dos solventes impregnados.