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manual em 7 volumes;
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Capítulo 1 – Os alimentos: calorias, macronutrientes e micronutrientes
Anelena Soccal Seyffarth
Capítulo 2 – Alimentação e hábitos saudáveis
Deise Regina Baptista Mendonça
Capítulo 3 – Determinando o plano alimentar
Anita Sachs
Capítulo 4 – Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 1
Luciana Bruno
Capítulo 5 – Plano alimentar e diabetes mellitus tipo 2
Celeste Elvira Viggiano
Capítulo 6 – Plano alimentar nas complicações metabólicas, agudas e crônicas do diabetes: hipoglicemia, nefropatia, dislipidemias
Marlene Merino Alvarez
Capítulo 7 - Plano alimentar nas situações especiais: escola, trabalho, festas, restaurantes e dias de doença Gisele Rossi Goveia
Colaboradoras: Ana Cristina Bracini de Aguiar
o Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que atinge vários órgãos do corpo e tem como características al- terações no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Essas alterações metabólicas, quando não controladas, levam a complicações agudas e/ou crô- nicas. As complicações agudas, como a hipoglicemia e a hiperglicemia ocorrem eventualmente, enquanto que as crônicas (nefropatia, retinopatia e neuropatia) são geralmente ocasionadas pelo mau controle meta- bólico e demoram vários anos para se manifestarem. As dislipidemias no DM podem ser secundárias ao mau controle metabólico. Na presença de algumas complicações do diabetes, como hipoglicemia, nefropatia e dislipidemias, a te- rapia nutricional passa a ter a função de tratamento além de ter que atender às necessidades nutricionais basais.
HIPOglICemIA É a diminuição da glicose no sangue para menos de 50mg/dl, sendo a complicação aguda mais comum no DM. As causas mais comuns que favorecem a hipo- glicemia são: Atraso em se alimentar, muito exercício físico sem monitorar a glicemia, erro na administra- ção da medicação (hipoglicemiante ou insulina). os sintomas da hipoglicemia podem variar de pes- soa para pessoa, mas em geral existe uma sensação de fome importante, o raciocínio começa a ficar lento, há sensação de fraqueza, suor exagerado, tremores nas extremidades (mãos e pernas), bocejos, coração acelerado, visão dupla, podendo haver perda total da consciência. Em algumas pessoas esses sintomas podem passar despercebidos. Além do autoconheci- mento, é importante o envolvimento da família, dos colegas do trabalho e da escola no sentido de também conhecerem os sinais e ficarem atentos às manifes- tações da hipoglicemia, para assim intervirem logo.
A pessoa com diabetes precisa sempre andar com o cartão que a identifica como portadora de DM. A hipoglicemia deve ser corrigida rapidamente para evitar possíveis danos cerebrais e o nutriente mais adequado para aumentar a glicemia é a saca- rose.
A hipoglicemia precisa ser monitorizada e a glice- mia capilar (ponta de dedo) deve ser realizada após 15 minutos da administração da sacarose ou similar. Caso a glicemia não tenha voltado a meta do trata- mento, deve-se voltar a oferecer 15g de carboidrato e antecipar a refeição. Nas hipoglicemias graves existem outras formas de se corrigir a glicemia mas que necessitam de orien- tação prévia do médico (ex: uso de glucagon). Na ausência desses conhecimentos e no caso da corre- ção feita com a alimentação não ter sido suficiente, deve-se levar o indivíduo para uma emergência hos- pitalar. Na vigência da hipoglicemia deve-se evitar produ- tos como biscoitos e chocolates ou outros alimentos ricos em gorduras, pois são absorvidos mais lenta- mente provocando demora no aumento da glicemia e um aumento excessivo na glicemia horas após a sua administração. os alimentos citados podem ser incluídos no plano alimentar em um outro momento, desde que quan- tificados e orientados pelo nutricionista. E vale lem- brar que a hipoglicemia é um momento em que o corpo está debilitado e as funções normais não estão plenas, por isso o prazer da alimentação também fica prejudicado.
Plano alimentar em algumas comPlicações
metabólicas do diabetes mellitus: HiPoglicemia,
nefroPatias e disliPidemias
Autora: Marlene Merino Alvarez
Objetivo: Promover o restabelecimento da saúde através de um plano alimentar específico, visando retardar ou estacionar a progressão das complicações metabólicas do Diabetes Mellitus.
Capítulo 6 – Plano Alimentar em algumas complicações metabólicas do Diabetes Mellitus: Hipoglicemia, Nefropatias e Dislipidemias. – 5
NefROPATIA DIAbéTICA A nefropatia diabética é uma doença que acomete os rins e é a sídrome clínica que ocorre em conseqü- ência do processo de microangiopatia, acometendo pacientes com DM 1 e 2, e que tem a capacidade de evoluir com o tempo, danificando de modo progres- sivo e irreversível os rins e reduzindo a expectativa de vida dos indivíduos afetados. A nefropatia diabética se dá em conseqüência a um processo de hiperglicemia crônica. A identifica- ção do início da nefropatia não é muito fácil, mas em geral ela é diagnosticada pela microalbuminú- ria, mostrando que o nefro está começando a falhar. Com o aumento da gravidade da lesão no nefro, a quantidade de proteínas na urina e a pressão arte- rial sistêmica se elevam. Sinais e sintomas surgem e a nefropatia diabética está estabelecida. o plano alimentar na nefropatia diabética, além de ser individualizado, irá variar de acordo com o estágio da falência renal. o nutriente mais afetado é a proteína, e com a progressão da doença há neces- sidade também de controlar alguns minerais (sódio, potássio, etc). o tratamento da nefropatia diabética pode ser di- vidido em três etapas (primária, secundária e terciá- ria), de acordo com o comprometimento dos rins. Na primária deve-se se ter preocupação com os seguintes itens: controle rigoroso da glicemia, con- trole da pressão arterial, controle da dislipidemia e suspensão do tabagismo. Na secundária entram todos os itens da primária e mais: plano alimentar com quantidade controlada de proteínas. Essa recomendação visa não sobrecar- regar ainda mais os rins e a restrição proteica (carnes, leites, ovos, leguminosas, etc.) pode variar de 0,8 a 0,6/kg/dia em adultos. o plano alimentar fica bem restrito e as substitui- ções passam também a respeitar a quantidade de pro- teína do alimento. As fontes de proteínas de alguns vegetais como a soja e frango parecem ser menos agressivas ao rim, no entanto existem poucos estudos que suportam tal teoria. A restrição proteica em crianças e adolescentes, cujo crescimento ainda não se completou, deve res- peitar a recomendação nutricional normal para a ida- de. o ajuste das proteínas no plano alimentar deve ser reavaliado juntamente com a progressão da do- ença renal. Na fase terciária da nefropatia diabética há a perda irreversível da função renal, devendo-se introduzir métodos de substituição do rim: hemodiálise, diálise e transplante. o plano alimentar fica menos rigoroso
e a ingestão proteica precisa ser corrigida de acordo com as perdas no processo de filtração artificial.
DIslIPIDemIAs As dislipidemias têm importante papel na acelera- ção do aparecimento das doenças cardiovasculares na pessoa com diabetes. os indivíduos com diabetes mellitus têm duas a três vezes maior chance de apre- sentar problemas cardiovasculares do que pessoas não-diabéticas. o padrão mais comum de dislipidemia em diabé- ticos do tipo 2 é a hipertrigliceridemia associada a ní- veis baixos de HDL-colesterol. o LDL-colesterol tam- bém pode se apresentar alto e possui características específicas com predomínio de partículas pequenas e densas, que estão associadas a aumento de ateroge- nicidade e risco cardiovascular. No diabético tipo 1, a ocorrência de dislipidemia está geralmente associada ao controle glicêmico. Em pacientes bem controlados não há diferença na característica das gorduras (LDL- colesterol) e o perfil lipídico no sangue é normal. Nas dislipidemias, os valores desejáveis para dia- béticos maiores de 20 anos são: LDL < 100mg/dl; co- lesterol total < 200mg/dl; HDL-colesterol ≥ 60mg/dl e triglicérides < 150mg/dl. o tratamento dietético das dislipidemias deve le- var em consideração a mudança no estilo de vida, incluindo hábitos alimentares saudáveis, com restri- ção de gordura saturada e colesterol, incentivo a gor- dura monoinsaturada e controle do excesso de peso corporal. A abstenção do consumo de álcool é recomendada em todos os casos de dislipidemia. A atividade física regular deverá ser sempre estimulada, pois aumenta o HDL-colesterol e favorece o controle do peso. A alimentação recomendada para prevenir e tratar a dislipidemia deve conter, por exemplo, carnes ma- gras, leite desnatado, cereais integrais, legumes, ver- duras e frutas. Dessa forma é possível fornecer uma quantidade adequada de vitaminas, minerais e fibras, que são importantes no combate às dislipidemias. As fibras solúveis representadas pela pectina (fru- tas) e pelas gomas (aveia, cevada e leguminosas: fei- jão, grão-de-bico, lentilha e ervilha) reduzem o tem- po de trânsito intestinal e ajudam na eliminação do colesterol. As fibras insolúveis, representadas por celulose (trigo), hemicelulose (grãos) e lignina (hortaliças) não atuam diretamente sobre a hipercolesterolemia, no entanto aumentam a sensação de saciedade, au- xiliando na redução do peso. Na alimentação diária, a gordura saturada deve