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Apostila completa sobre máquinas e equipamentos navais
Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 26/11/2015
4.7
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Em oferta
1
a
edição
Belém-PA
© 2009 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
Autor : Antônio Cordeiro
Revisão Pedagógica: Erika Ferreira Pinheiro Guimarães Suzana
Revisão Ortográfica : Esmaelino Neves de Farias
Digitação/Diagramação : Roberto Ramos Smith
Coordenação Geral : CF Maurício Cezar Josino de Castro e Souza
____________ exemplares
Diretoria de Portos e Costas
Rua Teófilo Otoni, n
o
4 – Centro
Rio de Janeiro, RJ
http://www.dpc.mar.mil.br
secom@dpc.mar.mil.br
Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto n
o
1825, de 20 de dezembro
de 1907
Este módulo ajudará você a sanar diversas dúvidas relacionadas a máquinas e
equipamentos auxiliares utilizados em embarcações, bem como mostrará os princípios
de funcionamento, os principais componentes e suas funções nas diversas áreas dos
navios.
O objetivo deste Módulo a Distância é apontar para essa direção. Nossa intenção
é proporcionar a você conceitos e conteúdos que o habilitem a operar, executar as
manutenções necessárias e fazer pequenos reparos em conformidade com as
diretrizes dos fabricantes e as normas de segurança e ambientais.
Este volume reúne os conteúdos básicos essenciais das principais máquinas e
equipamentos auxiliares utilizados a bordo dos navios de maneiras prática e clara. Em
seu conjunto, ele pretende ser um auxiliar valioso para todos os que buscam
informações eficazes e concretas sobre os seguintes equipamentos: bombas,
compressores de ar, destiladores de água, sistemas hidróforos, separadores
centrífugos de óleo, separadores de água e óleo, sistema de tratamento de águas
servidas, sistema de governo do navio, aparelhos de força do convés e sistema de gás
inerte. Ao final de cada unidade, apresentamos questionários com duplo intento de
obter-se motivação no aprendizado e permitir ao aluno verificar o aproveitamento
relativo ao assunto versado em cada unidade.
A bibliografia, organizada com o propósito de oferecer ao estudante um campo
mais amplo de conhecimentos, foi de inestimável valor na realização do trabalho ora
apresentado.
Esperamos, então, que este módulo ajude você a tornar-se um excelente
profissional.
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O módulo de Máquinas e Equipamentos Auxiliares foi desenvolvido em dez
unidades sequenciais de estudo. Os conteúdos obedecem a uma sequencia lógica e,
ao término de cada unidade, é apresentado um teste de autoavaliação e a respectiva
chave de resposta.
I IVV – – CCoommoo vvooccêê ddeevvee eessttuuddaarr ccaaddaa uunniiddaaddee??
1. Visão geral da unidade
A visão geral do assunto apresenta os objetivos específicos da unidade, mostrando
um panorama do assunto a ser desenvolvido.
2. Conteúdos da unidade
Leia com atenção o conteúdo, procurando entender e fixar os conceitos por meio dos
exercícios propostos. Se você não entender, refaça a leitura e os exercícios. É muito
importante que você entenda e domine os conceitos.
3. Questões para reflexão
São questões que ressaltam a idéia principal do texto, levando-o a refletir sobre os
temas mais importantes deste material.
4. Auto-avaliação
São testes que o ajudarão a se autoavaliar, evidenciando o seu progresso. Realize-
os à medida que apareçam e, se houver qualquer dúvida, volte ao conteúdo e
reestude-o.
5. Tarefa
Dá a oportunidade para você colocar em prática o que já foi ensinado, testando seu
desempenho de aprendizagem.
6. Respostas dos testes de autoavaliação
Dá a oportunidade de você verificar o seu desempenho, comparando as respostas
com o gabarito que se encontra no fim da apostila.
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Esta unidade apresenta o emprego dos compressores de ar nos navios; mostra
os principais componentes e os princípios de funcionamento dos compressores:
alternativos, centrífugos, de palhetas e de lóbulos.
U Unniiddaaddee 33 - - DDEESSTTIILLAADDOORREESS DDEE ÁÁGGUUAA
Esta unidade apresenta o emprego dos destiladores de água doce a bordo dos
navios; explica os princípios físicos em que se baseia a destilação; cita os principais
componentes do destilador e suas finalidades; explica o funcionamento de um
destilador; justifica a importância do salinômetro e do hidrômetro; e explica como é feito
o tratamento químico de um destilador.
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Esta unidade apresenta o esquema dos sistemas hidróforos (hidropneumáticos)
utilizados a bordo dos navios; explica o funcionamento automático do sistema; mostra
os processos de tratamento da água para o consumo humano; cita os principais
cuidados com os sistemas hidróforos em operação; analisa os defeitos mais comuns,
suas causas e soluções; e explica os procedimentos de manutenção dos sistemas
hidróforos.
U Unniiddaaddee 55 - - SSEEPPAARRAADDOORREESS CCEENNTTRRÍÍFFUUGGOOSS DDEE ÓÓLLEEOO
Esta unidade apresenta o emprego dos separadores centrífugos nos navios;
identifica os fatores que influenciam na separação; estabelece a diferença entre os
do sistema de gás inerte, identificando seus componentes; cita as várias operações nas
quais se recomenda o uso do gás inerte a bordo de um navio-tanque.
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Após estudar todas as Unidades de Estudo Autônomo (UEA) deste módulo, você
estará apto a realizar uma avaliação da aprendizagem.
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Existem alguns símbolos no manual para guiá-lo em seus estudos. Observe o que
cada um quer dizer ou significa.
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aprender as generalidades sobre bombas.
identificar as bombas alternativas e seus componentes.
aprender o princípio de funcionamento das bombas alternativas.
identificar as bombas centrífugas e seus componentes.
conhecer o princípio de funcionamento das bombas centrífugas.
identificar as bombas de engrenagens e seus componentes.
aprender o princípio de funcionamento das bombas de
engrenagens.
identificar as bombas de palhetas e seus componentes.
aprender o princípio de funcionamento das bombas de palhetas.
ver as recomendações da convenção SOLAS sobre bombas.
Para deslocar um fluido ou mantê-lo em escoamento é necessário adicionarmos
energia ; o equipamento capaz de fornecer essa energia ao escoamento do fluido
denominamos de bomba. Assim podemos dizer que:
BOMBAS são máquinas hidráulicas operatrizes, isto é, máquinas que recebem
energia potencial (força motriz de um motor ou turbina), e transformam parte desta
potência em energia cinética (movimento) e energia de pressão (força), cedendo estas
duas energias ao fluído bombeado, de forma a recirculá-lo ou transportá-lo de um
ponto a outro.
Portanto, o uso de bombas hidráulicas ocorre sempre que há a necessidade de
aumentar-se a pressão de trabalho de uma substância líquida contida em um sistema,
a velocidade de escoamento, ou ambas.
As bombas são avaliadas em função de quatro características:
capacidade : quantidade de fluido descarregado por unidade de tempo, vazão-
pressão : frequentemente expressa em altura (H = ∆ P/ρ g );
potência : energia consumida por unidade de tempo, Ρ ;
6. COMPRIMENTO DA TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO - Extensão linear em
metros de tubo utilizados na instalação, desde o injetor ou válvula de pé até o bocal de
entrada da bomba.
7. COMPRIMENTO DA TUBULAÇÃO DE RECALQUE - Extensão linear em
metros de tubo utilizados na instalação, desde a saída da bomba até o ponto final da
instalação.
8. GOLPE DE ARÍETE - Impacto sobre todo o sistema hidráulico causado pelo
retorno da água existente na tubulação de recalque, quando da parada da bomba. Este
impacto, quando não amortecido por válvula(s) de retenção, danifica tubos, conexões e
os componentes da bomba.
9. NÍVEL ESTÁTICO - Distância vertical em metros, entre a borda do
reservatório de sucção e o nível (lâmina) da água, antes do início do bombeamento.
10. NIVEL DINÂMICO - Distância vertical em metros, entre a borda do
reservatório de sucção e o nível (lâmina) mínimo da água, durante o bombeamento da
vazão desejada.
11. SUBMERGÊNCIA - Distância vertical em metros, entre o nível dinâmico e o
injetor (Bombas Injetoras), a válvula de pé (Bombas Centrifugas Normais), ou filtro da
sucção (Bombas Submersas).
12. ESCORVA DA BOMBA - Eliminação do ar existente no interior da bomba e
da tubulação de sucção. Esta operação consiste em preencher com o fluído a ser
bombeado todo o interior da bomba e da tubulação de sucção, antes do acionamento
da mesma. Nas bombas auto aspirantes basta eliminar o ar do interior da mesma. Até
8 mca de sucção a bomba eliminará o ar da tubulação automaticamente.
13. AUTOASPIRANTE - O mesmo que Autoescorvante, isto é, bomba centrífuga
que elimina o ar da tubulação de sucção, não sendo necessário o uso de válvula de pé
na sucção da mesma, desde que a altura de sucção não exceda 8 mca.
14. CAVITAÇÃO - Fenômeno físico que ocorre em bombas centrífugas no
momento em que o fluído succionado pela mesma tem sua pressão reduzida, atingindo
valores iguais ou inferiores a sua pressão de vapor (líquido ↔ vapor).
Com isso, formam-se bolhas que são conduzidas pelo deslocamento do fluído
até o rotor onde implodem ao atingirem novamente pressões elevadas (vapor ↔
líquido).
Este fenômeno ocorre no interior da bomba quando o NPSHd (sistema) é menor
que o NPSHr (bomba). A cavitação causa ruídos, danos e queda no desempenho
hidráulico das bombas.
15. NPSH - Sigla da expressão inglesa -Net Positive Suction Head a qual divide-
se em:
da bomba (entrada do rotor), a qual deve ser superior à pressão de vapor do fluído
bombeado, e cujo valor depende das características do sistema e do fluído;
deverá ser superior a pressão de vapor do fluído bombeado na sucção da bomba
(entrada de rotor) para que não haja cavitação. Este valor depende das características
da bomba e deve ser fornecido pelo fabricante da mesma;
O NPSHdisp deve ser sempre maior que o NSPHreq (NPSHd > NPSHr)
16. VÁLVULA DE PÉ OU DE FUNDO DE POÇO — Válvula de retenção
colocada na extremidade inferior da tubulação de sucção para impedir que a água
succionada retorne à fonte quando da parada do funcionamento da bomba, evitando
que esta trabalhe a seco (perda da escorva).
17. CRIVO - Grade ou filtro de sucção, normalmente acoplado a válvula de pé,
que impede a entrada de partículas de diâmetro superior ao seu espaçamento.
18. VÁLVULA DE RETENÇÃO - Válvula(s) de sentido único colocada(s) na
tubulação de recalque para evitar o golpe de aríete. Utilizar uma válvula de retenção a
cada 20 mca de AMT.
19. PRESSÃO ATMOSFÉRICA - Peso da massa de ar que envolve a superfície
da terra até uma altura de ± 80 Km e que age sobre todos os corpos. Ao nível do mar,
a pressão atmosférica é de 10,33 mca ou 1,033 Kgf/cm² (760 mm/Hg).
20. REGISTRO - Dispositivo para controle da vazão de um sistema hidráulico. 21. MANÔMETRO - Instrumento que mede a pressão relativa positiva do
sistema.
22. VAZÃO – Quantidade de fluído que a bomba deverá fornecer ao sistema.
Unidades mais comuns: m3 /h, l/h, l/m, l/s
Onde: 1 m3 /h = 1000 l/h = 16.67 l/m = 0.278 l/s
E.2. Pressão Atmosférica (Patm) é o peso da massa de ar que envolve a terra
até uma altura de ± 80 km sobre o nível do mar. A este nível, a Patm = 10,33 mca ou
1,033 kgf/cm²;
E.3. Pressão Manométrica (Pman) é a pressão medida adotando-se como
referência a pressão atmosférica, denominada também pressão relativa ou efetiva.
Mede-se com auxílio de manômetros, cuja escala em zero (0) está referida à pressão
atmosférica local. Quando o valor da pressão medida no manômetro é menor que a
pressão atmosférica local, teremos pressão relativa negativa, ou vácuo parcial;
E.4. Pressão de Vapor (Po ) é a situação do fluído onde, a uma determinada
temperatura, coexistem as fases do estado líquido e de vapor. Para água à
temperatura ambiente de 20º C, a pressão de vapor é de 0,239 metros ou 0,
kgf/cm². Quanto maior a temperatura, maior a pressão de vapor.
Ex: 100º C = ponto de ebulição da água = 10,33 metros ou 1,033 kgf/cm² de
pressão de vapor;
F. Vazão (Q): é a relação entre o volume do fluido que atravessa uma
determinada seção de um conduto, e o tempo gasto para tal, sendo :
Unidades: m³/h, l/s, GPM;
F.1. Vazão Mássica (QM)- é a relação entre a massa do fluído que atravessa
uma determinada seção de um conduto e o tempo gasto para tal, sendo:
Unidades: kg/h, kg/s, lb/h
G. Velocidade (Ve)- é a relação entre a vazão do fluido escoado e a área de
seção por onde escoa, sendo:
Unidades: m/s, pés/s, m/min;
H. Viscosidade ( μ )- é uma característica intrínseca do fluído. Com o movimento
do mesmo, dependendo da velocidade, ocorrerá um maior ou menor atrito das
partículas com as paredes da tubulação; é a resistência imposta pelas camadas do
fluído ao escoamento recíproco das mesmas;
H.1. Viscosidade Cinemática ( ν ): é a relação entre a viscosidade absoluta (μ) e
a massa específica (ρ) sendo:
Unidades: m²/s, pés/s, centistokes (cst);
onde: 1 m²/s = 106 centistokes.
I. Potencial de hidrogênio (pH)- é a representação quantitativa da relativa
acidez ou alcalinidade de uma substância. É calculado pela concentração de ions H+
em oposição aos ions H - existentes na solução, sendo:
Quanto menor o pH, maior é a acidez da solução.
Exemplos: pH = 7 = solução neutra = água em condições normais;
pH = 2 = solução ácida = refrigerantes;
pH = 12 = solução Alcalina = carbonato de cálcio.
As bombas são classificadas, basicamente, em dois tipos: hidrodinâmicas e
hidrostáticas.
Figura 1 Bombas hidrostática e hidrodinâmica – “Parker training”
Bombas hidrodinâmicas
São bombas de deslocamento não-positivo , usadas para transferir fluidos e
cuja única resistência é a criada pelo peso do fluido e pelo atrito.
Especificação de bombas
As bombas são, geralmente, especificadas pela capacidade de pressão máxima
de operação e pelo seu deslocamento, em litros por minuto, em uma determinada
rotação por minuto.
Relações de pressão
A faixa de pressão de uma bomba é determinada pelo fabricante, baseada na
vida útil da bomba.
Observação
Se uma bomba for operada com pressões superiores às estipuladas pelo
fabricante, sua vida útil será reduzida.
Deslocamento
É o volume de líquido transferido durante uma rotação e é equivalente ao
volume de uma câmara multiplicado pelo número de câmaras que passam pelo pórtico
de saída da bomba, durante uma rotação da mesma.
O deslocamento é expresso em centímetros cúbicos por rotação e a bomba é
caracterizada pela sua capacidade nominal, em litros por minuto.
Capacidade de fluxo
A capacidade de fluxo pode ser expressa pelo deslocamento ou pela saída, em
litros por minuto.
Eficiência volumétrica
Teoricamente, uma bomba desloca uma quantidade de fluido igual a seu
deslocamento em cada ciclo ou revolução. Na prática, o deslocamento é menor, devido
a vazamentos internos. Quanto maior a pressão, maior será o vazamento da saída
para a entrada da bomba ou para o dreno, o que reduzirá a eficiência volumétrica.
A eficiência volumétrica é igual ao deslocamento real dividido pelo deslocamento
teórico, dada em porcentagem.
Fórmula
Se, por exemplo, uma bomba a 70kgf/cm2 de pressão deve deslocar,
teoricamente, 40 litros de fluido por minuto e desloca apenas 36 litros por minuto, sua
eficiência volumétrica, nessa pressão, é de 90%, como se observa aplicando os valores
na fórmula:
As bombas hidráulicas atualmente em uso são, em sua maioria, do tipo rotativo,
ou seja, um conjunto rotativo transporta o fluido da abertura de entrada para a saída.
De acordo com o tipo de elemento que produz a transferência do fluido, as
bombas rotativas podem ser de engrenagens, de palhetas ou de pistões.
Figura 3 Linha de sucção - “Parker training”
Um fato deve ser sempre lembrado: uma bomba não cria pressão, ela
só fornece fluxo. A pressão é justamente uma indicação da quantidade
de resistência ao escoamento.