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Doença de Murcha-de-Fusário na Melancia: Causas, Sintomas e Controle, Trabalhos de Agronomia

A doença de murcha-de-fusário na melancia, causada pelo fungo fusarium oxysporum f. Sp. Niveum. Descrive-se o agente causal, os sintomas da doença, as condições favoráveis à infecção e as medidas de controle recomendadas. A doença pode causar até 75% de perda na cultura e pode permanecer viável no solo por longos períodos, mesmo sem o hospedeiro presente.

O que você vai aprender

  • Quais sintomas apresentam as plantas infectadas pela doença?
  • Qual é o agente causal da doença de Murcha-de-Fusário na melancia?
  • Quais são as medidas de controle recomendadas para prevenir a infecção por Fusarium oxysporum f. sp. niveum?

Tipologia: Trabalhos

2022

Compartilhado em 21/06/2022

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nicolas-prieb 🇧🇷

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NÍCOLAS MANGGINI PRIEB
2022
DOENÇAS DO GRUPO IV MURCHAS VASCULARES
MURCHA-DE-FUSÁRIO
Agente causal: Fusarium oxysporum f. sp. niveum (Smith) Snyder & Hansen
A murcha-de-fusário pode causar até 75% de perda na cultura da melancia. Além
disso, o seu agente causal pode permanecer viável em solo contaminado por longo
período, mesmo na ausência do hospedeiro. A doença é limitante ao cultivo da melancia
e ocorre frequentemente associada com o crestamento gomose e com nematoides-das-
galhas, que causam ferimentos prévios e favorecem a penetração do agente causal. O
fungo tem como sítio de infecção as raízes, e atinge, a partir daí, os vasos lenhosos.
Igualmente à maioria das doenças incitadas por patógenos de solo, os sintomas desta
murcha ocorrem em reboleiras. O fungo afeta a planta em qualquer estádio de
desenvolvimento. Em plântulas pode provocar a podridão do colo, que causa o
tombamento e morte, e em plantas adultas provoca subdesenvolvimento, amarelecimento,
murcha das folhas mais velhas, com posterior seca das plantas. O fungo penetra através
de ferimentos que ocorrem na região radicular e a temperatura favorável ao
desenvolvimento do fungo oscila entre 20 a 30 °C, sendo que os sintomas de murcha se
intensificam em períodos de baixa umidade relativa, forte luminosidade e temperatura
elevada. Essas condições favorecem a transpiração da planta e não compensação
devido à presença do fungo nos vasos, provocando ineficiência na translocação de água
e de nutrientes no xilema, que resulta em murcha das plantas. O fungo produz
clamidósporo como estrutura de resistência, o que possibilita a sobrevivência do patógeno
no solo por vários anos, mesmo na ausência do hospedeiro e nas sementes, onde pode se
alojar interna ou externamente. A disseminação dentro da lavoura ocorre através de água
da irrigação ou de chuva, pela movimentação de solo no preparo para plantio e durante
os tratos culturais.
As medidas de controle recomendadas são:
1. Plantar em áreas sem histórico de ocorrência da doença.
2. Corrigir o pH do solo para valores próximos a 6,5.
3. Usar sementes sadias e de cultivares tolerantes.
4. Fazer a rotação de cultura.
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DOENÇAS DO GRUPO IV – MURCHAS VASCULARES

MURCHA-DE-FUSÁRIO

Agente causal: Fusarium oxysporum f. sp. niveum (Smith) Snyder & Hansen A murcha-de-fusário pode causar até 75% de perda na cultura da melancia. Além disso, o seu agente causal pode permanecer viável em solo contaminado por longo período, mesmo na ausência do hospedeiro. A doença é limitante ao cultivo da melancia e ocorre frequentemente associada com o crestamento gomose e com nematoides-das- galhas, que causam ferimentos prévios e favorecem a penetração do agente causal. O fungo tem como sítio de infecção as raízes, e atinge, a partir daí, os vasos lenhosos. Igualmente à maioria das doenças incitadas por patógenos de solo, os sintomas desta murcha ocorrem em reboleiras. O fungo afeta a planta em qualquer estádio de desenvolvimento. Em plântulas pode provocar a podridão do colo, que causa o tombamento e morte, e em plantas adultas provoca subdesenvolvimento, amarelecimento, murcha das folhas mais velhas, com posterior seca das plantas. O fungo penetra através de ferimentos que ocorrem na região radicular e a temperatura favorável ao desenvolvimento do fungo oscila entre 20 a 30 °C, sendo que os sintomas de murcha se intensificam em períodos de baixa umidade relativa, forte luminosidade e temperatura elevada. Essas condições favorecem a transpiração da planta e não há compensação devido à presença do fungo nos vasos, provocando ineficiência na translocação de água e de nutrientes no xilema, que resulta em murcha das plantas. O fungo produz clamidósporo como estrutura de resistência, o que possibilita a sobrevivência do patógeno no solo por vários anos, mesmo na ausência do hospedeiro e nas sementes, onde pode se alojar interna ou externamente. A disseminação dentro da lavoura ocorre através de água da irrigação ou de chuva, pela movimentação de solo no preparo para plantio e durante os tratos culturais.

As medidas de controle recomendadas são:

  1. Plantar em áreas sem histórico de ocorrência da doença.
  2. Corrigir o pH do solo para valores próximos a 6,5.
  3. Usar sementes sadias e de cultivares tolerantes.
  4. Fazer a rotação de cultura.

É importante lembrar que para fazer a adoção de manejo integrado de doenças é necessário, primeiramente, identificar corretamente o agente causal. A partir disso, faz- se a escolha da estratégia de manejo mais adequada. A maioria das medidas de controle recomendadas para as doenças fúngicas consiste em ações preventivas, que se iniciam na escolha da área, no uso de sementes sadias e eliminação de restos de culturas anteriores. Cultivares tolerantes e rotação de cultura também são importantes, apesar de muitas vezes serem ignoradas pelos produtores, ou dificultadas pelas condições de exigência do mercado e de área disponível nas propriedades.

Sintoma de murcha-de-fusário causada por Fusarium oxysporum f. sp. niveum em plantas de melancia. Ao fazer-se um corte transversal da planta afetada, observa-se o escurecimento característico dos vasos condutores.

DIAS, R. de C. S.; COSTA, N. D.; QUEIROZ, M. A. de.; FARIA, C. M. B. de. Cultura da melancia. Petrolina, PE, dez., 2001. 20 p. (Embrapa SemiÁrido, Circular Técnica, 63). MARTYN, R. D. Fusarium oxysporium f. sp. niveum of the Race 2: a highly aggressive race new to United States. Plant Disease, v. 71, n. 3, p. 233-236, 1987.