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Guias e Dicas
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Materiais Dentários, Resumos de Odontologia

Resumo introdutório de materiais dentários

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 21/11/2022

danielle-oliveira-68y
danielle-oliveira-68y 🇧🇷

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1. Introdução
Durante séculos se buscou os melhores
materiais e o estabelecimento de novos
protocolos para sua utilização;
A cada ano, novos materiais com
propriedades melhoradas são desenvolvidos
por pesquisas cientificas, visando garantir a
qualidade do trabalho profissional e maior
conforto ao paciente;
Como uma diversidade de produtos
disponíveis atualmente no mercado, é
necessário conhecer a classificação dos
materiais, como também suas propriedades
físicas, químicas e mecânicas;
2. Classificação
Os materiais dentários são classificados de
acordo com a classe e aplicação;
a) Classe
Materiais Metálicos: usados em forma pura,
estão presentes principalmente na
constituição de ligas metálicas de peças
protéticas, aparelhos ortodônticos, limas
endodônticas, implantes;
Materiais Cerâmicos: propriedades físicas
similares à estrutura dental, capacidade de
reproduzir a estética dental, resistentes à
corrosão, ótima biocompatibilidade, baixa
condutividade térmica, dureza compatível
a do esmalte;
São utilizados para manter a saúde bucal,
prevenção de cáries, confecção de restaurações
de longa e curta duração
Figura 1: Aparelho ortodôntico (Fonte: Odonto
Company, 2019)
Figura 2: Coroas de cerâmica (Fonte: Portal
Tech4Health, 2017)
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1. Introdução

 Durante séculos se buscou os melhores

materiais e o estabelecimento de novos protocolos para sua utilização;

 A cada ano, novos materiais com

propriedades melhoradas são desenvolvidos por pesquisas cientificas, visando garantir a qualidade do trabalho profissional e maior conforto ao paciente;

 Como há uma diversidade de produtos

disponíveis atualmente no mercado, é necessário conhecer a classificação dos materiais, como também suas propriedades físicas, químicas e mecânicas;

2. Classificação

 Os materiais dentários são classificados de

acordo com a classe e aplicação; a) Classe Materiais Metálicos: usados em forma pura, estão presentes principalmente na constituição de ligas metálicas de peças protéticas, aparelhos ortodônticos, limas endodônticas, implantes;

Materiais Cerâmicos: propriedades físicas similares à estrutura dental, capacidade de reproduzir a estética dental, resistentes à corrosão, ótima biocompatibilidade, baixa condutividade térmica, dureza compatível a do esmalte;

São utilizados para manter a saúde bucal, prevenção de cáries, confecção de restaurações de longa e curta duração

Figura 1: Aparelho ortodôntico (Fonte: Odonto Company, 2019)

Figura 2: Coroas de cerâmica (Fonte: Portal Tech4Health, 2017)

Polímeros: substâncias compostas por cadeia de monômeros. Mais utilizados na odontologia: metacrilatos, presentes em resinas acrílicas e compostas, cimentos odontológicos, materiais de moldagem, selantes e adesivos;

Compósitos: um material que sua composição inclui dois ou mais tipos de materiais diferentes, visando um material com características superiores, por exemplo a resina composta.

b) Aplicação Preventivos: são utilizados por liberarem agentes terapêuticos como o flúor; selantes para fóssulas e fissuras; prevenir ou inibir a progressão de lesões de cárie.

Ex.: Cimento de Ionômero de Vidro

Restauradores: são constituídos por componentes sintéticos; utilizados para

reparar ou substituir a estrutura dental.Ex.:

amálgama, resina composta.

Podem ainda ser divididos em: Diretos: é inserido e conformado intraoralmente; Indiretos: usada extraoralmente para produzir próteses, que substituem dentes perdidos, melhorar a estética ou restaurar dentes danificados; Provisórios: utilizada por um período que pode variar entre poucos dias até vários meses até que uma prótese ou restauração de longa duração possa ser instalada.

Acessório: são substâncias utilizadas no processo de fabricação de próteses e outros dispositivos mas que não se tornam

parte dos mesmos. Ex.: materiais de

moldagem.

Figura 3: Cimento de Ionômero de Vidro (Fonte: Maquira).

Figura 4: Resina Composta. (Fonte: Blog Dentflex, 2020).

Aderência^ Biocompatível

Aparência natural

Iniciar reparação tecidual

Propriedades semelhantes à estrutura dental

Covalentes: ocorre quando há o compartilhamento de elétrons da camada de valência entre átomos adjacentes. Presentes em compostos orgânicos como resinas odontológicas.

Metálicas: os elétrons da camada de valência dos átomos do metal “se soltam” por estarem fracamente ligados ao restante do átomo e começam a se movimentar formando uma nuvem de elétrons. Como exemplo temos o amálgama

Forças de van der Waals: forças de atração que atuam entre moléculas, átomos ou íons. Ao redor do núcleo há uma distribuição de elétrons que forma um campo eletrostático. Podem ocorrer alterações momentâneas de carga nesse campo, criando dipolos instantâneos. Forma-se, então, um dipolo flutuante que atrai outros dipolos flutuantes, chamado de dipolo induzido. Há também as ligações de dipolo permanente características de moléculas polares.

Pontes de Hidrogênio: É realizada sempre entre o hidrogênio e um átomo mais eletronegativo. É a ligação mais forte de todas

Fase Cristalina dos Sólidos

Fase Amorfa dos Sólidos

Ligações Intermoleculares Elas correspondem a ligações químicas que têm a função de unir ou repelir as moléculas de um composto. São elas: Forças de van der Waals e Pontes de hidrogênio

Maneira como os átomos, as moléculas ou os íons se encontram arranjados espacialmente

Átomos, moléculas e íons que não apresentam um arranjo ordenado.

Figura 5: Modelo de gesso (Fonte: Blog Odontoblogia, 2009).

Figura 6: Cimento de Fosfato de Zinco (Fonte: SSWhite)

Figura 7: Resina Composta (Fonte: 3M)

Figura 8: Restauração em amalgama (Fonte: Blog PHSdoBrasil, 2019)..

2.1 Princípios de Adesão

 É possível que dois sólidos se unam um

ao outro, com ou sem a ajuda de uma terceira substância ou material.;

 A força de atração pode ser dividida em

dois tipos: Adesão: quando envolve moléculas diferentes; Coesão: quando as moléculas envolvidas são do mesmo tipo.

 Material usado para promover a união é

chamado de adesivo, e o material ao qual ele é aplicado é chamado de aderente;

 Alguns dos materiais dentários são unidos

aos tecidos duros para substituir uma parte perdida da estrutura dentária com o objetivo de restaurar suas funções.

 A adesão pode ocorrer de três formas:

Física Mecânica Química a) Física

 Adesão entre sólidos: quando colocados

em contato, os únicos locais onde existe

contato íntimo são nas pontas das áreas ásperas o que pode gerar grandes pressões nesses pontos;

 Adesão entre um sólido e um líquido:

esse tipo de adesão só é possível graças as forças intermoleculares.

b) Mecânica: se baseia no intertravamento

mecânico dos componentes, podendo

acontecer em níveis microscópicos e

macroscópicos:

 Microscópicos: São aquelas que

envolvem retenções microscópicas. Esse tipo de adesão é utilizado para unir uma restauração de resina composta ao esmalte dental, pois é realizado o condicionamento ácido anteriormente que cria irregularidades microscópicas em sua superfície;

 Macroscópicas: pode ser observada em

restaurações de amalgama em cavidades retentivas;

c) Química: ocorre em nível atômico e

molecular

2.1.1 Fatores que interferem na

Adesão

a) Tensão Superficial

 Força de atração que existe entre os

átomos da superfície de um líquido;

 Quanto maior a tensão superficial, maior

a tendência de o líquido formar gotas e

Mucosa bucal

Tensão Superficial Figura 9 : Retenção de base de prótese total. (Fonte: KENNETH J. ANUSAVICE. Phillips Materiais Dentários. Grupo GEN, 2013).

  1. Rugosidade da Superfície Quanto maior for a área da superfície do substrato, maior será o contato, melhorando a adesão. Dessa forma, costuma-se utilizar técnicas que aumentam a rugosidade do substrato antes do procedimento adesivo, como o condicionamento com ácido fosfórico do esmalte dental.

3. Propriedades Físicas

 São baseadas nas leis da mecânica,

acústica, óptica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo, radiação, na estrutura atômica e em fenômenos nucleares;

 São subdividas em:

Térmicas Estruturais Reológicas Ópticas.

3.1 Propriedades Térmicas

 É a resposta dos materiais dentários às

variações térmicas provenientes do meio bucal;

 As constantes alterações térmicas que

acontecem em meio bucal fazem a condução de calor ser transmitida a todos os substratos dentais, podendo alcançar a polpa e causar desde pequena sensibilidade até danos irreversíveis;

 Por isso, é de suma importância entender

as propriedades térmicas dos materiais para a prática odontológica;

a) Temperatura de Fusão

 Se trata da temperatura em que um

material passa do estado sólido para o líquido;

 Essa mudança é caracterizada na

alteração na organização estrutural dos grupos de moléculas que compõem o sólido;

 Soldagem: confecção de estruturas

metálicas, pode-se observar em prótese parcial removível e prótese parcial fixa

Figura 13 : Demonstração da baixa viscosidade de um adesivo (Fonte: Blog Opalini Odontologia Descomplicada, 2014).

Figura 14 : Diferença de uma superfície lisa e com rugosidade.

Figura 15 : Prótese parcial removível (Fonte: Sorridere – Centro Odontologico).

b) Condutividade Térmica

 Se trata da capacidade que um material

de transferir calor por fluxo condutivo;

 Em geral, a condutividade térmica

aumenta na seguinte ordem: polímeros <

cerâmicas < metais;

Condutores: materiais com alta

condutividade térmica. Ex.: amálgama

Isolantes: materiais com baixa

condutividade térmica. Ex.: cimento de

ionômero de vidro;

c) Difusividade Térmica

 É a medida da velocidade com a qual uma

mudança de temperatura se propaga através de um objeto quando uma das suas superfícies é aquecida.

 Alta condutividade térmica significa alta

difusividade térmica;

 É preferível que os materiais

restauradores diretos tenham baixa difusividade térmica para evitar aumentos de temperatura em nível pulpar diante de variações de temperatura na boca;

 O amálgama, por ser uma liga metálica, é

um bom condutor de estímulos térmicos e elétricos o que torna necessário a presença de um material forrador (isolante) em cavidades de média e grande profundidade;

d) Coeficiente de Expansão Térmica

 Com o aquecimento de um material, a

energia absorvida provoca o aumento da vibração dos átomos e das moléculas, acontecendo a expansão do material;

 Normalmente, esse coeficiente é maior

para líquidos do que para os sólidos;

 É importante que os materiais

restauradores diretos e indiretos tenham coeficientes de expansão térmica semelhantes aos das estruturas dentais;

 Caso o material restaurador tenha um

coeficiente maior, sua contração será maior que a estrutura dental circundante e uma fenda pode se formar entre o material restaurador e o dente;

3.2 Propriedades Estruturais

a) Relaxação de tensões

 São tensões internas, que ficam

aprisionadas após uma substância ter sido deformada de maneira irreversível;

 O resultado é uma alteração na forma ou

contorno dos sólidos, à medida que átomos ou moléculas mudam de posição e o material se distorce;

 A taxa de relaxação aumenta com o

aumento da temperatura;

Difusividade Térmica = Condutividade Térmica Calor Específico

 Os fluidos podem ser classificados de

acordo com viscosidade, podendo ser: Newtoniano Pseudoplástico Dilatante Plástico

 Em um fluido newtoniano, a viscosidade

tem relação linear entre a tensão e a

deformação.Ex.: adesivos dentais;

 Em um fluido pseudoplástico, quanto mais

rapidamente são misturados, forçados através de uma seringa ou apertados, menos viscosos mais fluidos eles se tornam.

Ex.: elastômeros;

 Em um fluido dilatante, quanto mais

rapidamente eles são agitados, mais viscosos e resistentes ao escoamento eles

se tornam.Ex.: ligas de amálgama.

 Já os plásticos são mais rígidos e exigem

um nível de força para permitir a fluidez.Ex.:

resina composta;

 O gráfico abaixo demonstra como

deformação está atrelada a força aplicada nos diferentes tipos de comportamentos reológicos:

3.4 Propriedades Ópticas

 Ao se restaurar um dente é necessário

devolver ao paciente três quesitos básicos: forma, função e estética:

 A estética em especial busca um

conceito de cor e aparência natural das restaurações;

 Dessa forma, o conhecimento dos

princípios científicos básicos sobre cor e outros efeitos ópticos é essencial ao cirurgião-dentista;

a) Luz e Visão Humana

 A luz é a radiação eletromagnética que

pode ser detectada pelo olho humano;

 O olho é sensível a comprimentos de

onda entre 400 nm a 700 nm;

 Para que um objeto seja visível, ele

precisa refletir ou transmitir a luz incidente emitida por uma fonte externa;

 A luz visível é na verdade uma mistura

de diferentes comprimentos de onda os quais são combinados para produzir uma cor especifica;

 Quando a luz incide sobre os objetos,

diferentes tipos de interações podem ocorrer, pois alguns comprimentos de onda

Figura 18 : Tensão cisalhante x deformação cisalhante (Fonte: KENNETH J. ANUSAVICE. Phillips Materiais Dentários. Grupo GEN, 2013).

Figura 19 : Demonstração do comprimento de onda visível ao olho humano (Fonte: Blog Brasil Escola).

podem causar absorção, reflexão, refração ou transmissão. Na odontologia dois conceitos são importantes:

 A região de esmalte de um dente é translucido e a região de dentina é opaca;

b) As três dimensões da cor

 Descrições verbais não demonstram a precisão necessária para descrever a aparência das cores dos dentes;

 Para evitar confusões, a percepção de cor é descrita por três variáveis objetivas: matiz, valor e croma; Matiz: é a cor dominante de um objeto, como vermelho, verde ou azul; Valor: também conhecido como escala de cinza, corresponde à luminosidade da cor. Quanto mais claro, maior o valor e quanto mais escuro, menor é o valor. Croma: é o grau de saturação de um matiz em particular. Por exemplo, o vermelho pode variar desde o escarlate (alta saturação) até o rosa-claro (baixa saturação);

c) Opacidade, translucidez e transparência

 A diferença entre materiais opacos, transparentes e translúcidos é o grau de transmissão de luz possível em cada um;  Os corpos opacos impedem a passagem da luz, a energia é então absorvida ou refletida;  No outro extremo há os objetos transparentes, nos quais grande parte da luz incidente é refratada, ou seja, atravessa todo o corpo até alcançar alguma estrutura que possa absorve-la;  Entre esses dois extremos estão os corpos translúcidos, no qual a luz é parcialmente transmitida por causa da dispersão dentro do material;

 Por permitir a transmissão de aproximadamente 70% da luz incidente, o esmalte é considerado um corpo translúcido (acromático);  Já a dentina, com espessura semelhante, é menos translucida (cromático), pois permite a passagem de apenas 30% da luz incidente.

Absorção Se um objeto absorve muita luz, ele é chamado de opaco

Transmissão Se um objeto permite que a luz passe por ele, o chamamos de translúcido.

Figura 20: Comparação das diferentes formas de interação de corpos opacos, translúcidos e transparentes com a luz incidente (Fonte: REIS, Alessandra; LOGUERCIO, Alessandro Dourado. Materiais Dentários Diretos - Dos Fundamentos à Aplicação Clínica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021).

Acromático

Cromático

Figura 20: Comparação da translucidez entre a região incisal e média (Dr. Rodrigo Fonseca).

Figura 26: Cisalhamento (Fonte: REIS, Alessandra; LOGUERCIO, Alessandro Dourado. Materiais Dentários Diretos - Dos Fundamentos à Aplicação Clínica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021).

 Conhecer as propriedades mecânicas dos materiais é de suma importância para que qualquer deformação resultante da aplicação de uma força não seja excessiva, para não causar uma fratura e diminuir a longevidade dos tratamentos;

 A correta seleção do material exige que o profissional tenha uma noção básica a respeito de sua estrutura, uma vez que as propriedades dos materiais podem indicar sua qualidade;

 Antes de tudo é necessário compreender dois conceitos importantes: tensão e deformação; a) Tensão: é a força por unidade de área que atua sobre os átomos e moléculas de um corpo, é a reação interna igual em magnitude e oposta em direção à força externa aplicada;

 Na odontologia, existem vários tipos de tensões que se desenvolvem de acordo com a natureza das forças aplicadas e forma do objeto, são elas:

Tensões de Tração Tensões de Compressão Tensões de Cisalhamento Tensões de Deflexão Tensões de Torção

  1. Tensão de Tração

 Aplicação de duas forças na mesma linha mas com sentidos opostos;  Tende a esticar ou alongar um corpo;

  1. Tensão de Compressão  Quando um corpo é colocado sob uma carga que tende a comprimi-lo ou encurta- lo;  A resistência interna a esta carga é chamada de tensão de compressão;

  2. Tensão de Cisalhamento  É causada por uma força que tende a deslizar um corpo sobre o outro;  As forças são direcionadas paralelamente mas em sentidos opostos

Tensão = Força Área

Figura 24: Tração (Fonte: REIS, Alessandra; LOGUERCIO, Alessandro Dourado. Materiais Dentários Diretos - Dos Fundamentos à Aplicação Clínica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021).

Força de Tração

Tensão de Tração

Tensão de Compressão

Força de Compressão

Figura 25: Compressão ((Fonte: REIS, Alessandra; LOGUERCIO, Alessandro Dourado. Materiais Dentários Diretos - Dos Fundamentos à Aplicação Clínica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021).

Força de Cisalhamento Tensão de Cisalhamento

  1. Tensão de Deflexão

 É causada por uma força que tende a dobrar um corpo;

  1. Tensão de Torção

 É causada por forças que tendem a rotacionar as extremidades do corpo;

b) Deformação: é a resposta da aplicação de uma força (o que causa a tensão) em um determinado corpo, gerando alterações dimensionais que aumentam conforme a magnitude da carga. Há dois tipos de deformação:

Elástica Plástica

  1. Deformação Elástica  Após a remoção da carga (força), o corpo volta a apresentar suas dimensões originais;  Os materiais de moldagem elásticos são levados à boca no estado plástico e são removidos da boca no estado predominantemente elástico, ou seja, retornam à posição depois de passarem por regiões retentivas do dente;

  2. Deformação Plástica  Quando as deformações da estrutura são mantidas mesmo após a remoção da força, gerando deformação permanente ao material;

Força de Deflexão

A

B

Figura 27: Esquema de demonstração da força de deflexão sobre um corpo antes (A) e depois da aplicação da força (B).

Figura 28: Torção (Fonte: Blog Hangar 33, 2016).

Figura 29 : moldagem com material elástico (Fonte: página Facebook DMG do Brasil, 2014).

Figura 30 : o amalgama sofre certa quantidade de deformação plástica (Fonte: Blog PHSdoBrasil, 2019).

de compressão (como martelamento ou laminação) sem se romper;

 Capacidade de formar lâmina;

 Entre os materiais de interesse na odontologia, o ouro, a prata e o cobre são os metais mais maleaveis;

i) Tenacidade

 Quantidade de energia de deformação elástica e plástica necessária para fraturar um material

Tenacidade à Fratura  Descreve a resistência de materiais frágeis ou friáveis à propagação de defeitos sob tensão, ou seja, é a capacidade de um material de resistir a uma fratura como uma trinca ou um defeito estrutural;  Esses defeitos são crítcos em materiais frágeis em areas sob tensões de tração pois esse tipo de tensão tende a abrir trincas;  Existem dois aspectos importantes relacionados com estes defeitos:

  1. Tensão aumenta de acordo com o comprimento do defeito;
  2. Defeitos na superfície induzem maiores tensões que os mesmos defeitos em regiões mais internas;  Defeitos superficiais como porosidade e rugosidade por desgaste podem ser minimizados com o polimento da superficie;

j) Dureza  Resistencia de um material ao risco, à penetração ou endentação;  Alguns testes de dureza é relacionado com a habilidade da superfície de um material de resistir à penetração por uma ponta de diamante ou esfera de aço sob uma carga específica;  Quanto mais macio o material, maior e mais profunda é a impressão e menor o valor de dureza;

Figura 32 : Gráfico Tensão X Deformação com relação da ductilidade e maleabilidade

Fonte: CATIRSE, Alma et al. Manual de Materiais Dentários. Ribeirão Preto, 2020. (Adaptado)

Ductilidade Maleabilidade

Figura 33 : Gráfico Tensão X Deformação com a relação da tenacidade

Fonte: CATIRSE, Alma et al. Manual de Materiais Dentários. Ribeirão Preto, 2020. (Adaptado)

Área = Tenacidade

Quanto a impressão o valor de dureza

Tipos de Testes

 Alguns testes são feitos para avaliar a

resistência dos materiais, sendo eles:

  1. Resistência à Tração

 Aplicação gradativa de carga de tração

uniaxial nas extremidades de corpo, no qual as forças aplicadas tendem a provocar alongamento;

 Comumente usado para avaliar interfaces

adesivas;

  1. Resistência à Compressão

 A máxima tensão de compressão

suportada por um material durante um ensaio de compressão;

 É usado para comparar materiais que são

friáveis e pouco resistentes à tração. Ex.:

amalgamas dentais, compositos resinosos e

cimentos.

  1. Resistência ao Cisalhamento

 Um corpo é submetido ao carregamento

torcional;

 É um método importante para avaliar as

interfaces de dois materiais como ceramica- metal, implante-osso, braquete ortodontico- esmalte dental;

5. Referências Bibliográficas

 MANOEL, Murilo de Almeida et al.

Maquete de Máquina de Ensaio Universal: Ferramenta de Ensino Odontológico sob a Óptica de um Aluno de Graduação. São Paulo, 2017;

 CATIRSE, Alma et al. Manual de Materiais

Dentários. Ribeirão Preto, 2020;

 REIS, Alessandra; LOGUERCIO,

Alessandro Dourado. Materiais Dentários Diretos - Dos Fundamentos à Aplicação Clínica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021;

 KENNETH J. ANUSAVICE. Phillips Materiais

Dentários. Grupo GEN, 2013.

Figura 34 : Teste de Tração

Fonte: MANOEL, Murilo de Almeida et al. Maquete de Máquina de Ensaio Universal: Ferramenta de Ensino Odontológico sob a Óptica de um Aluno de Graduação. São Paulo, 2017.

Figura 35 : Teste de Compressão

Fonte: MANOEL, Murilo de Almeida et al. Maquete de Máquina de Ensaio Universal: Ferramenta de Ensino Odontológico sob a Óptica de um Aluno de Graduação. São Paulo, 2017.

Figura 36 : Teste de Cisalhamento aplicada com auxílio de um fio ortodôntico

Fonte: CATIRSE, Alma et al. Manual de Materiais Dentários. Ribeirão Preto, 2020. (Adaptado)