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Mauss - A expressao obrigatoria de sentimentos, Notas de estudo de Ciências Sociais

OLIVEIRA, Roberto Cardoso de (org.). MAUSS. São Paulo: Ática, 1979.

Tipologia: Notas de estudo

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velmente um rito que não sirva de alguma maneira ao crente. Quando
se reza espera-se geralmente algum resultado da prece, para al~u~~
coisa, ou para alguém, ainda que apenas para si ~esmo. ~as, a~ e
somente uma repercussão que não encerra o mecam~~o em, SI do .nto.
Este é inteiramente dirigido para as autoridades religiosas as quais se
destina, e é secundariamente, por intermédio delas, q~e l?~ acontece
afetar os seres do profano. Às vezes até, todo o seu efeito utll. ~e reduz
ao simples conforto que ela traz ao qu~ reza,. é o mundo divino que
absorve quase toda sua eficácia. Todavia, a diferença entre a prece. e
os outros ritos religiosos orais não
absolutamente de tal maneira
fixada que se possa dizer com precisã~ onde uma começa e as outras
acabam. Uma prece pode servir de Juramento; uma .promessa pode
assumir a forma de uma prece. Uma súplica pode se Intercalar, numa
bênção. Pode-se consagrar alguma coisa a um deus ~or um~ .formu!a
nitidamente precatória. Mas, se as duas :egiões da vIda. religiosa sao
separadas por fronteiras indecisas, não deIxa~ de ser ~lS~Intas, e _era
importante ressaltar esta distinção para prevenir as possíveis confusoes.
Chegamos, pois, finalmente, à seguinte
deríníção:
a prece é4~m rito
religioso, oral, diretamente relacionada com as coisas sagradas.
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Deste ponto de vista é inútil distinguir entre o enca~to e a prece, como o
fazem
MARRETT
e
FARNELL.
Não em toda a prece existe, mesmo adotan~o-se
a terminologia deles, um encanto, mas também é inexato excluir toda
teurgia
de
toda religião.
4. A EXPRESSÃO OBRIGATÓRIA DE
SENTIMENTOS (1921)
*
Esta comunicação se relaciona com o trabalho de M. G. Dumas
sobre as Lágrimas,
1
e com a nota que lhe enviei a este respeito. Nela
fazia-lhe observar a extrema generalidade do emprego obrigatório e
moral das lágrimas, que são particularmente uma forma de saudação.
É
um hábito muito difundido entre as populações comumente chama-
das primitivas, sobretudo na Austrália, na Polinésia. Foi estudado nas
Américas do Norte e do Sul, por M. Friederici, que propôs dar-lhe o
nome de Thriinengruss, a saudação pelas lágrimas.
2
É
meu propósito mostrar, através do estudo do ritual oral dos
cultos funerários australianos, que, num considerável grupo de popula-
ções,
bastante
homogêneas e bastante primitivas, no sentido próprio da
palavra, as indicações que M. Dumas e eu temos dado para as lágrimas,
valem também para outras numerosas expressões de sentimentos. Não
o choro, mas toda uma série de ex ressões orais de sentimentos não
são fenômenos exclusivamente psicológicos ou fisiológicos, mas sim fe-
nômenos sociais marcados po]" manifestações n~-es ontâneas e da mais
erfeita obri a ão. Vamo-nos limitar ao ritual oral funerário, que
inclui gritos, discursos e cantos. Mas poderíamos estender nossas pes-
quisas a muitos outros ritos, particularmente ritos manuais, nos mesmos
cultos funerários e entre os mesmos australianos. Para terminar, algu-
mas indicações serão suficientes para permitir o estudo da questão num
campo mais largo.
*
Reproduzido de
MAUSS, M.
"L'expression obligatoire des sentirnents (rituels
oraux funéraires australiens)." In:
Oeuvres.
Ed,
cito v. lU, p.
269-78.
(Extraído
de:
Journal de Psychologie. 18.)
Trad. por Ivonne Toscano.·
1
Journal de Psychologie.
1920;
ci.
"O riso."
Iournal de Psychologie. '1921,
p. 47.
"A linguagem do riso."
2Der Thrãnengruss der Indianer.
Leipzig, 1907.
C],
DURKHEIM.
Année Sociolo-
gique. 11,
p.
469.
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velmente um rito que não sirva de alguma maneira ao crente. Quando se reza espera-se geralmente algum resultado da prece, para al~u~~ coisa, ou para alguém, ainda que apenas para si ~esmo. ~as, a~ e somente uma repercussão que não encerra o mecam~~o em, SI do .nto. Este é inteiramente dirigido para as autoridades religiosas as quais se destina, e é secundariamente, por intermédio delas, q~e l?~ acontece afetar os seres do profano. Às vezes até, todo o seu efeito utll. ~e reduz ao simples conforto que ela traz ao qu~ reza,. é o mundo divino que absorve quase toda sua eficácia. Todavia, a diferença entre a prece. e os outros ritos religiosos orais não .é absolutamente de tal maneira fixada que se possa dizer com precisã~ onde uma começa e as outras acabam. Uma prece pode servir de Juramento; uma .promessa pode assumir a forma de uma prece. Uma súplica pode se Intercalar, numa bênção. Pode-se consagrar alguma coisa a um deus ~or um~ .formu!a nitidamente precatória. Mas, se as duas :egiões da vIda. religiosa sao separadas por fronteiras indecisas, não deIxa~ de ser ~lS~Intas, e _era importante ressaltar esta distinção para prevenir as possíveis confusoes.

Chegamos, pois, finalmente, à seguinte deríníção: a prece é 4~m rito

religioso, oral, diretamente relacionada com as coisas sagradas.

H Deste ponto de vista é inútil distinguir entre o enca~to e a prece, como o fazem MARRETT e FARNELL. Não só em toda a prece existe, mesmo adotan~o-se a terminologia deles, um encanto, mas também é inexato excluir toda teurgia de toda religião.

4. A EXPRESSÃO OBRIGATÓRIA DE **SENTIMENTOS (1921) ***

Esta comunicação se relaciona com o trabalho de M. G. Dumas sobre as Lágrimas, 1 e com a nota que lhe enviei a este respeito. Nela fazia-lhe observar a extrema generalidade do emprego obrigatório e moral das lágrimas, que são particularmente uma forma de saudação. É um hábito muito difundido entre as populações comumente chama- das primitivas, sobretudo na Austrália, na Polinésia. Foi estudado nas Américas do Norte e do Sul, por M. Friederici, que propôs dar-lhe o nome de Thriinengruss, a saudação pelas lágrimas. 2 É meu propósito mostrar, através do estudo do ritual oral dos cultos funerários australianos, que, num considerável grupo de popula-

ções, bastante homogêneas e bastante primitivas, no sentido próprio da

palavra, as indicações que M. Dumas e eu temos dado para as lágrimas, valem também para outras numerosas expressões de sentimentos. Não só o choro, mas toda uma série de ex ressões orais de sentimentos não são fenômenos exclusivamente psicológicos ou fisiológicos, mas sim fe- nômenos sociais marcados po]" manifestações n~-es ontâneas e da mais erfeita obri a ão. Vamo-nos limitar ao ritual oral funerário, que inclui gritos, discursos e cantos. Mas poderíamos estender nossas pes- quisas a muitos outros ritos, particularmente ritos manuais, nos mesmos cultos funerários e entre os mesmos australianos. Para terminar, algu- mas indicações serão suficientes para permitir o estudo da questão num campo mais largo.

  • Reproduzido de MAUSS, M. "L'expression obligatoire des sentirnents (rituels oraux funéraires australiens)." In: Oeuvres. Ed, cito v. lU, p. 269-78. (Extraído de: Journal de Psychologie. 18.) Trad. por Ivonne Toscano.· 1 Journal de Psychologie. 1920; ci. "O riso." Iournal de Psychologie. '1921, p. 47. "A linguagem do riso." 2 Der Thrãnengruss der Indianer. Leipzig, 1907. C], DURKHEIM. Année Sociolo- gique. 11, p. 469.

Ela já foi pesquisada pelos nossos inesquecíveis Ro~~rt Hertz 3 e

Emile Durkheim 4 a respeito dos mesmos cultos funeranos, que ,um

tentou exp icar,^1 ·^ e, o^ outro^ deles^ se^ servia^ para^ demonstrarbé^ o^ carater

coletivo do ritual expiatório. Durkheim de;nonstrou t~m em, ::n op~-

. - M F B Jevons 5 que o luto não e a expressao espon anea e

siçao _a : d: .d·. Vamos retomar esta demonstração com alguns

emoçoes in IVI uais.

detalhes e a respeito dos ritos orais..

Os ritos orais funerários na Austrália compõem-se de:

1.0) gritos e berros, muitas vezes melódicos e rimados;

2.°) voceros, freqüentemente cantados;

3. 0) verdadeiras sessões espíritas;

4.0) conversas com o morto.

Não nos é inconveniente deixar de lado, por enqua~to, as

duas últimas categorias. Estes inícios do culto dos mortos propnamente

dito são fatos muito evoluídos e pouco típicos. Por o~tr~ l~do, ~eu.ca-

ráter coletivo é extraordinariamente marcado: são cenmomas xubllcas,

bem regulamentada~ qu~ fazem part~ do ritual. d~nd~tta e a 7 eter-

  • niina ãõ das responsabilidades. 6 ASSIm, nas tnbos do Rio T~l!y, todo

este ;itualdesenvolve-se ao lon o de demoradas danças funeranas acom~

anhadas de cantos.

O morto.^ assiste às danças, em pesso~, através^ de^ seu^ cadáver

dessecado objeto de uma espécie de necropsia primitiva. E uma assis-

tência numerosa, todo o grupo, até mesmo toda a parte da tribo reuni-

da, canta sem parar, para ritmar as danças:

Yakai! ngga wingir,

Winge ngenu na chaimban,

Kunapanditi warre marigo.

Tradução: "Me pergunto onde ele (o koi, o espíri:o mau) te encon-

trou (^) ,vamos extrair tuas vísceras e ver." Em particular, é com este

3 "Representação coletiva da morte." Année Sociologique. X, p. 18 et seqs. 4 Formes élémerüaires de Ia vie relig.ie.use. p. 567 et sesqs·Sir J G. FRAZER. The s tniroduction 10 lhe History 01 RellglO.n. p. 46 et seqd· 1913· 147 vê bem

Beliel in Im:nortalit;' and Ithde^ W °lrsh:áb~!o t~as D;: ~ma e~pl~~ação' exclusiva-

como estes fitos estao regu a os pe o , mente animista, intelectualista afinal. 6 Ci. FAUCONNET. La Responsabililé. 1920, p. 236 et seqs.

7 ROTH; W. Bulletin (Queensland Ethnography ) 9, p. 390-91. CI· "Superstition,

Magic, and Medicine." Bulletin 3. p. 26, n.? 99 et seqs.

acompanhamento de canto e a passos de dança que quatro feiticeiros

conduzem um velho para reconhecer - e extrair do cadáver - o

objeto mágico que provocou a morte. Esses rituais, repetidos inúmeras

vezes, até adivinhar, terminam com outra série de danças, entre as quais

uma da viúva que, dando um passo à direita e um à esquerda e agitando

galhos e folhagens, expulsa o koi do cadáver do marido. 8 Enquanto isso

o resto da assembléia garante ao morto que será vingado. Este é só um

exemplo.

Mas, para acabar de falar sobre esses ritos muito desenvolvidos,

basta-nos dizer que chegam a práticas extremamente interessantes tanto

para o sociólogo como para o psicólogo. Em numerosas tribos do centro

e do sul, do norte e do nordeste australiano, o morto não se limita a

dar uma resposta ilusória ao conclave tribal que o interroga; a coletivi-

dade que o evoca escuta-o responder fisicamente, realmente; 9 outras

vezes, trata-se da experiência que costumamos chamar, nos nossos cur-

sos, de pêndulo coletivo: o cadáver, levado nos ombros dos feiticeiros

e dos seus futuros vingadores, responde às perguntas, empurrando-os em

direção ao assassino.

Bem se vê, pelos exemplos, que estes ritos orais complicados e

evoluídos põem em ação somente sentimentos e idéias coletivas, e têm

até a vantagem de nos deixar entrever o grupo, a coletividade em ação

ou mesmo em interação.

Os ritos mais simples, gritos e cantos, dos quais vamos tratar um

pouco mais, não têm um caráter tão público e social, mas falta-Ihes no.

mais alto grau, qualquer caráter de expressão individual de um senti-

---mentoexperimenta~ d~modo - ura~e~te illdividuã["A questão de sua

espontaneidade está há muito tempo definitivamente resolvida pelos

observadores; tanto assim que virou quase clichê etnográfico. Não fal-

tam relatórios sobre a maneira pela qual, no meio de ocupações triviais,

de conversas banais, de repente, em horas, data ou ocasiões prefixadas,

o grupo, especialmente das mulheres, começa a gritar, a berrar, a can-

tar, a injuriar o inimigo e o demônio, e a esconjurar a alma do morto;

8 A palavra koi indica seja um espírito, seja o conjunto de espíritos maus, incluindo os feiticeiros e os demônios. 9 Ex.: uma magnífica descrição de uma dessas sessões na parte ocidental de Victoria. DAWSON. Aborigines oi South Auslr. p. 663; Yuin (Nova Gales do Sul). HOWITT. Soutli Eastern Tribes. 422, para citar só fatos antigos, atestados anti- gamente.

Na maioria das vezes os cantos, gritos e choros acompanham os maceramentos cruéis que estas mulheres, ou uma ou algumas delas, se infligem, precisamente para entreter a dor e os gritos. Mas não são somente as mulheres e determinadas mulheres que gritam e cantam assim, elas têm também que emitir um determinado

número de gritos. Taplin nos conta que havia entre os narrinyerri uma

"quantidade convencional de choros e gritos". Não mais que nos nossos próprios usos funerários. Tudo isso é ao mesmo tempo social e obriga- tório mas a esar de tudo violento e natural: a busca e a expressão da dor andam ·untas.:. Vejamos por quê. Mas antes podemos tirar outra prova da natureza social dos gritos e sentimentos, estudando sua natureza e conteúdo. Em primeiro lugar, por inarticulados que sejam, gritos e uivos são sempre de certo modo musicais, a maioria das vezes. ritmados, cantados em uníssono pelas mulheres. Estereotipia, ritmo, unissonância, são ma- nifestações ao mesmo tempo fisiológicas e sociológicas. Um uivo meló- dico, rítmico e modulado pode ficar muito primitivo. Pelo menos no centro, no este e no oeste australiano é uma .longa ejeção estética e consagrada, que passa a ser social por estes dois caracteres, Tudo isso pode ir bastante longe e evoluir: os gritos rítmicos podem tornar-se estribilhos, interjeições do tipo das de Ésquilo, que cortam e ritmam cantos mais desenvolvidos. Às vezes formam coros alternados, às vezes de homens com mulheres. Mesmo quando não são cantados, os gritos, pelo simples fato de serem emitidos juntos, têm uma significação bem diferente da de uma pura interjeição sem sentido. Têm sua eficácia. Sabemos agora que o grito baàbàu que as choronas dos aruntas e do loritja emitem em uníssono sobre duas notas graves, têm valor de

anocrtpo1tCx[ov, de esconjuro, ou melhor, de expulsão do malefício.

Restam os cantos; são da mesma natureza. Inútil notar que são ritmados, cantados, - de outro modo não seriam o que são - e conseqüentemente fortemente moldados numa forma coletiva. Mas mes- mo o conteúdo o é. Os australianos, ou melhor, as australianas, têm

suas "cantadoras de voceros", choronas e imprecantes, que cantam o

luto e a morte; que injuriam, amaldiçoam ou encantam o inimigo, cau- sador da morte sempre mágica. Temos vários textos de seus cantos. Uns são muito primitivos, não indo além da exclamação, afirmação, interrogação: "Onde está meu sobrinho, o único que tenho." Eis um tipo bastante comum: "Por que me abandonaste?" - em seguida a mulher acrescenta: "Meu esposo (ou meu filho) morreu!" Vêem-se

aqui d~is temas: .uma espéci: de interrogação e uma simples afirmação. ~ste ge~ero de lIteratura nao ultrapassou dois limites: de um lado a mvocaçao do morto ou ao morto, e do outro a história referente ao

morto. Mesmo?s mais belos e longos voceros dos quais temos o texto,

podem ser reduzidos a essa conversa e a essa espécie de epopéia infantil. Nada de elegíaco ou de lírico: só uma vez um toque de sentimento na descrição .do país _dos ~?r.tos. Em geral trata-se de simples injúrias vulgares, Imprecaçoes triviais contra os feiticeiros, ou maneiras de exi- mir o grupo de qualquer responsabilidade. Afinal o sentimento não é excl~d~ mas sobrepujado, mesmo nos cantos mais desenvolvidos, pela descnçao dos fatos e pelos temas rituais jurídicos.

. D~as ,p~lavras p~ra concluir de um ponto de vista psicológico ou mterpsIcologIco, se quisermos.

_ Ac~bamos de. demonstrá-I o : um considerável número de expres- soes orais de sen.tImentos e emoções, em muitas povoações espalhadas em todo um ,contl1~ente, :êm. unicamente caráter coletivo. Digamos logo qu~ este carater ~~o prejudica em nada a intensidade dos sentimentos, muito pelo contrário. Lembremos as listas sobre o morto feitas pelos Warramunga, os Kaitish, os Arunta.

Mas todas as express~es coletivas, simultâneas, de valor moral e de força obrig~tória dos sentimentos do indivíduQ. e do gr.ER 0 são mais .9ue meras mamfestações, são sinais de expressões entendidas uer dizer

  • são li~guag. C?s gritos são como frases e palavras-:-~ preci~o emiti-Ios: mas e reCISO so J~_orgu~ todgr~o os entende. É mais ue uma manifestação dos próprios sentimentos, é um ~do de manifestá-Ios

aos outros, pois assim é preciso iazer. Manifesta-se a si, exprimindo

aos outros, por conta dos outros. É essencialmente uma a ão simbólica. Aqui chegamos às beIíssimas e curiosas teorias que M. Head M. Mourgue e os psicólogos mais prevenidos nos propõem das funções naturalmente simbólicas do espírito. Temos um terreno e fatos sobre os quais psicólogos, fisiólogos e sociólogos podem e devem concordar.