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Mecanica dos fluidos, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

MECANICA DOS FLUIDOS

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 06/04/2011

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denilsonsilva07 🇧🇷

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARÁ
DIRETORIA DE ENSINO/GERÊNCIA DE ENSINO TÉCNICO
COORDENAÇÃO DE MECÂNICA
MECÂNICA DOS FLUIDOS E MÁQUINAS HIDRÁULICAS
Material apresentado à
Coordenação de Mecânica,
como parte integrante do
conteúdo da disciplina Mecânica
dos Fluidos e Máquinas
Hidráulicas, do Curso de
Técnico em Mecânica
.
Professor: Carlos Alberto Duarte Dias
Belém - PA
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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARÁ

DIRETORIA DE ENSINO/GERÊNCIA DE ENSINO TÉCNICO

COORDENAÇÃO DE MECÂNICA

MECÂNICA DOS FLUIDOS E MÁQUINAS HIDRÁULICAS

Material apresentado à

Coordenação de Mecânica,

como parte integrante do

conteúdo da disciplina Mecânica

dos Fluidos e Máquinas

Hidráulicas, do Curso de

Técnico em Mecânica.

Professor: Carlos Alberto Duarte Dias

Belém - PA

COMPETÊNCIA GERAL DO COMPONENTE:

Proporcionar conhecimentos sobre mecânica dos fluidos, conceitos e formulações sobre os principais fenômenos relacionados às máquinas de fluxos, sistemas e equipamentos utilizados no campo prático, facilitando a compreensão do funcionamento e análise do desempenho.

I- Fundamentos da Mecânica dos Fluidos:

1.1- Introdução:

Mecânica dos Fluidos é a ciência que estuda o comportamento físico dos fluidos, assim com as leis que regem esse comportamento. As bases lançadas pela Mecânica dos Fluidos são fundamentais para muitos ramos de aplicação da engenharia. Dessa forma, o escoamento de fluidos em canais e condutos, a lubrificação, os esforços em barragens, os corpos flutuantes, as máquinas hidráulicas, a ventilação, a aerodinâmica e muitos outros assuntos lançam mão das leis da Mecânica dos Fluidos para obter resultados de aplicação prática.

1.2- Conceitos fundamentais e definição de fluido:

A matéria apresenta-se no estado sólido e no estado fluido, este abrangendo os estados líquido e gasoso. O espaçamento e atividade intermoleculares são maiores nos gases, menores nos líquidos e muito reduzidos nos sólidos. A definição de fluido é introduzida, normalmente, pela comparação dessa substância com um sólido. A definição mais simples diz: Fluido é uma substância que não tem forma própria, assume o formato do recipiente. Entretanto, é possível introduzir uma outra que, apesar de ser mais complexa, permite construir uma estrutura lógica que será de grande utilidade para o estudo da Mecânica dos Fluidos. Essa definição está novamente ligada à comparação de comportamento entre um sólido em um fluido, por uma observação prática denominada “Experiência das Duas Placas”, que diz: Fluido é uma substância que se deforma continuamente, quando submetida a uma força tangencial constante qualquer, ou seja, fluido é uma substância que, submetida a uma força tangencial constante, não atinge uma nova configuração de equilíbrio estático.

1.3- Hidrostática:

Hidrostática é o ramo da Física que estuda a força exercida por e sobre líquidos em repouso. Este nome faz referência ao primeiro fluido estudado, a água, assim por razões históricas se mantém este nome. Ao estudar hidrostática é de suma importância falar de densidade, pressão, Princípio de Pascal, Empuxo e o Princípio Fundamental da Hidrostática.

1.3.1- Massa Específicacm (ρ ) :

  • Atmosfera Normal ( AN ): De acordo com a experiência de Torricelli, o valor da pressão atmosférica ao nível do mar é: p 0 = 10.328 kgf/m^2 = 1,033 kgf/cm^2 ; está é a atmosfera física ou atmosfera normal ( AN ), que equilibra uma coluna de mercúrio de 760 mm de altura, ou seja: 1 AN = 10.328 kgf/m^2 = 1, kgf/cm^2 = 760 mmHg

-Atmosfera Técnica : Para simplificar, é costume adotar p 0 = 10.000 kgf/m^2 = 1kgf/cm^2 , que é a chamada Atmosfera Técnica. 1 atm = 10.000 kgf/m^2 = 1kgf/cm^2 = 10 mca = 0,968 AN = 736 mmHg. Atmosfera Local: A pressão atmosférica diminui quando a altitude aumenta; a coluna de mercúrio desce, aproximadamente, 1 mm para cada 15m de aumento da altitude. As unidades de pressão podem ser divididas em três grupos:

a) Unidades de pressão propriamente ditas, baseadas na definição (F / A). Entre elas, as mais utilizadas são: Kgf/m^2 ; kgf/cm^2 ; N/m^2 ; Pa (Pascal); daN/cm^2 = bar (decanewton por centímetro quadrado); lb/pol^2 = psi ( p ounds per s quare i nches= libras por polegada ao quadrado). A relação entre essas unidades é facilmente obtida por uma simples transformação: l kgf/cm^2 = 10^4 kgf/m^2 = 9,8 x 10^4 Pa = 0,98 bar = l4,2 psi

b) Unidades de carga de pressão utilizadas para indicar pressão. Essas unidades são indicadas por unidade de comprimento seguida da denominação do fluido que produziria a carga de pressão (ou coluna) correspondente à pressão dada. Por exemplo: mmHg (milímetros de mercúrio); mca (metros de coluna de água); cmca (centímetros de coluna de água). Assim, na prática a representação da pressão em unidade de coluna do fluido e bastante prática, pois permite visualizar de imediato a possibilidade que tem certa pressão de elevar um fluido a certa altura. (veremos quando do estudo do Teorema de Stevin)

c) Unidades definidas. Entre elas, destaca-se a unidade atmosfera (atm) , que, por definição, é a pressão que poderia elevar de 760 mm uma coluna de mercúrio. Logo 1 atm = 760 mmHg = 101.230 Pa = 101,23 kPa = 10. kgf/m^2 = 1,033 kg/cm^2 = 1,01 bar = l4,7 psi = 10,33 mca.

-Pressão Efetiva e Pressão Absoluta :

A Pressão Efetiva pode ser:

a) Positiva: quando é superior a p 0 ; b) nula: quando for igual a p0; c) Negativa: quando é inferior a p 0 (é o caso de depressão ou de vácuo parcial).

A pressão efetiva é também conhecida como pressão manométrica, devido ser a pressão medida pelos manômetros.

A pressão em um ponto também pode ser calculada a partir do zero absoluto (vácuo perfeito ou total), obtendo-se neste caso, a Pressão Absoluta. Agora a

pressão nula corresponde ao vácuo total, e, portanto, a pressão absoluta é sempre positiva. Tem-se: pab^ = pef^ + p 0

-Medidores de Pressão:

Definições:

Manômetro: é um instrumento para medir a Pressão Efetiva.

a) Vacuômetro : é um manômetro que indica Pressões Efetivas Negativas, bem como as positivas e nulas. b) Piezômetro : também chamado de Tubo Piezométrico, é a mais simples forma de manômetros. Consta de um tubo aberto nas duas extremidades, uma das quais irá coincidir com o ponto do liquido que se deseja medir a Pressão Efetiva. A outra extremidade aberta do tubo fica em contato com a atmosfera, razão porque os piezômetros não servem para medir a pressão dos gases. c) Barômetro : mede o valor absoluto da Pressão Atmosférica. d) Altímetro : é o barômetro construído especialmente para obtenção de altitudes, como, por exemplo, as de uma aeronave em relação ao nível do mar.

Classificação dos Manômetros:

a) Manômetros de Líquido: São tubos transparentes e recurvados, geralmente em forma de “U”. Os tubos contêm o líquido manométrico (líquido destinado a medir a pressão do fluido). Para grandes pressões, usa-se o Hg como líquido manométrico; para pequenas pressões, os líquidos de pequena densidade (óleo, etc.)

c ) Manômetro Digital: Atualmente existem os manômetros digitais que, embora caros são bem mais precisos. As vantagens que oferecem são:

  • Não possui peças móveis, portanto, mais resistentes às vibrações;
  • substitui tanto os manômetros convencionais como os vacuômetros;
  • é alimentado por baterias (9 V), com duração de até um ano.

1.3.5- Outras Propriedades :

a) Tensão superficial : Na interface entre um líquido e um gás, ou entre dois líquidos imiscíveis, parece que se forma uma película ou camada especial no líquido, aparentemente devido à tração das moléculas abaixo da superfície. É uma experiência simples colocar uma pequena agulha na superfície da água em repouso e observar que a mesma é sustentada pela película. A atração capilar (capilaridade) é causada pela tensão superficial e pela relação entre a adesão do líquido e a coesão do líquido. Um líquido que “molha” o sólido tem uma adesão maior que a coesão. A ação da tensão superficial, neste caso, obriga o líquido a subir dentro de um pequeno tubo (capilar) vertical que esteja parcialmente imerso nesse líquido. Para líquidos que não “molham” o sólido, a tensão superficial tende a rebaixar o menisco num pequeno tubo vertical.

b) Adesão: É a propriedade de o líquido aderir às paredes do recipiente que o contém.

Efeito da adesão e capilaridade

c) Coesão: Manifesta-se na formação de uma gota do líquido e responsável pela atomização líquida, conhecida como efeito spray.

1.3.6- Teorema ou Lei de Stevin :

A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso, é igual ao produto do peso específico do fluido pela diferença de cotas dos dois pontos.

p 2 – p 1 = γ h  p 1 = pressão efetiva no ponto 1

1.3.7- Lei de Pascal :

A pressão aplicada em um ponto de um fluido em repouso transmite-se em igual intensidade a todos os pontos do fluido.

Essa lei apresente sua maior importância em problemas de dispositivos que transmitem e ampliam uma força através da pressão aplicada num fluido, como, por exemplo, as prensas hidráulicas.

Entre dois pontos, a equação fica representada:

Pressão no ponto 1-> p 1 = F 1 /A 1

Pressão no ponto 2-> p 2 = F 2 /A2, de acordo com Pascal p 1 = p 2 , então:

F 1 /A 1 = F 2 /A2, ou F 2 = F 1 A 2 / A 1 , ou ainda F 1 = F 2 A 1 / A 2

Desenho esquemático de uma Prensa Hidráulica

1.3.8- Principio de Arquimedes (Empuxo) :

Um corpo imerso o flutuando em um fluido, está sujeito a uma força vertical de baixo para cima, com intensidade igual ao peso do volume deslocado chamada de Empuxo. A aplicação do Empuxo ocorre no Centro de Carena (CC)

E= γ V , onde: E = empuxo; γ = peso específico do fluido e

V = volume deslocado pelo corpo.

Condições de Flutuação: A condição de flutuação ou submersão, será dada pela resultante do sistema de forças entre o peso do corpo e o empuxo gerado, nas seguintes condições:

E = empuxo e W = peso do corpo e R = resultante. R= E – W ;

R>0  Flutua; R=0  Indiferente (o corpo fica inteiramente mergulhado e em equilíbrio em qualquer parte da massa líquida); R<0  Submerge.

b) Viscosidade Cinemática :

A massa de um corpo é uma característica da quantidade de matéria contida nesse corpo, isto é, trata-se de uma característica da inércia que o corpo opõe ao movimento. Os efeitos da viscosidade serão tanto maiores quanto menor a inércia do fluido, ou seja, quanto menor sua massa específica ρ. Então, é útil estabelecer

a razão entre a viscosidade dinâmica e sua massa específica: νννν = μμμμ / ρρρρ

Unidades: MK*S νννν = m^2 /s

SI νννν = m^2 /s

CGS νννν = cm^2 /s = stoke (St);

Utiliza-se ainda o centistokes: 1cSt= 0,01 St. Das unidades, verifica-se que o nome- viscosidade cinemática- deve-se ao fato dessa grandeza não envolver força, mas somente comprimento e tempo, que são as grandezas fundamentais da cinemática.

c) Variação da Viscosidade com a Temperatura :

c.1) Viscosidade Dinâmica :

Nos líquidos a viscosidade μμμμ diminui com o aumento da temperatura, suposta constante a pressão. Nos gases, ao contrário, a viscosidade dinâmica aumenta quando a temperatura cresce, admitindo-se constante a pressão.

c.2) Viscosidade Cinemática :

A viscosidade cinemática dos líquidos e dos gases a uma da pressão é preponderantemente uma função da temperatura, ou seja, é praticamente independente da pressão, dependendo somente da temperatura.

1.4.2- Vazão(Q) :

É a quantidade de fluido que passa por uma seção na unidade de tempo.

A vazão pode ser medida em unidade de volume, de peso ou de massa No presente curso,como trabalharemos somente com líquidos que consideramos incompressíveis, adotaremos vazão em volume. Q= V/t, onde V= volume e t= tempo; demonstra-se que Q= vA , onde v = velocidade da corrente fluida e A = área da seção do conduto.

l.4.3- Classificação dos Movimentos :

Os movimentos são classificados em:

1.4.3.1- Regimes ou Movimentos Variado e Permanente :

a) Regime Variado : É aquele em que as condições do fluido em alguns pontos ou regiões de pontos variam com o passar do tempo, como, por exemplo, nos rios sujeitos às mares, a vazão varia com o tempo.

b) Regime Permanente : É aquele em que as propriedades do fluido são invariáveis com o passar do tempo. Note-se que as propriedades podem variar de ponto para ponto, desde que não haja variações com o tempo. Neste curso adotaremos o Regime Permanente, onde a vazão é constante.

1.4.3.2- Quanto a Trajetória das Partículas :

a) Escoamento Laminar : As trajetórias das partículas são bem definidas e não se cruzam.

b) Escoamento Turbulento : É aquele em que as partículas apresentam um movimento aleatório, ou seja, as partículas se movem desordenadamente.

O escoamento laminar é o menos comum na prática, mas pode ser visualizado num filete de água de uma torneira pouco aberta ou no início da trajetória seguida pela fumaça de um cigarro, já que a uma certa distância notam-se movimentos transversais.

1.4.4.2- Tubo de corrente :

Ë um conjunto constituído de linhas de corrente, ou uma figura imaginária limitada por linhas de corrente.

l.4.5- Equação de Bernoulli :

A Equação de Bernoulli deriva da Equação de Euler, com simplificações, partindo-se de uma equação mais simples. É óbvio que cada hipótese admitida cria um afastamento entre os resultados obtidos pela equação e o observado na prática. No entanto, é de importância fundamental, seja conceitualmente, seja como alicerce da equação geral, que será construída pela eliminação gradual das hipóteses da equação de Bernoulli e pela introdução dos termos necessários, para que a equação represente com exatidão os fenômenos naturais.

As hipóteses simplificadoras são :

a) Regime permanente; b) Sem máquina no trecho de escoamento em estudo. Entenda-se por máquina qualquer dispositivo mecânico que forneça ou retire energia do fluido, na forma de trabalho. As que fornecem energia ao fluido serão denominadas “bombas” e as que extraem energia do fluido, “turbina”; c) Sem perdas por atrito no escoamento do fluido ou fluido ideal; d) Propriedades uniformes nas seções; e) Fluido incompressível; f) Sem trocas de calor.

1.4.5.1- Equação de Bernoulli para Fluidos Ideais :

A equação de Bernoulli para fluidos ideais, leva em conta todas as hipóteses elencadas acima e seu enunciado diz: Ao longo de qualquer linha de corrente é constante a soma das energias potencial, cinética e de pressão ou piezométrica. Este teorema é uma extensão do princípio da conservação da energia. Bernoulli é uma equação que facilita o estudo de sistemas fluidos, eis que, transforma as três parcelas de energias em equivalentes colunas fluidas.

a) Energia Potencial ou de Posição  z

b) Energia Cinética  v^2 /2g

c) Energia de Pressão ou Piezométrica  p/ γ

Fluido Ideal : É aquele cuja viscosidade é nula. Por essa definição conclui-se que é um fluido que escoa sem perdas de energia por atrito. É evidente que nenhum fluido possui essa propriedade; no entanto, será visto no decorrer do estudo que algumas vezes será interessante admitir essa hipótese, ou por razões didáticas ou pelo fato de a viscosidade ser efeito secundário do fenômeno.

Fluido ou Escoamento Incompressível : Diz-se que um fluido é incompressível se o seu volume não varia ao modificar a pressão. Isso implica o fato de que, se o fluido for incompressível, a sua massa específica não varia com a pressão. É claro que, na prática, não existem fluidos nessas condições. Os líquidos, porém, têm um comportamento muito próximo a esse e na prática, normalmente, são considerados como incompressíveis.

1.4.5.2- Equação de Bernoulli para Fluidos Reais :

Conceito Inicial da Perda de Carga :

A experiência mostra que, no escoamento dos Fluidos Reais, uma parte da sua energia se dissipa em forma de calor e nos turbilhões que se formam na corrente fluida. Essa parte de energia é consumida pelo Fluido Real ao vencer diversas resistências, que não foram levadas em conta ao tratarmos do Fluido Ideal. Uma das resistências é causada pela Viscosidade do Fluido Real, outra é provocada pelo contato do fluido com a parede interna do conduto. Várias resistências são causadas na tubulação por peças de adaptação ou conexões (curvas, joelhos, tês, registros, etc.). Assim, a carga no Fluido Real, não é mais aquele valor visto na Equação de Bernoulli para Fluidos Ideais, pois uma parte da carga ficou perdida no Fluido Real: Ë a chamada “Perda de Carga”. Considerando a Equação de Bernoulli entre os pontos (1) e (2), sendo o processo no sentido de (1) para (2), temos:

v 12 /2g + p1/ γ + z 1 = v 22 /2g + p2/ γ + z 2 + hf ; onde hf é a somatória das perdas

ocorridas ao longo da trajetória fluida.

As perdas de carga estão classificadas em:

Perdas de Carga ao longo de um conduto e Perdas de Carga Localizadas.

( Conduto: é qualquer estrutura sólida, destinada ao transporte de fluidos).

a) Perda de Carga ao Longo de um Conduto (hf) :

São ocasionadas pelo movimento do fluido na própria tubulação. A resistência ao escoamento do fluido ao longo das canalizações depende do comprimento e do diâmetro do tubo, da velocidade do fluido, da rugosidade das paredes do tubo, porém não depende da posição do tubo nem da pressão interna.

As experiências de Nikuradse , mostram a importância da rugosidade nas perdas ao longo das canalizações. A rugosidade das paredes depende:

  • material empregado;
  • processo de fabricação dos tubos;
  • comprimento do tubo e número de juntas;
  • técnica de assentamento;
  • estado de conservação das paredes do tubo;
  • existência de revestimento especial; e
  • emprego de medidas protetoras durante o funcionamento.

Existem várias fórmulas empíricas para o cálculo da perda de carga ao longo das canalizações, porém, neste curso, abordaremos somente a fórmula universal. Fórmula Universal: hf = f. L v^2 ; onde: D 2g

L= comprimento da tubulação e/ou comprimento equivalente das singularidades existentes ao longo da linha (m);

D = diâmetro do tubo (m);

v = velocidade do fluido (m/s)

f = coeficiente de atrito, que é função do fluido, tipo de material e diâmetro do conduto e da velocidade de escoamento.(Tabelado)