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v 35 Capítulo 4 / Farmacacinética Quadro 4.3 Cálculos das áreas dos trapezoides empregando-se os dados contidos na Figura 4.3. A partir da soma das áreas dos trapezoides obtém-se o valor da área sob a curva (ASC) Tempo Concentração A=M(B+h)=2 th) (pug/m2) Área a (B+b)+2 (pg: h/mi) 0 100 4 Fál AI 1-0=1 (100 +71) =2 1 2 50 AZ 2-1 (M+5D-2 1-60,5=60,5 É 35 As 3-2-1 Eas30+2 1.42,5=425 4 25 As 4 3=1 (35+25)-2 1-30,0 - 30,0 6 12 As (25+12)-2 2:185=370 8 82 A6 8-6-2 (12+6,2)+2 2:91=182 10 31 AZ 10-8=2 (52+31)+2 2:465-93 ASC=283,0 A = área; 8 base maior; b base menor. O Quadro 4.4 contém a ASC de alguns medicamentos ad- ministrados a suínos, mostrando que o cloridrato de ceftiofur apresenta maior 4 enquanto o florfenicol, a menor, frente às doses e vias de administração empregadas. = DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS Após absorção, um medicamento pode ficar sob a forma livre no sangue, ligar-se a proteínas plasmáticas ou, então, ser sequestrado para depósitos no organismo. Um fato de impor- tância é que somente o medicamento na forma livre é distribuí- do para os tecidos. Define-se distribuição como o fenômeno cm que um medicamento, após ter chegado ao sangue, isto é, após a sua absorção, sai deste compartimento e vai para o seu local de ação. Os medicamentos abandonam a via circulatória para o espa- co intercelular por processo de difusão através das membranas celulares dos capilares ou ainda por poros ou fenestrações exis tentes nas paredes dos capilares. A velocidade com que a con- centração de um determinado medicamento livre demora para se equilibrar entre o plasma e o líquido dos demais comparti- mentos depende basicamente do grau específico de vasculari- zação de um determinado tecido. Fste equilíbrio é conseguido rapidamente em órgãos bem perfundidos, como o coração, o fígado, os rins e o cérebro, denominados compartimento cen- tral, quando comparados com pele, ossos ou depósitos de gor- dura, denominados compartimento periférico. As diferenças nas concentrações de alguns medicamentos encontradas nos diferentes tecidos, após tempo suficiente para a difusão da concentração pelos diversos compartimentos, pode ser explicada por diferentes afinidades dos medicamentos, pe- los vários tecidos ou ainda pela existência de transporte espe- cializado. Na distribuição, é importante levar em conta a água corpo- ral, que representa cerca de 50 a 70% do peso do organismo, distribuída em quatro compartimentos: a) líquido extracelular, constituído de plasma sanguíneo (4,5% do peso corporal); b) líquido intersticial (16%) e linfa (1 a 2%); c) líquido intracelular (30 a 40%); à) líquido transcelular (2,5%), que inclui os líquidos cefalorra- quidiano, intraocular, peritoneal, pleural, sinovial e secre- ções digestivas. No interior de cada um destes compartimentos aquosos, as moléculas do medicamento existem em solução livre e na forma ligada, na forma molecular ou iônica, de acordo com o pH do compartimento. Portanto, o equilíbrio da distribui- ção entre os vários compartimentos depende: da capacidade de um medicamento atravessar as barreiras teciduais de cada compartimento; da ligação do medicamento no interior desses compartimentos; da ionização e da lipo- ou hidrossolubilidade das moléculas dos medicamentos. = Volume aparente de distribuição de medicamentos Para melhor entendimento do conceito de volume de dis- tribuição de um medicamento, considere a situação hipotética descrita a seguir. v Quadro 4.4 Valores da área sobre a curva (ASC) de alguns antimicrobianos administrados em suínos Antimicrobiano Dose (mg/kg) Via ASC(pg + h/mi) Ceftiofur sódico 30 im 1960 = 45,4 E Ceftiofur, cloridrato 30 IM 21601280 Florfenicol 20,0 IM 12+08 Tulstromicina 25 IM 152431 Doxiciclina 10,5 oral 137+6,1