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Mecanismo de ação dose-resposta - 040, Notas de estudo de Medicina Veterinária

Spinosa 5ª edição (capítulo 2) Farmacologia Veterinária

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 23/02/2014

patricia-r-8
patricia-r-8 🇧🇷

2.4

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36 « frasco A contendo 10 g de um medicamento dissolvido em 100 litros de água; + frasco B contendo 10 g de um medicamento dissolvido em 100 litros de água na qual há carvão ativado. Capítulo 4 / Farmacocinética No frasco Bo carvão ativado adsorveu 99% do medicamento; portanto, a concentração final do medicamento neste frasco é de 0,1 g/100 £ (1 mg/?). Por outro lado, no frasco À a concen- tração final do medicamento é de 0,1 2/4 (100 mg/t). Sabe-se que a concentração (C) de qualquer substância é dada pela relação: C = massa + volume Portanto, quando não se conhece o volume, mas se sabe a massa (dose do medicamento) e a concentração, tem-se: V = massa + concentração Assim, considerando os frascos A e B, tem-se: + frasco A:massa= 10ge C=0,1 g/ó. Então: V =1 litro. - frasco B: massa = 0,1 g ou 100 mg e € 1 mg/f. Então: V = 100 + 1 = 100 litro 10+0,1 = 0,1 8/100 t ou Esse exemplo auxilia o entendimento do volume de distri- buição aparente (Vd), que é definido como o volume de líqui- do nec o para conter a quantidade total de medicamento no organismo na mesma concentração presente no plasma. E matematicamente expresso como: quantidade de medicamento no organismo Vd- = concentração do medicamento no plasma Geralmente, o Vd é expresso em litros/kg de peso corporal. Ressalte-se que o Vd é o volume teórico ocupado pelo medi- camento, caso este se dissolvesse homogencamente no orga- nismo e a sua concentração em todos os locais do organismo fosse igual àquela do plasma O Vd é um valor farmacocinético que fornece uma aproxi- mação da extensão da distribuição do medicamento no orga nismo. Quanto maior o Vd de um medicamento, maior a quan- tidade do medicamento que deixou o plasma, acumulando-se nos diferentes compartimentos hídricos. Para exemplicar uma situação de aplicação prática do con- ceito de Vd, suponha que um medicamento foi administrado por via intravenosa a um animal; esse medicamento foi distri- buído, alcançou o equilibrio nos diferentes tecidos e não está sendo biotransformado nem eliminado. Nessa situação, conhe- cendo-se à massa (dose administrada) e a concentração média do medicamento no organismo, o Vd pode ser determinado a partir da equação anteriormente citada. Caso o valor do Vd seja maior que aquele correspondente ao volume total de água do organismo, presume-se que o medicamento não foi distribuído uniformemente, concentrando-se em um ou mais comparti- mentos; denomina-se esse fenômeno de sequestro. O Quadro 4.5 mostra os valores do Vd de alguns antimi- crobianos empregados em suínos. Nota-se que o tianfenicol tem valor de Vd relativamente baixo em comparação ao da Lulatromicina. Portanto, considerando a equação para a cál- culo do Vá, o valor é alto quando a concentração plasmática do medicamento é baixa, indicando que houve sequestro para outros compartimentos do organismo. Conclui-se, então, que o tianfenicol possui distribuição relativamente homogênea no organismo, enquanto a tulatromicina Lem distribuição hetero- gênea e sofre sequestro. à À Quadro 4.5 Volume de distribuição aparente (Vd), no estado de equilibrio de alguns antimicrobianos administrados a suínos, por via intravenosa Dose (mg/kg) Ve (U/kg) Elorfenicol 20,0 1,50+0,20 Sarafloxacino 50 1,92+0,27 Tianfenicol 190 0,64+0,34 Tulatromicina 2s 132- 186 = Ligação de medicamentos às proteinas plasmáticas Quantidade significativa de medicamento absorvido por um organismo tende a ligar-se de forma reversível às proteínas plasmáticas. Cabe ressaltar que somente a fração livre do me- dicamento tem a capacidade de deixar o plasma para alcançar seu local de ação. Entre a fração ligada a proteínas plasmáticas ca fração livre do medicamento existe um equilíbrio dinâmico. Quando a fração livre abandona a circulação, uma nova porção do medicamento ligado se libera das proteinas, refazendo este equilíbrio. Desta forma, pode-se considerar a ligação com pro- teínas plasmáticas como um reservatório circulante do medica mento potencialmente ativo. Por outro lado, com a mudança nos níveis dessas proteínas plasmáticas, como, por exemplo. nas hipoproteinemias, ocorre aumento da toxicidade de medic; mentos que apresentam alta afinidade a essas proteínas. A administração concomitante de dois medicamentos com alta percentagem de ligação plasmática pode ocasionar um au- mento da atividade ou da toxicidade de um deles. Isto ocorre porque estes dois medicamentos competem com Os mesmos locais de ligação dessas proteínas, havendo, portanto, o deslo- camento de um deles para a forma livre, responsável pelos efei- tos farmacológicos e/ou tóxicos. Assim por exemplo, o uso de anti-inflamatórios e anticoagulantes orais conjuntamente leva a um aumento significativo no tempo de coagulação, quando comparado aos oblidos com a utilização somente de anlicoa- gulantes orais. A albumina plasmática é a mais importante proteína plas- mática envolvida na ligação com medicamentos, porém não é a única, estando incluída neste grupo a betaglobulina e a gli coproteina ácida; parece haver preferência de medicamentos ácidos pela albumina e de medicamentos básicos pela betaglo- bulina e as glicoproteínas ácidas. Uma percentagem de ligação de um medicamento a proteí- nas plasmáticas acima de 80% restringe sua distribuição extra- vascular e pode retardar ou facilitar sua eliminação, dependen- do dos processos envolvidos. Embora possam existir diferenças significativas entre as di- ferentes espécies animais em termos de ligação de inúmeros medicamentos às proteínas plasmáticas, estas, de forma geral são pouco importantes. = Acumulação e estoque dos medicamentos nos diversos compartimentos orgânicos Curtos medicamentos, por características intrínsecas, têm maior afinidade por determinadas estruturas orgânicas, tanto