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Bactérias multiresistentes
Tipologia: Notas de estudo
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária
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Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde
25 de outubro de 2010
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Diretor-Presidente Dirceu Raposo de Mello
Diretor Dirceu Brás Aparecido Barbano
Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde Heder Murari Borba
Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos Janaina Sallas
Equipe técnica: André Oliveira Rezende de Souza Cássio Nascimento Marques Fabiana Cristina de Sousa Heiko Thereza Santana Magda Machado de Miranda Costa Suzie Marie Gomes
Elaboração: Comissão de Assessoria Técnica em Resistência Microbiana em Serviços de Saúde (CATREM) Grupo de Trabalho para Propor ações relativas ao seguimento de surtos de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Organização Mundial de Saúde (OMS) Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos (UIPEA) Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária (NUVIG) Unidade de Tecnovigilância (UTVIG) Gerência Geral de Laboratórios de Saúde Pública (GGLAS) Gerência Geral de Saneantes (GGSAN) Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde Diretoria Dirceu Brás Aparecido Barbano (DIDBB)
A Comissão/Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH/SCIH) do estabelecimento de saúde tem suas atribuições definidas pela Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998, que inclui a implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares. Dentre as atribuições, a comunicação dos indicadores aos demais entes, que compõem a organização nacional de prevenção e controle das IRAS, por meio do formulário eletrônico conforme orientações descritas no Manual dos Indicadores Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde
Administração dos Serviços de Saúde
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
Secretarias de Saúde Municipais, Estaduais e Distrito Federal
Em laboratórios de microbiologia clínica no Brasil, os critérios a serem utilizados como base para interpretação dos testes de sensibilidade para Enterobacteriaceae deverão ser aqueles contidos no documento M100-S20 do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) publicado em janeiro de 2010, com as seguintes modificações:
Antimicrobiano Sensível ( μ g/mL)
Intermediário ( μ g/mL)
Resistente ( μ g/mL)
Potência do Disco ( μ g)
Sensível (mm)
Intermediário (mm)
Resistente (mm)
Cefepimaa^ ≤ 1 2 – 4 ≥ 8 30 ≥ 24 21 - 23 ≤ 20 Ceftazidimaa,b^ ≤ 1 2 – 4 ≥ 8 - - - - Aztreonama^ ≤ 1 2 – 4 ≥ 8 30 27 24 - 26 23 Ertapenema^ ≤ 0,5 1 ≥ 2 10 ≥ 25 22 - 24 ≤ 21 Imipenemc^ ≤ 1 2 ≥ 4 10 ≥ 23 20 - 22 ≤ 19 Meropenemc^ ≤ 1 2 ≥ 4 10 ≥ 23 20 - 22 ≤ 19 Colistina ou Polimixina Ba
≤ 2 - ≥ 4 - - - -
Tigeciclinaa^ ≤ 1 2 ≥ 4 15 ≥ 18 15 - 17 ≤ 14 a. Pontos de corte preconizados pelo The European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST). b. Não há critérios interpretativos para o método Kirby-Bauer segundo o EUCAST, para discos de ceftazidima com potência de 30 μg. c. Pontos de corte preconizados pelo CLSI. Nota: Sempre que forem utilizados os critérios interpretativos preconizados nesta tabela, incluir a seguinte nota no resultado: “Para a interpretação dos testes de sensibilidade foram utilizados os critérios preconizados na nota técnica da ANVISA Nº. 01/2010”.
5.2. Culturas de Vigilância para Detecção de Enterobactérias Produtoras de Carbapenemases
As culturas de vigilância, quando epidemiologicamente indicadas, deverão ser realizadas conforme detalhado seguir:
a. Amostra: swab retal ou fezes b. Meio de transporte: Cary-Blair ou Amies c. Processamento: i. Adicionar um disco meropenem (10 μg) em um tubo contendo 5 mL de TSB; ii. Introduzir o swab no caldo, homogeneizar, retirar e descartá-lo; iii. Incubar a cultura (caldo TSB) por 16-18h a 35±2°C; iv. Homogeneizar e repicar, por esgotamento, a suspensão em uma placa de ágar MacConkey. Aplicar sobre a superfície do ágar um disco de imipenem (10 μg) e outro de meropenem (10 μg); v. Incubar a placa por 16-18h a 35±2°C; vi. Selecionar a colônia mais próxima de um dos discos; vii. A colônia selecionada deve ser identificada bioquimicamente e testada por disco difusão conforme critérios acima; viii. cc Controle de qualidade: A performance do caldo contendo meropenem deve ser comprovada semanalmente e a cada novo lote de caldo TSB ou disco de meropenem, utilizando-se as cepas K. pneumoniae ATCC BAA-1705 (produtora de KPC) e ATCC BAA- 1706 (não produtora de KPC) ou cepas produtora de KPC ou não produtoras de KPC em processo de depósito no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). ix. A cultura deve ser reportada: positiva para enterobactéria resistente a carbapenêmico (possível produtora de KPC, IMP dentre outras). O resultado deve ser prontamente comunicado ao SCIH para a imediata instituição das medidas de controle. x. A necessidade de armazenamento da amostra de enterobactéria deve ser discutida com o SCIH.
5.3. Outras Carbapenemases Emergentes
Devido ao relato da disseminação de cepas de enterobactérias produtoras de outras carbapenemases em diversos países, a exemplo daquelas dos tipos NDM ou VIM, recomenda-se a implementação de medidas de precauções de contato para pacientes admitidos em hospitais brasileiros, oriundos de instituições hospitalares no exterior, ou que tenham sido recentemente hospitalizados no exterior. Coletar amostra de swab retal para cultura de vigilância e manter as medidas de precaução de contato até que seja afastada a hipótese de colonização ou infecção por enterobactéria resistente a carbapenêmicos.