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Memorial de Atividades Acadêmicas, Notas de estudo de Informática

2.1.1 – Orientações de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) . ... ensino superior no Departamento de Informática e Estatística – INE da UFSC na área de ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Universidade Federal de Santa Catarina
Departamento de Informática e Estatística
Memorial de Atividades Acadêmicas
Marcelo Menezes Reis
Documento submetido à Universidade Federal de Santa Catarina como
requisito para a promoção de Professor Associado, classe D, para
Professor Titular da Carreira do Magistério Superior, classe E, de
acordo com a Resolução Normativa 114/2017CUn-UFSC, de
14/11/2017, e Portaria Nº 982/MEC/2013, de 03/10/2013.
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Universidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Informática e Estatística

Memorial de Atividades Acadêmicas

Marcelo Menezes Reis

Documento submetido à Universidade Federal de Santa Catarina como

requisito para a promoção de Professor Associado, classe D, para

Professor Titular da Carreira do Magistério Superior, classe E, de

acordo com a Resolução Normativa Nº 114/2017CUn-UFSC, de

14/11/2017, e Portaria Nº 982/MEC/2013, de 03/10/2013.

Florianópolis

Sumário

1. Introdução

Este memorial descreve as atividades da carreira acadêmica do Professor Marcelo Menezes Reis, visando promoção à classe E (Titular de carreira):

Período de avaliação do Memorial de Atividades Docentes – MAD:

de 2017.1 a 2018.2;

Período de avaliação do Memorial de Atividades Acadêmicas – MAA:

de 1995.1 a 1998.1^1 e do período de 2001.2 a 2019.1.

Este documento instrui a candidatura do professor para promoção à classe E (Titular de carreira) do Magistério Superior e sua estrutura reflete as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração acadêmica , com anexos organizados conforme Artigo 5 da Portaria n 982/2013 do MEC, incluídas no Anexo I da RESOLUÇÃO NORMATIVA N 114/2017/CUn, de 14 de novembro de 2017:

 Admissão: 28 de junho de 1995.  Estágio probatório como Professor Assistente: 1995.2 a 1997.2.  Exercício como Professor Assistente: 1998.1 a 2001.1.  Afastamento para Doutorado: 1998.2 a 2001.  Exercício como Professor Adjunto: 2001.2 a 2010.  Exercício como Professor Associado: 2011.1 a 2019.1^2

(^1) De 1998.2 a 2001.1 o docente estava afastado integralmente para cursar Doutorado (licença-capacitação). (^2) Em 06 de maio de 2019 completou-se o interstício necessário para iniciar o processo de promoção à Classe E.

1.1 – Biografia resumida

Marcelo Menezes Reis nasceu em Tubarão, SC, em 23 de dezembro de 1968. Ainda na infância mudou-se com os pais para o Rio de Janeiro, RJ, retornando à Santa Catarina em janeiro de 1976, residindo em Florianópolis desde então.

De 1986 a 1990 cursou simultaneamente^3 graduação em Engenharia Elétrica na UFSC e em Administração na ESAG/UDESC. Em 15 de dezembro de 1990 graduou-se em Administração, mas devido a conflitos de horários somente concluiu Engenharia Elétrica em 15 de novembro de 1991^4. Durante este período foi bolsista de iniciação científica sob a orientação do Professor Jorge Coelho no LABSPOT – Laboratório de Sistemas de Potência do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC, e realizou seu estágio no curso de Administração na empresa CASVIG, na área de mercadologia, delineando e aplicando uma pesquisa de mercado para a empresa.

Antes mesmo da graduação em Engenharia Elétrica matriculou-se como aluno especial em disciplinas no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFSC no ano de 1991, e após a colação de grau formalizou seu ingresso no mestrado sob a orientação do Professor Jorge Coelho, do recém-formado Grupo de Planejamento de Sistemas Elétricos. Sua dissertação de mestrado intitulada “Confiabilidade de Sistemas de Transmissão e Distribuição na Presença de Incertezas nos Dados” foi defendida e aprovada em 27 de outubro de 1993. A área de concentração foi Sistemas de Potência, e o tema do trabalho envolvia muito conteúdo de Probabilidade e Estatística. A dissertação originou quatro artigos em eventos nacionais e internacionais entre 1992 e 1994.

Por causa do trabalho desenvolvido no mestrado candidatou-se no concurso público para Professor Substituto de Estatística no Departamento de Informática e Estatística da UFSC em 1994.1. Obteve aprovação e começou suas atividades em março de 1994, como professor 20 horas, ministrando as seguintes disciplinas: INE5105 – Estatística I (3 créditos) para o curso de Administração, INE5110 – Estatística I-B (3 créditos) para o curso de Arquitetura, e INE5108 – Estatística e Probabilidade para Ciências Exatas (3 créditos) para o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. No semestre 1994.2 a direção do Departamento aumentou sua carga para 40 horas, passando a ministrar as disciplinas: INE5105 – Estatística I (3 créditos) para o curso de Administração (duas turmas), INE5108 – Estatística e Probabilidade para Ciências Exatas (3 créditos) para os cursos de Engenharia Sanitária e Ambiental e Engenharia de Controle e Automação, INE5111 – Estatística Aplicada I (4 créditos) para o curso de Biblioteconomia e a partir da metade do semestre INE5102 – Estatística I (3 créditos) para o curso de Psicologia. Nas avaliações feitas pelos discentes no semestre de 1994.2 os alunos manifestaram-se bastante favoravelmente ao desempenho do professor.

Em novembro de 1994 foi aprovado no concurso público para professor assistente efetivo de ensino superior no Departamento de Informática e Estatística – INE da UFSC na área de Estatística (único aprovado entre 3 candidatos). Devido à mudança no governo federal ocorrida em janeiro de 1995, tomou posse apenas em 27 de junho de 1995, entrando em exercício em 28 de junho de 1995, sendo seu contrato como professor substituto estendido até a posse.

Em dezembro de 1994 foi aprovado no concurso público para professor assistente efetivo de ensino superior no Departamento de Engenharia Elétrica – EEL da UFSC na área de Fundamentos de

(^3) Na época era permitido cursar duas instituições públicas simultaneamente. (^4) A colação de grau foi adiada em cerca de 4 meses devido a uma greve nacional de docentes de ensino superior ocorrida em 1991.

colegiado de curso de graduação em Ciências da Computação até 2008.2. Em 2004 foi publicado o livro “Estatística para Cursos de Engenharia de Informática” pela então Editora Atlas, em parceria com o colega do INE Pedro Alberto Barbetta (autor principal) e Antonio Cezar Bornia do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas (até este momento o livro está em sua terceira edição impressa e dispõe de versão e-book).

No período de 2009.1 a 2011.2 participou de projetos de pesquisa e desenvolvimento do Grupo de Planejamento de Sistemas Elétricos do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC, sob coordenação do Professor Jorge Coelho, que redundaram em várias publicações em eventos, além dos relatórios técnicos. Também publicou dois livros para a disciplina de Estatística do curso de graduação em Administração, modalidade à distância. E iniciou atividades de administração com maior carga horária, passando a ser subchefe do INE e presidente da Câmara de Ensino do INE até 2013.1. Progrediu para Associado I em maio de 2011.

A partir de 2012 credenciou-se como professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Métodos e Gestão em Avaliação (PPGMGA), Mestrado Profissional Interdisciplinar. Ministrou disciplinas no curso, concluiu quatro orientações no programa (mais duas em andamento) e desde fevereiro de 2019 assumiu a coordenação do programa. Em junho de 2013 foi eleito chefe do INE, sendo reconduzido em 2015, e passando a subchefe do INE em julho de 2017, permanecendo no cargo até janeiro de 2019, quando precisou sair do cargo para assumir a coordenação do PPGMGA.

De 1995 até hoje houve dedicação às atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração acadêmica na UFSC, na qualidade de Professor Assistente, Adjunto e Associado (http://lattes.cnpq.br/7996516230446961).

Neste Memorial de Atividades Acadêmicas (MAA) são descritas as atividades desenvolvidas no período de avaliação para promoção à classe E (Titular de carreira) de 1995.1 a 2019.1, considerando o Memorial de Atividades Docentes – MAD, com uma visão sobre perspectivas futuras. São listadas as atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração , com anexos organizados segundo a classificação prevista no Art. 5 da Portaria n 982, de 3 de outubro de 2013, do Ministério da Educação.

2. Atividades de ensino

2.1 – Graduação

Desde criança parecia ter inclinação para o magistério. No ensino médio procurava ajudar os colegas com dificuldades nas mais variadas matérias. Durante os dois cursos de graduação, no mestrado e no doutorado continuei com este procedimento, preparava resumos das matérias e manuais de aplicativos computacionais, que os colegas copiavam e depois os ajudava em suas dúvidas. Meu pai era licenciado em letras-inglês, mas exerceu por pouco tempo, desencantou-se com o dia a dia da profissão. Minha mãe era professora de ensino fundamental. Quando comecei a dar aulas de Estatística como professor substituto em 1994.1 meu pai disse-me que era uma excelente oportunidade para ver se eu tinha vocação e aptidão para a profissão: cheguei à conclusão que era isso mesmo que eu queria como carreira. Tenho grande prazer em lecionar, seja em graduação ou pós-graduação, e procuro sempre que possível adaptar as disciplinas de Estatística/Probabilidade às realidades e necessidades de cada curso, levando em conta o conhecimento prévio dos alunos.

Desde que ingressei no Departamento de Informática e Estatística (INE) da UFSC ministro disciplinas de Estatística e Probabilidade para vários cursos, com realidades muito diferentes: Administração (matutino e noturno), Administração – à distância, Administração Pública – à distância, Biblioteconomia (noturno), Ciências Biológicas, Ciências da Computação, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, e Engenharias (de Controle e Automação, Elétrica, de Produção, Mecânica, Sanitária e Ambiental). A disciplina de Estatística (e/ou Probabilidade) geralmente está situada nas fases iniciais dos currículos dos cursos (geralmente até a 3ª ou 4ª fases), e goza de uma reputação infundada de “difícil” especialmente entre os alunos de cursos com menos ênfase em matemática. Para torná-las mais atrativas para os alunos sempre busquei exemplos das suas áreas de conhecimento, estabelecendo parcerias com os professores de outras disciplinas daqueles cursos. Destaco duas especialmente importantes: com os cursos de Ciências Biológicas e de Administração.

No curso de Ciências Biológicas a disciplina INE5117 – Estatística para Ciências Biológicas ficou sob minha responsabilidade de 1995.1 a 1998.1: neste período estabeleci contato com os professores, participei do colegiado de curso, e adaptei a disciplina à sua realidade, utilizando softwares estatísticos para auxiliar na análise de dados, e usando dados reais sempre que possível nos exemplos. Seguindo o conselho do Professor Paulo José Ogliari, que era o responsável pela disciplina antes de afastar-se para doutorado, implementei um trabalho prático de análise de dados com ótimos resultados na aprendizagem dos alunos. A parceria com professores do Departamento de Botânica e de Ecologia e Zoologia no colegiado de curso resultou em orientação de trabalhos de conclusão de curso e publicações em periódicos.

Por conta de minha formação em Administração sempre me senti muito à vontade para ministrar disciplinas neste curso. Desde que retornei do doutorado, a partir de 2001.2, ministro pelo menos uma disciplina para o curso de graduação em administração, presencial. E desde 2006.1, com alguns intervalos, faço parte do colegiado do curso de graduação em administração. O curso tem duas disciplinas de Estatística: INE7001 – Estatística para Administradores I (na 2ª fase) e INE7002 – Estatística para Administradores II (na 3ª fase).

A disciplina INE7001 tem a seguinte ementa: Análise exploratória de dados; Análise bidimensional; Regressão e Correlação; Séries temporais; Números índices. A partir de 2004.1 iniciei

planilha eletrônica necessários para os exercícios práticos, postando-os na minha página pessoal (www.inf.ufsc.br/~marcelo) e no ambiente virtual Moodle. Mas, muitos alunos continuavam com dificuldades, a partir de 2016 resolvi gravar vídeos curtos (no máximo 20 minutos) com todos os procedimentos e criar um canal no YouTube ( menreis39 ). A recepção dos alunos a esta iniciativa foi a melhor possível, sem contar que a atualização do material é mais fácil do que no caso dos textos.

Figura 1 - Construção do arquivo de dados de Análise Exploratória de Dados para INE7001 - 1a parte

Figura 2 - Construção do arquivo de dados de Análise Exploratória de Dados para INE7001 - 2a parte

Com este procedimento é possível gerar quantos arquivos de dados sejam necessários: geralmente os alunos formam de 10 a 15 grupos todo semestre, e cada um tem a sua própria base de dados. O procedimento de correção dos trabalhos também é facilitado por se saber de antemão os resultados, pois analiso os dados de todos os grupos antes de enviá-los. Utilizo este procedimento em todas as disciplinas de graduação, e de pós-graduação, que têm Análise Exploratória de Dados na ementa.

Para o exercício prático 2, de análise de correlação e regressão, por ser uma disciplina de graduação, resume-se a apenas duas variáveis: uma independente (com valores seguindo uma distribuição normal gerados por simulação com média e desvio padrão apropriados aos objetivos pedagógicos), e a outra dependente (com uma função – reta, polinômio de 2º grau, logarítmica, potência, exponencial – as existentes em planilha eletrônica – relacionando-a com a independente, mais uma flutuação aleatória também gerada por simulação). Os grupos precisam construir diagramas de dispersão, ajustar modelos de regressão, analisar os resíduos dos modelos e escolher o mais apropriado para uso em previsões. Usualmente geram-se 1500 pares de valores, para também evitar a possibilidade de realização de cálculos manuais.

Para o exercício prático 3, de análise de séries temporais, por constar na ementa da disciplina, resume-se ao modelo clássico: define-se o tipo de modelo que cada grupo terá (aditivo ou multiplicativo), uma tendência por equação (um dos cinco tipos usados no exercício 2), a periodicidade e intensidade do efeito dos ciclos na série, a intensidade das variações sazonais, e uma variação aleatória (gerada por simulação e modificada manualmente onde necessário para o objetivo pedagógico) como componente irregular. Usualmente a série temporal é registrada mensalmente, sendo gerados dados para 216 períodos (18 anos) para a análise. Novamente, cada grupo tem sua base de dados.

A disciplina INE7002 tem a seguinte ementa: Introdução à Probabilidade; Distribuições de Probabilidades; Amostragem; Distribuições Amostrais; Estimação; Testes de Significância. INE7001 é pré-requisito de INE7002. Após conversar com os professores responsáveis pela disciplina de Pesquisa de Mercado do curso de Administração, e lembrando da minha experiência como aluno de Estatística na graduação em Engenharia Elétrica, resolvi implementar um trabalho prático de tema livre na disciplina: os alunos escolhem o tema (a pesquisa precisa ser feita por amostragem para que possam aplicar os conceitos de inferência estatística), fazem o planejamento de pesquisa e amostragem, coletam os dados, fazem a análise exploratória dos dados (usualmente os que cursaram INE7001 comigo já estão adequadamente preparados para isso), e depois realizam a generalização dos resultados (a apresentação do conteúdo é feito concomitantemente com as etapas do trabalho). A recepção dos alunos, em que peso o reconhecimento das dificuldades encontradas, também foi muito boa.

Outro desafio no ensino de graduação foi a modalidade à distância. Desde 2008 ministro disciplinas de Estatística para os cursos à distância de Administração e Administração Pública da UFSC (e participo de seus colegiados de curso). Foi um grande desafio a preparação do material, a gravação de videoaulas, a condução das disciplinas (especialmente as videoconferências e chats), mas a experiência tem sido boa, sem contar o grande impacto social que tais cursos podem ter. Em uma das edições das minhas disciplinas havia um polo em Roraima na fronteira com a Venezuela, outros em cidades pequenas no interior do Rio Grande do Sul, Paraná e de Santa Catarina: os alunos jamais teriam oportunidade de cursar uma universidade federal sem o curso à distância. Ressalte-se que o curso de Administração, modalidade à distância, recebeu nota 5 no ENADE em pelo menos uma avaliação.

Reduzi a carga horária de ensino apenas quando estava em cargo de chefe de departamento. Como o INE tem 60 professores, ministra disciplinas para 23 cursos diferentes, é responsável direto por dois cursos de graduação e dois de pós-graduação, trata-se de uma carga administrativa considerável.

Considerando os 42 semestres de docência na UFSC, de 1995.1 a 1997.1, e depois de 2001.2 a 2019.1 sempre trabalhei com turmas grandes (40 a 60 alunos, embora as de cursos à distância possam ter entre 140 – 200 alunos), total de 99 turmas, cerca de 4400 alunos de graduação. Minha carga horária total na graduação foi de 378 créditos (de 18 horas-aula/crédito) e média geral de 9 horas- aula/semana.

A relação das disciplinas ministradas na graduação está no Anexo I.1.

Recebi várias homenagens e avaliações positivas de alunos, conforme Anexo IX.

2.1.1 – Orientações de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC)

Devido ao fato de não haver curso de graduação em Estatística na UFSC os professores da área no INE costumam colaborar com outros cursos. Na minha trajetória fui responsável pela orientação de quatro trabalhos de conclusão: dois no curso de Ciências Biológicas, um no curso de Ciências da Computação, e outro no curso de Engenharia Elétrica. Porém, proporcionei apoio informal a vários outros trabalhos, auxiliando no planejamento da coleta de dados, ou na análise dos resultados.

As relações de orientações e participações em comissões examinadoras de Trabalhos de Conclusão de Curso estão no Anexo I.2 e I.3, respectivamente.

2.2 – Ensino de Pós-graduação

Em 2003.1 credencie-me como professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC), vinculando-me ao grupo de Estatística e Mineração de Dados. O PPGCC era trimestral então, e nossa área de concentração tinha três disciplinas obrigatórias, além dos seminários de mineração de dados: INE6006 - Métodos Estatísticos, Análise Multivariada e Planejamento e Análise de Experimentos. Iniciei ministrando Métodos Estatísticos, dividindo-a com o Professor Dalton Andrade, um dos melhores professores que conheci, grande profissional e uma das maiores autoridades do Brasil (talvez no mundo) em Teoria de Resposta ao Item.

A disciplina INE6006 – Métodos Estatísticos tem a seguinte ementa: Planejamento de pesquisa: campo de estudo x Estatística; Coleta de dados: amostragem e censo; Análise Exploratória de Dados; Modelagem probabilística: axiomas e propriedades, variáveis aleatórias, modelos para variáveis aleatórias discretas e contínuas; Inferência Estatística: distribuições amostrais, estimação de parâmetros, testes de hipóteses; Uso de software estatístico. O desafio é ao mesmo tempo não a tornar uma mera revisão da graduação e reforçar os conceitos necessários para que os alunos de mestrado (e hoje também de doutorado) possam realizar melhor seu trabalho de pesquisa. A partir de 2007.1 passei a ser o único responsável pela disciplina, e adotei uma avaliação mista de provas escritas e três trabalhos práticos: no primeiro cada aluno precisa descrever seu trabalho de pesquisa (usando os

MGA3100-02 – Métodos Estatísticos em Avaliação, que é obrigatória, e ofertada no primeiro trimestre. Como muitos alunos têm formação em Ciências Humanas torna-se um desafio apresentar os conceitos estatísticos e o uso de aplicativos computacionais, que serão necessários para a disciplina obrigatória seguinte, Teoria de Resposta ao Item I.

Devido às parcerias com colegas do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, especialmente Professores Antonio Cezar Bornia, Edson Pacheco Paladini, e Robert Wayne Samohyl, participei da equipe de cursos de especialização latu sensu, especialmente os oferecidos para a FIAT Automóveis S.A., seja por videoconferência ou na sede da empresa em Betim, MG. O que mais me interessou foi a oportunidade de ministrar disciplinas na área de Controle Estatístico da Qualidade: Qualidade, Gráficos de Controle e Índice de Capacidade; Estatística Aplicada à Engenharia da Qualidade; e Avaliação da Qualidade por Processos de Inspeção.

Considerando as cargas horárias de graduação e pós-graduação, ao longo dos 42 semestres de docência, incluindo os 23 de pós-graduação strictu sensu na UFSC fiquei com carga horária total de (378 + 77) = 455 créditos , com média semanal de 10,83 horas-aula/semana.

A relação das disciplinas ministradas na pós-graduação em Ciências da Computação, Administração e Métodos e Gestão em Avaliação está no Anexo I.

2.2.1 – Orientações de Mestrado

De 2003 a 2006 orientei 3 (três) alunos em dissertações de mestrado no PPGCC, e de 2012 a 2018 orientei 4 (quatro)^6 alunos em dissertações de mestrado no PPGMGA, havendo duas orientações em andamento no PPGMGA.

  1. Marcos Roberto Machado. Criação de um instrumento para avaliar a proficiência em matemática de professores das séries iniciais. 2018.
  2. Renan Dourado. Indicadores de qualidade isonômicos na Educação Superior. 2017.
  3. Suellen Mary Koch Fachinetto. Estudo comparativo entre o público EJA e o público regular, utilizando a análise do funcionamento diferencial do item (DIF) na área de Ciências da Natureza a partir dos dados do ENEM.. 2016.
  4. Teófilo Francisco de Paula. Análise das escolhas do curso superior pelos certificandos participantes do ENEM, que ingressaram em uma IES, por meio do SISU, no período 2012-2014. 2015.
  5. Rodrigo Reno Strey. Integração de métodos estatísticos à metodologia SIEGO. 2006.
  6. Antônio Venícius dos Santos. Ambiente Virtual Inteligente Aplicado em Controle Estatístico da Qualidade - STCEQ.net. 2005.
  7. Endineia Pichler. METODOLOGIA DE ENSINO/ APRENDIZAGEM DE CONCEITOS DE PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA ATRAVÉS DE UM SISTEMA TUTOR INTELIGENTE. 2005.

A relação das orientações está no Anexo I.6.

(^6) Infelizmente 2 de meus orientandos desistiram por problemas extra-curso.

Demais participações em comissões examinadoras: 3 de defesa de doutorado, 43 de defesa de mestrado, 1 de exame de qualificação de doutorado, estão nos anexos VI.4, VI.3, VI.5, respectivamente.

Também participei de comissões de acompanhamento de professores em estágio probatório (três), e comissões examinadoras de concursos públicos, conforme anexos VI.1 e VI.2.

2.2.2 – Orientações de Especialização

Orientei dois alunos em cursos de especialização latu sensu.

  1. Giuliano Baruffaldi Ghiringhello. ENGENHARIA DA QUALIDADE: UM ESTUDO DE CASO PARA AUMENTO DA EFICÁCIA NA PREVISIBILIDADE DE DEFEITOS AUTOMOTIVOS. 2015.
  2. Vinícius Carvalho Rolim. Análise Estatística e de Confiabilidade de Sistema nos Transformadores de Fronteira da Rede Básica. 2012.

Também participei de duas bancas de defesa de monografia em cursos de especialização latu sensu. A relação das orientações está no Anexo I.7 e das bancas no Anexo VI.6.

Conforme mencionado anteriormente escrevi dois livros didáticos para uso no curso de Administração, modalidade à distância, em 2008 e 2009. Esses livros foram multiplicados e distribuídos pelos polos. Aqui abaixo as capas:

Em 2016, fui convidado pela Editora Intrínseca para escrever o prefácio à edição brasileira da nova apresentação do livro clássico de 1954, Como Mentir com Estatística, de Darell Huff, que uso em minhas aulas e tenho uma descrição na minha página pessoal (https://www.inf.ufsc.br/~marcelo.menezes.reis/contest.html). Na época estava em meu segundo mandato como Chefe do Departamento de Informática e Estatística.

A descrição completa dos livros pode ser vista no Anexo II.2 e II.3.

3.3 – Publicação de trabalhos em anais de eventos

Outra parceria, desta vez com o Grupo de Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC, gerou vários artigos em anais de congressos, oriundos de projetos de pesquisa e desenvolvimento, em que participei também contribuindo para o planejamento estatístico e análise estatística dos resultados, e também na área de Confiabilidade de Sistemas de Energia Elétrica, tema da minha dissertação de mestrado.

Também foram publicados artigos em anais de congressos relacionados a trabalhos dos meus orientandos de mestrado do PPGCC e de graduação em Ciências da Computação, e mais recentemente em parceria com orientandos do PPGMGA.

A relação dos 22 artigos completos publicados em anais de congressos está no Anexo II.

3.4 – Projetos de pesquisa

Nunca fui coordenador de projeto de pesquisa, sempre apenas participante. Em alguns casos durante bastante tempo (2 anos ou mais), outros com menores períodos. A participação sempre envolve o auxílio no planejamento da coleta de dados, análise estatística dos resultados e no caso dos projetos de distribuição de energia elétrica incluiu estudos de confiabilidade de sistemas.

2010 – 2012 Metodologia e Simulador Inteligente para a Alocação Ótima de Chaves Telecomandadas nas Redes de Distribuição Primária – vinculado ao GPSE do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC.