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Métodos de pesquisa em ciências do comportamento- Cozby, P. C
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Compartilhado em 06/04/2015
4.4
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Rua Conselheiro Nébias, 1384 (Campos Elísios) 01203-904 São Paulo (SP) Tel.: CO__ 11) 3357-9144 (PABX) www.atlasnet.com.br
© 2001 by EDITORA ATLAS S.A.
1. ed. 2003; 2a tiragem Traduzido para o português de Methods in behavioral research , sétima edição, publicada pela Mayfield Publishing Company, Mountain View, Califórnia
Copyright © 2 0 0 1 ,1 9 9 7 ,1 9 9 3 ,1 9 8 9 ,1 9 8 5 ,1 9 8 1 by Mayfield Publishing Company Copyright © 1977 by Paul C. Cozby
Capa: Leonardo Hermano Composição: Set-up Time Artes Gráficas
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Cozby, Paul C. Métodos de pesquisa em ciências do comportamento / Paul C. Cozby; tradu ção Paula Inez Cunha Gomide, Emma Otta ; revisão técnica José de Oliveira Siqueira. -- São Paulo : Atlas, 2003.
Título original: Methods in behavioral research Bibliografia. ISBN 85-2243363-*
1. Ciências sociais - Pesquisa - Metodologia 2. Pesquisa psicológica - Metodologia I. Título.
02-6160 C D D - 150.
índices para catálogo sistemático:
**1. Ciências do comportamento : Pesquisa : Metodologia : Psicologia 150.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei n2 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto n®1.825, de 20 de dezembro de 1907.
Impresso no Brasü/Printed in Brazil
Prefácio
Ensinar e aprender métodos de pesquisa é desafiador e divertido, ao mesmo tempo. Esta nova edição de Métodos de pesquisa em ciências do comportamento mantém as características de edições anteriores apreciadas por professores e alunos. Priorizei a comunicação clara de conceitos. Procurei apresentar o mate rial claramente e usar exemplos interessantes. Também tentei facilitar a apren dizagem, por meio da descrição de muitos conceitos significativos, em vários contextos ao longo do livro. Há pesquisas que mostram que a redundância favo rece a compreensão. Também enfatizei a necessidade de estudar comportamen to por diferentes abordagens de pesquisa. Antes de cada capítulo o leitor encon tra informações gerais sobre o conteúdo tratado e, no final, uma lista de termos estudados, além dé questões de revisão e atividades. Termos importantes em negrito estão definidos no Glossário.
O leitor interessado em métodos de pesquisa pode consultar também o en dereço www.mayfieldpub.com/cozby. Assim, pode obter mais informações so bre os assuntos apresentados no texto, usando recursos disponíveis na World Wide Web.
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tística. Também introduzi questões relativas ao uso de computadores e da Internet
Muitas pessoas ajudaram a produzir esta edição do livro, assim como as edições anteriores. Franklin Graham, da Editora Mayfield, foi um grande ami go, além de editor. Agradeço a Helen Walden pela edição do manuscrito e a Melanie Field pela gerência da produção. Mitch Okada fez um maravilhoso trabalho de atualização do Manual do Professor. Sou muito grato aos comen tários feitos por numerosos estudantes e professores e, em particular, às revi sões detalhadas feitas para esta edição por: Bernardo J. Garducci, Indiana University Southeast; Monica J. Harris, University of Kentucky; Constance Jones, California State University, Fresno; Kristen J. Klaaren, Randolph-Macon College; Charles S. Reichardt, University of Denver; Jeffrey N. Swartwood, State University of New York-Cortland; e Stephen W. Tuholski, Southern Illinois University-Edwardsville. Quero agradecer às pessoas mais próximas que ajudaram de muitas ma neiras a produzir este livro: Jeanne King, Josh Cozby, Brisco Cozby, David Coolidge, Tracy Murphy, David Perkins, Greg Robinson, Claire Palmerino, Dan Kee, Kathy Brown, Frank Bagrash, William Smith, Stan Woll, Penny Fidler, Dennis Berg, Kim Shattuck, Roy McDonald, Ronnie Barnett e Lisa Marr. Finalmente, dedico esta edição à memória de Alden Paine, uma pessoa maravilhosa que me encora jou, há muitos anos, a escrever um livro sobre métodos de pesquisa para a edito ra Mayfield. Alden faleceu em 1997 e é lembrado com carinho pelas muitas pessoas cuja vida influenciou. Sempre tenho interesse em receber comentários e sugestões de estudantes e professores. Peço que enviem e-mail para cozby@fullerton.edu, ou utilizem meu endereço postal: Department of Psychology, Box 6834, California State University, Fullerton, CA 92834-6834.
Q
uais são as causas da agressão e da violência? Quais são os determinan tes da lembrança e do esquecimento? De que forma podemos melhorar nossa memória? Quais são os efeitos de ambientes estressantes sobre a saúde e as interações sociais? Como experiências vividas na primeira infância afetam o desenvolvimento posterior? Qual a melhor maneira de tratar a depres são? Como reduzir o preconceito e os conflitos entre grupos? A curiosidade em relação a questões como essas provavelmente é a razão mais importante que leva estudantes a procurarem disciplinas das ciências do comportamento. A pes quisa científica fornece meios de analisar essas questões e fornece-nos respostas sobre elas. Neste livro, examinaremos os métodos da pesquisa científica nas ciências do comportamento. Neste capítulo introdutório discutiremos como o conheci mento de métodos de pesquisa pode ser útil para compreender o mundo a nosso redor. Além disso, serão revistas as características da abordagem científica para o estudo do comportamento e os tipos gerais de questões de pesquisa que preo-. cupam os cientistas do comportamento.
O conhecimento de métodos de pesquisa torna-se cada vez mais necessário para os cidadãos bem informados em nossa sociedade. Os jornais diários, as revistas de interesse geral e outros meios de comunicação estão continuamente relatando resultados de pesquisas: “Personalidades do Tipo A Têm Maior Proba bilidade de Sofrer Ataque Cardíaco” ou “Fumar Está Relacionado com Notas Baixas”. Artigos e livros fazem afirmações a respeito dos efeitos benéficos ou nocivos de uma dieta particular ou de vitaminas sobre a vida sexual, a persona lidade ou a saúde das pessoas. Freqüentemente, são divulgados resultados de levantamentos de opinião, com conclusões sobre como nos sentimos a respeito de uma variedade de assuntos. Como avaliar tais relatos? Devemos aceitar tais descobertas apenas porque são supostamente científicas? Conhecer métodos de pesquisa ajuda a ler esses relatos criticamente, a avaliar a metodologia empre gada e a decidir se as conclusões são razoáveis. Muitos trabalhos requerem o uso de descobertas científicas. Por exemplo, profissionais da área de saúde mental precisam tomar decisões sobre métodos de tratamento, designação de pacientes para diferentes recursos, medicamentos ou teste de procedimentos. Tais decisões são feitas com base em pesquisas; para tomar boas decisões o profissional da área de saúde mental precisa ser capaz de ler uma pesquisa realizada por outros e julgar sua adequação e relevância para sua situação particular de trabalho. Da mesma forma, pessoas que trabalham em ambiente empresarial freqüentemente baseiam-se em pesquisas para tomar decisões sobre estratégias de propaganda, maneiras de aumentar a produtivida-
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de e a disposição dos empregados e métodos de seleção e treinamento de novos empregados. Educadores precisam manter-se atualizados a respeito de pesqui sas realizadas sobre temas como efetividade de diferentes estratégias de ensino ou programas voltados aos problemas de estudantes especiais. O conhecimento de métodos de pesquisa e a habilidade para avaliar relatos de pesquisa são úteis em muitos campos. Também é importante reconhecer que a pesquisa científica tornou-se cada vez mais importante em decisões de políticas públicas. Legisladores e líderes políti cos de todos os níveis do govemo freqüentemente tomam decisões políticas e pro põem leis baseadas em resultados de pesquisas. A pesquisa pode também influen ciar decisões judiciais. Um bom exemplo é a Súmula de Razões da Ciência Social (Social Science Brief), preparada por psicólogos e aceita como evidência pela Su prema Corte norte-americana no caso, considerado um marco, Brown versus Con selho de Educação, em 1954, que resultou no fim da segregação escolar nos Esta dos Unidos. Um dos estudos citados na súmula foi realizado por Clark e Clark (1947). O estudo verificou que, tendo escolha entre bonecas negras e brancas, tanto crianças brancas quanto negras preferem brincar com as bonecas brancas. (Uma discussão adicional das implicações desse estudo pode ser encontrada em Stephan, 1983.) A legislação e a opinião pública a respeito da divulgação de mate rial pornográfico foram orientadas por pesquisas comportamentais sobre esse as sunto (veja, por exemplo, Koop, 1987; Linz; Donnerstein; Penrod, 1987). Pesqui sas psicológicas sobre estereotipia sexual influenciaram fortemente decisões to madas pela Suprema Corte em casos de discriminação sexual por empregadores (Físke; Bersoff; Borgida; Deaux; Heilman, 1991). A pesquisa também é importan te para o desenvolvimento e a avaliação da eficácia de programas planejados para atingir certos objetivos - por exemplo, aumentar a permanência de estudantes na escola ou influenciar pessoas a se engajar em comportamentos que reduzam os riscos de contrair Aids. Se obtiverem sucesso, tais programas podem ser aplicados em larga escala. O fato de muitas decisões e posições políticas estarem baseadas em pesquisas torna o conhecimento de métodos de pesquisa particularmente im portante para todos nós que, como cidadãos informados, devemos, em última análise, avaliar a política nas umas.
Iniciamos este capítulo com várias questões sobre o comportamento huma no e sugerimos que a pesquisa científica é um meio valioso de respondê-las. O que tom a a abordagem científica diferente de outras formas de conhecer o com portamento? As pessoas sempre observaram o mundo a seu redor e procuraram explicações para o que viam e viviam. No entanto, em lugar de usar a aborda
E stud o C ientífico d o C o m po rta m en to 1 9
Autoridade
O filósofo Aristóteles interessou-se pelos fatores associados à persuasão ou mudança de atitude. Na Retórica, Aristóteles descreve a relação entre persuasão e credibilidade: “A persuasão é obtida pelo caráter do orador, quando seu discur so é proferido de tal forma que lhe atribuímos credibilidade. Acreditamos nos homens bons mais completa e prontamente do que nos demais.” Aristóteles ar gumentaria, então, que tendemos a ser mais persuadidos pelo orador que pare ce ter prestígio, digno de confiança e respeitável do que por alguém que não tem tais qualidades. Muitos de nós poderíamos aceitar os argumentos de Aristóteles simples mente porque ele é considerado uma “autoridade" de prestígio, cujas obras con tinuam sendo importantes. Da mesma forma, muitas pessoas estão prontas para aceitar qualquer coisa vinda dos jornais, dos livros, dos governantes ou de figu ras religiosas. Acreditam que as declarações de tais autoridades devem ser ver dadeiras. 0 problema, naturalmente, é que as declarações podem não ser verda deiras. A abordagem científica rejeita a noção de que se pode aceitar, na base da fé, as declarações de qualquer autoridade; novamente, mais provas são necessá rias para que se tire uma conclusão científica.
Ceticismo, Ciência e Abordagem Empírica
A abordagem científica ao conhecimento reconhece que tanto a autoridade quanto a intuição são fontes de idéias sobre o comportamento. No entanto, os cientistas não aceitam sem questionar a intuição de alguém, nem mesmo a de les próprios. Eles reconhecem que suas idéias podem estar erradas, assim como as de outra pessoa qualquer. Também não aceitam, com base em crença, os pronunciamentos de uma pessoa, independentemente do prestígio e da autori dade que ela tenha. Portanto, são muito céticos em relação ao que vêem ou ouvem. Insistem na utilização de métodos científicos para avaliar afirmações sobre a natureza do comportamento. A essência do método científico consiste na insistência de que todas as pro posições sejam submetidas a um teste empírico, ou seja, que as proposições sejam testadas pelos métodos científicos da observação e da experimentação. Essa abordagem empírica do conhecimento tem dois componentes básicos. Pri meiro, uma idéia precisa ser estudada sob condições que admitam confirmação ou refutação. O teste empírico permite que a falsidade de uma proposição possa ser mostrada. Segundo, a pesquisa é realizada de maneira que possa ser obser vada, avaliada e replicada por outros.
Portanto, o método científico, em contraste com a autoridade e a intuição, não confia nas afirmações feitas por alguém ou na própria percepção do mün-
(^20) M é io d o s de P esq u isa em C iências do C o m po rta m ento
do. Engloba várias regras para testar idéias por meio de pesquisas - ou seja, regras que orientam a maneira pela qual as observações são feitas e os experi mentos são elaborados e realizados. Essas regras serão minuciosamente exami nadas no decorrer deste livro.
Integrando Intuição, Ceticismo e Autoridade
A vantagem do método científico sobre as demais formas de conhecimento do mundo consiste na apresentação de um conjunto objetivo de regras para coletar, avaliar e relatar informações, de tal forma que nossas idéias possam ser refutadas ou replicadas por outras pessoas. No entanto, isso não significa que intuição e autoridade não sejam importantes. Como vimos anteriormente, os cientistas freqüentemente utilizam a intuição e as afirmações de autoridades como fontes de idéias para suas pesquisas. Além disso, não há nada de errado em aceitar as afirmações de uma autoridade, desde que estas não sejam aceitas como evidências científicas. Freqüentemente, não é possível obter evidências científicas em relação a algumas questões, como ocorre, por exemplo, quando as religiões nos pedem que aceitemos certos princípios com base em fé. Algumas crenças não podem ser testadas e, assim, estão além do domínio da ciência. Em contraste, as idéias científicas devem ser passíveis de teste - é preciso que haja algum modo de verificá-las ou refutá-las. Também não é errado ter opiniões ou crenças, desde que elas sejam apre sentadas simplesmente como opiniões ou crenças. No entanto, sempre devería mos perguntar se uma opinião pode ser testada cientificamente ou se está fun damentada em evidências científicas. Por exemplo, opiniões a respeito do au mento da agressão como decorrência da exposição à violência na televisão são apenas opiniões até que se obtenham evidências científicas sobre o assunto. Quanto mais o leitor aprender sobre o método científico, mais cético se tornará quanto às afirmações dos cientistas. Os cientistas freqüentemente tor- nam-se autoridades ao expressar suas idéias. Será que devemos estar mais dispostos a aceitar o que uma pessoa tem a dizer se ela reivindicar a condição de cientista? A resposta depende da apresentação de dados científicos pelo cientista para sustentar suas afirmações. Na ausência dessas evidências, o cientista não se distingue das demais autoridades; se apresentar evidências científicas, iremos avaliar o método usado para obtê-las. Também existem mui tos “pseudocientistas”, que usam termos científicos para substanciar suas afir mações (por exemplo, astrólogos ou divulgadores da Nova Era). Uma regra geral a ser seguida é ser extremamente céptico sempre que alguém, que se diz cientista, fizer afirmações que são sustentadas apenas por evidências vagas ou improváveis.