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MODELO TCC PRONTO - 2017, Teses (TCC) de Análise de Sistemas de Engenharia

Modelo em abnt de um tcc pronto.

Tipologia: Teses (TCC)

2017

Compartilhado em 07/06/2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul
GIORDANA DE CÁSSIA PINHEIRO DA MOTTA
FATORES RELACIONADOS AO TABAGISMO NA GESTAÇÃO
Porto Alegre
2008
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

GIORDANA DE CÁSSIA PINHEIRO DA MOTTA

FATORES RELACIONADOS AO TABAGISMO NA GESTAÇÃO

Porto Alegre 2008

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as pessoas que de alguma forma fiz eram parte desta caminhada e contribuíram para minha formação acadêmica, profissional e pessoal.

  • minha família, em especial minha mãe que me apres entou a Enfermagem e, mesmo sem querer, me mostrou o melhor caminho que eu poderia ter seguido. Ainda agradeço por todo o esforço e dedicação para que eu chegasse até aqui.

Ao meu namorado Fabricio, que desde o segundo ano de faculdade me apóia e me entende nos meus momentos mais difíceis.

Aos meus amigos, em especial a Carol, por terem tornado esta jornada mais divertida e pelo carinho e incentivo ao longo desses anos.

  • professora Isabel Echer por tudo que me ensinou s obre pesquisa, desde a bolsa de iniciação científica, e por ter trabalhado junto na idéia para este trabalho. Às mulheres que aceitaram participar do estudo e po ssibilitaram dar vida ao que era apenas uma idéia. Era muito gratificante encontrar as pacientes que havia atendido pouco antes no Centro Obstétrico e ser recebida com carinho.
  • equipe da Unidade de Internação Obstétrica, que m e acolheu por mais de dois meses de coleta de dados, sempre me apoiando e interessados em ajudar.
  • equipe da Unidade Centro Obstétrico, onde realize i o estágio curricular, que me acolheu durante quatro meses e contribuiu para meu crescimento como enfermeira. Obrigada a todos!

“A consciência da maternidade é uma oportunidade singular para a mulher: ela é capaz de abnegar seus desejos e vontades, em prol da aliança com a nova vida que cresce em seu ventre.”

Fabricio Vidor Vaz

LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS

  • Tabela 1 – Idades das puérperas por faixa etária.
  • Tabela 2 – Associação entre escolaridade das puérpe ras e os diferentes grupos
  • Tabela 3 – Associação entre etnia das puérperas e o s diferentes grupos
  • Tabela 4 – Associação entre profissão e os diferentes grupos
  • Tabela 5 – Associação entre número de CPN e os dife rentes grupos
  • Tabela 6 – Associação entre número de filhos e os d iferentes grupos
  • Tabela 7 – Idade de início do hábito tabágico
  • Tabela 8 – Consumo de cigarro no início e final da gestação
  • gestação para fumantes atuais e fumantes em abstinência Tabela 9 – Número de cigarros consumidos por dia no início da
  • companheiro Tabela 10 – Associação entre momento em que parou de fumar e hábito do
  • Tabela 11 – Associação entre momento em que parou de fumar e hábito do familiar
  • Tabela 12 – Associação entre os diferentes grupos e o hábito do companheiro
  • Tabela 13 – Associação entre os diferentes grupos e hábito do familiar
  • Tabela 14 – Quem forneceu informação no pré-natal..
  • Gráfico 1 – Motivos para a cessação do tabagismo
  • Gráfico 2 – Malefícios do cigarro à saúde
  • Gráfico 3 – Abordagem da fumante no pré-natal
  • Gráfico 4 – Fatores que dificultam o abandono do tabagismo
  • 1 INTRODUÇÃO SUMÁRIO
  • 2 OBJETIVO
  • 2.1 Objetivos específicos
  • 3 REVISÃO DE LITERATURA
  • 3.1 Prevalência do tabagismo entre mulheres e gestantes
  • 3.2 Malefícios do tabagismo à gestante e ao feto
  • 3.3 Pré-natal como um momento especial para a abordagem da gestante fumante
  • 3.4 Fatores que contribuem para o fumar e o parar de fumar
  • 4 METODOLOGIA
  • 4.1 Delineamento
  • 4.2 Campo de estudo
  • 4.3 População e amostra
  • 4.4 Coleta de dados
  • 4.5 Análise dos dados
  • 4.6 Aspectos éticos
  • 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
  • 6 CONCLUSÕES
  • REFERÊNCIAS
  • APÊNDICE A – Instrumento para coleta de dados de fu mante
  • APÊNDICE B – Instrumento para coleta de dados de fu mante em abstinência.
  • APÊNDICE C – Instrumento para coleta de dados de nu nca fumante.
  • APÊNDICE D – Termo de Consentimento Livre e Esclare cido
  • ANEXO A – Aprovação do projeto pela COMPESQ/EEUFRGS
  • ANEXO B – Aprovação do projeto pelo GPPG/HCPA

Mulheres que fumam durante a gravidez apresentam maior risco de complicações, como placenta prévia, ruptura prematura das membranas, descolamento prematuro da placenta, hemorragia no pré-parto, parto prematuro,gestação ectópica, baixo peso ao nascer e morte súbita do recém nascido. Além disso, o desenvolvimento físico da criança está relacionado com o consumo de cigarros pela mãe dura nte a gestação, sugerindo uma relação dose-resposta (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2004; ALEIXO NETO, 1990; BRASIL, 2004; HAGGSTRÄM, 2004).

Considerando os malefícios que o tabaco traz para o binômio mãe-bebê, a cessação do tabagismo é o ato mais importante que a gestante pode fazer com o objetivo de melhorar o desfecho de sua gestação. Apesar do conhecido dano causado pelo cigarro tanto para a mãe como para o feto, grande proporção das gestantes co ntinua fumando (HAGGSTRÄM, 2004).

Portanto, conhecer como se dá o processo de abandon do tabagismo pode auxiliar os profissionais a implementarem intervenções efetivas com vistas a melhorar a saúde da mãe e do bebê.

No processo de cessação, alguns fatores podem contr ibuir para o sucesso, como a preocupação da mãe com a própria saúde e do bebê (F ANG, 2004), a determinação de abandonar o tabagismo e o ambiente social, considerados por alguns autores como principais fatores de sucesso (ECHER, 2006; SCHEIBMEIR, 2005). Considera-se importante conhecer esses e outros fatores para elaborar intervenções e specíficas para cada fumante.

A gestação representa uma oportunidade especial par a a cessação do tabagismo, sendo mais efetivas intervenções feitas no início da gest ação (antes das 20-24 semanas) (HAGGSTRÄM, 2004). É importante que nas consultas c om o profissional de saúde haja a identificação da fumante, seu aconselhamento e forn ecimento de apoio àquelas que querem parar de fumar. Entretanto, os profissionais de saúde precisam estar preparados para ajudar suas pacientes gestantes a abandonarem o tabaco.

O que motivou a realização desta pesquisa foi a oportunidade, como bolsista de iniciação científica, de estudar em profundidade o tema tabagismo, em especial fatores relacionados à cessação. Senti-me atraída pelo assu nto que, apesar de sua relevância social pela alta prevalência e alto potencial causador demorbidades, ainda é pouco abordado tanto na graduação quanto nas conversas com os pacientes.

Concomitante aos estudos sobre o tabagismo, comecei a aprofundar meus conhecimentos na área de Saúde da Mulher. O tema que uniu ambos os interesses foi a

tabagismo era pouco abordado, sendo apenas questionada a existência do hábito e discutida a importância de parar, sem exatamente educar e acons elhar sobre como efetivamente fazê-lo.

Além disso, pesquisando no sistema de bibliotecas da UFRGS, constata-se que não há trabalhos originados na Escola de Enfermagem que abordem a questão do tabagismo em fumantes grávidas.

Nesse contexto, esta pesquisa se propõe a conhecer a opinião de puérperas sobre os fatores relacionados ao tabagismo na gestação e com o ele vem sendo abordado nas consultas pré-natais para entender o que tem contribuído para o abandono do tabagismo entre as gestantes.

2 OBJETIVO

Identificar fatores relacionados ao tabagismo na gestação.

2.1 Objetivos específicos

  • Identificar o perfil sociodemográfico das puérperasfumantes, fumantes em abstinência e nunca fumantes.
    • Verificar como o tabagismo vem sendo abordado no pré-natal.
    • Identificar o que tem contribuído para o abandono do tabagismo na gestação.

Em outro estudo mais recente que estimou a freqüência e distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas 26 capit ais brasileiras e Distrito Federal observou-se que as maiores freqüências de adultos fumantes estão localizadas em Porto Alegre e Rio Branco (21,2%), e a mais baixa em Salvador (9,5%). O hábito tabágico se mostra mais disseminado entre homens do que entre mulheres, com exceção de Goiânia e Rio de Janeiro, onde a freqüência entre os sexos é semelhante. Entre as mulheres, observou-se menor freqüência de fumantes na cidade de Salvador (7,2%) seguida por Aracajú e São Luís (8,1%). As freqüências mais altas de mulheres fumantes foram observadas em Rio Branco (17,9%), Porto Alegre (17%) e Curitiba (15,9%). A freqüência de fumantes diminuiu com o aumento da escolaridade em ambos os sexos, chegando a 24,2% dos homens e 14,7% das mulheres com até oito anos de escolaridade e 14,4% dos homens e 9,1% das mulheres com doze anos ou mais de escolaridade (BRASIL, 2007).

Entre mulheres gestantes, a taxa de fumantes é alarmante. Em pesquisa realizada em seis capitais brasileiras, a prevalência de gestantes fumantes na cidade de Porto Alegre se mostrou a mais elevada, com 31,9%. No entanto, a freqüência de não fumantes se mostrou a menor, com 44,1% (KROEFF et al, 2004). Outros estudos corroboram os resultados deste já citado, apontando índices de 33,5% (LESSA HORTA et al, 1997) e 40,8% (HALAL et al, 1993) de fumantes, mostrando a região sul como a co m maior prevalência de mulheres gestantes fumantes no Brasil.

3.2 Malefícios do tabagismo à gestante e ao feto

O feto não é apenas um fumante passivo comum, é umser altamente vulnerável cujo desenvolvimento está em um estágio vulnerável. Quando uma gestante fuma, expõe seu feto não apenas aos componentes da fumaça do cigarro que atravessam a placenta, mas também a alterações nos níveis de oxigênio e metabolismo placentário (NAKAMURA et al, 2004). O tabagismo atua negativamente nas diversas fases da reprodução por ação direta de seus principais componentes tóxicos, a nicotina e o monó xido de carbono. Existem cerca de 4720 elementos diferentes na fumaça do cigarro, incluind o muitos farmacologicamente ativos, mutagênicos e carcinogênicos. Aproximadamente 10%essesd compostos constituem a fase particulada da fumaça do cigarro, a qual contém nicotina e alcatrão, fenóis e benzenos. Os

vitamin defesas imunológicas, é imprescindível na formação do colágeno que compõe a membrana

aminiocoriônica. Além disso, o transporte de aminoácidos pela placenta está reduzido nas

fumantes, o que interfere na síntese protéica e contribui para o mau desenvolvimento da membrana aminiocoriônica (LEOPÉRCIO; GIGLIOTTI, 200 4).

A exposição fetal aos compostos do tabaco compromet e o crescimento dos pulmões e

leva à redução das pequenas vias aéreas, implicando em alterações funcionais respiratórias na

infância, que persistem ao longo da vida. O desenvo lvimento pulmonar alterado pode estar associado ao aumento do risco de desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), câncer de pulmão e doenças cardiovasculares no futuro (LEOPÉRCIO; GIGLIOTTI, 2004). Outro problema associado ao tabagismo materno é a maior incidência de alergias e infecções em recém-natos (MARIN et al, 2003).

3.3 Pré-natal como um momento especial para a abordagem da gestante fumante

A gestação é um período em que muitas mulheres tent am parar de fumar e intervenções para a cessação durante a gravidez pod em resultar em uma redução significativa do tabagismo. As intervenções geralmente se limitam em informações e aconselhamento dados à mulher durante a gestação. No entanto, os p rogramas para a cessação do tabagismo devem ir ao encontro das necessidades das mulheres gestantes, levando em consideração, por exemplo, seu nível educacional e social, a família e a convivência com um companheiro fumante (McLEOD; PULLON; COOKSON, 2003; LU; TONG; OLDENBURG, 2001).

É importante que mulheres que tenham parado esponta neamente durante a gestação sejam identificadas pela maternidade e incluídas em um programa de educação para a cessação do tabagismo, o que não constitui a realid ade da maioria dos hospitais (McLEOD; PULLON; COOKSON, 2003).

Integrar programas de cessação do tabagismo com o p ré-natal constitui uma vantagem na medida em que os profissionais de saúde desenvolvem uma relação de confiança com a mulher e seu companheiro durante a gestação (McLEOD ; PULLON; COOKSON, 2003).

Estudo que avaliou os fatores associados ao fumo em gestantes brasileiras aponta a importância da identificação antecipada da populaçã o de risco para o fumo na gestação, focalizando os fatores determinantes como baixa escolaridade, paridade, situação conjugal e consumo de álcool. A partir disso, pode-se elaborarações em saúde para as mulheres desses grupos de risco, visando à sensibilização para os e feitos nocivos do fumo para a saúde da mãe e do bebê. Os profissionais da saúde também devemstare preparados a fim de estimular a