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Interpretação de exames laboratoriais
Tipologia: Provas
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Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
AN0 2 FREV001/REV 4.
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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componentes do sistema imune são os Linfócitos T, Linfócitos B, Fagócitos Mononucleares, Neutrófilos, Eosinófilos, Basófilos, Plaquetas e células teciduais. Além dos leucócitos, também fazem parte do sistema imune às células do sistema mononuclear fagocitário (SMF), também conhecido por sistema retículo- endotelial e mastócitos. As primeiras são células especializadas em fagocitose e apresentação do antígeno ao sistema imune. São elas: macrófagos alveolares (nos pulmões), micróglia (no tecido nervoso), células de Kuppfer (no fígado) e macrófagos em geral. Os mastócitos são células do tecido conjuntivo, originadas a partir de células mesenquimatosas (células de grande potência de diferenciação que dão origem àquelas do tecido conjuntivo). Possuem citoplasma rico em grânulos basófilos (coram-se por corantes básicos). Sua principal função é armazenar potentes mediadores químicos da inflamação, como a histamina, heparina, ECF-A (fator quimiotáxico – de atração – dos eosinófilos) e fatores quimiotáxicos (de atração) dos neutrófilos. Elas participam de reações alérgicas (de hipersensibilidade), atraindo os leucócitos até o local e proporcionando uma vasodilatação. O nosso organismo possui mecanismos de defesa que podem ser diferenciados quanto à sua especificidade, ou seja, existem os específicos contra o antígeno (“corpo estranho”) e os inespecíficos, que protegem o corpo de qualquer material ou microrganismo estranho, sem que este seja específico.
FIGURA 144 - MASTÓCITOS
FONTE: Disponível em: <www.afh.bio.br>. Acesso em: 10 fev. 2010.
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FONTE: Disponível em: <www.efoa.br>. Acesso em: 10 fev. 2010.
O organismo possui barreiras naturais que são obviamente inespecíficas, como a da pele (queratina, lipídios e ácidos graxos), a saliva, o ácido clorídrico do estômago, o pH da vagina, a cera do ouvido externo, muco presente nas mucosas e no trato respiratório, cílios do epitélio respiratório, peristaltismo, flora normal, entre outros. Se as barreiras físicas, químicas e biológicas do corpo forem vencidas, o combate ao agente infeccioso entra em outra fase. Nos tecidos existem células que liberam substâncias vasoativas, capazes de provocar dilatação das arteríolas da região, com aumento da permeabilidade e saída de líquido. Isso causa vermelhidão, inchaço, aumento da temperatura e dor, conjunto de alterações conhecidas como inflamação. Essas substâncias atraem mais células de defesa, como neutrófilos e macrófagos, para a área afetada.
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FONTE: Disponível em: <www.afh.bio.br>. Acesso em: 10 fev. 2010.
Outras substâncias liberadas no local da infecção chegam pelos vasos sanguíneos até a medula óssea, estimulando a liberação de mais neutrófilos, que ficam aumentados durante a fase aguda da infecção. No plasma também existem proteínas de ação bactericida que ajudam os neutrófilos no combate à infecção. A inflamação determina o acúmulo de fibrina, que forma um envoltório ao redor do local, evitando a progressão da infecção. Caso a resposta inflamatória não seja eficaz na contenção da infecção, o sistema imune passa a depender de mecanismos mais específicos e sofisticados, dos quais tomam parte vários tipos celulares, o que chamamos resposta imune específica. Os linfócitos T e B são responsáveis pelo reconhecimento específico dos antígenos. Cada célula B está geneticamente programada para codificar um receptor de superfície específico para um determinado antígeno. Os linfócitos T constituem várias subpopulações diferentes com uma variedade de funções.
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Em outras palavras, os Linfócitos T são como soldados pré-programados para combater uma determinada doença, existindo diversos batalhões, cada um direcionado para um antígeno específico. Os linfócitos T são divididos em duas classes, os Linfócitos T Citotóxico e os Linfócitos T Auxiliar: os Linfócitos T Auxiliares são como comandantes que organizam as ações e os Linfócitos T Citotóxicos são como agentes especializados em destruir as células do próprio organismo infectadas pelos agentes estranhos ou mutantes.
FIGURA 148 - LINFÓCITO T CITOTÓXICO (AMARELO) ATACANDO CÉLULA TUMORAL (VERMELHO)
FONTE: Disponível em: <www.ciencianews.com.br>. Acesso em: 10 fev. 2010.
FONTE: Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. 2012
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aspecto de roda de carroça. Secretam ativamente anticorpos específicos na resposta imune específica.
FONTE: Eye Of Science/Science Photo Library. 2012
24.2.2 Linfócitos T
Os linfócitos T são células que têm diversas funções no organismo e todas são de extrema importância para o sistema imune. O nome linfócito T é devido ao fato destas células se maturarem no Timo, sendo, então, o T de Timos-dependentes. Funcionalmente os linfócitos são separados em Linfócito T Auxiliar, Linfócito T Citotóxico, Linfócito T Supressor e Linfócito T de Memória. Cada um deles possui receptores característicos, que são identificáveis por técnicas imunológicas e que têm funções específicas. Entretanto, todas as células T possuem os receptores TCR (do inglês T-Cell-Receptor ) e o CD3 (do inglês Cluster os Differentiation – 3). O linfócito T Auxiliar possui receptor CD4 na superfície, que tem a função de reconhecer macrófagos ativados. É o principal alvo do vírus HIV. Esta célula é o mensageiro mais importante do sistema imune. Ele envia mensagens de ataque para diversos leucócitos para realizar a guerra imunológica contra o agente
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agressor. O linfócito T auxiliar é a célula que interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado. A interleucina-1 estimula a expansão clonal de linfócitos T Auxiliares monoclonais.
FONTE: ASM Microbelibrary©. Disponível em: http://www.microbelibrary.org. Acesso em: 10 fev. 2010.
Eles vão secretar diversas interleucinas, sendo, portanto, dividido em Linfócitos T Auxiliar ( Helper ) 1 e Linfócito T Auxiliar ( Helper ) 2. Esses subtipos de LT Helper secretam interleucinas distintas, cada uma com uma função específica. Algumas funções principais dos linfócitos T- Helper :
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Estas células costumam expressar receptores CD de superfície, não existindo nenhum marcador específico para os NK. O marcador mais encontrado e usado atualmente para detectá-los é o CD16 ou o CD56. As células NK também lisam células cobertas por IgG. Essa função é denominada de citotoxidade celular dependente de anticorpo.
FONTE: Disponível em: <www.paginadigital.com.ar/>. Acesso em: 10 fev. 2010.
24.2.4 Macrófagos
Os macrófagos são células de altíssimo poder fagocitário. O Interferon Gama, substância produzida por linfócitos T- Helper estimula a fusão dos lisossomos com o fagossomo para que haja a digestão intracelular. Estes fagócitos possuem diversas enzimas hidrolíticas em seus lisossomos. Não possuem a mieloperoxidase, mas matam bactérias por liberação de radicais derivados do oxigênio, como o superóxido, radical hidroxila e o peróxido de hidrogênio (H2O2). Estes vão oxidar a membrana da célula da bactéria e formar pontes dissulfeto entre os aminoácidos cisteína de diversas proteínas estruturais da bactéria, o que leva à morte da mesma. Possui funções de extrema importância para o sistema imune:
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Com isso a histamina causa uma vasodilatação, a heparina é anticoagulante, o ECF-A chama os eosinófilos e a fator quimiotáxico dos neutrófilos chama os neutrófilos ao local. O SRS-A ( slow reacting substance of anaphylaxis ) tem como efeito produzir contração lenta da musculatura lisa. Esta contração da musculatura lisa é importante quando essa reação anafilática ocorre no pulmão e leva a uma broncoconstricção (asma alérgica).
FONTE: Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. 2012
As moléculas envolvidas no desenvolvimento da resposta imune compreendem os anticorpos e as citosinas, produzidas pelos linfócitos, e uma ampla variedade de outras moléculas conhecidas como proteínas de fase aguda, porque as suas concentrações séricas elevam-se rapidamente durante a infecção. As moléculas que promovem a fagocitose são conhecidas como opsoninas. O sistema complementar (complemento) é um conjunto de aproximadamente 20 proteínas séricas, cuja principal função é o controle do processo inflamatório. As proteínas deste sistema promovem a fagocitose, controlam
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a inflamação e interagem com os anticorpos na defesa imune. As citosinas são moléculas diversas que fornecem sinais para os linfócitos, fagócitos e outras células do organismo. Todas as citosinas são proteínas ou peptídeos, algumas contendo glicoproteínas. Os principais grupos de citosinas são: Interferons (IFNs, que limitam a propagação de certas infecções virais), Interleucinas (Ils, a maioria delas está envolvida na indução de divisão e diferenciação de outras células), Fatores estimuladores de colônias (CSFs, divisão e diferenciação das células-tronco na medula óssea e dos precursores dos leucócitos sanguíneos), Quimiocinas (direciona a movimentação das células pelo organismo) e outras citosinas (são particularmente importantes nas reações inflamatórias e citotóxicas).
24.3.1 Anticorpos
Sem dúvida alguma os anticorpos são as moléculas mais importantes de todo o sistema imune. Além disso, as pesquisas científicas possibilitaram o desenvolvimento em laboratório de anticorpos específicos contra inúmeras doenças, o que possibilitou a utilização destes em ensaios laboratoriais para diagnóstico dessas patologias. Todos os ensaios laboratoriais para detecção específica de doenças, os chamados marcadores, nada mais são que anticorpos produzidos pelo organismo do paciente e estes serão detectados ou não no soro do paciente. O inverso também é realizado em alguns testes, ou seja, utilizamos como reagentes anticorpos específicos contra uma determinada doença e ao reagir com o soro do paciente pode-se detectar a presença ou não do antígeno no soro do paciente. Os anticorpos são um grupo de proteínas séricas produzidas pelos linfócitos B. Eles são a forma solúvel do receptor de antígenos. Os anticorpos ligam-se especificamente aos antígenos e assim promovem efeitos secundários. Enquanto uma parte da molécula do anticorpo se liga ao antígeno, outras regiões interagem com outros elementos do sistema imune, como os fagócitos ou com uma das moléculas do complemento.
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A Resposta Imune Humoral (RIH) é mediada por anticorpos, que são proteínas gamaglobulinas sintetizadas por plasmócitos (linfócitos B diferenciados e capazes de secretar anticorpos ativamente). Os anticorpos são produzidos com a função principal de neutralizar e eliminar o antígeno que estimulou a sua produção. Esse processo de eliminação é feito de diversas formas e, na maioria das vezes, a produção do anticorpo é mantida por longos períodos, sendo responsável pela chamada imunidade. Anticorpos também podem ser chamados de gamaglobulinas ou imunoglobulinas (Ig). Existem basicamente cinco classes de imunoglobulinas que variam na forma e atividade, porém mais de uma classe é produzida durante o processo de infecção, ou seja, duas classes de imunoglobulinas podem ser produzidas contra um mesmo antígeno. As classes de imunoglobulinas são A, M, G, D e E, sendo chamadas Imunoglobulina A (IgA), Imunoglobulina M (IgM), etc. Todo o desenvolvimento das atuais técnicas imunológicas aqui descritas só foi possível com o desenvolvimento da técnica de obtenção de anticorpos monoclonais, uma vez que os anticorpos utilizados em ensaios laboratoriais para detecção de marcadores devem ser específicos para a patologia que se está pesquisando. Os anticorpos são a chave para o diagnóstico e terapêutica de muitas patologias responsáveis por epidemias e por doenças como o cancro. A biotecnologia é um meio de obter e produzir esses anticorpos. A ligação de antígenos aos receptores membranares dos linfócitos que os reconhecem, estimula a sua divisão, originando clones - seleção clonal. Os anticorpos podem ser utilizados para reconhecer moléculas específicas com grande precisão e podem ser produzidos em laboratório por meio da injeção de antígenos em animais. Após a resposta imunitária efetuada pelos animais em contato com o agente infeccioso, recolhem-se os anticorpos do seu plasma sanguíneo. Este processo tem como vantagem a obtenção de uma elevada quantidade de anticorpos. Contudo, nos animais e nos seres humanos, a resposta imunitária é, na maior parte das vezes, policlonal, isto é, desenvolvem-se diferentes populações de linfócitos B perante o mesmo agente patogênico. Este tipo de resposta torna-se menos eficiente porque não é canalizado o esforço para a produção do anticorpo mais apropriado, produzido por um único clone de linfócitos B - monoclonal.
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Na produção deste tipo de anticorpos, um animal é injetado com um antígeno e, passado algum tempo, é morto. Os linfócitos B são extraídos do baço do animal, incubados in vitro e é feita a fusão com células de mieloma (um tipo de célula tumoral), com o intuito de obter anticorpos monoclonais.
FONTE: Arquivo pessoal do autor
Após a obtenção dos anticorpos monoclonais estes são utilizados nos ensaios laboratoriais de diversas formas, que variam principalmente nas etapas do processo e na forma de visualização da reação. Basicamente as reações imunológicas para detecção de anticorpos ou antígenos utilizando anticorpos monoclonais são realizadas observando a alteração na coloração do meio de reação, que ocorre devido a agentes adicionados para tal. A coloração desenvolvida é medida por espectroscopia, porém a utilização de radiação, turvação, aglutinação, etc. Estas são outras formas de se detectar as reações antígeno-anticorpo. A técnica atualmente mais utilizada para detecção de