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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16401-1 Primeira edição 04.08.2008 Válida a partir de 04.09.2008 Instalações de ar-condicionado — Sistemas centrais e unitários Parte 1: Projetos das instalações Central and unitary air conditioning systems Part 1: Design of installations Palavras-chave: Ar-condicionado. Sistema central. Sistema unitário. Projeto. Descriptors: Air conditioning. Central system. Unitary system. Design. ICS 91.140.30 ISBN 978-85-07-00889-7 O) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Número de referência ABNT NBR 16401-1:2008 60 páginas O ABNT 2008 ABNT NBR 16401-1:2008 O ABNT 2008 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito pela ABNT. ABNT Av Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 2220-1762 abntGabnt.org.br www.abnt.org.br Impresso no Brasil ii € ABNT 2008 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16401-1:2008 87 Bombas hidráulica: 8.8 Motores elétricos 9 Difusão do ar... 9.1 Requisitos gerais eram 9.2 Seleção de grelhas e difusores 10 Distribuição do ar — Projet 10.1 | Traçado da rede de duto: 10.2 Dimensionamento... 10.21 Fatores a considerar...... 10.2.2 Método de fricção constante 10.2.3 Método de recuperação estática 10.2.4 Método T de otimização... 10.3 Tipos e materiais de dutos 10.3.1 Dutos metálicos. 10.3.2 Dutos flexíveis 10.3.3 Dutos de mater 10.3.4 Outros materiais 10.4 Especificações gerais. 10.4,.1 Classe de pressão... 10.4.2 Vazamentos em dutos. 10.5 Singularidades....... 10.6 Dispositivos de regulagem 10.7 Registros corta-fogo e fumaça. 10.8 Isolação térmica 10.9 Tratamento acústico. 11 Distribuição de ar —- Construção dos dutos 11.1 | Dutos metálicos. 11.2 Dutos de material fibros: 12 Instalações da água gelada, água quente e água de condensação 12.1 Critérios de projeto. 12.2 Dimensionamento. 12.3 Materiais...... 12.4 Projeto da rede hidráuli 12.5 Detalhamento para execução 12.6 Isolação térmica..... 13 Linhas frigoríficas. 14 Instalações elétricas.... 15 Controles e automação 30 16 Ensaios e aprovação 16.1 Procedimento.. 16.2 Requisitos específicos de projeto .. Anexo À (normativo) Dados climáticos de projeto. A1 Apresentação dos dados.. A.2 Geração de dados para as 24 horas do dia de projeto. A3 Tabelas de dados. ee o Anexo B (normativo) Dutos metálicos - Especificações construtivas (Reprodução autorizada pela SMACNA Ing.).. B.1 Escopo B.2 Dutos retangulares B.3 Dutos circulares. B4 Dutos ovalizados Anexo € (informativo) Fontes internas de calor e umidade Bibliografia iv ABNT 2008 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16401-1:2008 Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidade, laboratório e outros). Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 16401-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Refrigeração (ABNT/CB-55), pela Comissão de Estudo de Instalações de ar condicionado (CE-55.002.03). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 21.02.2008 a 22.04.2008, com o número de Projeto 55.002.03-001/1. Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 6401/1980. A ABNT NBR 16401, sob o título geral “Instalações de ar-condicionado — Sistemas centrais e unitários”, tem previsão de conter as seguintes partes: — Parte 1: Projeto das instalações; — Parte 2: Parâmetros de conforto térmico; — Parte 3: Qualidade do ar interior. O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte: Scope This part of ABNT NBR 16401 establishes the basic conditions and minimum requirements for the design of central and unitary air conditioning systems. This part of ABNT NBR 16401 is applicable to specialized air conditioning systems (clean rooms, laboratories, surgical suites, industrial processes and other), onty as far as it does not conflict with specific standards pertaining to these systems. This part of ABNT NBR 16401 is not applicable to small isolated unitary systems for comfort application, where the sum of the nominal capacíties of the units which constitute the system is less than 10 kW. This part of ABNT NBR 16401 is not applicable retroactively. !t is applicable to new systems and to the retrofit of existing systems, or of parts of existing systems. (8 ABNT 2008 - Todos os direitos reservados v NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16401-1:2008 Instalações de ar-condicionado — Sistemas centrais e unitários Parte 1: Projetos das instalações 1 Escopo 1.1 Esta Parte da ABNT NBR 16401 estabelece os parâmetros básicos e os requisitos minimos de projeto para sistemas de ar-condicionado centrais e unitários. 1.2 Esta Parte da ABNT NBR 16401 se aplica a instalações de ar-condicionado especiais que são regidas por normas específicas (salas limpas, laboratórios, centros cirúrgicos, processos industriais e outras) apenas nos dispositivos que não conflitem com a norma específica. 1.3 Esta Parte da ABNT NBR 16401 não se aplica a pequenos sistemas unitários isolados, para conforto, em que a soma das capacidades nominais das unidades que compõem o sistema é inferior a 10 kW. 1.4 Esta Parte da ABNT NBR 16401 não tem efeito retroativo. Aplica-se a sistemas novos e a instalações ou parte de instalações existentes objetos de reformas. 2 Referencias normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). Resolução CONAMA Nº 001 de 08/03/90, Controle de ruídos no meio ambiente. Ministério do Trabalho e Emprego, Norma regulamentadora NR-15 - Atividades e operações insalubres. Ministério do Trabalho e Emprego, Norma regulamentadora NR-17 — Ergonomia. ABNT NBR 5410:2004, instalações elétricas de baixa tensão. ABNT NBR 7008:2003, Chapas e bobinas de aço revestidas com zinco ou com liga zinco-ferro pelo processo continuo de imersão a quente. ABNT NBR 9442:1986, Materiais de construção — Determinação do indice de propagação superficial de chama pelo método de painel radiante. ABNT NBR 10151, Acústica — Avaliação do ruido em áreas habitadas visando o conforto da comunidade — Procedimento ABNT NBR 10152, Níveis de ruído para conforto acústico. ABNT NBR 13531:1995, Elaboração de projetos de edificações — Atividades técnicas ABNT NBR 14039:2005, Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV ABNT NBR 14518:2000, Sistemas de ventilação para cozinhas profissionais O ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 1 ABNT NBR 16401-1:2008 ABNT NBR 15220-2, Desempenho térmico de edificações — Parte 2: Métodos de cálculo da fransmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações ABNT NBR 16401-2, Instalações de ar-condicionado — Sistemas centrais e unitários — Parte 2: Parâmetros de conforto térmico ABNT NBR 16401-3, Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários — Parte 3: Qualidade do Ar Interior ANSI/ASHRAE Standard 111 - 1988, Practice for measurement, testing, adjusting and balancing of building hearing, ventilating, air conditíoning and refrigeration systems. AR! 550/590, Performance rating of water chilling packages using the vapor compressor cycle. ASTM E 662-06, Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials. DIN 4102-6:1977, Fire behavior of materials and building components —Ventilation ducts, definitions, requirements and tests. EN 13180:2002, Ventilation for buildings — Ductwork — Dimensions and mechanical requirements for flexible ducts. SMACNA - 1985, Air duct leakage test manual. SMACNA - 2003, Fibrous glass construction standards. SMACNA - 2002, Fire, smoke and radiation dampers installation guide for HVAC systems. SMACNA - 2005, HVAC Duct construction standards — Meta! and flexible. SMACNA — 2002, HVAC systems — Testing, adjusting and balancing. UNE 92106:1989, Insulation materials — Elastomeric foams —General characteristics. UL 555-1999, Standard for fire dampers. UL 5558-1999, Standard for smoke dampers, 3 Termos e definições Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 16401, aplicam-se os seguintes termos e definições. 31 condicionamento de ar processo que objetiva controlar simultaneamente a temperatura, a umidade, a movimentação, a renovação e a qualidade do ar de um ambiente. Em certas aplicações controla também o nível de pressão interna do ambiente em relação aos ambientes vizinhos 3.2 sistema de ar-condicionado central 3.2.1 central de água gelada sistema central em que uma ou mais unidades de tratamento de ar, cada uma operada e controlada independentemente das demais, são supridas com água gelada (ou outro fluido térmico) produzida numa central frigorigena constituída por um ou mais grupos resfriadores de água e distribuída por bombas, em circuito fechado 2 G ABNT 2008 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16401-1:2008 EXEMPLO: Escritórios de uma empresa ocupando parte de um edifício Conjunto de consultórios de um centro médico Conjunto de lojas de um centro comercial Conjunto dos apartamentos de hóspedes de um hotel convencional ou de longa permanência 3.8 zona térmica grupo de ambientes com o mesmo regime de utilização e mesmo perfil de carga térmica, permitindo que as condições requeridas possam ser mantidas com um único dispositivo de controle, ou atendidas por um único equipamento condicionador destinado somente âquela zona 3.9 fator de calor sensível fração sensível da carga térmica 3.10 calor sensivel calor que produz uma variação da temperatura do ar sem alteração do conteúdo de umidade 311 calor latente calor de evaporação ou condensação do vapor de água do ar, que produz uma variação do conteúdo de umidade do ar sem alteração da temperatura 3.12 ar-padrão ar à pressão barométrica de 101,325 kPa, temperatura de 20 *C, umidade absoluta de O kg de vapor de água/kg de ar seco, com massa específica de 1,2 kg/m3. 4 Procedimento de elaboração e documentação do projeto A elaboração do projeto deve ocorrer em etapas sucessivas, dividindo-se o processo de desenvolvimento das atividades técnicas de modo a se obter uma evolução positiva e consistente da concepção adotada para as instalações e da integração destas com a edificação e seus componentes, garantindo o atendimento às exigências de desempenho e qualidade definidas pelo contratante. Cabe ao projetista executar as atividades e fornecer ao contratante os documentos de acordo com o estipulado em4.1a4.5. O estipulado em 4.6 é de responsabilidade da empresa executora da obra. Em situações onde o empreendimento já é existente e se pretenda aplicar uma solução de reforma efou adequação da instalação existente (retrofit), algumas ações ou etapas podem vir a ser suprimidas de acordo com o projetista contratado. 4.1 Concepção inicial da instalação Etapa destinada a: a) análise conjunta entre o projetista, empreendedor e escritórios de arquitetura sobre os impactos das soluções envolvendo 9 consumo de energia da edificação e os aspectos ambientais; b) análise junto ao empreendedor da diretriz de enquadramento desejada por ele para a obtenção de etiquetagem de eficiência energética do respectivo empreendimento; 4 O ABNT 2008 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16401-1:2008 c) coleta de informações sobre as condições locais que possam ter influência na concepção das instalações, tais como o atendimento pelos serviços públicos de água, esgoto, gás combustivel e energia elétrica, topografia, incidência solar, edificações na vizinhança, condições do meio externo, tipo de ocupação, etapas de implantação do empreendimento, exigências especificas das autoridades legais etc; d) coleta de dados preliminares de requisitos de tratamento de ar, parâmetros para os cálculos de carga térmica e especificações dos detalhes arquitetônicos da edificação tais como: condições específicas de temperatura, umidade relativa, pressão interna, renovação de ar e classe de filtragem requerida, leiaute e dissipação térmica de equipamentos, altura de entre forros, tipos de vidro e materiais e revestimentos de coberturas e paredes, dispositivos de sombreamento etc; e) análise comparativa de sistemas viáveis de serem aplicados, a partir de um levantamento preliminar de carga térmica; f) indicação preliminar das necessidades de áreas e espaços técnicos, com estimativa de carga estática e consumo elétrico dos equipamentos. Esta etapa engloba conceitualmente as etapas de Levantamento (LV), Programa de Necessidades (PN), Estudo de Viabilidade (EV) e Estudo Preliminar (EP), conforme a ABNT NBR 13531. Para a execução desta etapa, o contratante deve disponibilizar ao projetista: —. plantas de situação do terreno; — dados gerais do empreendimento conforme relacionados nos itens referentes à coleta de dados; — projeto legal ou estudos de arquitetura. 4.2 Definição das instalações Etapa destinada à evolução da concepção das instalações e à representação das informações técnicas provisórias de detalhamento das instalações, com informações necessárias e suficientes ao início do inter-relacionamento entre os projetos das diversas modalidades técnicas participantes no processo, para uma avaliação preliminar de interferências e elaboração de estimativas aproximadas de custos. Refere-se à etapa de Anteprojeto (AP), conforme a ABNT NBR 13531. Deve incluir as seguintes atividades: — cálculos preliminares de carga térmica e vazão de ar; — seleção preliminar de equipamentos, com dados referenciais de dimensões, capacidade, consumo energético, consumo de água e peso; — definição preliminar de localização das casas de máquinas e suas dimensões; — dimensionamento preliminar das redes de dutos principais e definição dos espaços de passagem vertical e horizontal necessários; — dimensionamento preliminar das redes hidráulicas e frigoríficas principais, e definição dos espaços de passagem vertical e horizontal necessários; — representação gráfica das instalações de forma esquemática para identificação preliminar de interferências. Para a execução desta etapa, o contratante deve disponibilizar ao projetista: — complementação ou atualização dos dados gerais do empreendimento fornecidos na etapa anterior: € ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 5 ABNT NBR 16401-1:2008 — afastamentos necessários para a operação e manutenção do sistema; — detalhes construtivos; — fluxogramas de ar, fluidos térmicos, redes frigoríficas quando necessários, em instalações de maior complexidade, para permitir a visualização das instalações de maneira esquemática e global; — necessidades a serem supridas pela infra-estrutura das instalações prediais de energia elétrica, gás combustível, água e esgoto; — descritivo funcional da lógica de controle, informando os componentes necessários e sua localização, parâmetros operacionais a serem atendidos e as interfaces com sistema de automação predial (se houver); — descritivo funcional e referências normativas para o fornecimento e montagem das instalações e quadros elétricos de alimentação elétrica e comando indicando as lógicas de intertravamentos de operação, proteção, manobra, medição e sinalização; — especificações gerais de equipamentos, indicando as características técnicas exigidas, tais como as capacidades, características construtivas e condições operacionais, como temperaturas de entrada e saída de ar e de água, vazões de ar e água, pressão, potência e voltagem de equipamentos elétricos e outros dados necessários para a correta seleção destes; — especificações gerais de componentes e materiais a serem fornecidos, indicando as características exigidas e as referências normativas e padrões técnicos a serem obedecidos; — resumo geral dos dados resultantes dos cálculos de carga térmica para cada ambiente ou zona térmica, relacionando os parâmetros adotados; -— memorial descritivo contendo a descrição geral das instalações, justificativas das soluções adotadas, serviços e responsabilidades a cargo da empresa instaladora e do contratante. Para a execução desta etapa, o contratante deve disponibilizar ao projetista: — complementação ou atualização dos dados gerais do empreendimento fornecidos na etapa anterior; — comentários sobre os desenhos gerados na etapa descrita em 4.3; — plantas e cortes definitivos de arquitetura e de leiautes de ocupação; — planta de forros com posicionamento definitivo das luminárias; — formas definitivas da estrutura de todos os pavimentos; — dados sobre a infra-estrutura das instalações elétricas e hidráulicas prediais. 4.5 Projeto legal Esta etapa deve ser executada sempre que requerida e se destina à representação, na formatação exigida, das informações técnicas necessárias à análise e aprovação, pelas autoridades competentes, com base nas exigências legais (municipal, estadual e federal). Refere-se à etapa de Projeto Legal (PL), conforme a ABNT NBR 13531. O ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 7 ABNT NBR 16401-1:2008 4.6 Detalhamento de obra e desenhos “conforme construído” a) e) a) a responsabilidade sobre esta etapa cabe à empresa instaladora, que deve efetuar o detalhamento e as adequações necessárias no projeto, em função de: — caracteristicas dimensionais e construtivas dos equipamentos efetivamente utilizados; — detalhes construtivos e padrões de fabricação específicos dos itens de seu fornecimento tais como quadros etétricos, dutos de ar, rede hidráulica e seus elementos de sustentação. modificações do projeto exigidas por interferências surgidas em decorrência do desenvolvimento das obras civis e demais instalações prediais, ou alterações de arquitetura, leiaute e uso dos ambientes, devem ser definidas e detalhadas pela empresa contratada para a execução da obra e formalmente aprovadas pelo projetista. cabe ainda à empresa instaladora elaborar e fornecer ao contratante, na conclusão e entrega da obra, os desenhos “conforme construído”, incorporando todas as alterações introduzidas no decorrer da obra. o manual de operação e manutenção da instalação deve conter no mínimo: —. memorial descritivo da instalação contendo a relação dos equipamentos com as seguintes informações de cada equipamento e instrumentos de medição: — fabricante; — modelo; — tipo; — número de série; — características elétricas, — curvas características; — dados de operação. — recomendações operacionais para colocação em funcionamento e desligamento do sistema segundo a recomendação dos fabricantes, —- recomendações com periodicidades de manutenção dos equipamentos segundo a recomendação dos fabricantes; — esquemas elétricos de controle; — certificados de garantias de cada equipamento e instrumentos de medição; — recomendação de calibração dos instrumentos de medição; os relatórios de ensaio, ajustes finais e balanceamento do sistema e de suas partes, fornecidos pelo profissional ou entidade responsável, devem ser incluídos na documentação final da instalação. O ABNT 2008 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16401-1:2008 68 Cálculo de carga térmica As cargas térmicas devem ser expressas em waits e as vazões de ar em litros por segundo de ar padrão e zorrigidas para a massa específica efetiva do ar em cada fase do processo. 3.1 Abrangência do cálculo e metodologia 3.1.1 Zoneamento >ara efeito de cálculo devem ser identificadas as zonas térmicas, como definidas em 3.7. 3.1.2 Abrangência do cálculo Devem ser calculadas: a) as cargas térmicas de resfriamento e desumidificação: — de cada recinto e zona, como estipulado em 6.2; — de cada unidade de tratamento de ar e condicionador autônomo, como estipulado em 6.3, — do sistema central constituído pelo conjunto das unidades de tratamento de ar, como estipulado em 8.4; 2) as cargas térmicas de aquecimento e umidificação, como estipulado em 6.5. 5.1.3 Metodologia 6.1.3.1 As cargas térmicas devem ser calculadas em quantas horas do dia de projeto forem necessárias para determinar a carga máxima de cada zona e as cargas máximas simultâneas de cada unidade de tratamento de ar e do conjunto do sistema, bem como as épocas de suas respectivas ocorrências. Deve ainda ser considerado o efeito dinâmico da massa da edificação sobre a carga térmica. 6.1.3.2 Este cálculo, exceto para sistemas muito simples, é inviável sem o auxílio de um programa de computador. O programa deve ser baseado nos métodos da ASHRAE (TFM — Transfer Function Method ou preferivelmente RTS — Radiant Time Series Method), descritos detalhadamente nas Referências Bibliográficas [2] e [3], respectivamente. Existem diversos programas disponíveis, como os programas livres publicados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, ou programas desenvolvidos e registrados pelos principais fabricantes de equipamentos. Na utilização destes programas cabe ao projetista reavaliar os valores já predefinidos para os coeficientes de transmissão global de calor da edificação. Os valores devem ser adaptados aos parâmetros reais de projeto da edificação. 6.1.3.3 Para sistemas com zona única ou pequeno número de zonas, é admissível adotar o método da ASHRAE CLTD/CLF - Cooling Load Temperature Difference / Cooling Load Factor, descrita detalhadamente na Referência Bibliográfica [2]. O método é uma versão simplificada, adaptada para cálculo manual, do método TFM. Consiste em tabelas de fatores e coeficientes pré-calculados para construções e situações típicas. 6.1.3.4 Algumas zonas podem apresentar picos de insolação em dias do ano outros que o dia mais quente de projeto. Para o cálculo da carga máxima destas zonas, cabe ao projetista estimar as condições termoigrométricas a serem adotadas. 10 ABNT 2008 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16401-1:2008 6.2 Carga térmica interna dos recintos 6.2.1 Aenvoltória O calor contribuído pela envoltória resulta da diferença de temperatura externa e interna somada à radiação solar incidente, direta e difusa. 6.2.1.1 Devem ser considerados — a orientação solar das fachadas; — para a envoltória externa opaca (paredes e coberturas): tipo, materiais, massa por metro quadrado, capacidade térmica, coeficientes de transmissão de calor, cor da superficie externa; -— para os vãos externos translúcidos (janelas e clarabóias): tipo de material, propriedades óticas e absorção de calor, coeficiente de transmissão de calor, coeficiente de ganho solar, proteção solar interna e sombra projetada por anteparos e edifícios vizinhos; — para as divisórias com recintos não condicionados (paredes, tetos e pisos): tipo, material, coeficiente de transmissão de calor da divisória e temperatura dos recintos vizinhos; — a massa total da envoltória e do seu conteúdo por metro quadrado de piso do recinto. 6.2.1.2 Deve-se considerar o efeito de retardamento devido à inércia térmica da estrutura: — na parte opaca da envoltória externa, o calor incidente é antes absorvido pela massa das paredes e coberturas e só se constitui em carga térmica quando a temperatura de superfície interna do envoaltório se eleva acima da temperatura do ar, sendo o calor armazenado gradativamente transmitido ao ar do recinto por condução e convecção; — na parte translúcida da envoltório externa, a radiação solar incidente que penetra diretamente no recinto é antes absorvida pela massa do recinto e de seu conteúdo e só se constitui em carga térmica quando a temperatura de sua superfície se eleva acima da temperatura do ar, e o calor armazenado é gradativamente transmitido ao ar do recinto por condução e convecção; em ambos os casos, os ciclos diários das cargas térmicas são defasados no tempo e reduzidos em intensidade em relação às cargas incidentes, cessada a carga incidente o calor armazenado pode continuar a se dissipar no recinto, após o desligamento do sistema, constituindo-se em carga remanescente, a ser dissipada no início de operação no dia seguinte. 6.2.1.3 O desempenho térmico dos elementos e componentes da edificação deve ser calculado de acordo com a ABNT NBR 15220-2. 6.2.2 As fontes internas de calor e umidade Devem ser avaliadas separadamente as frações sensíveis e latentes, e considerada a defasagem no tempo e a redução da intensidade da fração radiante da carga de cada componente, como descrito em 6.2.1.2. O calor latente é considerado carga instantânea. 6.2.2.1 Pessoas — O número máximo esperado de pessoas em cada recinto deve ser estipulado pelo contratante do projeto. Para sistemas de conforto, na ausência desta informação, deve ser adotada a densidade de ocupação indicada na Tabela 1 da ABNT NBR 16401-3:2008. Devem também ser considerados o regime e os horários de ocupação. € ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 11 ABNT NBR 16401-1:2008 — A infiltração de ar é normalmente provocada pelo efeito de ventos e de diferenças de pressão devidas ao efeito chaminé e, quando não mantida sob controle, implica taxa adiciona! de ar exterior e consegientemente de carga térmica para o sistema. — É usual manter os ambientes condicionados levemente pressurizados, o que ajuda a minimizar os efeitos da infiltração de ar não controlada. — Dados que permitem estimar as vazões de ar infiltrado e/ou exfiltrado podem ser encontrados na Referência Bibliográfica [4]. 6.3 Carga térmica das unidades de tratamento de ar e condicionadores autônomos É constituída do descrito em 6.3.1 a 6.3.5. 6.3.1 Soma das cargas térmicas das zonas 6.3.1.1 Éa carga máxima simultânea do conjunto de zonas servidas pela unidade; não é necessariamente a soma dos máximos das zonas, que podem não ocorrer simultaneamente. 6.3.1.2 Deve-se considerar ainda um eventual fator de simultaneidade para alguns dos componentes da carga térmica (pessoas, iluminação, equipamentos) ao nível do conjunto das zonas. 6.3.2 Outros ganhos e perdas de calor Devem ser acrescentados: -— o calor dissipado pelos ventiladores; — os ganhos e perdas de calor nos dutos de ar. 6.3.3 Ar exterior Devem ser acrescentadas as cargas, sensível e latente, do ar exterior a ser admitido no sistema. 6.3.3.1 Para sistemas de conforto, a vazão mínima de ar exterior deve ser determinada de acordo com o estipulado na Seção 5 da ABNT NBR 16401-3:2008. O nível (1, 2, ou 3) a ser adotado deve ser determinado em comum acordo com o contratante. A vazão de ar exterior deve ser suficiente para manter os locais em leve pressão positiva e minimizar as infiltrações. 6.3.3.2 Para sistemas especiais ou ligados a processos industriais, a vazão mínima de ar exterior deve ser determinada de forma a garantir gradientes de pressão (positivos e/ou negativos) entre os ambientes condicionados e em relação à atmosfera, parâmetros de processo, condições minimas de segurança e saúde ocupacional durante a permanência de pessoas dentro dos ambientes condicionados, tais como: concentração de gases e vapores nocivos à saúde, limites de explosão de gases e vapores de combustíveis, concentração de oxigênio e outros fatores de risco. A vazão de ar exterior deve atender ao estipulado nas normas e legislação especificamente relativas a estes sistemas. 6.3.4 Psicrometria e vazão de ar 6.3.4.1 Deve-se realizar um estudo psicrométrico para determinar as condições de operação à plena carga de cada unidade de tratamento de ar e calcular as vazões de ar a serem supridas a cada zona, a fim de atender à correta relação sensível/latente da carga térmica. O ABNT 2008 - Todos os direitos reservados 13 ABNT NBR 16401-1:2008 6.3.5 O estudo deve avaliar as condições de operação em carga parcial, quando a fator de calor sensível é frequentemente menor que a plena carga, exigindo medidas de controle apropriadas, a fim de evitar que a umidade dos recintos se eleve acima da condição de projeto. 6.4 Carga térmica do sistema central ou do sistema multi-split É constituída do descrito em 6.4.1 € 6.4.2. 6.4.1 Soma das unidades de tratamento de ar É a carga máxima simultânea do conjunto de unidades servidas pelo sistema; não é necessariamente a soma dos máximos das zonas, que podem não ocorrer simultaneamente. 6.4.2 Outros ganhos de calor Deve ser acrescentado o calor dissipado nas bombas e nas redes de distribuição de fluidos. 6.5 Carga térmica de aquecimento e umidificação 6.5.1 Os procedimentos de cálculo são similares aos dos cálculos de resfriamento, sendo porém que as perdas de calor pela envoltória devem ser consideradas instantâneas, desconsiderando o efeito de inércia térmica da estrutura da edificação. 6.5.2 Os ganhos de calor e umidade das fontes internas não devem ser considerados no cálculo da carga térmica máxima, exceto em instalações especiais, onde sua presença permanente é garantida. 7 Critérios de projeto do sistema 7.1 Critérios gerais 7.1.1 Evitar superdimensionar o sistema. Os cálculos das cargas térmicas devem ser os mais exatos possíveis, evitando aplicar “fatores de segurança” arbitrários para compensar eventuais incertezas no cálculo. 7.1.2 Nos sistemas com grande variação da carga térmica (sazonal ou outra) deve se considerar a opção de subdividir o equipamento em módulos menores, que atendam às cargas reduzidas com melhor eficiência. Esta modulação contribui ainda com a confiabilidade do sistema, pois a falha de um dos módulos não acarreta a paralisação total do sistema. 71.3 O grau de confiabilidade exigido do sistema deve ser avaliado, e devem ser estipuladas as medidas para assegurar a confiabilidade requerida, como: — nível adequado de qualidade e confiabilidade dos componentes individuais; — redundância de componentes ou de partes do sistema; — “instalação de componentes de reserva. 714.4 Evitar a necessidade de operar o sistema para atender a pequenos locais que devam funcionar fora dos horários normais do restante dos locais. Recomenda-se prever para estes locais sistemas independentes, operados apenas quando o sistema principal é desligado. 7.1.5 Evitar atender locais com exigências especiais, termoigrométricas e ou de pureza de ar (centros de processamento de dados, laboratórios) pela mesma unidade de tratamento de ar que serve a locais adjacentes que exijam apenas condições de conforto. 14 € ABNT 2008 - Todos as direitos reservados