Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Nervos Cranianos - Neuroanatomia, Resumos de Neuroanatomia

Resumo. Fonte: Angelo Machado - NEURO

O que você vai aprender

  • Qual é a composição do nervo facial?
  • Quais são as funções do nervo vestibulococlear?
  • Quais são as origens aparentes de cada nervo craniano?
  • Quais são as principais glândulas inervadas pelos nervos cranianos?
  • Como os nervos facial e vestibulococlear se conectam com a medula ou com o esqueleto?

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 25/05/2021

maria-eduarda-borges-almeida
maria-eduarda-borges-almeida 🇧🇷

5

(5)

10 documentos

1 / 11

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Maria Eduarda Borges Almeida
Medicina
2° Período
ITPAC Palmas
Nervos Cranianos
Introdão
Nervos cranianos são os que
fazem conexão com o encéfalo.
A maioria deles liga-se ao tronco
encefálico, excetuando-se
apenas os nervos olfatório e
ptico, que se ligam.
respectivamente, ao telencéfalo
e ao diencéfalo.
Os nervos III, IV e VI inervam os
músculos do olho.
O V par, nervo trigêmeo,
assim denominado em virtude de
seus três ramos: nervos
oftálmico, maxilar e mandibular.
O VII, nervo facial, compreende
o nervo facial propriamente dito
e o nervo intermédio,
considerado por alguns como a
raiz sensitiva e visceral do nervo
facial.
O VIII par, nervo
vestibulococlear, apresenta dois
componentes distintos, que são
por alguns considerados como
nervos separad os.
São eles as partes vestibular e coclear, relacionados, respectivamente, com o equilíbrio e a audição.
O nervo vago também chamado pneumogástrico.
O nervo acessório difere dos demais pares cranianos por ser formado por uma raiz craniana (ou bulbar) e outra espinhal.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Nervos Cranianos - Neuroanatomia e outras Resumos em PDF para Neuroanatomia, somente na Docsity!

Medicina 2° Período ITPAC – Palmas

Nervos Cranianos

Introdução

Nervos cranianos são os que

fazem conexão com o encéfalo.

A maioria deles liga-se ao tronco

encefálico, excetuando-se

apenas os nervos olfatório e

ó ptico, que se ligam.

respectivamente, ao telencéfalo

e ao diencéfalo.

Os nervos III, IV e VI inervam os

músculos do olho.

O V par, nervo trigêmeo, é

assim denominado em virtude de

seus três ramos: nervos

oftálmico, maxilar e mandibular.

O VII, nervo facial, compreende

o nervo facial propriamente dito

e o nervo intermédio,

considerado por alguns como a

raiz sensitiva e visceral do nervo

facial.

O VIII par, nervo

vestibulococlear, apresenta dois

componentes distintos, que são

por alguns considerados como

nervos separad os.

São eles as partes vestibular e coclear, relacionados, respectivamente, com o equilíbrio e a audição.

O nervo vago é também chamado pneumogástrico.

O nervo acessório difere dos demais pares cranianos por ser formado por uma raiz craniana (ou bulbar) e outra espinhal.

Medicina 2° Período ITPAC – Palmas Enquanto nos nervos espinhais as origens são sempre as

mesmas, variando apenas o nível em que a conexão é feita com

a medula ou com o esqueleto, nos nervos cranianos as origens

aparentes são diferentes para cada nervo

I Par = Nervo Olfatório

II Par = Nervo Óptico

III Par = Nervo Oculomotor

IV Par = Nervo Troclear

V Par = Nervo Trigêmeo

VI Par = Nervo Abducente

VII Par = Nervo Facial

VIII Par = Nervo Vestibulococlear

IX Par = Nervo Glossofaríngeo

X Par = Nervo Vago

XI Par = Nervo Acessório

XII Par = Nervo Hipoglosso

Componentes Funcionais dos Nervos Cranianos

Componentes Aferentes

Os receptores dos órgãos especiais são chamados "especiais". As fibras nervosas em relação com estes receptores são, pois,

classificadas como especiais.

Fibras Aferentes

Somáticas

Fibras Eferentes

Viscerais

Somáticas

Viscerais

Gerais

Especiais

Especiais

Especiais

Gerais

Gerais

Medicina 2° Período ITPAC – Palmas É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo, pois, classificados como aferentes viscerais

especiais.

Nervo Óptico

É constituído por um grosso feixe de fibras nervosas que se

originam na retina, emergem próximo ao polo posterior de cada

bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico.

Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o

quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as

quais continuam no trato óptico até o corpo geniculado lateral.

O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras

conduzem impulsos visuais, classificando-se, pois, como

aferentes somáticas especiais.

Nervos Oculomotor, Troclear e Abducente

São nervos motores que penetram na órbita pela fissura

orbital superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos

do bulbo ocular, que são os seguintes:

→ elevador da pálpebra superior → reto superior → reto inferior → reto medial → reto lateral → oblíquo superior → oblíquo inferior.

Todos esses músculos são inervados

pelo oculomotor, com exceção do reto

lateral e do oblíquo superior,

inervados, respectivamente, pelos

nervos abducente e troclear

As fibras nervosas que os inervam

são, pois, classificadas como

eferentes somáticas.

Medicina 2° Período ITPAC – Palmas Além disso, o nervo oculomotor possui fibras responsáveis pela inervação pré - ganglionar dos músculos intrínsecos do bulbo ocular:

o músculo ciliar, que regula a convergência do cristalino, e o músculo esfíncter da pupila.

Estes músculos são lisos, e as fibras que os inervam classificam-se como eferentes viscerais gerais

Nervo Trigêmeo

O nervo trigê meo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior.

Possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora.

→ A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos, situados no gânglio trigeminal, que se localiza na loja do gânglio trigeminal sobre a parte petrosa do osso temporal.

Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio

trigeminal formam, distalmente ao gânglio, os três ramos ou

divisões do trigêmeo:

→ nervo oftálmico, → nervo maxilar → nervo mandibular.

Estes são responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande

parte da cabeça, através de fibras que se classificam como

aferentes somáticas gerais.

Estas fibras conduzem impulsos exteroceptivos e proprioceptivos.

Os impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) originam-se:

→ da pele da face e da fronte; → da conjuntiva ocular; → da parte ectodé rmica da mucosa da cavidade bucal, nariz e seios paranasais → dos dentes → dos 2/3 anteriores da língua → da maior parte da dura-máter craniana

A raiz motora do trigêmeo é constituída de fibras que acompanham o nervo mandibular, distribuindo-se aos músculos mastigadores (temporal. masseter, pterigoí deo lateral, pterigoí deo medial, milo-hi ódeo e o ventre anterior do músculo digá strico).

Todos estes músculos derivam do primeiro arco branquial, e as fibras que os

inervam se classificam como eferentes viscerais especiais.

Medicina 2° Período ITPAC – Palmas distribuem às glândulas submandibular e sublingual. As fibras destinadas à glândula lacrimal destacam-se do nervo facial ao nível do joelho interno, percorrem, sucessivamente. o nervo petroso maior e o nervo do canal pterigoí deo. atingindo o gânglio pterigopalatino de onde saem as fibras (pó s-ganglionares) para a glândula lacrimal;

→ Fibras Aferentes Viscerais Especiais: recebem impulsos gustativos originados nos 2/ 3 anteriores da língua (e seguem

inicialmente junto com o nervo lingual. A seguir, passam para o nervo corda do tímpano , através do qual ganham o nervo facial, pouco antes de sua emergência no forame estilo-mastoí deo. Passam pelo gânglio geniculado e penetram no tronco encefálico pela raiz sensitiva do VII par, ou seja, pelo nervo intermé dio.

Nervo Vestíbulococlear

O nervo vestibulococlear é um nervo exclusivamente sensitivo, que penetra na ponte na porção lateral do sulco bulbo-pontino, entre

a emergência do VII par e o fló culo do cerebelo, região denominada ângulo ponto-cerebelar.

Ocupa, juntamente com os nervos facial e intermédio, o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal

Compõe-se de uma parte vestibular e uma parte coclear. que, embora unidas em um tronco comum, tem origem, funções e

conexões centrais diferentes.

A parte vestibular é formada por fibras que se originam dos neurônios sensitivos do gânglio vestibular, que conduzem impulsos

nervosos relacionados com o equilíbrio, originados em receptores da porção vestibular do ouvido interno.

A parte coclear do VIII par é constituída de fibras que se originam nos neurônios sensitivos do gânglio espiral e que conduzem

impulsos nervosos relacionados com a audição, originados no órgão espiral (de Corti), receptor da audição, situado na cóclea.

As fibras do nervo vestibulococlear classificam-se como aferentes somáticas especiais.

Medicina 2° Período ITPAC – Palmas

Nervo Glossofaríngeo

O nervo glossofaringeo é um

nervo misto que emerge do

sulco lateral posterior do bulbo,

sob a forma de filamentos

radiculares, que se dispõe em

linha vertical

. Estes filamentos reúnem-se

para formar o tronco do nervo

glossofarí ngeo, que sai do crânio

pelo forame jugular.

Em seu trajeto através do

forame jugular, o nervo

apresenta dois gânglios, superior

(ou jugular) e inferior (ou

petroso), formados por

neurônios sensitivos.

Ao sair do crânio, o nervo

glossofaríngeo tem trajeto

descendente, ramificando-se na raiz da língua e na faringe.

O mais importante é o representado pelas fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior

da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotí deos.

Nervo Vago

O nervo vago, o maior dos nervos cranianos, é misto e essencialmente visceral.

Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago.

Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome.

Neste longo trajeto, o nervo vago dá origem a numerosos ramos que inervam a laringe e a faringe, entrando na formaç ão dos

plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais.

O vago possui dois gânglios sensitivos, o gânglio superior (ou jugular), situado ao nível do forame jugular, e o gânglio inferior (ou

nodoso), situado logo abaixo desse forame.

Entre os dois gânglios, reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório.

Medicina 2° Período ITPAC – Palmas em companhia dos nervos glossofaríngeo e vago, dividindo-se em um ramo interno e outro externo.

O ramo interno, que contém as fibras da raiz craniana, reúne-se ao vago e distribui-se com ele.

O ramo externo contém as fibras da raiz espinhal, tem trajeto próprio e, dirigindo-se obliquamente para baixo, inerva os músculos trapézio e esternocleidomastoí deo.

Funcionalmente, as fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são de dois tipos:

→ Fibras Eferentes

Viscerais Especiais: inervam os

músculos da laringe através do nervo laríngeo recorrente;

→ Fibras Eferentes

Viscerais Gerais: inervam

vísceras torácicas juntamente com fibras vagais.

As fibras da raiz espinhal do nervo acessório são eferentes viscerais especiais.

Hipoglosso

O nervo hipoglosso, essencialmente motor, emerge

do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de

filamentos radiculares que se unem para formar o

tronco do nervo.

Este emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, tem

trajeto inicialmente descendente, dirigindo-se, a

seguir, para diante, distribuindo-se aos músculos

intrínsecos e extrínsecos da língua.

As fibras do hipoglosso são consideradas eferentes

somá ticas

Medicina 2° Período ITPAC – Palmas Nas lesões do nervo hipoglosso, há paralisia da musculatura de uma das metades da língua. Nesse caso, quando o paciente faz a

protrusão da língua. ela se desvia para o lado lesado, por ação da musculatura do lado normal não contrabalanceada pela musculatura

da metade paralisada.

Inervação da Língua

Quatro nervos contem fibras destinadas à inervação

da língua: o trigêmeo, o facial, o glossofaríngeo e o

hipoglosso.

→ Trigêmeo: sensibilidade geral (temperatura,

dor, pressão e tato) nos 2/3 anteriores;

→ Facial: sensibilidade gustativa nos 2/

anteriores;

→ Glossofaríngeo: sensibilidade geral e gustativa

no terço posterior;

→ Hipoglosso: motricidade.