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Saúde da Criança • Pediatria • Enfermagem • Medicina • Fonoaudiologia • Psicologia • Desenvolvimento Infantil • Políticas Públicas de Saúde Publicada pelo Ministério da Saúde, é um documento oficial e gratuito que registra o acompanhamento da saúde, crescimento e desenvolvimento infantil de 0 a 9 anos. Contém orientações para pais e cuidadores sobre vacinação, amamentação, alimentação, prevenção de acidentes, marcos do desenvolvimento, sinais de alerta para TEA e outras condições. Inclui tabelas para registros clínicos, gráficos de crescimento, avaliação neurológica e linguagem, além de direitos da criança e cuidados no pré-natal e pós-parto. Ideal para profissionais e estudantes da saúde e educação.
Tipologia: Resumos
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Caderneta da Criança - Menino, 6ª edição, publicada pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2023, é um documento essencial e gratuito que funciona como um "passaporte da cidadania". Seu objetivo principal é registrar integradamente as informações sobre o atendimento à criança nos serviços de saúde, educação e assistência social, desde o nascimento até os 9 anos. Parte I: Orientações para a Família e Cuidadores Direitos e Garantias Sociais: Detalha os direitos da criança e dos responsáveis, incluindo o registro civil de nascimento, educação e assistência social. Cuidados com a Saúde: Abrange desde os primeiros dias de vida, a importância da triagem neonatal (testes do pezinho, olhinho, orelhinha e coraçãozinho) e da vacinação. Oferece orientações sobre o sono seguro, banho, cuidados com o coto umbilical e como identificar sinais de perigo. Amamentação e Alimentação: Destaca a importância do leite materno exclusivo até os 6 meses e sua continuidade até os 2 anos ou mais. Desenvolvimento Infantil: Oferece conselhos sobre como estimular o desenvolvimento da criança com afeto em diferentes faixas etárias, desde o nascimento até os 9 anos. Também aborda sinais de alerta para possíveis alterações no desenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a Síndrome de Down. Prevenção de Acidentes e Violência: Alerta para os riscos de acidentes domésticos em cada fase do crescimento da criança e como preveni-los. Parte II: Registros do Acompanhamento da Criança Informações de Nascimento: Dados sobre o pré-natal, parto e nascimento. Consultas de Rotina: Quadros para anotações das consultas recomendadas em idades específicas (1ª semana, 1º mês, 2º mês, etc.). Crescimento e Desenvolvimento: Gráficos para acompanhar o perímetro cefálico, peso, estatura e IMC, incluindo curvas específicas para bebês prematuros. Há também quadros para registrar os marcos do desenvolvimento infantil em diferentes idades. Saúde Bucal: Odontograma da primeira dentição e espaço para registro de consultas odontológicas. Suplementação e Vacinação: Tabelas para registrar a suplementação de vitamina A e ferro, e o calendário nacional de vacinação completo para anotação das doses aplicadas.
Fases Iniciais (Concepção a 3 semanas): Fertilização: O processo começa com a fertilização do óvulo, formando o zigoto. Divisão Celular: Nos dias seguintes, o embrião passa por estágios de 2, 4 e 8 células, tornando-se um aglomerado celular chamado mórula. Início do SN: O desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso começa na 3ª semana, com a formação da placa neural no dorso do embrião. Tubo Neural: A placa neural se amplia e dobra (invaginação) para dar origem ao tubo neural. A cavidade interna deste tubo, preenchida com líquido amniótico, se tornará o encéfalo e a medula espinhal. Órgãos Sensoriais: Neste estágio, olhos e vesículas do ouvido rudimentares começam a surgir. Desenvolvimento Fetal: 4 Semanas: O encéfalo começa a se desenvolver como um pequeno bulbo na extremidade superior do tubo neural. A parte inferior do tubo forma a medula espinhal. 7 Semanas: O embrião mede cerca de 2 cm. As principais partes do cérebro (que se tornarão tronco encefálico, cerebelo e cérebro) já são visíveis. Os nervos cranianos e sensoriais iniciam seu desenvolvimento. 11 Semanas: O cérebro aumenta de tamanho, e os olhos e ouvidos se movem para suas posições finais. O cérebro posterior (rombencéfalo) origina o cerebelo e o tronco encefálico. 14 a 38 Semanas (Progressão do Cérebro): Semana 14: Os hemisférios cerebrais são lisos. O diencéfalo e os nervos cranianos são visíveis. Semana 26: A superfície cerebral começa a se dobrar, formando sulcos como o sulco central e o lateral. Semana 30: Os lobos cerebrais, como o lobo temporal, tornam-se mais definidos. O cerebelo e a medula espinhal estão bem formados. Semana 38: O cérebro apresenta dobras complexas (giros e sulcos), e os lobos frontal e occipital estão bem definidos, com uma aparência mais madura. PARTE 2: O CÉREBRO NO NASCIMENTO No momento do nascimento, o bebê já possui cerca de 100 bilhões de neurônios, um número semelhante ao de um adulto. A maioria desses neurônios foi formada até o sexto mês de gestação, mas eles ainda não estão amadurecidos. As fissuras (sulcos) e saliências (giros) na superfície do cérebro continuam a aumentar em complexidade. PARTE 3: DESENVOLVIMENTO PÓS-NATAL E MARCOS MOTORES Acompanhamento do Crescimento Cerebral:
Avaliação do Recém-Nascido A avaliação é feita mesmo com o bebê dormindo, mas a frequência cardíaca não deve ser medida com o bebê chorando, pois pode alterar o valor. A Escala de Apgar é aplicada no 1º e 5º minutos após o nascimento para avaliar: Frequência cardíaca Esforço respiratório Tônus muscular Irritabilidade reflexa Não inclui entubação orotraqueal O bebê deve ser colocado pele a pele com a mãe após o nascimento para favorecer a amamentação precoce e o vínculo. A observação de choro e espirro na Apgar é sinal positivo (pontuam 2). Reflexos Primitivos e Neonatais Reflexos presentes ao nascimento: Fuga à asfixia Reflexo de Moro Marcha reflexa Reflexo de sucção (Landau não está presente ao nascimento) Características dos reflexos primitivos: Involuntários e automáticos Avaliam integridade neurológica do recém-nascido Devem desaparecer até os 6 meses de vida Persistência indica risco de atraso no desenvolvimento Exemplos de reflexos: Reflexo da preensão palmar e plantar Reflexo de procura: toque na bochecha gera movimento da cabeça em direção ao estímulo Reflexo da linguinha: estimulado com toque na língua Marcos do Desenvolvimento – Caderneta da Criança Classificação dos marcos: A: habilidade ausente P: parcialmente presente NV: não verificado Alerta para o desenvolvimento: Alterações fenotípicas (ex.: olhos afastados, orelhas baixas) Ausência de reflexos/posturas esperadas Presença de fatores de risco Deve-se marcar retorno em 30 dias para sinais de alerta Triagens Neonatais Obrigatórias Devem ser realizadas nos primeiros dias: Teste da orelhinha Teste do coraçãozinho Teste do olhinho Teste da linguinha Teste da barriguinha não existe Escala de Apgar Componentes da Escala (cada um varia de 0 a 2): Frequência cardíaca Esforço respiratório Tônus muscular Irritabilidade reflexa Cor da pele (cianose é negativo e pontua 0) Notas finais variam de 0 a 10.
Princípios Gerais da Avaliação Condições Ideais: A coleta de informações e o exame físico nem sempre ocorrem em situações ideais. É crucial respeitar as condições da criança e aproveitar as oportunidades para a avaliação. Aproveitando o Sono: Se o RN estiver dormindo, esta é a melhor oportunidade para medir as frequências respiratória e cardíaca e para realizar a palpação do abdome. Avaliações feitas com o bebê chorando podem ter seu significado clínico prejudicado. Sequência do Exame: Como regra, o exame deve seguir no sentido crânio-caudal (da cabeça aos pés) e do externo para o interno. Técnicas Utilizadas: Inspeção, palpação, percussão e ausculta são aplicadas nos diversos segmentos corporais.
1. História Clínica e Condições de Nascimento A coleta de dados é o primeiro passo e deve incluir: Dados do Pré-natal: Utilizar o cartão de acompanhamento do pré-natal. Informações do Nascimento: Horário, sexo, gemelaridade, peso e comprimento. Tempo para a primeira respiração e primeiro choro. Momento da ligadura do cordão umbilical. Índice de Apgar: Avaliado no 1º e 5º minutos de vida, é um registro fundamental das condições de nascimento. Pontuação e Classificação da Asfixia: 7: Asfixia leve. 4 a 6: Asfixia moderada. 0 a 3: Asfixia grave. Tabela do Índice de Apgar: Manobras de Recepção: Registrar se houve necessidade de aspiração, oxigênio, ventilação com pressão positiva, intubação ou uso de drogas. Contato Pele a Pele: Anotar se o bebê foi colocado em contato pele a pele com a mãe e por quanto tempo. Amamentação na Sala de Parto: Registrar quando ocorreu a primeira mamada. 2. Exame Físico A. Exame Sumário na Sala de Parto Pode ser feito com o bebê sobre o corpo da mãe. Objetivo: Avaliar as condições respiratórias e cardiocirculatórias, identificar malformações grosseiras e determinar a idade gestacional. Isso definirá se o RN irá para alojamento conjunto, unidade intermediária ou UTI.
Estado de Alerta: Após o nascimento, o RN costuma ficar muito desperto por 1 a 2 horas, seguido de um sono profundo que pode durar até 12 horas. Observação Inicial: Postura, movimentação espontânea, resposta ao manuseio e choro são os primeiros parâmetros neurológicos a serem observados. Reflexos Primitivos São respostas motoras involuntárias a estímulos, mediadas por áreas subcorticais. Estão presentes desde antes do nascimento e desaparecem por volta dos 6 meses de vida, devido ao desenvolvimento de mecanismos inibitórios corticais. Principais Reflexos: Sucção: Presente ao estimular os lábios ou a boca. Procura ou Voracidade (Rooting): Ao tocar a bochecha, o RN vira o rosto para o lado do estímulo. A resposta pode ser fraca se o bebê estiver saciado. Desaparece aos 3 meses. Preensão Palmoplantar: O RN fecha a mão ou os dedos do pé ao ter a palma ou a planta pressionada. Marcha Automática: Segurando o RN em pé, ao encostar seus pés em uma superfície, ele inicia movimentos de marcha. Fuga à Asfixia: Em decúbito ventral (de bruços), o RN vira o rosto para liberar o nariz e respirar. Cutâneo Plantar: Ao estimular a planta do pé, os dedos se estendem. Moro: Desencadeado por um estímulo brusco (som, movimento súbito). A resposta tem duas fases: 1) extensão e abdução dos braços com abertura dos dedos; 2) flexão e adução (abraço). A ausência ou assimetria pode indicar lesões nervosas, musculares ou ósseas. Desaparece por volta dos 6 meses.
De 0 a 6 meses Desenvolvimento Típico: O bebê busca e acompanha o olhar do cuidador. Próximo aos 6 meses, passa a prestar mais atenção em pessoas do que em objetos e brinquedos. Sinais de Alerta (TEA): A criança pode não realizar a busca pelo olhar ou fazê-lo com baixa frequência. Pode focar a atenção muito mais em objetos do que nas pessoas. De 6 a 12 meses Desenvolvimento Típico: Apresenta comportamentos de imitação e antecipação, como estender os braços para pedir colo, jogar beijo, bater palmas e brincar de imitar. Sinais de Alerta (TEA): Demonstra dificuldades nesses comportamentos antecipatórios e na capacidade de imitação. De 12 a 18 meses Desenvolvimento Típico: Aponta com o dedo indicador para mostrar ou pedir algo. Esse gesto pode ser acompanhado de contato visual, sorrisos e vocalizações. Sinais de Alerta (TEA): Apresenta dificuldade na comunicação gestual (não-verbal). A ausência do apontar é um dos principais indicadores de risco, pois é um pré- requisito para a fala. De 18 a 24 meses Desenvolvimento Típico: Desenvolve a atenção compartilhada: segue o olhar do outro, olha para objetos que lhe são oferecidos e depois volta o olhar para a pessoa. Tem a iniciativa de levar objetos de seu interesse para o cuidador. Sinais de Alerta (TEA): Não demonstra interesse em pegar objetos oferecidos ou só o faz com muita insistência. Pode não alternar o olhar entre a pessoa e o objeto. Leva o adulto até o objeto que deseja, usando-o como "ferramenta", mas apenas se for de extremo interesse. De 24 a 36 meses Desenvolvimento Típico: Os gestos (olhar, apontar) são acompanhados por um aumento na capacidade de comentar e fazer perguntas sobre objetos e situações compartilhadas. O comentário torna-se involuntário. Sinais de Alerta (TEA): As iniciativas de interação são raras. Gestos e comentários tendem a aparecer de forma isolada ou somente após muita insistência do adulto. LINGUAGEM De 0 a 6 meses Desenvolvimento Típico: Desde o nascimento, o bebê presta atenção à melodia da fala humana. Apresenta balbucio intenso e aleatório (gritos, volumes variados). O choro, inicialmente indiscriminado, passa a ser diferenciado (fome, sono, dor) por volta dos 3 meses. Aos 6 meses, a produção de sons se torna mais intencional para chamar a atenção. Sinais de Alerta (TEA): Pode não expressar interesse ou apresentar pouca resposta aos sons da fala. Tende a ficar em silêncio ou dar gritos aleatórios, sem reciprocidade. O choro não é intuitivo e pode se manifestar em crises prolongadas e sem causa aparente. Indicadores do Desenvolvimento e Sinais de Alerta para TEA