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ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Centro Universitário de Maringá - CESUMARTaís Larissa da Silva e-mail: taislarissa@hotmail.com Prof. Dr. Vitor de Cinque AlmeidaUniversidade Estadual de Maringá e-mail: vcalmeida@uem.br
Resumo Este trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica sobre a influência do calor no ambiente de trabalho sobre a saúde e desempenho dos trabalhadores. O corpo humano pode manter o balanço de calor dentro de um vasto limite de variações térmicas a partir de mecanismos de proteção. No entanto, diante de condições térmicas extremas, como temperaturas acima dos 40ºC o corpo apresenta reflexos de desequilíbrio térmico, podendo chegar á morte. O trabalho apresenta ainda normatização acerca das condições térmicas dos locais de trabalho.
Palavras-Chave Exposição ao calor, mecanismos de proteção, legislação.
1. Introdução Várias empresas, dos mais diversos segmentos, oferecem condições térmicas desfavoráveis á saúde de seus funcionários. Milhares de pessoas convivem em locais de trabalho sob condições de desconforto térmico. O organismo humano funciona como uma máquina, tendo sua temperatura central regulada pelo hipotálamo, localizado no sistema nervoso central. A qualquer alteração térmica, a temperatura do corpo ativa mecanismos internos de compensação. Se for preciso baixar a temperatura interna, o hipotálamo promove vaso dilatação e sudorese, transferindo esse calor para o meio externo. Embora o corpo se adapte ao meio, seja ele quente ou frio, os limites de temperatura interferem consideravelmente no bem estar das pessoas.
De acordo com Slack (1999), “o ambiente imediato no qual o trabalho acontece pode influenciar a forma como ele é executado. As condições de trabalho que são muito quentes ou muito frias (...) vão influenciar na forma como o trabalho é levado avante”. No mundo existem leis acerca da saúde dos trabalhadores, como por exemplo, o Health and Safety at Work Act ( Lei da Saúde e Segurança do Trabalho), existente no Reino Unido, ou o Occupational Safety and Health Act (Lei da Segurança Ocupacional e Saúde), nos Estados Unidos. No Brasil existe a Norma Regulamentadora nº 17 – Ergonomia, do Ministério do Trabalho, que especifica que nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constante, são recomendadas temperaturas efetivas entre 20°C (vinte) e 23°C (vinte e três graus centígrados); e umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento (Manual de Ergonomia, NR 17, 2007). Há ainda a NR nº 15, que trata de condições insalubres dos locais de trabalho, apresentando limites de tolerância para exposição ao calor (Ministério do Trabalho e emprego). De acordo com as normas regulamentadoras, os trabalhadores devem conviver em ambientes que lhes proporcionem conforto e condições para um bom desempenho no trabalho. Lida (2000) afirma que quando uma pessoa é obrigada a suportar altas temperaturas, seu rendimento cai significativamente. A velocidade do trabalho diminui, as pausas se tornam maiores, a propensão á acidentes aumenta (principalmente a partir de 30ºC) e a concentração diminui. O organismo adapta-se ao trabalho em altas temperaturas, com várias transformações fisiológicas que ocorrem durante semanas. Tal transformação ocorre gradualmente em um período de até seis meses. (Couto (1978) apud Gallois, 2002). A adaptação ao calor está relacionada com a capacidade do indíviduo produzir suor, independente de sua origem étnica. Homens magros e musculosos são os que mais se adaptam ao trabalho sob calor intenso. As mulheres e homens obesos possuem mais dificuldade, pois as camadas de gordura que têm sob a pele, funcionam como isolante, dificultando a adaptação. Havendo indisposição causada por altas temperaturas, é ideal pausar o trabalho e aguardar o equilíbrio do corpo, evitando danos á saúde do trabalhador ou mesmo acidentes de trabalho.
De acordo estudos da NASA apud Ciocci (2004), ocorrem perdas na produtividade quando há excesso de calor no ambiente de trabalho (Tabela 02). O relatório descreve que quando a temperatura da área de trabalho atinge 30°C a produtividade cai cerca de 20% e há um aumento de 75% na freqüência de erros.
Tabela 02: Relação da temperatura com produtividade e freqüência de erros Temperatura (ºC) 26 28 30 32 34 36 38 40 Produtividade (%) -6,5 -12,5 -20,0 -28,5 -39,0 -51,0 -64,5 -76, Freqüência de erros (%) +3,5 +12 +75 +270 +550 +700 - - Fonte: NASA Report CR- 1205- vol.1, apud Ciocci, 2004.
De acordo com os dados, evidencia-se a gravidade da exposição dos trabalhadores à locais de temperaturas elevadas. Apesar dos parâmetros que especificam as condições ideais de trabalho, muitas empresas deixam de tomar providências quanto à regulação térmica dos ambientes. Além da perda de produtividade causada pelos efeitos das altas temperaturas, as empresas podem também ter sua imagem manchada devido a processos trabalhistas que podem surgir devido ás condições inadequadas oferecidas. Desta forma, a maneira mais segura de evitar tais transtornos é investir em sistemas de climatização, ganhando assim a satisfação dos trabalhadores e maiores índices de produtividade.
Referências
CIOCCI, Marcus V. , Reflexos do Excesso de Calor na Saúde e na Redução da Produtividade, Add Eletronics, Compilado a partir das publicações: Excessive Heat and Worker Safety – Universidade da Pensilvânia e NASA Report CR- 1205-VOL-1 "Compendium of Human Responses to the Aerospace Environment"
GALLOIS, N. S. P. Análise das Condições de Stress e Conforto Térmico Sob Baixas Temperaturas em Indústrias Frigoríficas de Santa Catarina. 2002 140p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção).UFSC.Florianópolis. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR600452_9449.pdf. Acessado em 13/08/
IIDA, I. Ergonomia - projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2000 (6ª reimpressão).
MANUAL DE ERGONOMIA : Manual de aplicação da NR nº 17/supervisão editorial Jair Lot Vieira. – 1ª edição – Bauru, SP: EDIPRO, 2007. (Série Legislação)
SLACK, Nigel. et. al. , Administração da Produção. São Paulo, Atlas, 1999.