Shrek, ganhador do Oscar de melhor filme animado de 2002, retrata de forma bem
cômica a questão do que é belo.
Para tentar se livrar dos personagens que foram pedir a sua ajuda, no qual estavam
sendo vendidos e enjaulados pelos seus donos, Shrek foi obrigado a fazer um
acordo com Lorde Farquaad, a fim de libertar seus amigos e o pântano. O lorde
pediu ao ogro para que ele fosse libertar a princesa Fiona da torre, guardada por um
dragão podendo assim casar-se com ela para ser príncipe do reino. Quando Shrek
chega para libertá-la ela logo se espanta por se tratar de um ogro feio, sem modos e
que mora do pântano. No desenrolar da história eles se apaixonam.
Essa história é bastante interessante por se tratar de um conto diferente, pois em
todos os contos sempre há princesas e príncipes belíssimos, mas no filme a
princesa se transforma em ogro o oposto da imagem pré-determinada de uma
princesa e Shrek é apresentado como um monstro o contrario dos príncipes.
Fiona, apesar de ter escolhido ser ogro mostra-se uma mulher independente,
determinada, mas em nenhum momento perde sua feminilidade e tampouco sua
beleza.
Shrek, mesmo sendo um ogro feio, grotesco e com hábitos repugnantes é doce,
sensível e aprende, por meio do amor, a demonstrar suas fragilidades e insegurança.
O belo é aquilo que é igual, portanto o diferente é feio, anormal, monstruoso. Logo,
Shrek era considerado feio por ser diferente das pessoas, não se adequava ao
mundo social do reino. Mas mesmo assim Fiona o achava belo ao ponto de se tornar
ogro também, pois a beleza não estaria em seu rosto ou na sua aparência física e
sim no seu interior.
