Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

O Que Motiva a 3º Idade a Buscar Entendimento/Estudo de um Idioma Estrangeiro, Notas de estudo de Gerontologia

Em cada fase da vida, temos necessidades diferentes, mas sempre o mesmo sagrado e imutável direito à dignidade de poder viver com plenitude. Na infância, com amor, recursos e atenção necessária ao desenvolvimento; na vida adulta, com liberdade e ferramentas para criar, ensinar, conviver e amar; na Terceira Idade, com saúde, mobilidade, possibilidades de escolha e condições para continuar o que se vem construindo. O ensino de inglês na terceira idade é o objeto de pesquisa desse projeto, ass

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 16/03/2011

patricia-c-a-s-11
patricia-c-a-s-11 🇧🇷

1 documento

1 / 12

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
1
O que motiva a 3ª Idade a buscar entendimento/
estudo de um idioma estrangeiro
Sílvia Cortez de Almeida
Mestre Magali Nascimento de Paula
Centro Universitário Sant’Anna
Em cada fase da vida, temos necessidades diferentes, mas sempre o mesmo sagrado e imutável
direito à dignidade de poder viver com plenitude. Na infância, com amor, recursos e atenção
necessária ao desenvolvimento; na vida adulta, com liberdade e ferramentas para criar, ensinar,
conviver e amar; na Terceira Idade, com saúde, mobilidade, possibilidades de escolha e condições
para continuar o que se vem construindo.
É preciso preparo e cuidados para envelhecer bem. A recuperação de capacidades perdidas
também é possível, com informação sobre como manter a saúde, sobre as potencialidades dessa
fase e os direitos e recursos, muitas vezes desconhecidos, que as pessoas idosas têm.
Por isso nesta pesquisa buscou-se descobrir o que motiva a 3º idade a buscar o estudo de um
idioma estrangeiro em suas vidas. Para isso foi utilizada uma pesquisa no referencial bibliográfico
e para completar, uma pesquisa exploratória. Em oito capítulos será mostrado o que motiva a 3º
idade a buscar o estudo de um idioma estrangeiro em suas vidas.
Palavras-chave: melhor idade, motivação, inglês, incentivo e educação.
What motivates the elderey people studying a foreign
language
Abstract
In each phase of the life, we have different necessities, but we always have the same sacred and
non changeable rights of dignity of being able to live fullness. When we are children with love,
resources and necessary attention for our development; in the adult life with a freedom and tools to
create, to teach, to live with people and to love; in the third age with health, mobility, choosing
possibilities and conditions to keep on what it’s been constructed.
It’s necessary to be ready to get older. The recovery of lost capacities is also possible with
information about how to keep the health, the potentialities of this time and the rights, the
resources, that many times is unknown for elderly people.
Therefore in this research we tried to discover what motivates the third age to study a foreign
language. For this purpose, it was used a research in the bibliography and also a quantity
exploratory fieldwork. In eight chapters that’s what will be presented.
Key Words: Third Age, English, Motivation, Incentive, Education.
Introdução
A expectativa de vida vem
aumentando significativamente nos últimos
anos, principalmente devido à melhora dos
conhecimentos médicos, proporcionando um
crescimento acentuado da população
geriátrica. Definido pela organização mundial
de saúde (OMS) o indivíduo idoso é aquele
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa

Pré-visualização parcial do texto

Baixe O Que Motiva a 3º Idade a Buscar Entendimento/Estudo de um Idioma Estrangeiro e outras Notas de estudo em PDF para Gerontologia, somente na Docsity!

O que motiva a 3 ª Idade a buscar entendimento/

estudo de um idioma estrangeiro

Sílvia Cortez de Almeida Mestre Magali Nascimento de Paula Centro Universitário Sant’Anna

Em cada fase da vida, temos necessidades diferentes, mas sempre o mesmo sagrado e imutável direito à dignidade de poder viver com plenitude. Na infância, com amor, recursos e atenção necessária ao desenvolvimento; na vida adulta, com liberdade e ferramentas para criar, ensinar, conviver e amar; na Terceira Idade, com saúde, mobilidade, possibilidades de escolha e condições para continuar o que se vem construindo. É preciso preparo e cuidados para envelhecer bem. A recuperação de capacidades perdidas também é possível, com informação sobre como manter a saúde, sobre as potencialidades dessa fase e os direitos e recursos, muitas vezes desconhecidos, que as pessoas idosas têm. Por isso nesta pesquisa buscou-se descobrir o que motiva a 3º idade a buscar o estudo de um idioma estrangeiro em suas vidas. Para isso foi utilizada uma pesquisa no referencial bibliográfico e para completar, uma pesquisa exploratória. Em oito capítulos será mostrado o que motiva a 3º idade a buscar o estudo de um idioma estrangeiro em suas vidas. Palavras-chave: melhor idade, motivação, inglês, incentivo e educação.

What motivates the elderey people studying a foreign

language

Abstract In each phase of the life, we have different necessities, but we always have the same sacred and non changeable rights of dignity of being able to live fullness. When we are children with love, resources and necessary attention for our development; in the adult life with a freedom and tools to create, to teach, to live with people and to love; in the third age with health, mobility, choosing possibilities and conditions to keep on what it’s been constructed. It’s necessary to be ready to get older. The recovery of lost capacities is also possible with information about how to keep the health, the potentialities of this time and the rights, the resources, that many times is unknown for elderly people. Therefore in this research we tried to discover what motivates the third age to study a foreign language. For this purpose, it was used a research in the bibliography and also a quantity exploratory fieldwork. In eight chapters that’s what will be presented. Key Words: Third Age, English, Motivation, Incentive, Education.

Introdução A expectativa de vida vem aumentando significativamente nos últimos anos, principalmente devido à melhora dos

conhecimentos médicos, proporcionando um crescimento acentuado da população geriátrica. Definido pela organização mundial de saúde (OMS) o indivíduo idoso é aquele

que tenha idade igual ou superior a 65 anos nos países desenvolvidos. Os idosos estão cada vez mais numerosos e têm papel fundamental na família brasileira. A pesquisa Perfil dos Idosos Responsáveis pelos Domicílios no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados do senso 2000, revela que as pessoas com 60 anos ou mais eram 7,3% da população em 1991 e atualmente são aproximadamente 8,6%, isto significa um aumento de 17% na década. Há 14,5 milhões de brasileiros na terceira idade.

O Brasil segue uma tendência mundial de envelhecimento da população, resultado da combinação do aumento da expectativa de vida com a queda da natalidade. A população brasileira vive me média 58,56 anos, 2,5 anos a mais do que o início da década, já a taxa de fecundidade caiu pela metade em 20 anos.

Em números absolutos, a população idosa brasileira aumentou em quase 4 milhões ao longo da década. As estimativas são de que em 2020 haverá 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil – 13% da população – e que a esperança de vida chegue a 70,3 anos.

Atualmente, no mundo uma em cada 10 pessoas tem 60 anos ou mais. As estimativas são de que, daqui a 30 anos, a proporção será de uma para cada 5 pessoas, sendo que nos países ricos será de uma para cada 3 pessoas.

O idoso não deve ser encarado como um doente, tampouco deve ser infantilizado

dentro de asilos que muitas vezes se configuram como antecâmaras da morte. Ao contrário, os idosos devem ser mobilizados para desenvolver todo um processo de criação, através dos mais diversos espaços para que possam sentir-se verdadeiramente úteis e integrados na sociedade. A sociedade cria e desenvolve meios de prolongar o tempo de vida do homem, porém não garante que este seja vivido em boas condições e não permite ao velho a participação no processo sócio-econômico cultural. Não adianta prolongar a vida humana se não criarmos as condições ideais para desfrutá-la. No final de 2003 o “indicador GFK”, uma empresa de consultoria, completou uma pesquisa que vinha realizando, em nove regiões metropolitanas do país, além de Goiás e do Distrito Federal, chegando a um surpreendente resultado: as descobertas de um filão, praticamente ignorado pela área econômica da sociedade e formado por homens e mulheres com mais de 60 anos de idade. O mapeamento feito chegou a conclusão de que há no Brasil, hoje, em torno de 15 milhões de pessoas nessa faixa de idade, e que, cerca de oito milhões de reais por mês, passam pelas mãos desses potenciais consumidores. É muito dinheiro para ser deixado de lado! E com um agravante: a perspectiva de que esse contingente atinja em curto prazo, (2020) os trinta milhões de pessoas, o que

Ao iniciar a discussão das questões teóricas, partindo das concepções de linguagem que muito influenciaram as diversas abordagens do ensino de LE. Tais influências podem ser detectadas no trabalho do professor, na metodologia que adota, no material que utiliza, na escolha das tarefas, na postura que assume perante o aluno. Em um contexto de formação de professores de LE, é crucial que se proporcione, através do processo da reflexão crítica já discutida, possibilidades para que os alunos desenvolvam uma compreensão acerca das teorias que influenciam suas ações como futuros professores.

Quando se trata de ensino de LE, vem à tona, logo de início, a questão do “melhor” método ou da abordagem mais eficiente. Para se compreender a questão dos métodos e abordagens, é importante observar a grande ligação destes com os processos históricos e sociais pelos quais passou ou passa a humanidade. As transformações sociais estão refletidas no ensino de línguas, como detalhado a seguir.

Iniciando pela escola positiva, que teve seu auge na modernidade e que buscava rigor científico em seus métodos de investigação. Observa-se a sua influência em todas as áreas do conhecimento humano. Na psicologia, a teoria de aprendizagem que surgiu nessa época, por volta dos anos 50, foi a behaviorista, que teve Skinner como seu principal estudioso (Williams and Burden, 1997).

Voltando a sua atenção à educação, mais especificamente à instrução, Skinner sugere a adoção de quatro procedimentos: os professores devem tornar explicitamente claro o que é para ser ensinado; a) as tarefas devem ser divididas em unidades menores e passos seqüenciais; b) os alunos devem ser encorajados a trabalhar no seu próprio ritmo, individualmente; c) a aprendizagem deve ser “programada” pela incorporação dos procedimentos já citados e pelo imediato reforço positivo (Williams and Burden, 1997: 9-10). Com relação à linguagem, há o surgimento do estruturalismo norte-americano que tem uma enorme influência no ensino de L.E. Stern (1987) salienta que essa influência pode ser observada em quase todos os aspectos de ensino de línguas desde 1940, principalmente nas propostas metodológicas que sugerem imitação, memorização, uso de drills e prática de estruturas de frases, enquanto unidades separadas e sem relação (Fowler, apud Bezerra, 2000). Completando essa visão, temos o papel da gramática que é vista como um produto da análise e descrição do lingüista. Williams and Burden (1997) explicam que, na abordagem construtivista e cognitivista, o aluno é visto como participante ativo do processo de Ensino-Aprendizagem,

respeitando-se o desenvolvimento (estágios) de cada faixa etária. É importante desafiar o aluno a exercitar suas habilidades, fornecendo-lhe tarefas significativas para os seus mundos. O professor assume o papel de facilitador, propondo atividades que estejam dentro do estágio de desenvolvimento em que o aluno se encontra. O trabalho em grupos homogêneos era bastante valorizado. Nessa direção, Krashen (1981) desenvolveu um modelo que foi muito utilizado nos anos 80 e que atribuía ao professor um papel de fornecedor de inputs. Esse modelo chamava- se Modelo Monitor e apontava a distinção entre aquisição – que era algo espontâneo e natural – e aprendizagem – que era consciente e que ocorria em sala de aula. Krashen (1981) resgata a noção de assimilação subconsciente, proposta pelo Método Direto e aponta para o “período de silêncio”, que deve ocorrer no início da aprendizagem. A produção do aluno é mínima e a ênfase está na aquisição de uma gramática internaliza, por meio de inputs significativos, fornecidos pelos professores. O respeito ao estágio do aluno é extremamente importante e cabe ao professor fornecer um feedback apropriado para que o aluno desenvolva um sistema lingüístico interno, conscientizando-o do processo de aprendizagem. Além disso, o professor deve selecionar o material didático de acordo com o desenvolvimento do aluno, num sistema de gradação – do mais fácil ao mais difícil -, fornecer estratégias de aprendizagem aos alunos e ser motivador, pois, segundo

Krashen (1981), só haveria aquisição se o aluno estivesse afetivamente aberto. Outras abordagens sucederam à visão do desenvolvimento humano simplesmente com o emprego de habilidades cognitivas. As primeiras a apresentarem uma concepção mais ampla da aprendizagem fora as humanistas e muito influenciaram as questões de Ensino-Aprendizagem de LE. Essa abordagem enfatiza a importância do mundo interior do aprendiz, isto é, do seu pensamento individual, dos seus sentimentos e de suas emoções. Os seguidores dessa abordagem postulam que, o ser humano tem um potencial nato para aprender e que a aprendizagem somente será significativa se houver participação ativa do aluno e se o assunto em questão for relevante para ele. Na concepção de Paulo Freire a educação não trata apenas de desenvolver as habilidades da leitura, da escrita e de efetuar cálculos, mas partir das experiências da vida individual e social do educando, desenvolvendo sua capacidade de reflexão e de crítica , preparando-o para o desempenho dos vários papeis a que tem direito na sociedade em que vive. Assim sendo a alfabetização é o processo fundamental para instrumentalizar os adultos que tardiamente tiveram acesso à escola, dando-lhes condições de se integrarem à vida social, sabendo o que são, onde estão e o que precisam fazer para melhorar o meio a que pertencem.

“Pelo facto de viajar de vêz em quanto e tenho notado a falta que me fáz o Inglês”.

E a senhora: “para adequerir conhecimentos de outra língua” A senhora acrescentou, quanto ao uso que pretende fazer da língua:

“Se eu for um dia fazer uma viagem para alguma parte do mundo pode ser útil”. A outra pesquisa realizada no grupo de seniores dos 24 participantes 100% são do sexo feminino, porém apenas 15 pertencem a melhor idade, tendo em sua maioria de 60 a 70 anos (11 pessoas) e de 70 a 80 (4 pessoas). Quanto ao estado civil 12 são casadas, 7 viúvas, 3 solteiras, 1divorciada e 1 amigada. Dezessete das entrevistadas não vivem só, restando apenas 7. A grande maioria – quinze

  • delas não reside nas proximidades, sendo que uma não respondeu a questão, restando oito. Quanto a profissão 14 são aposentadas, sendo destas 6 professoras, 3 bancárias, 1 diretora de escola, 1 técnica em informática, 3 aposentadas sem se especificação de área, 3 são do lar, 1 auxiliar de classe, 1 publicitária, 3 professoras e uma artista plástica, apenas 1 não respondeu a pergunta.

Quanto ao grau de instrução 11 se graduaram, 9 possuem o 2º grau, 1 é pós- graduada, 1 tem o ensino fundamental e 3 não responderam. Deste total 13 nunca estudaram inglês antes e das 10 que responderam que estudaram 6 relataram que foi por um período de 3 anos, uma por 4 e outra por 5. Das entrevistadas 100% residem em imóvel próprio, 14 possuem um veículo sendo que as

outras 10 não possuem. Todas têm telefones fixos em suas residências, sendo que 13 possuem também celulares e 11 não. Quanto à renda familiar 8 delas se recusaram a responder sendo que 13 possuem 5 ou mais salários mínimos, 1 com quatro e duas com 3. Todas possuem aparelhos de televisão em casa, sendo que 9 possuem 3 televisores, 9 possuem 2 televisores, 3 apenas 1 e 1 tem mais de 4, sendo que 2 não responderam a pergunta. Dezoito têm vídeo cassetes, 8 possuem aparelhos de DVD, 19 possuem rádio CD, 21 possuem máquina de lavar, porém apenas 7 de secar. Dezoito possuem micro ondas, 7 possuem lavadoras de louvas, 18 possuem computadores, sendo que duas delas têm 2 e uma 3, e 3 delas possuem note book. Quando foi perguntado aos participantes qual o motivo que o levou a fazer o curso de inglês, elas escreveram: “Para viagens e orientação dos filhos e leitura de livros”. 40 anos “Falar em viagens, entender filme e usar na minha futura profissão: Jornalista”. 65 anos. “Para poder viajar, conversar com pessoas de outros países estar em forma com a minha cabeça”. 58 anos “Usar em viagens e ler alguns livros e revistas, ouvir e ver filmes”. 61 anos “Para falar com meus filhos e um dia posso precisar quando for para outro país”. 47 anos

Representação gráfica da pesquisa com indivíduos do curso ALFASAN.

Grau de Instrução

1º Grau Colegial Graduado Pós-Graduação

Já Estudou Inglês Antes

Sim Não

Residencia

Própria Alugada Emprestada

Telefone Residencial

Sim Não

Celular

Sim Não

Aparelhos Eletrodomésticos Televisão Video Cassete DVD Rádio/CD Máq.Lavar Máq.Secar Microondas Lavadora de Louça Computador Notebook

Renda Famíliar

1 salário 2 salário 3 salário 4 salário 5 ou mais

Aparelhos Eletrodomésticos

Televisão Video Cassete DVD Rádio/ CD Máq.Lavar Máq.Secar Microondas Lavadora de Louça Computador Notebook

Conclusões

Diante das adversidades que vivemos em nosso país que tem tido crescimento acelerado da população idosa, precisamos unir esforços com outros profissionais que tenham um compromisso com a causa do idoso em termos de melhorias nas suas condições de vida, para que o idoso brasileiro não seja visto como mais um "problema social", mas sim como sujeito que tem capacidade produtiva, a fim de que, através da solidariedade entre as gerações, tenha garantia de acesso aos seus direitos sociais e poder de decisão sobre as questões que lhe dizem respeito.

Para isto é preciso que nós profissionais percebamos os espaços dos programas de terceira idade como potencializadores da construção da cidadania do idoso, o que, a nosso ver, também irá contribuir para a consolidação de uma representação mais positiva da velhice em nossa sociedade. Precisamos repensar nossas representações a respeito dos processos de envelhecimento ao mesmo tempo em que amadurecemos nossa proposta de trabalho, buscando subsídios nas discussões de gênero e geração.

Como pudemos perceber, essas mulheres estão dispostas a rever valores e atitudes cristalizados em nossa sociedade a respeito de seu papel como mulheres idosas e estão se lançando em novos aprendizados nas atividades oferecidas nesse programa de universidade de terceira idade que lhes informa sobre novos modos de envelhecer.

Nos grupos descobrem interesses que são comuns a outras mulheres de sua geração que também buscam romper com o signo da velhice passiva aderindo à proposta de viver a terceira idade como um tempo de liberdade e de realizações. O contato intergeracional das mulheres idosas com outras mulheres, coordenadoras de cursos ou com as jovens estudantes universitárias, tem propiciado novos olhares a respeito das reais possibilidades desse segmento que envelhece de forma ativa. As gerações mais jovens começam a rever suas concepções sobre a velhice, ajudando nesse processo de construção de uma imagem cidadã da terceira idade. Fica visto que a contribuição pedagógica deste trabalho será de informar, conscientizar, divulgar e orientar a um grande número de pessoas, tanto profissionais da área pedagógica, como também alunos que estão iniciando seus estudos na elaboração de projetos sociais e principalmente lingüísticos. Ao final deste trabalho surgiu uma grande vontade da realização de uma estatística qualitativa e comparativa em relação aos grupos Alfasan e Sênior, mas isto não foi possível pelo fato da extensão desta monografia. Por isto deixo minha sugestão para um futuro complemento deste trabalho.

Referências AMMANN, S.B. Participação Social. São Paulo: Cortez e Moraes, 1979.