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Universidade Estadual do Norte do Paraná – uenp/ccp
O uso medicinal do THC e
CBD.
Valia histórica popular e valia cientifica atual de
fitocanabinóides.
Paulo Evandro 23/06/
Esse trabalho apresentado a optativa 1, da graduação de Ciências biológicas, da Universidade Estadual do Norte do Paraná, ao Professor Drº Augusto Seawright Zanatta, com objetivo de nota parcial, ao semestre da disciplina titulada Seminários; Trata – se do uso da Cannabis ssp e fitocanabinóides para fins medicinais, com relato histórico popular, e uso cientifico atual. E discussão social a respeito da problematização do uso.
- Discussão social. O uso medicinal da Cannabis spp. não deve ser discutida em espectro religioso, tampouco politico, é uma discussão que deve ser categorizada em nível de saúde publica. Acompanhando de informação, e campanhas divulgando os benefícios adquiridos em portadores de doenças neurológicas, e os alertas que devem sempre acompanhar medicamentos. Em uma enquete aberta e livre, em uma rede social “Instagram”. Algumas pessoas responderam livremente algumas perguntas, e os resultados foram; Feita em unidade de pessoa.
- Você é a favor do uso recreativo da maconha?
- Você é a favor ou contra o uso medicinal do Cannabidiol?
- E se o seu filho tivesse uma doença, e o cannabidiol fosse o único remédio?
Os dados apontam que o numero de pessoas em favor do uso medicinal é maior, em relação ao uso recreativo, e a diferença de que não e são a favor do uso medicinal muda quando esse relato envolve vinculo familiar, e algumas não terminaram de responder a enquete.
Em 11 de Dezembro de 2014, o Conselho Federal de Medicina, deliberou o uso compassivo do CBD, em tratamento de crianças e adolescentes com epilepsia que sejam refrataria a tratamentos convencionais, com o ressalvo que apenas neurocirurgiões e psiquiatras podem fazer a prescrição do Canabidiol. O Canabidiol era uma das substancias vedadas pela Agencia ANVISA no Brasil, e entrou na lista de substancias de controle especial, que pode ser comercializada com prescrição medica, em duas vias, com isso, foi permitida a importação com prescrição medica e laudo médico, termo de responsabilidade e formulário de solicitação de importação para remédios controlados. A decisão faz parte da Resolução CFM nº 2.113/2014, encaminhada para publicação no Diário Oficial da União (DOU).
Com tudo o CBD é um dos 80 compostos da Cannabis sativa, e não possui efeito psicoativo, tornando proibido no Brasil o uso in natura.
3 – Abordagem histórica. Registros apontam o uso da Cannabis , por volta de 1000 anos a.C, sendo utilizada na índia como tranquilizante, anestésico, anti-inflamatório, estimulante do apetite, digestivo e afrodisíaco (MIKURA, 1969).
Registros Árabes descrevem o uso da Cannabis, em combate a epilepsia. Africa utilizando em poções contra venenos de cobras, facilitador de partos. Utilização na Europa da fibra como tecido e papel. Na América do Sul, utilizada em diferentes tratamentos e rituais religiosos.
Em 1899, cientistas ingleses descobriram o canabinol (CBN), derivado da Cannabis. Por volta de 1900, o uso da Cannabis , passou a ter intervenções politicas devido ao seu uso abusivo e ao trafico.
Raphael Mechoulan, que descobriu o princípio ativo da maconha, em 1964. Diz Raphael contando sua historia _ Lendo antigos textos científicos sobre a cannabis percebi que era um campo rico para uma nova investigação. Havia muitas pesquisas do século 19, mas na década de 1960 ela era totalmente negligenciada.
Aproveitei que conhecia diversas línguas — incluindo o francês, o alemão e o russo, nos quais as maiorias desses textos estavam escritos – e encontrei dúzias de trabalhos publicados em revistas obscuras e esquecidas. Sabia que a morfina tinha sido isolada do ópio há quase 200 anos, cocaína das folhas de coca há cerca de 150. Era surpreendente, àquela altura, que não conhecêssemos o princípio ativo da cannabis. Um colega do departamento de biologia tinha uma colônia de macacos- rhesus. Pedimos que testasse nossos compostos e ele o fez. O THC era o único que os deixava de algum modo sedados. Queríamos saber se esse composto também agia em humanos. Então demos a cinco amigos um pedaço de bolo com um spray de 10 mg de THC, sem que soubessem. Para outros cinco amigos, um bolo sem nada. Somente os que ganharam a fatia com THC sentiram os efeitos psicoativos, que se manifestaram de modo diferente em cada pessoa. Um disse apenas que estava se sentindo muito bem. Outro não parava de falar — o que não era uma surpresa já que ele era membro do Parlamento, então normalmente já falava o tempo todo. Outro disse: “Não estou sentindo nada”, mas alguns minutos depois começou a rir sem parar e sem razão específica. Tínhamos dado muito THC a eles, pois não sabíamos que 10 mg eram demais, e uma das pessoas que tomou THC teve um ataque de ansiedade. Essa diversidade de efeitos foi algo típico, porque nem todas as pessoas que usam maconha pela primeira vez reagem do mesmo modo, e algumas têm ataques de ansiedade. Tudo isso foi completamente legal, porque como o THC era um novo composto, ele ainda não estava proscrito.
Em 1980 versões sintéticas do THC foram aprovadas para o uso no tratamento de náuseas causadas pela quimioterapia, apesar de não haver dissociação com a ação psicoativa do THC, esse composto apresenta efeitos terapêuticos na epilepsia, insônia, espasmos, dores e glaucoma.
O nível de THC vem aumentado com o passar dos anos, devido ao uso recreativo da erva Cannabis , o seu plantio e cultivo, em meios inadequados, de temperatura, pressão, nutrição mineral, o que eleva o nível de THC na planta, que passa de geração em geração de sementes, tendendo a aumentar se cada vez mais o nível de THC, pelo cultivo e manejo improprio.
Alem do THC, outros canabidiois foram isolados, e apresentaram propriedades terapêuticas. O CBD por exemplo.
4 – Características botânicas. Atualmente existe cerca de 100 espécies de Cannabis catalogadas, considerada uma dicotiledônea, o seu tamanho varia de acordo com a espécie e seu cultivo.
