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Este documento inclui um resumo do sistema nervoso, envolvendo anatomia e fisiologia do mesmo.
Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 13/03/2020
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O Sistema Nervoso pode ser considerado um dos mais importantes sistemas orgânicos – se não “o mais importante”! Tal afirmação se baseia no fato de que ele, juntamente com o sistema endócrino, controla as funções do corpo praticamente sozinho. Além das funções comportamentais e motoras, o sistema nervoso recebe milhões de estímulos a partir dos diferentes órgãos sensoriais e, então, integra, todos eles, para determinar respostas a serem dadas pelo corpo, permitindo ao indivíduo a percepção e interação com o mundo externo e com o próprio organismo. Talvez por esta razão, o estudo do Sistema Nervoso é tido como complexo por vários estudantes de Medicina. Isso, de fato, condiz com a verdade! Contudo, você verá que, quanto mais você se aprofunda no conhecimento do sistema nervoso, mais você quer aprender sobre ele... Você vai querer saber, por exemplo, porque que o neurônio é considerada uma célula tão singular; porquê nos emocionamos ao ouvir uma música ou sentir um cheiro agradável da infância; porquê um acidente vascular cerebral (AVC) em uma determinada região do cérebro pode causar sinais e sintomas neurológicos do outro lado do corpo... Para isso, este Módulo inicia uma visão anatômica, histológica e fisiológica em relação ao sistema nervoso. Aqui, abordaremos os seguintes assuntos: Embriologia : Embriologia do sistema nervoso; Bioquímica : Catecolaminas; Histologia : Tecido Nervoso e órgãos dos sentidos; Anatomia : Sistema Nervoso, ossos do crânio e coluna, medula espinal, tronco encefálico, diencéfalo, telencéfalo, nervos espinais; Fisiologia: Somestesia e dor, propriocepção, gânglios da base, sistema neurovegetativo, óptica da visão, a audição.
Arlindo Ugulino Netto; Tainá Rolim Machado Cornélio; Rebeca Isabel Rodrigues Abrantes Nassim Chattah.
Catecolaminas são compostos químicos derivados do aminoácido tirosina, o qual é sintetizado a partir da fenilalanina pela ação da fenilalanina hidroxilase (presente no fígado). A deficiência dessa enzima gera o acúmulo de fenilalanina, causando a doença conhecida como fenilcetonúria. (Ver OBS^1 ) A tirosina, por sua vez, transforma-se em substâncias importantes para o funcionamento cerebral chamadas de neurotransmissores, como a dopamina e a adrenalina. Como podemos observar na imagem a seguir, a tirosina sofre a ação da enzima tirosina hidroxilase , dando origem à DOPA, que atravessa a barreira hematoencefálica, transformando-se em dopamina a partir da enzima DOPA descarboxilase. A dopamina é um importante neurotransmissor e é responsável por importantes funções do nosso sistema nervoso, como memória e cognição, além disso, aumenta o fluxo sanguíneo renal e participa dos movimentos voluntários do corpo. A deficiência nesse neurotransmissor causa uma doença chamada de Parkinson. A enzima dopamina hidroxilase aumenta o número de hidroxilas na dopamina, transformando-a em noradrenalina (adrenalina sem metil), que possui grande importância para o sistema cardiovascular, pois provoca vasoconstricção. Outra enzima, a n-metil transferase (feniletanolamina n-metil transferase), transfere um metil do aminoácido metionina para a noradrenalina, produzindo adrenalina (epinefrina). A adrenalina (amina produzida próxima aos rins) prepara o corpo para situações de “luta ou fuga”, aumentando a lipólise e a glicogenólise e gerando dois efeitos no coração, o ionotrópico (aumenta a força dos batimentos cardíacos) e o cronotrópico (aumenta a frequência cardíaca). A adrenalina e a noradrenalina agem durante alguns minutos e depois são degradadas pelas enzimas MAO (monoaminaoxidase) e COMPT (catecol o-metil-transferase). Essas enzimas estão presentes, principalmente, no fígado, onde ocorre a degradação dessas substâncias em maior escala. Essas substâncias são transformadas em ácido vanilmandélico, que é excretado na urina. (Ver OBS^3 )
OBS^1 : Na fenilcetonúria, o excesso de fenilalanina é metabolizado em fenilacetato, fenilactato e fenilpiruvato, que são eliminados na urina e no suor, fazendo com que as pessoas acometidas pela doença possuam um odor característico.
OBS^2 : O excesso de fenilalanina também inibe a enzima tirosinase , que degrada a tirosina em melanina, então, indivíduos portadores de fenicetonúria, possuem uma quantidade menor de melanina no organismo.
OBS^3 : A taxa de ácido vanilmandélico na urina é utilizada para o diagnóstico de Feocromocitoma , tumores presentes em células próximas as adrenais, que aumentam a produção de catecolaminas e, consequentemente, aumentam a sua degradação, aumentando assim, a taxa de ácido vanilmandélico na urina.
Arlindo Ugulino Netto; Tainá Rolim Machado Cornélio.
Outro neurotransmissor importante é a serotonina , que é produzida a partir do aminoácido triptofano. A serotonina é uma substância importante que evita depressão, insônia, obesidade, enxaqueca e outra série de distúrbios
OBS^4 : O excesso de fenilalanina também é responsável pela inibição da enzima 5 - OH- Triptofano Descarboxilase, diminuindo o nível de serotonina, deixando os fenilcetonúricos mais apáticos e propensos aos distúrbios citados acima.
OBS^1 : O sistema nervoso periférico é dividido, funcionalmente, em: SN somático e SN autônomo. Este, por sua vez, é divido em SNA simpático e SNA parassimpático, de modo que os dois apresentem certas diferenças: O SN simpático entra em ação quando o corpo necessita de uma resposta rápida a momentos de estresse, como luta e fuga. Sua fibra pré-ganglionar é mais curta que a fibra pós-ganglionar. O SN parassimpático entra em ação em situações geralmente antagonistas ao primeiro, de modo que prepara o corpo para momentos de descanso e digestão. Sua fibra pré-ganglionar é mais longa que a fibra pós-ganglionar.
Componente sensitivo: transportam o estímulo nervoso (seja ele externo ao corpo ou internamente, relacionado com os órgãos) até o SNC. Componentes motores: presentes tanto no SN somático quanto no autônomo, são responsáveis por transportar impulsos do SNC até os músculos (estriado esquelético, liso ou cardíaco).
As células do sistema nervoso são classificadas em duas categorias: neurônios (responsáveis pelas funções de recepção, integração e motoras do sistema nervoso) e células da neuroglia , responsáveis pela sustentação e proteção dos neurônios. As células da neuroglia, localizadas exclusivamente no SNC, incluem astrócitos, oilodentrócitos, micróglia (células microgliais) e células ependimárias. As células de Schwannm apesar de estarem localizadas no SNP, hoje em dia também são consideradas com células da neuroglia.
Os neurônios são células altamente diferenciadas, dotadas de propriedades como irritabilidade e condutibilidade , sendo constituídos por três partes distintas: o corpo celular (pericário ou soma) , dendritos múltiplos e um axônio. Corpo celular: o corpo celular de um neurônio é a porção central da célula onde ficam o núcleo e o citoplasma perinuclear. Em geral, os neurônios do SNC são poligonais, com superfícies côncavas entre os muitos prolongamentos celulares, enquanto os neurônios do gânglio da raiz dorsal (gânglio sensitivo do SNP) tem um corpo celular redondo do qual sai somente um prolongamento. Eles ficam localizados na substância cinzenta, nos gânglios nervosos e determinados núcleos. Dendritos: pequenos filamentos nervosos que se projetam do corpo celular, sendo eles prolongamentos especializados para a recepção de estímulos vindos de células sensitivas, axônios e de outros neurônios. Axônios: geralmente único, é um prolongamento de diâmetro variável e com até 1 metro de comprimento que, em geral, apresenta dilatações denominadas de terminações do axônio, em sua extremidade, ou perto dela. As terminações axonais, também chamadas de bulbos terminais (botões terminais), são regiões nas quais os impulsos podem ser transmitidos de uma célula para outra.
Os neurônios podem ser classificados de acordo com a sua forma e disposição de seus prolongamentos.
Neurônios Multipolares: possuem vários arranjos para seus dendritos múltiplos, que saem do soma, e um único axônio. Eles estão presentes em todo o sistema nervoso e, em sua maioria, são neurônios motores. Alguns neurônios multipolares recebem nomes de acordo com sua morfologia (por exemplo, células piramidais), ou recebem o nome do cientista que primeiro os descreveu (por exemplo, células de Purkinje do cerebelo). Neurônios Bipolares: possuem dois prolongamentos que se originam do soma, um menor que forma os dendritos e um axônio. Os neurônios bipolares localizam-se nos gânglios vestibulares e cocleares e no epitélio olfativo da cavidade nasal.
Neurônios Unipolares ( antes denominados de neurônios pseudo-unipolares): possuem somente um prolongamento que sai do corpo celular, mas este prolongamento se ramifica mais tarde, dando um ramo periférico e um ramo central. O ramo central penetra no SNC, e o ramo periférico vai para o seu destino no corpo. Os neurônios unipolares estão presentes nos gânglios da raiz dorsal e em alguns dos gânglios dos nervos cranianos.
Os neurônios também são classificados em três grupos gerais, de acordo com sua função: Neurônios sensitivos (aferentes): recebem informações sensitivas em suas terminações dendríticas e conduzem impulsos para o SNC, onde estes são processados. Neurônios motores (eferentes): originam-se no SNC e conduzem impulsos para os músculos, glândulas e outros neurônios. Interneurônios: localizados totalmente dentro do SNC, funcionam interligando e integrando os demais neurônios, estabelecendo redes de circuitos neuronais entre os neurônios sensitivos e motores e outros interneurônios.
O corpo celular é a região mais distinta do neurônio, embora que a maior parte do volume do citoplasma do neuronios está localizada nos prolongamentos, que se originam do corpo celular. O núcleo é grande, em geral de formato esférico a ovoide, e de localização central. O citoplasma do corpo celular tem um retículo endoplasmático granular (REG) abundante com muitas cisternas dispostas em conjuntos paralelos, uma característica especialmente saliente nos grandes neurônios motores. Polirribossomos também estão dispersos por todo o citoplasma. Quando estas cisternas empilhadas do REG e os polirribossomos são corados com corantes básicos, eles aparecem como grumos de material basófilo denominados corpúsculos de Nissl (cisternas
Os dendritos, partes complexas da membrana plasmática receptora do neurônio, recebem estímulos de outras células nervosas. A maioria dos neurônios possui dendritos múltiplos, cada um dos quais parte do corpo celular, geralmente como um tronco único curto que se ramifica várias vezes em ramos cada vez menores, afilando-se nas suas extremidades como os ramos de uma árvore. A base do dendrito parte do corpo celular e contém o complemento usual de organelas, exceto o complexo de Golgi. Afastando-se da base, avançando em direção da extremidade distal do dendrito, na região denominada de gêmula ou espinhas (localizadas na superfície de alguns dendritos permitem-lhes formar sinapses com outros
Os astrócitos são as maiores células da neuroglia e apresentam dois tipos distintos: (1) astrócitos protoplasmáticos da substancia cinzenta do SNC e (2) astrócitos fibrosos presentes principalmente na substancia branca do SNC. Os astrócitos protoplasmáticos são células estreladas dotadas de citoplasma abundante, um núcleo grande e muitos prolongamentos curtos e ramificados. As extremidades de alguns prolongamentos formam os pés vasculares , que entram em contato com vasos sanguíneos. Alguns astrócitos estabelecem contato com a pia-máter, formando a membrana pia-glial. Apresentam prolongamentos pequenos em tamanho mas bastante numerosos. Os astrócitos fibrosos possuem citoplasma eucromático contendo somente algumas organelas, ribossomos livres e glicogênio. Apresentam prolongamentos longos e não ramificados. Estes prolongamentos estão intimamente associados à pia-mater e a vasos sanguíneos, mas estão separados destas estruturas por suas próprias lâminas basais. Apresentam prolongamentos escassos mas de grande tamanho. Os astrócitos agem capturando íons e restos do metabolismo dos neurônios, tais como potássio, glutamato e GABA, que se acumulam no microambiente dos neurônios. Estas células também contribuem para o metabolismo energético do córtex cerebral liberando glicose do glicogênio armazenado. Os astrócitos localizados na periferia do SNC formam uma camada contínua sobre os vasos sanguíneos e podem auxiliar a manutenção da barreia hematoencefálica (impede o contato de substancias tóxicas, antígenos, imunoglobulinas – com exceção do IgG – com o SN). Os astrócitos também são atraídos para áreas lesadas do SNC, onde formam tecido cicatricial celular.
MICRÓGLIA Espalhadas por todo o SNC, as células microgliais são pequenas, escutas, assemelhando- se levemente aos oligodendrócitos. Funcionam como fagócitos removendo fragmentos e estruturas lesadas do SNC. Quando ativadas, elas agem como células apresentadoras de antígeno e secretam citocinas.
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS As células ependimárias são células epiteliais de colunares baixas a cuboides, que revestem os ventrículos encefálicos e o canal da medula espinhal. Em algumas regiões, estas células são ciliadas, uma característica que facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano ( LCR ). Nos locais em que o tecido neural é delgado, as células ependimárias formam uma membrana limitante interna , revestindo o ventrículo, e uma membrana limitante externa , abaixo da pia-máter. Algumas células ependimárias modificadas dos ventrículos do encéfalo participam da formação do plexo coroide , que é responsável pela secreção e manutenção da composição química do LCR. Os tanicitos, células ependimárias especializadas, lançam prolongamentos para o hipotálamo, onde terminam perto de vasos sanguíneos e de células neurossecretoras.
Os oligodendrócitos são semelhantes aos astrócitos, mas são menores e contém menor número de prolongamentos com escassas ramificações. Estão localizados tanto na substancia branca como na cinzenta do SNC. Os oligodendrócitos interfasciculares, localizados em fileiras ao lado de feixes de axônios, são responsáveis pela produção e manutenção da mielina em torno dos axônios do SNC, servindo para isolá-los. Ao produzir mielina, os oligodendócitos funcionam de modo semelhante às células de Schwann do SNP, exceto que um único oligodendrócito pode envolver vários axônios com segmentos de mielina, enquanto que uma célula de Schwann envolve com mielina somente um único axônio. Os oligodendrócitos satélites estão intimamente aderidos aos corpos celulares de grandes neurônios.
Ao contrário de outras células da neuroglia, as células de Schwann estão localizadas no SNP, onde envolvem axônios. Elas podem formar dois tipos de cobertura sobre estes axônios, mielínicas e amielínicas. A mielina formada pelas células de Schwann organiza-se de modo a formar uma bainha enrolada várias vezes em torno do axônio. Ao longo do comprimento do axônio, ocorrem interrupções na bainha de mielina, expondo-a a intervalos regulares; estas interrupções são denominadas nódulo de Ranvier.
Quando a membrana forma uma espiral em torno do axônio, ela produz uma série de linhas largas, densas, alternadas com linhas menos densas, mais estreitas, que ocorrem em intervalos regulares de 12nm. A linha mais larga é denominada de linha densa principal e representa as superfícies citoplasmáticas fundidas da membrana plasmática da célula de Schwann. A linha intraperiódica , mais estreita, representa a aposição dos folhetos externos da membrana plasmática da célula de Schwann.
OBS^9 : O processo de mielinização , processo pelo qual a célula de Schwann ou o oligodendrócito envolve concentricamente sua membrana em torno do axônio formando a bainha de mielina , começa quando a célula mielinizadora envolve o axônio e de alguma maneira enrola sua membrana em torno dele. Durante este processo, o citoplasma é comprimido retornando para o corpo da célula, realizando um espiral na bainha. Uma célula de Shcwann pode mielinizar somente um internódulo de um único axônio (e somente no SNP), enquanto que os oligodendrócitos podem mielinizar um internódulo de vários axônios (e somente no SNC). A partir daí, a fibra pode ser classificada em amielínica (célula produtora da bainha dá uma única volta no axônio ou sem formar uma bainha propriamente dita) ou mielínica (há formação da bainha de mielina e a célula reveste o axônio várias vezes).
Os nervos periféricos são feixes de fibras nervosas (axonios) envolvidas por várias bainhas de tecido conjuntivo. Estes feixes (fascículos) podem ser observados a olho nu; os nervos mielínicos aparecem brancos por causa da presença da mielina.
Os envoltóros de tecido conjuntivo dos nervos periféricos incluem o epineuro, perineuro e endoneuro. Epineuro: camada mais externa dos três envoltórios de tecido conjuntivo cobrindo os nervos. O epineuro é composto por tecido conjuntivo colagenoso denso não modelado contendo fibras elásticas grossas que embainham totalmente o nervo. As fibras de colageno desta bainha estão alinhadas e orientadas de modo a impedir danos por distenção excessiva no feixe fibroso. O epineuro é mais espesso no local em que é continuo com a dura-mater, que recobre o SNC. Perineuro: camada média das bainhas de tecido conjuntivo que cobre individualmente cada feixe de fibras nervosas dentro do nervo. O perineuro é composto por tecido conjuntivo denso, mas é mais delgado que o epineuro. Sua superfície interna é revestida por várias camadas de células epiletilioides unidas por zônulas de oclusão Endoneuro: camada mais interna dos tres envoltórios de tecido conjuntivo de um nervo, envolvendo fibras nervosas individuais (axonios). O endoneuro, tecido conjuntivo frouxo composto por uma delgada camada de células reticulares (produzidas pelas células de Schwann subjacentes), fibroblastos dispersos, macrófagos fixos, capilares e mastócitos perivasculares. Está em contato direto com a lâmina basal das células de Schwann, separados delas por esta lâmina.
Funcionalmente, as fibras nervosas são classificadas em sensitivas (aferentes) e motoras (eferentes). As fibras nervosas sensitivas levam informações sensitivas das áreas cutâneas do corpo e das vísceras para o SNC. Já as fibras nervosas motoras têm origem no SNC e levam impulsos motores para os órgãos efetores. As raízes sensitivas e as raízes motoras da medula espinhal unem-se formando os nervos periféricos mistos , os nervos espinhais, que contêm fibras nervosas sensitivas e motoras.
VELOCIDADE DE CONDUÇÃO A velocidade de condução das fibras nervosas periféricas depede de seu grau de mielinização (bem como de seu calibre). Nos nervos mielínicos, é somente nos nódulos de Ranvier que os íons conseguem cruzar a membrana plasmática do axônio, dando início à despolarização, por dois motivos: os canais de Na+ sensíves à voltagem do plasmalema do axônio agrupam-se principalmente nos nódulos de Ranvier; a bainha de mielina que cobre os internódulos impede o movimento para fora do excesso de Na+. Por esse motivo, o potencial “salta” de nódulo para o nódulo seguinte, um processo denominado condução saltatória.
medula espinhal; a substancia branca está situada ne periferia da medula espinhal, enquanto a substancia cinzenta está situada mais profundamente, onde aparece sob a forma de um H, em secção transversal. Um pequeno canal central, revestido por células do epêndima e representando a luz do tubo neural original, fica no centro do H. Podemos destacar o seguinte conteúdo de cada uma dessas substâncias: Substância cinzenta: Dendritos, corpos de neurônios, porção inicial não mielinizada dos axônios e células da Glia. Substância branca: Não possui corpos de neurônios. Apresenta axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da Glia.
A substancia cinzenta da periferia dos hemisférios cerebrais está dobrada em giros e sulcos denominados córtex cerebral. O córtex cerebral é responsável pelo aprendizado, memória, integração sensorial, análise da informação e início das repostas motoras. O córtex cerebral está dividido em seis camadas compostas por neuronios, cuja morfologia é tipica para cada camada. A camada mais superficial fica logo abaixo da pia-máter, a sexta camada, a mais profunda, faz fronteira com a substância branca do cérebro. As seis camadas e seus componentes são as seguintes: Camada Molecular: constituída principalmente por terminações nervosas, originárias de outras áreas do encéfalo, pelas células horizontais e neuroglia. Camada Granulosa Externa: contém principalmente células granulosas (estreladas) e células da neuroglia. Camada Piramidal Externa: contém células da neuroglia e grandes células piramidais, que se tornam maiores da borda externa para a interna desta camada. Camada Granulosa Interna: é uma camada delgada caracterizada por pequenas células granulosas (estreladas), dispostas de modo compacto, e neuróglia. Esta camada tem a maior densidade celular do córtex cerebral. Camada Piramidal Interna: contem as maiores células piramidais e neuroglia. Esta camada tem a menor densidade celular do córtex cerebral. Camada Multiforme: é constituída por células de várias formas (células de Martinotii) e neuroglia.
A camada de substancia cinzenta localizada na periferia do cerebelo é denominada de córtex cerebelar. O córtex cerebelar é responsável pela harmonia dos movimentos, equilíbrio, tônus muscular e coordenação motora. Histologicamente, o córtex cerebelar é dividido em três camadas:
Camada Molecular: diretamente abaixo da pia-máter e contem células estreladas de localização superficial, dendritos das células de Purkinje, células em cesto e axônios amielínicos da camada granulosa. Camada de Células de Purkinje: contém as grandes células de Purkinje, em forma de frasco, existentes somente no cerebelo. Seus dendritos arborizados projetam-se na camada molecular e seus axônios mielínicos projetam-se na substancia branca. Cada célula de Purkinje recebe centenas de milhares de sinpases, excitatórias e inibitórias que elva deve integrar para formar a resposta adequada. Camada Granulosa: a camada granulosa (mais profunda) é constituída por pequenas células granulosas e glomérulos (ilhotas cerebelares). Os glomérulos são regiões d córtex cerebelar nas quais ocorrem as sinapses entre os axônios que chegam ao cerebelo e as células granulosas. Há a presença constante de micróglias
A medula espinhal, tubo compacto de tecido nervoso em que, diferentemente do encéfalo, a substância branca situa-se perifericamente enquanto que a substancia cinzenta está situada no meio com a forma de um H (em secção transversal). Um pequeno canal central (remanescente da luz do tubo neural original) fica no centro da barra transversal do H. As barras verticais superiores ao H representam os cornos dorsais da medula espinhal, que recebe da medula espinhal, que recebem os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos cujos corpos celulares estão situados no gânglio da raiz dorsal. Os corpos celulares de interneurônios (internunciais) originam-se no SNC e estão totalmente confinados nele, onde formam redes de comunicação para a integração entre neurônios sensitivos e motores. Os interneuronios constituem vasta maioria dos neurônios do corpo. As barras verticais inferiores do H representam os cornos ventrais da medula espinhal, que contêm os corpos de neurônios motores multipolares cujos axônios saem da medula através das raízes ventrais.
A dura-mater, que recobre o encéfalo, é um tecido conjuntivo colagenoso denso (fibras de colágeno tipo I) constituído por duas camadas intimamente apostas no adulto. A dura-máter perióstea , a camada mais externa, é constituída por células osteoprogenitoras, fibroblastos e feixes organizados de fibras colágenas presas de um modo frouxo á superfície interna do crânio, exceto nas suturas e na base do crânio, locais em que estão presas de um modo firme. É uma camada bem vascularizada. A camada interna da dura, a dura-máter meníngea é constituída por fibroblastos com citoplasma fortemente corado, prolongamentos longos, núcleos ovoides e camadas em lâminas de fibras de colágeno. Esta camada também contém pequenos vasos sanguíneos.
Uma camada de células interna à dura-máter meníngea, denominada camada de células da borda , é constituída por fibroblastos achatados dotados de longos prolongamentos que, ocasionalmente, prendem-se uns aos outros por desmossomos e junções comunicantes.
a área lesada, secretam citocinas e fatores de crescimento, e supra-regulam a expressão destes receptoes. Macrófagos invadem a lâmina basal e, ajudados de um modo limitado pelas células de Schwann, fagocitam os detritos.
A porção do axônio distal à lesão degenera e é fagocitada. O axônio sofre mudanças anterógradas da seguinte maneira:
A porção proximal do axônio lesado degenera e, a seguir, ocorre o brotamento de um novo axônio cujo crescimento é orientado pelas células de Schwann. A parte do axônio proximal à lesão passa pelas seguintes transformações:
Meningite: é uma inflamação das meninges, incluindo a pia-máter e a membrana-aracnoide, e do líquido cefalorraquideano (LCR). Apesar de a causa mais comum ser infecciosa (através de bactérias, vírus ou mesmo fungos), alguns agentes químicos e mesmo células tumorais poderão provocar meningite. A meningite bacteriana é uma doença grave, que deve ser tratada como uma emergência clínica. Pacientes que recebem o diagnóstico e o tratamento adequado têm um bom prognóstico (cerca de 90% de chance de cura). As bactérias são sem dúvida os agentes etiológicos mais importantes na meningite. Diversas espécies bacterianas têm capacidade de invadir a barreira hemato-encefálica, sendo que as mais importantes são: Estreptococos beta- hemolíticos (cocos Gram positivos); Haemophilus influenzae (bacilo Gram negativo); Streptococcus pneumoniae. A princípio os sintomas resultam da infecção e a seguir do aumento na pressão intracraniana: dor de cabeça alta; febre alta e vômitos; Cefaleia, irritabilidade, confusão, delírio e convulsões; Rigidez da nuca, ombro ou das costas; Aparecimento de petéquias (geralmente nas pernas), podendo evoluir até grandes lesões equimóticas ou purpúricas; Resistência à flexão do pescoço. Para uma maior eficiência, o tratamento deve ser específico para o agente etiológico envolvido. No caso de meningites virais não há tratamento específico, mas essas tendem a ser infecções menos graves e auto- limitadas. Para as infecções bacterianas o tratamento deve ser o mais rápido possível por meio de antibióticos.
Doença de Parkinson: doença incapacitante relacionada à ausência de dopamina em algumas regiões do encéfalo. Caracteriza-se por rigidez muscular, tremor constante, bradicinesia (movimentos lentos) e, finalmente, uma face semelhante a uma máscara e dificuldade de realizar movimentos voluntários. Como a dopamina é incapaz de atravessar a barreira hematoencefálica, a terapia é feita com L-dopa, que alivia o problema, apesar de os neurônios da área afetada continuarem a morrer. Os esforços para transplantar tecido de adrenal fetal em pessoas com esta doença somente trouxeram alívio temporário.
Coreia de Huntington (CH): condição geneticamente hereditária, que se inicia em torno da terceira ou quarta década de vida. Ela começa por movimentos involuntários e desordenados das articulações que progridem para distorções graves, demência e disfunção motora. Acredita-se que esta condição esteja relacionada à perda de células produtoras de GABA , um neurotransmissor inibitório. Sem o GABA, os movimentos são descontrolados.
Acredita-se que a demência associada a esta doença esteja relacionada à perda subsequente de células secretoras de acetilcolina.
Doença de Alzheimer (mal de Alzheimer): é uma doença degenerativa do cérebro caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica. Estes défices amnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são posteriormente acompanhados por déficites visuo-espaciais e de linguagem. A base histopatológica da doença foi descrita pela primeira vez pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1909 , que verificou a existência juntamente com placas senis (hoje identificadas como agregados de proteína beta-amiloide), de emaranhados neurofibrilares (hoje associados a mutação da proteína tau, no interior dos neurotúbulos). Caracteriza-se clinicamente pela perda progressiva da memória. O cérebro de um paciente com a doença de Alzheimer, quando visto em necrópsia, apresenta uma atrofia generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo mas também em regiões parieto-occipitais e frontais.
Esclerose múltipla: doença relativamente comum que afeta a mielina, sendo mais comum em mulheres que em homens. Usualmente, ela ocorre entre os 15 e os 45 anos de idade e sua principal característica patológica é a dismielinização do SNC (nervo óptico, cerebelo e substancia branca do cérebro, da medula espinhal e dos nervos cranianos e espinhais). Esta doença caracteriza-se por apresentar episódios de inflamação multifocal ao acaso, edema e desmielinização subsequente de axônios do SNC, seguidos por períodos de remissão. Como se acredita que esta desmielinização resulte de um processo autoimune (como consequência de um agente infeccioso), a terapia mais comum para esclerose múltipla é a imunossupressão com corticoesteroides, apesar de se acreditar que a atividade anti-inflamatória da terapia seja a que cause os maiores benefícios.
Do ponto de vista biológico e de ciências cognitivas, os sentidos representam o meio pelo qual os seres vivos percebem e reconhecem outros organismos, além das características do meio ambiente em que se encontram, garantindo a melhor adaptação ao mesmo e facilitando a sobrevivência da espécie. As terminações nervosas periféricas auxiliam no processo de codificação sensorial, podendo ser de dois tipos: Axonais; que transmitem impulsos do SNC para os músculos esqueléticos ou para glândulas (terminações motoras ou secretoras) Dendríticas; Recebem diversos estímulos e emitem para o SNC (sensitivas ou receptores)
Os receptores sensoriais podem ser: Exteroceptores: situados na superfície do corpo, são especializados para recepção de estímulos do ambiente externo. Proprioceptores: Transmitem informações sensitivas para o SNC e estão localizados nas cápsulas de articulações, tendões e fibras intrafusais. Interoceptores: Recebem estímulos sensitivos originários de dentro de alguns órgãos do corpo.
RECEPTORES PERIFÉRICOS ESPECIALIZADOS As terminações dendríticas de alguns receptores sensitivos são especializadas na recepção de determinados estímulos, ajudando o dendrito a responder. Por isso, esses receptores são classificados: Mecanorreceptores: Respondem ao tato; Termorreceptores: Respondem ao frio e ao calor; Nociceptores: Respondem à dor.
Os mecanorreceptores respondem a estímulos mecânicos capazes de deformar o receptor ou os tecidos que o envolvem. Não-encapsulados: são mecanorreceptores simples e amielínicos. Terminações nervosas peritriquiais: São a forma mais simples dos mecarreceptores, estão localizadas na epiderme da pele – especialmente em regiões muito sensíveis. Funcionam na percepção do tato relacionado à deformação dos pelos. Discos de Merkel: São mais complexos e especializados no tato discriminatório. Estão localizados nas regiões mais sensíveis do tato.
Encapsulados: são mecanorreceptores mielinizados com estruturas características e que estão presentes em locais específicos. Corpúsculos de Meissner: Especializados na discriminação tátil e encontrados na porção sem pelos dos dedos e das palmas das mãos, pálpebras, lábios, língua.
A córnea é a porção transparente avascular e altamente inervada da túnica fibrosa. É a mais espessa e constituída por cinco camadas: ● Epitélio corneano: Tecido epitelial pavimentoso estratificado não-queratinizado. Suas células possuem microvilosidades, zona de oclusão, interdigitações e desmossomos. É um epitélio ricamente inervado. ● Membrana de Bowman: Possui fibras de colágeno tipo I de forma aleatória atravessada por fibras nervosas que inervam o epitélio corneano. ● Estroma: É a camada mais espessa da córnea, transparente, com tecido conjuntivo de fibras colágenas tipo I dispostas em lamelas, apresenta espaços que formam a rede trabecular que conduz ao canal de Schlemm. ● Membrana de Descemet: Espessa membrana basal. ● Endotélio corneano: Epitélio simples pavimentoso responsável pela síntese de proteínas necessárias à secreção e manutenção da membrana de Descemet. A qualidade refrativa da córnea é mantida graças ao transporte de sódio, cloro e água; assim, o excesso de líquido no estroma é reabsorvido,
TÚNICA VASCULAR É a túnica média do olho constituída por coroide, corpo ciliar e íris. Coroide é a camada pigmentada da túnica vascular, localizada na porção posterior do globo ocular, vascularizada e constituída por tecido conjuntivo frouxo contendo numerosos fibroblastos e outras células do tecido conjuntivo, sendo ricamente suprida por vasos sanguíneos, que nutrem a retina. Corpo ciliar é a extensão do coroide, ocupando o espaço entre a retina e a íris. É constituído por tecido conjuntivo frouxo contendo numerosas fibras elásticas, vasos sanguíneos e melanócitos. Sua superfície medial se projeta em direção ao cristalino, formando os processos ciliares, cujas células transportam um filtrado do plasma para a câmara posterior do olho, formando, assim, o humor aquoso, que fornece oxigênio e nutrientes para o cristalino e córnea. Íris é a extensão mais anterior da coroide, controla a abertura pupilar e é colorida por conta dos melanócitos no epitélio e estroma, dando cor aos olhos. Sua parte anterior é constituída por uma camada de células pigmentadas e de fibroblastos; logo abaixo, há o estroma de tecido conjuntivo, pouco vascularizado, contendo numerosos fibroblastos e melanócitos. Já sua superfície posterior, é lisa e está coberta pela continuação de duas camadas do epitélio da retina que cobrem o corpo ciliar. As células epiteliais voltadas para o estroma da íris têm extensões que formam o músculo dilatador da pupila que, juntamente com a contração do músculo esfíncter da pupila, modifica o diâmetro da pupila, que muda inversamente à quantidade de luz que nela penetra. Cristalino é um disco transparente e biconvexo, flexível, constituído por células epiteliais e seus produtos de secreção e por três partes: Cápsula do cristalino: Lâmina basal contendo colágeno tipo IV e glicoproteína; Epitélio subescapular: Revestido por uma camada de células cuboides, que se comunicam por junções comunicantes; Fibras do cristalino. Corpo vítreo é um gel transparente que preenche a cavidade vítrea situada atrás do cristalino, constituído por água, fibras de colágeno e ácido hialurônico.
A retina faz parte da túnica mais interna do olho que contém as células fotorreceptoras: cones e bastonetes. O disco óptico é o local de saída do nervo óptico e, por não conter células fotorreceptoras, é considerado o ponto cego da retina. Localizada mais lateralmente, está a mácula lútea e, centralmente, a fóvea central.
A retina é constituída por dez camadas: Epitélio pigmentar: constituído por células cuboides a colunares, cujos núcleos situam-se basalmente. Eesta camada absorve a luz após o estímulo dos fotorreceptores, evitando a reflexão pelas demais túnicas e fagocitam discos membranosos descartados pelos bastonetes. Camada de cones e bastonetes: a base dessas células faz sinapses com as células bipolares subjacentes. o Cones: Quando ativados pela luz intensa, produzem uma grande asciduidade visual. São longos e estreitos na fóvea central. o Bastonetes: Células alongadas que são ativadas pela luz fraca, incapazes de perceber cores. Respondem mais lentamente que os cones. Membrana Limitante Externa : É uma zona de adesão das células de Müller, que são células da neuroglias modificadas que dão sustentação para as células da retina nervosa. Camada Nuclear Externa : Núcleos dos cones e bastonete Camada Plexiforme Externa : Realizam sinapses axodendríticas entre células fotorreceptoras e os dendritos das células bipolares e horizontais subjacentes Camada Nuclear Interna : o Neurônios bipolares: interpostos entre as células receptoras e as células ganglionares. o Células horizontais: estabelecem sinapses com as junções sinápticas entre as células fotorreceptoras e as células bipolares. o Células amácrinas: seus dendritos terminam em complexos sinápticos entre as células fotorreceptoras e ascélulas bipolares e estabelecem sinapses com células interplexiformes. o Células de Müller: células da neuróglia modificadas, se estendendo do corpo vítreo até os segmentos internos dos cones e dando sustentação para as células da retina nervos. Camada Plexiforme Interna: os prolongamentos das células amácrinas, das bipolares e das ganglionares se misturam na camada plexiforme interna e as sinapses axodendríticas entre os axônios das células bipolares e os dendritos das células ganglionares e das células amácrinas também estão situadas nessa camada Camada de Células Ganglionares : corpos celulares de grandes neurônios multipolares das células ganglionares da retina estão situados nessa camada. Camada de Fibras Do Nervo Óptico : axônios amielínicos das células ganglionares Membrana Limitante Interna : lâmina basal das células de Müller
As estruturas acessórias do olho incluem a conjuntiva, a pálpebra e o aparelho lacrimal. Conjuntiva é uma membrana mucosa transparente que reveste a superfície interna das pálpebras e cobre a esclera da parte anterior do olho, é constituída por epitélio colunar estratificado contendo células caliciformes e que se assenta sobre uma lâmina basal e uma lâmina própria composta por tecido conjuntivo frouxo. A secreção das células caliciformes faz parte da película lacrimal, que ajuda a lubrificar e proteger o epitélio do aspecto anterior do olho. As pálpebras formam uma barreira protetora para a superfície anterior do olho, sendo constituída por epitélio pavimentoso estratificado. Glândulas sudoríparas, pelos e glândulas sebáceas estão localizados na pele das pálpebras. As glândulas de Meibomian, glândulas sebáceas modificadas, abrem-se na borda livre das pálpebras e secretam uma substância oleosa que é incorporada na película lacrimal e acaba por impedir a evaporação das lágrimas. O aparelho lacrimal é constituído pela glândula lacrimal, que secreta o fluido lacrimal; pelos canalículos lacrimais, que removem o fluido lacrimal da superfície do olho; pelo saco lacrimal, que é uma porção dilatada do sistema de dutos e pelo ducto nasolacrimal, que leva o fluido lacrimal para a cavidade nasal.
O funcionamento da orelha interna objetiva a interpretação de sons e, para isso, baseia-se na dinâmica dos fluidos contidos em dois labirintos: ósseo e membranoso.