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Guias e Dicas
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Os Parasitas de Ovinos - Alessandro F. T. Amarante, Notas de estudo de Medicina Veterinária

Os Parasitas de Ovinos

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 17/01/2017

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juliana-leto-4 🇧🇷

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Os parasitas
de ovinos
Alessandro Francisco T. do Amarante
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Baixe Os Parasitas de Ovinos - Alessandro F. T. Amarante e outras Notas de estudo em PDF para Medicina Veterinária, somente na Docsity!

Os parasitas

de ovinos

Alessandro Francisco T. do Amarante

OS PARASITAS

DE OVINOS

ALESSANDRO FRANCISCO

TALAMINI DO AMARANTE

OS PARASITAS

DE OVINOS

Colaboradores
Alessandra M. A. Ragozo
Bruna Fernanda da Silva

© 2014 Editora Unesp

Direitos de publicação reservados à: Fundação Editora da Unesp (FEU)

Praça da Sé, 108 01001-900 – São Paulo – SP Tel.: (0xx11) 3242- Fax: (0xx11) 3242- www.editoraunesp.com.br www.livrariaunesp.com.br feu@editora.unesp.br

CIP – BRASIL. Catalogação na publicação Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ

A52p

Amarante, Alessandro Francisco Talamini do Os parasitas de ovinos / Alessandro Francisco Talamini do Amaran- te; Bruna Fernanda da Silva; Alessandra M. A. Ragozo. São Paulo: Edi- tora Unesp Digital, 2015. Recurso digital Formato: epdf Requisitos do sistema: Adobe Acrobat Reader Modo de acesso: World Wide Web ISBN 978-85-68334-42-3 (recurso eletrônico)

  1. Parasitologia médica. 2. Micologia médica. 3. Livros eletrôni- cos. I. Silva, Bruna Fernanda da. II. Ragozo, Alessandra M. A. III. Título.

15-20463 CDD: 616.96___ CDU: 616.995.

Este livro é publicado pelo projeto Edição de Textos de Docentes e Pós-Graduados da UNESP – Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UNESP (PROPG) / Fundação Editora da Unesp (FEU)

Editora afiliada:

APRESENTAÇÃO

Este livro apresenta informações sobre as principais parasitoses
que acometem ovinos criados no Brasil e tem por objetivo fornecer
subsídios para a elaboração de estratégias de profilaxia das enfermi-
dades parasitárias. Trabalhos relevantes realizados por pesquisado-
res brasileiros, bem como de outros países, foram imprescindíveis
como fonte de consulta para a elaboração dos textos. Aqui também
estão apresentados os resultados obtidos no Laboratório de Hel-
mintologia Veterinária, especialmente a partir de 1988, quando
o autor deste livro iniciou suas atividades na Unesp, campus de
Botucatu. Desde aquela data, várias dissertações e teses foram ela-
boradas por estudantes de pós-graduação, cujos resultados estão a
seguir apresentados.
A maioria das fotografias apresentadas no livro foi obtida pelo
próprio autor, com a colaboração de alunos e técnicos do Depar-
tamento de Parasitologia; porém, merece destaque o inestimável
auxílio prestado pelo pós-graduando César Cristiano Bassetto na
colheita de material e montagem de lâminas.

HELMINTOS

C LASSE NEMATODA

A verminose causada por nematódeos gastrintestinais constitui
o principal problema sanitário dos rebanhos ovinos. O controle
adequado dessa enfermidade é imperativo, caso contrário, a ativi-
dade pode se tornar inviável economicamente devido à redução na
produtividade e à mortalidade de animais.
Principais espécies de nematódeos em ovinos
Os ovinos podem ser parasitados simultaneamente por várias
espécies de nematódeos. Algumas das inúmeras espécies que já
foram registradas em ovinos no Brasil estão listadas na Tabela 2.
A diversidade de espécies que parasitam os animais é influenciada
pela frequência de tratamentos com anti-helmíntico, pelo manejo
e pelas condições ambientais. No Sul do Brasil, por exemplo, as
temperaturas baixas do inverno favorecem a ocorrência de Oster-
tagia ( Teladorsagia ) circumcincta, espécie que não tem sido regis-
trada em ovinos criados em outras regiões do país (Tabela 2). Além
dessa espécie , ainda é comum a ocorrência de Nematodirus spp. e
Oesophagostomum venulosum (Santiago et al., 1975; Ramos et al.,
2004). Porém, no Rio Grande do Sul, a exemplo dos demais estados
brasileiros, H. contortus é a espécie predominante, especialmente

OS PARASITAS DE OVINOS 15

Cooperia curticei 4% (0,6)

6,9% 73% (169)

  • – 20% (465) - 7,2%

Cooperia oncophora

44% (29)

4,8% – – – – – –

Cooperia punctata 42% (16)

69,1% 50% (34)

96% (964)

  • 2% (20)

11,3% 5%

Cooperia pectinata

  • 18,4% 12% (13) - – – 6,5% 4,4%

Cooperia mcmasteri

10% (2)

  • – – – – – –

Cooperia spatulata – 0,8% – – – – – – Bunostomum trigonocephalum

  • – 3,8% (1)

68% (18)

0,02% (0,2)

6% (33)

Nematodirus spatigher

78% (130)

100% – – – – – –

Strongyloides papillosus

16% (13)

  • 19% (22)

13,3% (3)

0,02% (0,2)

40% (652)

Oesophagostomum columbianum

18% (1)

  • 69% (125)

78,7% (52)

0,6% (5)

46% (18)

8,1%* 0,2%

Oesophagostomum venulosum

72% (9)

100% – – – 2% (55)

Trichuris ovis 88% (5)

100% 3,8% (1)

  • – 3% (6)

27,4%* –

Trichuris globulosa

60% (3)

  • – – – 47% (5) - –

Trichuris discolor – – – 4% (0,5)

  • – – –

Skrjabinema ovis – – – – – 25% (27)

1,6% –

Fonte: (1) Vieira et al., 1989; (2) Ramos et al., 2004; (3) Vasconcelos et al., 1985; (4) Guima- rães et al., 1976; (5) Arosemena et al., 1999; (6) Lopes et al., 1975; (7) Souza et al., 2012; (8) Sczesny-Moraes et al., 2010. *Não foi possível a identificação da espécie.

Haemonchus contortus
Principal espécie que parasita ovinos em regiões com clima tro-
pical e subtropical. H. contortus é um parasita hematófago que tem
por habitat o abomaso dos ruminantes. Os vermes adultos apresen-
tam de 1 cm a 3 cm de comprimento e são facilmente observados
a olho nu (Figura 1). Os espículos do macho apresentam ganchos
com comprimentos desiguais nas extremidades (Figura 2).

Tabela 2 – Continuação

16 ALESSANDRO FRANCISCO TALAMINI DO AMARANTE

Figura 1 – Abomaso de cordeiro com infecção pesada por Haemonchus contortus

Figura 2 – (a) Bolsa copuladora de exemplar macho de Haemonchus contortus com dois espículos e gubernáculo; (b) ganchos nas extremidades dos espículos

Trichostrongylus spp.
Duas espécies do gênero Trichostrongylus parasitam ovinos. A
mais importante delas é Trichostrongylus colubriformis , parasita do
intestino delgado que, além de muito comum, também com fre-
quência apresenta resistência aos anti-helmínticos (Amarante et al.,
2004; Almeida et al., 2010). A outra espécie, Trichostrongylus axei,
parasita o abomaso. Não é comum em ovinos criados no estado de
São Paulo, porém tem sido registrada com frequência em ovinos
de outros estados, usualmente com baixa intensidade de infecção
(Santiago et al., 1976; Ramos et al., 2004). Os vermes adultos são

18 ALESSANDRO FRANCISCO TALAMINI DO AMARANTE

Figura 5 – Extremidade posterior de fêmea de Trichostrongylus colubriformis

Figura 6 – Extremidade posterior de macho de Trichostrongylus colubriformis. Extremidade dos espículos com formato de arpão

OS PARASITAS DE OVINOS 19

Figura 7 – Extremidade posterior de macho de Trichostrongylus axei com espí- culos desiguais e gubernáculo

Cooperia spp.
Geralmente as infecções dos ovinos por Cooperia spp. são leves.
Quando ovinos são criados isolados de outras espécies de rumi-
nantes, usualmente, apenas a espécie Cooperia curticei é detectada
(Amarante et al., 2004; 2009). Porém, outras espécies frequentes
em bovinos, tais como Cooperia punctata , Cooperia pectinata e
Cooperia spatulata , podem ser encontradas em ovinos, especial-
mente quando estes animais compartilham pastagens com bovi-
nos (idem, 1997; Rocha et al., 2008). No Sul do Brasil, a espécie
Cooperia oncophora , parasita de bovinos, também pode ser encon-
trada infectando ovinos (Vieira et al., 1989). Os vermes adultos
são pequenos, apresentam de 10 mm a 20 mm de comprimento
(figuras 8 a 11), e não é possível visualizá-los a olho nu em meio ao
conteúdo intestinal.