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OSTEOARTRITE - AULA REUMATOLOGIA, Notas de aula de Reumatologia

Aula de osteoartrite, disciplina reumatologia

Tipologia: Notas de aula

2020

Compartilhado em 18/03/2020

fafa-cunha
fafa-cunha 🇧🇷

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OSTEOARTRITE!
Prof. Rodrigo Peres Toledo
Maria das Dores, 71 anos. “Dor no joelho, há 3 anos”!
Queixa-se de dor nos joelhos ao subir escadas e caminhadas prolongadas. Os sintomas tiveram início há 3 anos, no-
tando também rangidos e estalos!
Nos últimos 6 meses, sente desconforto e rigidez nos joelhos pela manhã, cedendo em 15 minutos de movimenta-
ção, o mesmo ocorre ao início dos movimentos após passar algum tempo em repouso!
Ao exame:!
Bom estado geral, IMC 31 Kg/m2!
Aumento de volume indolor nas articulações interfalangeanas distais das mãos bilateralmente!
Geno varo bilateral, sem alteração de temperatura e sinal da Tecla negativo, com
crepitação grosseira à movimentação passiva do joelhos
*Sugere dor mecânica!
- Rigidez protocinética (rigidez de começo do movimento)!
- Dor mecânica, crônica, relacionada ao movimento, em articulações de carga, idosa e obesa!
- Osteoartrite: 1ª hipótese em idoso com dor mecânica
DEFINIÇÃO !
- Doença degenerativa articular que culmina em perda cartilaginosa, formação de osteófitos e redução do espaço
articular!
- Via final de múltiplas doenças (gota, secundária a doenças inflamatórias da articulação)!
- Radiografia x clínica!
- Discrepância clínica x radiográfica!
*É um processo degenerativo que ocorre ao longo da vida. Radiograficamente, geralmente aparece porque acontece
com a senescência, mas não necessariamente essa imagem apresenta clínica
- OA radiográfica: presença de osteófitos com ou sem estreitamento do espaço articular
- OA clínica: anormalidade ao exame físico (nódulos de Heberden ou Bouchard nas mãos/ limitação dolorosa da am-
plitude de movimento)
- OA sintomática: dor e rigidez numa articulação com OA radiográfica
EPIDEMIOLOGIA !
- Maior após os 45 anos!
- Universal em 85 anos!
- Mulheres
- A OA é a forma mais comum de artrite e a principal causa de incapacidade física nos países
industrializados.
- A prevalência da OA aumenta significativamente com a idade, mas não faz parte do enve-
lhecimento normal.
- A OA afeta todas as estruturas da articulação (não só a cartilagem mas também os múscu-
los, meniscos, nervos, ossos, sinóvia, ligamentos e tendões).
- É caracterizada por afilamento da cartilagem com perda do espaço articular, formação de osteófitos, esclerose do
osso subcondral, cistos subcondrais e deformidades.
- Clinicamente: dor, rigidez, aumento ósseo, hipertrofia sinovial, edema, limitação de ADM e diminuição da função
articular
- Sítios mais comuns: joelhos, quadris, mãos, coluna e pés
ARTICULAÇÃO – estrutura:!
- Articulação sinovial com cartilagem hialina que distribui a carga e amortece o impacto. A cartilagem deve ser lisa
para distribuir a pressão. A cartilagem é composta por células que são os condrócitos!
- Condrócitos que produzem fibras de colágeno tipo II, entremeada por ácido hialuronico, proteínas e sulfato de
glicosamina e condroitina!
Todas essas moléculas foram uma rede com moléculas carregadas com forma ne-
gativa!
Ao comprimir a cartilagem, as cargas negativas funcionam como um amortecedor
(mola) que contraem e voltam a posição normal!
- O esforço repetido leva a “quebra” dessa cartilagem!
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OSTEOARTRITE

Prof. Rodrigo Peres Toledo Maria das Dores, 71 anos. “Dor no joelho, há 3 anos” Queixa-se de dor nos joelhos ao subir escadas e caminhadas prolongadas. Os sintomas tiveram início há 3 anos, no- tando também rangidos e estalos Nos últimos 6 meses, sente desconforto e rigidez nos joelhos pela manhã, cedendo em 15 minutos de movimenta- ção, o mesmo ocorre ao início dos movimentos após passar algum tempo em repouso Ao exame: Bom estado geral, IMC 31 Kg/m Aumento de volume indolor nas articulações interfalangeanas distais das mãos bilateralmente Geno varo bilateral, sem alteração de temperatura e sinal da Tecla negativo, com crepitação grosseira à movimentação passiva do joelhos *Sugere dor mecânica

  • Rigidez protocinética (rigidez de começo do movimento)
  • Dor mecânica, crônica, relacionada ao movimento, em articulações de carga, idosa e obesa
  • Osteoartrite: 1ª hipótese em idoso com dor mecânica DEFINIÇÃO
  • Doença degenerativa articular que culmina em perda cartilaginosa, formação de osteófitos e redução do espaço articular
  • Via final de múltiplas doenças (gota, secundária a doenças inflamatórias da articulação)
  • Radiografia x clínica
  • Discrepância clínica x radiográfica *É um processo degenerativo que ocorre ao longo da vida. Radiograficamente, geralmente aparece porque acontece com a senescência, mas não necessariamente essa imagem apresenta clínica
  • OA radiográfica: presença de osteófitos com ou sem estreitamento do espaço articular
  • OA clínica: anormalidade ao exame físico (nódulos de Heberden ou Bouchard nas mãos/ limitação dolorosa da am- plitude de movimento)
  • OA sintomática: dor e rigidez numa articulação com OA radiográfica EPIDEMIOLOGIA
  • Maior após os 45 anos
  • Universal em 85 anos
  • Mulheres
  • A OA é a forma mais comum de artrite e a principal causa de incapacidade física nos países industrializados.
  • A prevalência da OA aumenta significativamente com a idade, mas não faz parte do enve- lhecimento normal.
  • A OA afeta todas as estruturas da articulação (não só a cartilagem mas também os múscu- los, meniscos, nervos, ossos, sinóvia, ligamentos e tendões).
  • É caracterizada por afilamento da cartilagem com perda do espaço articular, formação de osteófitos, esclerose do osso subcondral, cistos subcondrais e deformidades.
  • Clinicamente: dor, rigidez, aumento ósseo, hipertrofia sinovial, edema, limitação de ADM e diminuição da função articular
  • Sítios mais comuns: joelhos, quadris, mãos, coluna e pés ARTICULAÇÃO – estrutura:
  • Articulação sinovial com cartilagem hialina que distribui a carga e amortece o impacto. A cartilagem deve ser lisa para distribuir a pressão. A cartilagem é composta por células que são os condrócitos
  • Condrócitos que produzem fibras de colágeno tipo II, entremeada por ácido hialuronico, proteínas e sulfato de glicosamina e condroitina Todas essas moléculas foram uma rede com moléculas carregadas com forma ne- gativa Ao comprimir a cartilagem, as cargas negativas funcionam como um amortecedor (mola) que contraem e voltam a posição normal
  • O esforço repetido leva a “quebra” dessa cartilagem
  • Existem alguns fatores anabólicos e catabólitos para a cartilagem, esses fatores são influenciados por idade, gené- tica, raça e sexo – mais velhos, propensão genética, negros, mulheres predispõe a mais catabolismo)
  • A fisiopatologia consiste em formação de fissuras na cartilagem (destruição do ác, hialurônco) e, ao fazer pressão, o liquido entra nos ossos subcondrais, formando cistos. Para se defender, o osso forma a esclerose subdondral (hi- permineralização da região subcondral) gerando uma má distribuição de carga (menor superfície de contato). Para compensar essa má distribuição de carga e aumentar a superfície de contato, a articulação promove a proliferação de osteófitos (neoproliferação óssea)
  • Os osteófitos são respostas da articulação (ao redor da articulação, bico de papagaio) e aparecem para tentar me- lhorar aumentar a superfície de contato e aumentar a distribuição de carga. Por fim, há destruição do espaço arti- cular

Axial:

- Coluna lombar e coluna cervical (discos e interapofisárias) Pés:

  • 1ª metatasofalangeana - hallux rigidus (diferente do halux valgus, é alteração de osso, não frouxidão ligamentar) RADIOGRAFIA
  1. Esclerose óssea subcondral (“defesa do osso” – mineraliza)
  2. Osteófitos (“bico de papagaio”)
  3. Cistos ósseos (entrada do líquido)
  4. Erosões (“perda da cortical do osso”)
  5. Redução do espaço articular Sinal da gaivota. Bico de papagaio (coluna) DOR NA OSTEOARTRITE
  • Osso subcondral
  • Sinóvia
  • Perióstio
  • Êntese
  • Músculo
  • Centralização: dor crônica *Dor crônica – sensibilização central (pode confundir com fibromialgia) Esclerose subcondral Rizartrose Osteócito e esclerose subcon- articulações interfacetárias, discopa- Esclerose subcondral, Mecansimo central

EXAMES COMPLEMENTARES

  • Tomografia e Ressonância – mais informações sobre cartilagem e partes moles
  • Laboratório – normal
  • Rx simples DIAGNÓSTICO
  • Manifestações clínicas (dor) + radiologia TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
  • Orientação (dieta, sobrepeso)
  • Atividade física / fisioterapia (estímulo para anabolismo da cartilagem)
  • Órteses
  • Termo / eletroterapia TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
  • Controle da dor (analgésicos) por curto espaço de tempo
  • AINE oral/tópico
  • Condroprotetores (diacereína, glicosamina, hidroxicloroquina)
  • Cirurgia – prótese
  • Infiltrações com ácido hialurônico: alívio temporário TRATAMENTO CIRÚRGICO Indicações: Dor refratária, perda de movimentação articular